domingo, 5 de agosto de 2018

LOGRADOUROS PÚBLICOS

A se contar que fora um lugar qualquer, um passeio de pedestres anônimos
Qual não se fosse um posto de saúde algum de serventia para uso comum
No que nos apercebamos que as cidades possuem algum sentido maior
Quando se pensa nelas para um uso coletivo, em que o individual não deva
Ser o propósito de usos públicos, como algo que se tenha que consumir
Para o desfrute de um cansaço do caminhar ao trabalho, para que tenhamos
Uma água gratuita jorrando de nossos caminhos, e que se detenha a questão
Na superfície das avenidas no que seríamos mais cordatos se fosse possível
A quem não tivesse, o pão que se concedesse à massa sem empregos…

A ver, que suposição seria de uma democracia quando temos acesso aos bens…

Na veia de nossas ruas, nas artérias feito fluxos de trânsito, o bem maior de saber
Que o que se fornece de benefícios, de parques, do uso do livre ir e vir,
Mesmo para aqueles que não se portem como esperamos, quem dera, na vulnerável
Situação de derrotas frequentes, a quem busque uma saída circunstancial popular
Que bem faríamos em adotar medidas que não fossem paliativas, posto um lugar
Conviesse a que fossem todos irmãos, independente de seus trajes e dificuldades,
Pois é apenas na solidariedade e compreensão do próximo que se dita alguma razão.

Na mesma verdade em que quando protegemos de algo através de um serviço a alguém
O quilate da esperança não deveria ser proporcional ao pago, pois quando esperamos
Alguma boa perspectiva que nos isolem da perfídia, o que se passa é sabermos
Que aqueles que enfrentam duras jornadas, por vezes no cunho primitivo de sobreviver
Na prática deveriam ser beneficiados pela atenção que devemos dar no final do trilho…

Se a verdade de uma população verte um entusiasmo quase não esperado, nas ruas,
Se ignoramos que muitos carecem de recursos mínimos para continuar prosseguindo
Com a dignidade quase imposta por questões de rótulos, veremos que quando nos postamos
Frente ao espelho, cada ruga da existência que não adquirimos e que vem rota nos outros
Ficaríamos, quando somos ao menos mais humanos, felizes de ver que um triste está feliz!

Desfaçamos a ignorância de ignorar os fatos cruentos que se passam em um tipo de selva
Onde deixamos para trás os problemas em que a realidade do outro nos incomoda,
Mesmo apenas com seu comportamento aparentemente deslocado, pois pode haver razão
Em que a vida não foi suficientemente fácil para esse olhar que não olhamos, quando
Ao olhar para trás vemos as sombras do que a todos há o risco de quedarmos pobres
E pode ser que precisemos desse olhar quando vemos que o futuro já não se apresenta certo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário