Nada
nos é dado por acaso. O fato da natureza material ser tão ampla
revela a face do infinito, porquanto neste planeta o mundo material é
composto de frentes finitas, e os espíritos que devemos crer que
emanam de muitos seres, ou do que consideramos inicialmente ser
objetos em que interferimos, sem saber se estamos interagindo, ou se
as folhas secas já não possuem vida, como efetivamente,
concretamente é. Quanto à contraparte de nossa natureza essencial,
a espiritual, versemos ou observemos com mais cuidado, pois não diz
respeito à energia renovável, nem à sustentabilidade tão
festejada por aqueles que se fazem de pináculos do pensamento deste
milênio, assoberbados sobremaneira com a transição do fóssil à
força da eletricidade que sacrifica por sinal tantos e tantos rios.
Talvez a apreensão que fazem da matéria se traduza igualmente na
matança animal enquanto criam puros sangues ou tratam de enobrecer
sua língua com alimentos feitos de carne morta. Tudo cercado com o
parentesco irreal de seus pares, quanto da amizade feita de insumos
hedonistas com o propósito de revolucionar o que já está aqui há
milênios, fazendo os frutos se alimentarem dos outros frutos que vêm
mais tarde com seus ideais de sociedades, na acepção crua de
manterem uma espécie fracassada enquanto apta a aceitar o modal
referenciado acima como algo de crua normalidade. Não haverá
diálogo com os seres humanos enquanto a concepção da espécie no
planeta vier com a soberba de se achar mais evoluída do que as
outras. Muitos cães nos ensinam que são superiores a muitos homens
ou mulheres, com mais tato, mais intuição e sensibilidade, e a
pureza de caráter que participa de seu reino, justamente quando os
seres humanos busquem perpetuamente serem perdoados por seus pecados.
Pois bem, teimam em achar que pecam por questões relativas ao seu
critério de existência, mas pecam igualmente quando ignoram que o
pecado á grande quando comem a carne do gado crendo ser prazer essa
brutalidade. Os porcos confinados não merecem essa vida, o corte da
madeira em florestas fazem parte do mesmo pecado, ignorando a
brutalidade de exterminar povos que respeitam a floresta e que não
fazem parte dessa aldeia global que peca por pensar estar
efetivamente equacionando soluções, e que mais não faz do que
concentrar a renda em mãos de poucas populações, a grosso modo, o
mínimo do corpo populacional de viventes humanos.
A
Natureza pode ser a porta para nos tornarmos mais conscientes, e essa
condição é absolutamente inequívoca pois sua organicidade, seu
arranjo imprevisível, torna a especulação que ocorre com a sua
contraparte, em especial o mundo digital, uma caixa fechada onde
outras populações acreditam em medíocres insights como
prazeres intelectuais de nível, tendendo a separar as coisas em
categorias, quando absorvem endemicamente a lógica simplificada de
máquinas que servem para conceder poder aos mais “fortes” do que
distribuir melhor os níveis de riqueza para os mais empobrecidos com
a valia de enriquecer paulatina e certeiramente a compreensão de
nosso mundo: a necessária tomada de consciência pela população
mais à deriva desse oceano cáustico onde quem cai do pequeno navio
é devorado pela insânia, qual rua que não perdoa… Essa
categorização por osmose, que calha a quem calhar, favorece a
enganação e a mística de serem aqueles chefes de organizações
empresariais acima das inteligências dos Estados ou dos sistemas,
como forma de agirem por conta de empreitadas criminosas, enquanto
concentração de renda e roubos especulativos, rigorosamente na
forma da lei, nessa defasagem existente entre aparato jurídico e
avanço tecnológico sem par, lacunas em que o Direito Digital há
que estar sempre correndo pela retaguarda para prevenir mais saques
do erário humano. Resta saber que a Natureza esta, festejada por
quem a possui, em seus clubes ou terras, restará sabendo mais sempre
do que realmente importa à espécie, e esta mesma espécie não pode
abraçar mais um conteúdo político que não verse sobre tamanha
importância na urgência de tentarmos ainda salvar o planeta dos
predadores de riquezas, em seu capitalismo selvático e sem freio. Em
especial os mananciais de nossas Américas, pois o que se apresenta
em um país como o Brasil é estarem vendendo nosso território
alegando que movimentos nacionalistas tendem a ser autocráticos, e
esse viés só exigirá o respeito quando mostrarmos ao mundo que
atender às demandas de nossas sociedades só fará aumentar o
respeito pela Natureza, de onde todos viemos, e para onde todos
vamos.
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