Tal
seria o tempo se a vida não encobrisse o significado não linear
Que
a muitos se revela a si, um encontro inesperado, uma mulher no
caminho,
Outra
flor que a poesia esquece como parâmetro de saudável leitura
Posto
não de doença, que da doença possa padecer o mundo inteiro…
O
mesmo ser que se jacta de não ser no sacrário da existência
humana,
O
ser que tropeça em um nicho onde as formigas já abraçaram a esfera
De
seus próprios pontos no horizonte, em fugas massivas de linhas
pétreas
Nas
calçadas de um cimento nada estudado, que de amálgama fabrica o
vento!
Pois
que as flores não carreguem o seu murchar sobre os ombros, de uma
página,
De
um sorrir intempestivo, que algo incita a que não se fosse mais o
mesmo
No
algodão de um tecido, nas lacunas que entendemos por ventos mais
lisos
Do
que a superfície de algum antepassado que tenha legado ao homem o
porvir.
Quase
a negação de tudo, quase que não nos sacrificássemos mais do que
um tal
De
sacrifício pungente a que possuímos uma verve que o mais seja
traduzido
Por
antecipação que versa mais do que o esperado, a uma palavra não
ressentida
E
que talvez a façamos significante na própria Natureza da palavra
temporalidade…
No
que se perfaz de um outro vento, do sul que se apresenta, como uma
ilha
Dentro
de outras tonalidades assentadas na espera do que se diga a mais se
não for
Saberá
um homem que a veste de mais subterrâneos fugidios e circunflexos
Não
reste uma dúvida em que não pontificaremos mais a frugalidade em se
prosseguir.
Na
data que se dá de prosseguir aonde, qual não seja, um dia que
queiramos que melhore
A
qualquer fonte de emancipação de alguma estrela, mas que a mulher
ao menos veja
A
lua deitada em seu crescente tênue espalhando a superfície mesma de
um céu
No
olhar de quem a viu em uma noite que espalha faróis em olhares
retilíneos!
Quem
se desse ao ponto de pretender o solfejo de uma guitarra em um
flamenco cru
Ao
menos se lembraria da Espanha de muitos tempos, em que Saura monta
escola
Com
o aparecer de um teatro de rua, em que em cada nicho das casas se
escuta
Algum
verbo legado à América Latina de nossos pressentimentos de que algo
se sente…
Em
que se prossiga mesmo assim, pois a latitude de um consenso dentro da
União
Versa
que se una um propósito mais premente, e que não se loteie a
consciência
Com
famigerados gestos de ocasião, a saber, aqueles que creem ser
antecipadores
Mas
que não passam de ensaio de fantoches em um circo mal arranjado no
atraso.
Mas
que se tenha esperança, que se verta uma gota de um suor em nossa
fronte
Ao
menos para que nos lembremos que a circunstância em que reside a
fome
Faz
passar nas ruas uma população de dois dólares diários, o que por
vezes
Reduz
na mesma esperança a dignidade possível, mas faz do fraco um forte.
Mas
que a miséria não sirva jamais para que saibamos da fortaleza de um
ser
Que
busca um sustentar-se na piedade alheia, pois aquela só serve para
revelar
Que
um quando busca, quer apenas uma justa colocação, em que os do
Norte
Saibam
de uma vez por todas que o país em que milhões vivem ainda é
Brasil!
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