quinta-feira, 28 de novembro de 2019

A FONTE MISSIONÁRIA


         Por uma suposição quase fatalista vemos por encima de certas cristas, certos cumes, um oceano de nebulosas questões. Do que está por cima, posto o que vem debaixo remete a situação derradeira – conforme pensamentos pretensiosamente mais exatos – do que vem a ser o desenvolvimento pátrio, ou da consonância da importante veia do laicismo na administração. Vemos grandes empresas que empregam cidadãos diversos, e isso por si é razão de um fomento na criatividade e nas saídas palpáveis a que se sinta a veia da igualdade de crenças, etnias e culturas. É de suma importância todo um setor cultural nas sociedades, posto por si o próprio reconhecimento visual e artístico das cidades desponta para uma vivência cotidiana mais salutar, já que a arte é um dos melhores instrumentos de agremiação e participação crítica e expressiva em quaisquer lugares, independente se somos operários, camponeses, empresários ou artesãos. É como a história de um amuleto que guardamos: um artesanato indígena, um rematado santo católico, ou mesmo uma joia e sua história, se fosse de Cleópatra seria um pouco mais caro…
          Podemos ser missionários em quaisquer vertentes, no entanto, reza algo mais de duradouro e sano saber que o sacrifício faz parte do ato do voluntariado, e que não seremos melhores enquanto nosso próximo assim não esteja. Vai do cristianismo essa vertente algo messiânica que acaba por despontar na vontade de todo um povo! O modo dessa consecução vem do diálogo que desponta maior do que o maior dos oceanos da intenção, e pregar uma idiossincrasia odienta não condiz com o bom espírito nas condições de transformação e mudança no modo de agir e pensar. Tentemos nos situar no mesmo caminho – algo de capítulo – quando vemos que verdadeiros e imensos povos tem na sua versão crística o leque aberto de sua ventura. Não adianta mais tentar se prevalecer e acreditar em uma rotina de cartilhas ultrapassadas para mover as montanhas que significam a própria fé, esta mesma que as move, e não as retroescavadeiras. A relação do homem com o trabalho sente já uma versão de exploração sem conta, e será com base no ferramental à disposição – como meios – do mesmo homem e seu entorno que a coisa sucede com vistas à transformação dos escopos sociais, desde a matéria que o envolve até um assunto de pauta que leve uma teoria a termo na prática condizente, coerente e necessária para tal.
          Uma versão mais nacionalista com relação a um governo democrático, se esta for a sua função, revela ao menos a preocupação de engrossar fileiras no sentido histórico de mudanças do escopo da redenção a uma vida de maior desenvolvimento, o que remete a inclusão das gentes mais vulneráveis e a luz do túnel que permita o pleno emprego, em qualquer nação que se diga intencionalmente digna nesse quesito essencial para o termo que se empregue na dita intenção. Essa intenção de fazer com que se alcance maiores resultados em relação à existência de todos, incluso os seres que nos cercam e habitam o planeta vem dar na prática diária e substancial em gestos que transcendam o tempo lento a que outras transformações que seguem a reboque encontrem na realidade sua e particular a ingerência do que espere seja maior no oposto e coerência transformadora, no modal das mudanças fundamentais para o crescimento de todos os povos, e que traga a reboque o suor sagrado de cada qual que é agente dessa fundamental variante.
          Resta a se ter esperança ver-se que o todo não existe sem as partes, e evitar a existência dos opostos só faz fragmentar verdades e crenças, no que gera a dissenção e o ódio entre os viventes, posto na força bruta não se vive melhor, já que o diálogo é transparentemente a modalidade mais fértil com base no entendimento humano, plataforma inenarrável e sagrada para o entendimento mais total entre todos os seres que coabitam o nosso grande planeta Terra, esta e mar.

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