sábado, 25 de agosto de 2018

UMA VIDA QUE NÃO SE RESSINTA

          Espalhar o modo em que muitos esperam por uma normalidade, é como aspergir confetes no que é previsível, pois aquele que só se diverte sob o efeito de substâncias psicoativas como o álcool e similares não pode olhar para um tabagista de modo algo torto, preconceituoso. O mesmo a se dizer do sexo irresponsável, com a gratuidade de gerar filhos indesejados, posto na atração conjugada com o ato sob efeito de alguma substância faz navegar sobre um mar de incompreensão nascituros que nada tem a ver com planejamento familiar. Não é questão de falso moralismo, nem de ética imposta, mas apenas uma perspectiva sobre o que reserva à humanidade a população que chega sem reais e consubstanciados atos de resguardo, pois o futuro já não é bom em nosso presente. Não se prediga que não o seja, pois o estrago no planeta dá as costas para aquele que ignora ou por escolha e alienação, ou mesmo por ignorância da ciência. Em um futuro próximo já não teremos mais famílias realmente felizes, com a sexualidade dos jovens cada vez mais, em consequência dos hormônios servidos nas gôndolas do comércio de origem animal, precoce e facilitada pela ingerência nociva da exposição dos meios de comunicação de conteúdos com altos apelos eróticos, expostos nas casas onde o botão já faz parte da consciência infantil. É mais fácil uma criança ter o acesso ao entretenimento e à má orientação nos meios, do que os pais desejem botar freios, posto os mesmos progenitores permitirem a entrada das crianças dentro do universo digital, sem restrições e sem o controle crucial. Ao menos que se evite algo no sentido dessa paradoxal precocidade e instruções externas com uma retaguarda do resguardo das crianças dentro dessa imensa anarquia cultural em que vivemos. Já temos crianças com menstruação extremamente precoces, em uma sociedade que permite a liberdade que nunca será suficiente para o adolescente rebelde que faz uso de drogas e álcool e se permite agir com desrespeito, realidade presente no ocidente como um todo, não importando muito se a nação é rica ou pobre, refletindo a ausência do diálogo e um quadro terrificante nos países do terceiro mundo, onde a educação não é mais motivo de orgulho, mas um cenário trágico e atrasado.
        Os meios de comunicação também colocam à disposição irrestrita a violência, expondo os jovens às suas mais variadas formas e modos, o que torna a estimulação daqueles que treinam em excesso a preparação anódina de se formarem grupos ou ideologias raciais e totalitaristas, que acabam por agregar valores em regimes que já se apresentam como defensores de brutalidades como a tortura ou similares, onde uma democracia vira apenas um vestígio de certos fantoches que buscam militarizar o que não se deve, pois um governo civil certamente é algo mais civilizado, e qualquer contraposição é falsa. De se colocar, quando este governo em especial vai contra o seu próprio povo, e considera um outro país mais rico como detentor das verdades sobre seu país – pobre – em uma característica bem simples de se entregar aos interesses externos. Não se ressinta a vida por isso, pois a única possibilidade de uma boa administração em um bom senso de uma pátria decente é o diálogo e a manutenção única de que se faça algo de bom para esse país, no sentido de nacionalizar as conquistas e internacionalizar o conhecimento. Isso claramente passando à uma releitura de sua própria cultura, e a compreensão inequívoca das diversidades inerentes à qualquer sociedade que se preza por ser digna, democrática e pacífica.

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