terça-feira, 28 de agosto de 2018

A NATUREZA E A BUSCA DA CONSCIÊNCIA


          Nada nos é dado por acaso. O fato da natureza material ser tão ampla revela a face do infinito, porquanto neste planeta o mundo material é composto de frentes finitas, e os espíritos que devemos crer que emanam de muitos seres, ou do que consideramos inicialmente ser objetos em que interferimos, sem saber se estamos interagindo, ou se as folhas secas já não possuem vida, como efetivamente, concretamente é. Quanto à contraparte de nossa natureza essencial, a espiritual, versemos ou observemos com mais cuidado, pois não diz respeito à energia renovável, nem à sustentabilidade tão festejada por aqueles que se fazem de pináculos do pensamento deste milênio, assoberbados sobremaneira com a transição do fóssil à força da eletricidade que sacrifica por sinal tantos e tantos rios. Talvez a apreensão que fazem da matéria se traduza igualmente na matança animal enquanto criam puros sangues ou tratam de enobrecer sua língua com alimentos feitos de carne morta. Tudo cercado com o parentesco irreal de seus pares, quanto da amizade feita de insumos hedonistas com o propósito de revolucionar o que já está aqui há milênios, fazendo os frutos se alimentarem dos outros frutos que vêm mais tarde com seus ideais de sociedades, na acepção crua de manterem uma espécie fracassada enquanto apta a aceitar o modal referenciado acima como algo de crua normalidade. Não haverá diálogo com os seres humanos enquanto a concepção da espécie no planeta vier com a soberba de se achar mais evoluída do que as outras. Muitos cães nos ensinam que são superiores a muitos homens ou mulheres, com mais tato, mais intuição e sensibilidade, e a pureza de caráter que participa de seu reino, justamente quando os seres humanos busquem perpetuamente serem perdoados por seus pecados. Pois bem, teimam em achar que pecam por questões relativas ao seu critério de existência, mas pecam igualmente quando ignoram que o pecado á grande quando comem a carne do gado crendo ser prazer essa brutalidade. Os porcos confinados não merecem essa vida, o corte da madeira em florestas fazem parte do mesmo pecado, ignorando a brutalidade de exterminar povos que respeitam a floresta e que não fazem parte dessa aldeia global que peca por pensar estar efetivamente equacionando soluções, e que mais não faz do que concentrar a renda em mãos de poucas populações, a grosso modo, o mínimo do corpo populacional de viventes humanos.
          A Natureza pode ser a porta para nos tornarmos mais conscientes, e essa condição é absolutamente inequívoca pois sua organicidade, seu arranjo imprevisível, torna a especulação que ocorre com a sua contraparte, em especial o mundo digital, uma caixa fechada onde outras populações acreditam em medíocres insights como prazeres intelectuais de nível, tendendo a separar as coisas em categorias, quando absorvem endemicamente a lógica simplificada de máquinas que servem para conceder poder aos mais “fortes” do que distribuir melhor os níveis de riqueza para os mais empobrecidos com a valia de enriquecer paulatina e certeiramente a compreensão de nosso mundo: a necessária tomada de consciência pela população mais à deriva desse oceano cáustico onde quem cai do pequeno navio é devorado pela insânia, qual rua que não perdoa… Essa categorização por osmose, que calha a quem calhar, favorece a enganação e a mística de serem aqueles chefes de organizações empresariais acima das inteligências dos Estados ou dos sistemas, como forma de agirem por conta de empreitadas criminosas, enquanto concentração de renda e roubos especulativos, rigorosamente na forma da lei, nessa defasagem existente entre aparato jurídico e avanço tecnológico sem par, lacunas em que o Direito Digital há que estar sempre correndo pela retaguarda para prevenir mais saques do erário humano. Resta saber que a Natureza esta, festejada por quem a possui, em seus clubes ou terras, restará sabendo mais sempre do que realmente importa à espécie, e esta mesma espécie não pode abraçar mais um conteúdo político que não verse sobre tamanha importância na urgência de tentarmos ainda salvar o planeta dos predadores de riquezas, em seu capitalismo selvático e sem freio. Em especial os mananciais de nossas Américas, pois o que se apresenta em um país como o Brasil é estarem vendendo nosso território alegando que movimentos nacionalistas tendem a ser autocráticos, e esse viés só exigirá o respeito quando mostrarmos ao mundo que atender às demandas de nossas sociedades só fará aumentar o respeito pela Natureza, de onde todos viemos, e para onde todos vamos.

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