Não que não se afirme que todos estão mancomunados com algo ruim…
Esse todos é uma parcela, e o mundo acaba por não conseguir
separar o que é do que não é bom para si mesmo. Por algum acaso
nos parece estarmos afoitos em apontar erros ou contradições, mas a
verdade posta-se como uma bandeira um pouco alta, meio inacessível,
posto ser difícil apontar o certo em uma plataforma de vária
interpretação, no que o plural quiçá fosse mais indicado. A
incerteza é um panorama complexo, mesmo que a nossa fé nos calque
razões distintas, e essa é a grande contradição existencial no
mundo, ou seja, os conflitos motivados por diferenças religiosas, na
sua aparência e no fato concreto. Diuturnamente as forças do
antagonismo refletem as lutas de se tentar convencer o ser em si e
por si de se primar por questões religiosas, ideológicas, na mesma
proporção que de sobremodo encontra a facilitação de nos
tornarmos inimigos de alguns, quem seja isso, talvez de nós mesmos.
A profunda convicção de se tentar a paz mundial é tornar apenso o
ato prático da conduta nesse sentido, no que se torne ao entorno
mais imediato a conexão real para tanto. Se porventura possuímos um
animal de estimação, cuidar com toda a atenção se torna uma
terapia que se traduz em cozinhar para ele, dar banhos saudáveis
para que no dia a dia ele mostre e revele seu afeto conosco, seus
donos. Melhor, seus companheiros de jornada. Assim é com todos
aqueles que possuem uma prole, alguém enfermo, um amigo que
necessita mais atenção, um grupo mais vulnerável, a consciência
necessária à ignorância, como a luz que se revele dia a dia, em
toda a ação que se torne voluntária – mesmo remunerada – na
doação de nós mesmos que suplante o simples serviço, qual não
fora, a atitude mesma, dentro da sinceridade e sem ressalvas no
sentido da farsa.
Quando nos redimimos e aceitamos o modo de atender os anseios de uma
população, temos por base que sermos pessoas mais generosas, na
pretensão mesma de justiça social, do ato caritativo ou, melhor
ainda, institucionalizante. Essa veia maravilhosa que temos em nossos
braços manda que sejamos nada contraditórios na senda da maldade,
do querer proporcionar vida melhor somente aos ricos, de defender
essa ideia nefanda, posto só resolveremos uma nação de luz e de
vida se contemplarmos todo o seu povo com a dignidade merecida, pois
a maioria é cidadã e trabalhadora. Se a gênese dessa assertiva é
considerada de qual lado for, resta saber que mesmo de um lado mais
egoísta ainda se possui espaço para o convencimento de se saber
gerir a questão administrativa humana e socialmente paritária. Nada
do que se espera do lado oposto não se passe através de uma
profunda contradição já anunciada antes por contextos históricos
previsíveis, como na matemática dois mais dois são quatro. Essa
senda da contradição, no entanto, possui a faculdade de
diagnosticarmos a doença tal qual é, a fim de remediarmos no
sentido padrão de nossas faculdades de cidadania, não apenas do
povo em geral, mas de seus administradores e lideranças.
Temos que saber que as contradições inerentes a certos sistemas
falimentares só fazem recrudescer e travar a pequeno, médio e longo
prazo uma recuperação não apenas econômica, mas moral e
conceitual na página que se deixa em branco para outros a escreverem
com outras caligrafias, por vezes irretocáveis, de tinta permanente,
sem possibilidade de retorno a certos contratos. A versão que se
encontra com a virtude há de inserir no contexto das planificações
de boas ideias e bons projetos a alma do povo brasileiro e latino,
como um todo, na irmanação de projetos multilaterais de
crescimento, pois, tal não fora, não recuperaremos jamais o status
anterior.
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