quarta-feira, 29 de agosto de 2018

CHOVE NA TERRA MOLHADA

Estará a terra com o suor de outras chuvas, a água que demonstra o tempo
Onde a versão primeira do quartzo na rocha escura declina a ser fatia do chip.

Na chuva que não molhou-se, àquela que enxarca até mesmo o pensamento
Quando se supõe superar o algo a alguém que não inclui a si mesmo no vento…

Das chuvas que lotam os barcos, das gentes que esperam que passe a procela
Com velas arriadas no pé das tentativas, algo que não se ressinta a maré mais plena!

Adivinhar-se mesmo a poesia, em seu lócus de significados semânticos primeiros,
No que não faça a verve algo camoniano, posto a nuvem não prepara rimas raras…

Na acepção de interpretação fugidia, no qualquer das gentes encontrarem um caos
Em qualquer dos lados, em que um se encontra com o outro na grande avenida.

E o rio jacta de suas águas, antes de recrudescerem o manancial da eletricidade
Que remonta o represamento das consciências, na medida em verte-se um pranto!

Ao que se profere outro significante, talvez o logos da matéria quase informe
Que não supõe a existência da humildade na alfombra de eras não mais passadas.

E que supõe-se o ser de uma água de bom caimento, na lanterna do telhado
Em que as calhas são de origem vasta, não bastando a necessidade de ressentimentos.

Vê-se a chuva despejando a si mesma o látego de gotas cruentas, no suposto ente
Em que se torna um ou outro com sua capa de proteção ao menos sem guardar o chover.

Na vertente de um náufrago perto do meio-fio, a meada da questão reza para que
Não se alucine o cinza pétreo das contendas de algo a vestir-se como uma sinistra moda…

Não que não se abrace a ideia, mas ideia de abraço não parte enquanto sua contenção
De um urso que não navega no vau das ruas, mas espera na esquina uma suposição.

Vem a plúmbea água do céu, e que remonte outra que venha da terra, essa substância
Que nos remete ao que não sabemos, mas que no coletivo espera-se ao menos o talvez.

Que não chova toda a chuva do mundo, pois a horta necessitada da água não necessita
Da mesma e abundante água onde a fome do sertão não inclui deveras como própria.

E na aridez infecunda dos planos inquisitivos que medem as temperaturas da Terra,
Não será a mesma que de modo cáustico espera que se chova ao menos para um alimento!

E de se esperar que a chuva entorne a qualidade de um verão no inverno, que seja um
O oposto daquilo a que chamamos aquecimento que não nos rediga o oposto.

E a questão de saber-se se chove em uma montanha, quem o dirá será se há a floresta
Em que seja o único lugar do planeta em que pode-se chover a monta generosa.

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