sábado, 4 de agosto de 2018

DESENCONTROS

A quem encontramos quando olhamos para um selfie de pretensa amada
E vemos refletido nosso próprio olhar via satélite por ondas onde nada
Será como diria o poeta, em tempos onde a poesia tinha cor e forma...

Não, que não supomos nada, pois que o nada torna-se palavra assaz antiga
Dentro de caudais informativos onde um dado remete à informação,
Mas que para dentro do analítico contexto no que não verse o se conhecer!

Oh, palavras remotas dentro do ápice de uma cultura inóspita enquanto fria
Na frigidez calculada dos fluidos, em que a naftalina cheira no armário
Onde certos personagens de filmes de séries de encaixe acabam não saindo...

Sim, porque talharmos pedras que surgem no meio de nosso caminho, se tudo
O que pretendemos em existir vem da água quase vertida do farnel de pirataria
Quando o que percebemos é que outros conquistam o que para muitos não se dá!

Não, que nossa palavra passe a negativar a conduta algo coercitiva da imoralidade
Quando esta pressupõe a falta da ousadia, posta na posição confortável da covardia
Em que muitos alicerçam suas jornadas em enclausurar presos por questões de política.

Mas que encontramos a nós mesmos nessa miríade de faltas, nessas séries de escolta
Onde saberíamos melhor o tempo em que o país possuía nobreza e caráter íntegro
Quanto de sabermos igualmente que o tempo em que nos tornamos algo cessa por si.

Pois que o canto do encontro remete a uma página em processos de milhares sem vistas
Quais não sejam entre recessos jurídicos quando os mesmos esperam a volta do parlamentar
Que ao menos sua de seu terno ganho vestido em seu auxílio moradia de milhares de cobres.

Ao menos teremos uma eleição, um paradoxo onde o candidato mais votado está preso
Por provas que não existiram, por razões desconexas e indutoras da culpabilidade
Onde se desencontram informações encontradas pela assepsia geral de justiça incauta.

O desencontro versa sob o paradigma do jogo, onde aquele que lança seus dados na mesa
Sabe do resultado, e aqueles que escondem os ases na manga, igualmente sabe que a medida
Que o faz retrair a vitória pífia é o dinheiro que a falcatrua e desonra lucra com a privatização!

Por sabermos das entranhas do que está sendo posto na mesa, vemos discussões em grego
De arcaísmos desconexos, um palavreado pontuado por equívocos morais, quando estes existem
Nas plataformas em que esqueceram o aumento do salário do povo sabendo de si apenas...

A retórica surge em nuvens de algum lugar, os jovens passam a integrar a entrega da nação
Enquanto os grandes adormecem sobre pantufas de cristais mergulhados em silogismos
Aonde não se encontra mais ninguém que não seja quase agente secreto da própria farsa!

E segue uma imensa carruagem, um trem de ouro dos poderes construídos sobre o óleo
Que nunca deixará de ser o mote mais cabal e intempestivo, de uma serenidade crua
Onde quem se esquece de encontrar seu amigo ianque, ao menos compra a passagem de volta.

 Ao absurdo entramos, ao absurdo entraremos em uma cordial conversação com mentores
Que dessa parafernália, depois de consumada o imenso rasgo de nossa Carta de 88
Ponteia-se que vigora-se o grande campo fértil das religiões de última hora auto ajudando.

Cabe a quem agora transgredir o sistema quando defende uma democracia ampla e irrestrita,
Mesmo sabendo que na campanha das diretas já o que se viu foi uma montanha de empáfia
E lorpas com seus retratos vendidos, algo que se repete continuamente agora em nosso país.

E querem prosseguir nesse encontro genuinamente brasileiro da venalidade sem alturas
Porquanto sermos ternos nem sempre é solução para se enfrentar verdadeiros cães
Feitos em duas pernas e mãos que assaltam o erário, pois os de verdade são puros como a vida.

E assim seria a continuidade de algo que aparentemente não tem saída fora da eleição,
Mas que se respeite a vontade popular aqueles que se dizem políticos desinteressados
De riquezas acumuladas pelos moldes de péssimo exemplo que tem revelado a todos de bem!

É o respeito a uma norma constitucional, e respeito às instituições idôneas de nosso Brasil
Que poderá gerar encontros menos condicionados pelos interesses supra citados,
E caminharmos para que saiamos de nossa situação algo nebulosa no que seja apenas transição.

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