domingo, 12 de agosto de 2018

INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

          Pouco se saberá dos meios se não tivermos ciência do que sejam as informações, tão valorizadas nos tempos de hoje, no seu resgate ou busca através de diversas ferramentas, na oralização de aquisições, ou no que vemos ou ouvimos passivamente. Esquecemos do tato, até esse sentido planifica sensorialmente o que depois pode ser enunciado verbal ou visualmente no que percebemos, apesar de ignorarmos que os sentidos humanos são limitados, e essa limitação transpõe no significado de algo ou de uma ação apenas a realidade humana, por mais que queiramos "administrar" os reinos animal, vegetal e mineral. Pois que então paremos na informação dentro do critério das humanidades, nas letras em si, no áudio ou na imagem, no calor e frio, no sentir-se bem ou não, nas doenças e na saúde, e o que seja melhor dentro do conteúdo igualmente humano para sustermo-nos dentro da abrangência coletiva ou social. Esse conteúdo do que pode ser melhor passa por um idealismo necessário, quando se quer utilizar a informação, ou um dado qualquer que nem chega a ser informação mas que alimenta estruturas que lidam com esta. O pressuposto de querer melhorar uma situação vem do conhecimento ou habilidade que possa gerir a mudança, que possa compreender conceitos por vezes complexos e que venha a dar – no mesmo pressuposto das humanidades – conteúdo concreto de melhoria de vida na razão matemática do coletivo e seu bem-estar social. Passa a ser ciência o modal de uma riqueza ou patrimônio cultural ou econômico de uma nação, destarte, que o mote de tal circunstância ou ação ditará não apenas o seu conteúdo matemático com sua razão concludente e inevitável como a complementaridade de melhor qualidade de vida aos circunstantes da riqueza quando de desprendimento e capacidade de gestão e solução de conflitos. Não apenas na acepção teórica, mas igualmente na prática, dentro – repetindo – da esfera humana. Essa reunião de informações algo dispersas em torno de pontos, como se uma rua transpirasse em cada casa um caso pontual, gerenciada por tipos de redes fracionadas, falta com o embasamento mais geral. De outro modo, a colocação das informações mais universais na órbita de um conhecimento dialético traz a universalidade dentro de uma casa, mesmo que para isso não se necessite muitos contatos, a não ser a invectiva forma do estudo. Igualmente, nas variantes de se conhecer e articular apenas as informações realmente pertinentes a ele, unicamente. Do contrário, caberá a cada ser passar para uma memória desconexa, onde nem mesmo a aplicação de investigações mais acuradas sobre o outro evitará que a si próprio se perca a informação de quem pretenda ser humano ou não, existencialmente falando.
          Talvez se surpreendam muitos com a contestação que a própria máquina computacional tende a fazer de si mesma, posto de conhecimentos técnicos e extremamente rápidos têm-se fácil acesso na questão pessoal ou societária, quando de novas iniciativas, porém devemos saber melhor como se utiliza uma ferramenta. Pois que a vida de um operário agora tem o computador como coadjuvante, e do mesmo modo que se opera tradicionalmente a máquina que vira a massa da fiada, o computador coloca à disposição do povo em geral conhecimentos humanos que levam a massa humana a girar na direção em que a coerência do bom uso não travará o bom senso. Isso se a anuência ao discurso já anacrônico de falsos administradores ceder espaço a quem tiver o preparo – em uma geração mais consciente do humano e do que envolve o humano – que, com a ajuda da máquina aprove no seu gesto de conduta uma sociedade melhor para todos os seres, com a humildade que as pessoas têm que ter ao assumirem uma posição de igualdade com as outras espécies animadas e inanimadas... E, mais ainda, com reserva na prospecção de recursos que veramente tendem a destruir o planeta. Enquanto não houver essa acepção de sentido único para o progresso do holos de Gaya, não haverá muita esperança a nenhuma classe, gênero ou espécie social, pois todos dependem dos outros para continuar a vida em sociedade de União irrestrita.

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