De planos alongados, a versão
inequívoca de um fato
Que sustenta a outros nem tão
visíveis nas superfícies
No tanto que fosse a mais de uma
história encurtada
No arfar das gentes, que muito é de
história curta
No que atravessa informação do que
nem sequer sabemos!
Cabe à uma curta história não se
diga o arrepender-se,
Que assim dispensamos algum verbo
de solicitação,
Mas se o fato é pertencente a uma
verdade, que seja,
Seja esta na fronte clara de alguém
que a possa ver...
Nem que fossemos titânicos no
verbo, nem que a escrita
Se reinventasse enganando os
troféus mais antigos,
Nem que o gesto de uma palavra nos
sobrescrevesse,
Talvez fossemos mais um tanto de se
preparar o caderno.
Tantas as vias digitais, que uma
frase pode estar no silêncio
Enquanto as fontes que deixamos em
alguma areia de plantão
Fora a concavidade sem nexo em que
partimos para um verso
Que por vezes em sua austeridade
fica à mercê da resposta...
Assim de prosseguir serão talvez
outros dias cinzas, no viés
De que mais uma luta não enobreça
muito o fato de lutar
Sob o lunar do desencanto aparente,
em que vemos a luz
De muitas estrelas no firmamento
onde firmamos o olhar!
Deixar-se a poesia falar um pouco,
deixarmos para lá a luta
Que evanesce o pouco do amor que
nos sobre sob o braço,
Seria de boa monta a um sinal
acentuado de palavras ditas
Ao que se pretenda encontrar o
mesmo ciclo sem muito nexo.
Nas vezes em que nem mesmo
espelhamos o olhar da amada,
Nas vezes em que vemos o sofrimento
do andarilho na rua,
Nas vezes em que pagamos um pão
assaz de fermento assado,
Nestas vezes por muito temos ao que
vestir um terno odiento.
No mais seja a veste o recrudescer
das chuvas nuas e duras
Como um látego nos ombros do cidadão
cansado da cidadania
Que verte no caminho de estar nesse
cansaço por mudar algo
Em que não sobre mudança de nada,
mas apenas um progredir.
Nesses passos da história curta,
sem titulação, sem eufemismos,
Nessas gentes que contam uma
história não contada, nos da arte,
Naquilo que a outros pouco importa
seja, posto o sistema corrobora
A que sejamos os únicos ao importar,
que ao menos se curta história...
E ao referirmos as páginas de um
relógio quase de pulso, feito mão,
Não se sabe se anda o ponteiro no
segundo referente ao que ditou-se
Ser mais um andamento científico de
última hora, como Samarco
Que ainda flui irrequieta pelos
vales e rios quase intactos do mundo.
Da história que não se conte, dos
números entrecortados no tempo,
Pedaços poeirentos de minerações de
restos crus das ganâncias,
A vermos que a história passa curta
em uma onda de destruição
Onde o rastro de seus segundos traduzem
milênios de devastação.
E as gentes que observam, a
política que aceita e remove o óbice,
O olhar que não possa ver portanto
na escala em que se observa
A mesma história longa que se
repete e teima o eterno retorno
Onde muitos se escondem na alfombra
de suas brutalidades!
Será que curtiremos algo, ou o
couro de um animal abatido
Em matadouro industrioso, para que
o pampa seja motivo de orgulho
Nas carnes que agora significam
muito mais do que uma simples
E fortuita imagem de que carnal e
orgia seja motivo de liberdades.
Há que se saber que a liberdade de
muitos significa mais além
De encontrar no olhar da falsa
rebeldia que consente o mal
Algo que remonte um olhar de
vingança, um escrutínio falso,
Por além que um indigente encontre
ao menos uma garrafa perdida...
Pois homens navegam na noite, em
mãos esquerdas e direitas,
Indo e vindo com seus carros,
carroças e pernas já cansadas
Ao que se diria que no transito
existe essa imensa variedade
Enquanto um vai por um lado e o
outro volta, no que se parece um.
À mesma medida em que um farnel de
um cidadão das ruas
Já encontrou na mesma diáspora que
une uma rua à outra
Mais parece um gueto de um planeta
que recobre de estigmas
O fato do fardo de um aparente ser
de duas pernas e meio estranho.
Verte que a observação passa a ser
intensa, no que casaria que, ao olhar
Seria mais fácil aceitar algo do
estranho proceder, visto no autêntico
Possa residir um espírito que sua a
arte em potencial sob os poros
Enquanto na igualdade aparente e forçada
do comportar reside um real.
E por mais que a semântica algo
indiscreta nos indique um caminho,
Por mais que tentemos não
ausentarmos a ação própria da iniciativa,
Por mais que alcemos nossos voos
sobre a alcatifa quase nobre do alfalto
Veremos forças caminhantes, dentro
da própria fraqueza de pensar sempre
Que a verdade de um ser seja algo
menor do que a própria força do espírito.
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