Sedimentamos várias referências nas modalidades de nossos futuros.
Por que não dizer que estes fossem unos: um em si… Mas somos
vários e a coletividade só abraça a questão de detalhes a
respeito de qual ou tal ser humano. Se fossemos maiores em qualidade,
como não seríamos, talvez peças melhoradas, objetos com mais
propriedades e métodos, instâncias escritas em nosso próprio
destino! Como se o tempo não objetasse, como se a serpentina do sem
saída fosse mais do que o labirinto mórbido que tem apresentado os
piores atos da espécie no mundo. A carta suposta da possível
libertação estaria apensada em nossos braços, regendo a cabeça,
transformando armas em carinho, realmente libertando, mas que viesse
o ato frente àqueles que detém o Poder e suas hierarquias. Como se
não houvera tempo, um libelo de paz, um freio no que desande o
clamor popular, o atendimento às demandas do coletivo, o
desmascaramento da farsa como modalidade de conduta. Em termos
pontuais, na prospecção de culpas, e no prosseguir investigativo
das grandes fraudes, sempre com vistas sólidas e imparciais, dentro
mesmo quando no próprio poder do Estado. Esse fenômeno do justo, do
correto, só tem uma via em consenso com a comunidade pátria, e se
assim não fora, passa a ser agência de interesses, sem a consecução
sensata, civilizada e adulta. São fatos em que – mesmo fora de
registros – possuem o seu significado latente na máquina que se
pretenda ser uma sociedade: nas engrenagens que a giram no moto
próprio, como se fora a consubstanciação do funcionamento da
justiça social. Essa relativa ausência de registros talvez possa ir
contra um controle absoluto do que se pretenda ser, no objetivo claro
de se alcançar sucesso no status permanente de nossa relação com
as matrizes externas da indústria cultural, que sobremodo facilita a
aceitabilidade da falta de identidade nacional em nossos rincões,
como se a mass media avançasse sem deixar tréguas na questão da
mesma identidade supra citada.
Isso não remonta a uma herança justa que nossos antepassados
tenham legado para a nossa cultura. Remonta a uma imposição de um
ideário sobremodo permanente de um mundo que vê um mercado como se
fosse o cordão umbilical do nascimento de qualquer projeto que
porventura não seja encampado como novidade internacional, sangrando
nossa riqueza criativa para aqueles que intentam se apropriar do
conhecimento experimental e científico do terceiro mundo. Essa é
uma questão permanente a que sigamos atentos, pois quando lançamos
uma startup parece que queremos ser atendidos fora do mercado
nacional. Várias etiquetas de relacionamentos empresariais remontam
o estranho quebra-cabeça que se torna a variação da criatividade
versus resposta, em um andamento onde o comércio de luxo parte a ser
a única alternativa do capital da burguesia que renasce na eventual
possibilidade da concentração de renda, pauperizando cada vez mais
a igualdade que deveria haver entre a população carente e os ricos
do país. Nessa estranha fagocitose, concentra-se cada vez mais o
capital e as microempresas tendem a fracassar, por falta de insumos
de ordem do consumo, e um arrocho salarial registrado sem
precedentes. Como em uma encampação inversa, onde o capital
nacional se reduz às prerrogativas “deslumbrantes” de um mercado
que – teimam em dizer – seja a nova modalidade produtiva do
planeta. Os serviços existem em todos os campos, e afirmar
categoricamente que a tecnologia criará os profissionais do futuro
passa a ser um onanismo autocrático, com base em fantasias
futurísticas, algo que não chegou, e tardará muito a chegar em um
país pobre como o nosso. Resta sabe se aceitamos uma ajuda externa
real, haja vista não estarmos criando nada para a recuperação da
infraestrutura de nossas cidades e lavouras…
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