Por uma suposição quase fatalista vemos por encima de certas
cristas, certos cumes, um oceano de nebulosas questões. Do que está
por cima, posto o que vem debaixo remete a situação derradeira –
conforme pensamentos pretensiosamente mais exatos – do que vem a
ser o desenvolvimento pátrio, ou da consonância da importante veia
do laicismo na administração. Vemos grandes empresas que empregam
cidadãos diversos, e isso por si é razão de um fomento na
criatividade e nas saídas palpáveis a que se sinta a veia da
igualdade de crenças, etnias e culturas. É de suma importância
todo um setor cultural nas sociedades, posto por si o próprio
reconhecimento visual e artístico das cidades desponta para uma
vivência cotidiana mais salutar, já que a arte é um dos melhores
instrumentos de agremiação e participação crítica e expressiva
em quaisquer lugares, independente se somos operários, camponeses,
empresários ou artesãos. É como a história de um amuleto que
guardamos: um artesanato indígena, um rematado santo católico, ou
mesmo uma joia e sua história, se fosse de Cleópatra seria um pouco
mais caro…
Podemos ser missionários em quaisquer vertentes, no entanto, reza
algo mais de duradouro e sano saber que o sacrifício faz parte do
ato do voluntariado, e que não seremos melhores enquanto nosso
próximo assim não esteja. Vai do cristianismo essa vertente algo
messiânica que acaba por despontar na vontade de todo um povo! O
modo dessa consecução vem do diálogo que desponta maior do que o
maior dos oceanos da intenção, e pregar uma idiossincrasia odienta
não condiz com o bom espírito nas condições de transformação e
mudança no modo de agir e pensar. Tentemos nos situar no mesmo
caminho – algo de capítulo – quando vemos que verdadeiros e
imensos povos tem na sua versão crística o leque aberto de sua
ventura. Não adianta mais tentar se prevalecer e acreditar em uma
rotina de cartilhas ultrapassadas para mover as montanhas que
significam a própria fé, esta mesma que as move, e não as
retroescavadeiras. A relação do homem com o trabalho sente já uma
versão de exploração sem conta, e será com base no ferramental à
disposição – como meios – do mesmo homem e seu entorno que a
coisa sucede com vistas à transformação dos escopos sociais, desde
a matéria que o envolve até um assunto de pauta que leve uma teoria
a termo na prática condizente, coerente e necessária para tal.
Uma versão mais nacionalista com relação a um governo
democrático, se esta for a sua função, revela ao menos a
preocupação de engrossar fileiras no sentido histórico de mudanças
do escopo da redenção a uma vida de maior desenvolvimento, o que
remete a inclusão das gentes mais vulneráveis e a luz do túnel que
permita o pleno emprego, em qualquer nação que se diga
intencionalmente digna nesse quesito essencial para o termo que se
empregue na dita intenção. Essa intenção de fazer com que se
alcance maiores resultados em relação à existência de todos,
incluso os seres que nos cercam e habitam o planeta vem dar na
prática diária e substancial em gestos que transcendam o tempo
lento a que outras transformações que seguem a reboque encontrem na
realidade sua e particular a ingerência do que espere seja maior no
oposto e coerência transformadora, no modal das mudanças
fundamentais para o crescimento de todos os povos, e que traga a
reboque o suor sagrado de cada qual que é agente dessa fundamental
variante.
Resta a se ter esperança ver-se que o todo não existe sem as
partes, e evitar a existência dos opostos só faz fragmentar
verdades e crenças, no que gera a dissenção e o ódio entre os
viventes, posto na força bruta não se vive melhor, já que o
diálogo é transparentemente a modalidade mais fértil com base no
entendimento humano, plataforma inenarrável e sagrada para o
entendimento mais total entre todos os seres que coabitam o nosso
grande planeta Terra, esta e mar.
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