sábado, 30 de novembro de 2019

EM UM MUNDO DE RAZÃO APARENTE


           Seria o mundo um apanhado lógico, uma fronteira inóspita de equações inexpressivas, um cadinho circunflexo de pensamentos vis? Talvez mais do que isso… Talvez, ou não possuamos toda a certeza do que seja a vertente de um pensar mais autêntico? As perguntas são longas, e tal é a posição de muitos que pensem que o raciocínio é mais importante do que a razão, que dá continuidade firme no pensamento das gentes, enumerando factualmente o que é são daquilo que não suporte a coerência em existirmos de acordo com a sensatez. O que se apresenta como razão não nos se apresente como hipocrisia, pois ambas as partes são como o óleo e a água, jamais devam se misturar. Disso se apreenda o justo, dessa premissa básica seja realizada a frente da justiça: paritária, imparcial, coerente, como citado acima. Acima da justiça não há nada, e nada devamos temer quando algo a ameace, porquanto o injusto não prevaleça. Posto que enquanto há o justo, o injusto não é poder e, se pautamos pela Democracia e seus pertencimentos constitucionais, o que se deve acrescentar são mais direitos, posto o Estado o deva ser, de Direito e de fato. Não há espaço para outra vertente de pensamento, portanto não deve haver logicamente, em se tratando do evidente purismo lógico, nenhuma questão que se relacione algum criacionismo premeditado para justificar litígios, ou fantasias de ordem de empoderamento do que não é certo, daquilo que atente contra as liberdades civis e a cidadania progressiva.
           A razão aparece sem querermos ver, por vezes, pois aquela faz parte constitucional de nossas leis, e de uma engrenagem já consubstanciada no espírito das ordens de muitos países, e tentar se opor contra isso é justamente tentar engrenar a terceira marcha quando apenas se queira sair de um estacionamento, porquanto a mecânica diz e revela no seu motor que uma peça, quando não se encaixa em outra, tende a danificar todo um sistema regulativo e funcional. Não há questões maiores do que isso e cada sistema funciona conforme seus predicativos, como em um idioma deve-se aprender a se expressar corretamente, quando estamos na função de alguma pretensa liderança. Essa humildade em exercer justamente qualquer tipo de liderança é a única possibilidade de sermos respeitados por aqueles que muitas vezes são enjeitados, por quem muitos que estão bem sitos – por justo dizer – não se dão o luxo ao revés de descer de pedestais ilusórios, pois quem os coloca no Poder certamente por vezes não possuem nem a compreensão desse mesmo Poder.
          Resta saber que a cristandade em sua autêntica compreensão retém o poder em sua fé, e desta retira a compreensão primeira das ordens que existem para a consecução da vontade crística, e é nesse parâmetro indissolúvel que o homem e a mulher podem e devem conseguir obter o perdão por crerem por vezes que apenas a riqueza e o poder se tornam bênçãos, ignorando que a vida de nosso Senhor era de voto de pobreza, e que apenas os que sofrem atingem o reino do céu, conforme a vontade Dele revelada nas Escrituras Sagradas. Essa remissão da existência vem a coexistir paritariamente com o desejo cristão de ser bondoso para as populações excluídas, pois logicamente não há razão em pertencer a uma classe abonada ao extremo se não nos colocamos humildemente em função daqueles que provavelmente são pobres por não possuírem empregos e nem colocações ou oportunidades dignas, conforme uma prescrição de que a libertação em Cristo é a igualdade de oportunidade, o perdão e a fé consagrada. Se queremos nos pautar em uma razão maior, em Cristo e na cristandade, devemos possuir a consciência de que Ele ficaria satisfeito em ver e funcionar a igualdade entre todos os seres e o respeito e direito consuetudinário, independente do credo…

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