Mares de coral, da Coralina, azuis e transparentes, que não sejam
vítimas
Daquilo que não se pretenda azeitar as águas, da engrenagem que o
mar não possui
Nem com todas as riquezas que residem de naufrágios ainda por se
descobrir…
Mar cultural, da empreitada da vida, de se saber humano em meio às
bestas
Que rescendem o falso valor de uma existência de prognósticos
escalares
A que se saibam os motores que a ausência de combustível gera o Mad
Max!
Mas que retorna, retirante de um sonho, a que tantos se retiram para
o náufrago
Circunspecto em sua redoma de quase brilhante, quando sustém sua
estrela
Que brilha como dura insígnia, que verte por participação
inequívoca das frentes!
Mar que dista da profecia de Noé, que salva as espécies noturnas,
que se esquece
De levar todos e mais um pouco, de quando do dilúvio moravam e
viviam
Mais tempo em sua pureza, como Matusalém, algo de homem de correção…
Mar do homem que se professa religioso, que fugidio de aparentes
sombras
Faz recrudescer o crente que navega por sobre um oceano de versículos
A lembrar a uma ignorância do que seja o desconhecimento, do que
seja a falta.
Mar de poréns e desditas, mar de fogos de artifício confundidos com
outros fogos
A que não se pertença a qualquer coisa de muito, no pouco que é
consagrado
Mesmo na vida do homem que professa a fé quando justamente lhe falta
pão!
Mar do mesmo tom que enobrece a água limpa, de um sal marinho
filtrado
Por seres púlpitos de outras frentes, do falar às gentes, de um mar
florido
Por ao menos acalentar intenções, a que se permaneça a luta do
magistério.
Mar do crer, do querer crer, do acreditar crer-se a crescer de
antemão
O óbolo que escolhemos no ato apaziguador, na caridade de uma vida,
Na ação apostólica romana da Igreja nossa de todos os santos.
Naquilo do mar que quer, no que se pretenda ser mar maior do que o
tempo,
Do mar que vieram as missões, do mar que vieram trabalhadores
A cultivar na terra brasileira as nuances de conquistas há muito
consagradas!
Ao mar que se fora um peixe fora da rede, a uma cidade em que um
homem vive
Conforme as leis supremas de Deus, se não fora isso, não haverá
consorte do tempo
Este tempo eterno que a todos reivindica que por instantes se tenha a
libertação…
Ao mar que fora, ao mar de fora, que seja um mar por suposição
alterna
E que se mantenha dentro dos limites algo impossível na esfera
Terrena
Quando se sabe que o Atlântico, o Índico e o Pacífico se
comunicam.
No mar possível de não derreter tanto as calotas polares, que
espere um tanto
A que a predição de últimos juízos não seja por agora, que nos
poupe
O ato do decassílabo em sabermos que ainda temos tempo para
consertar!
O mar, esse mar das desditas cruentas de seu vigor incomparável,
fruto
Dos desmandos humanos, não apenas aqueles que andam com seus passos
turvos
Como dos carros que – a título de convencimento – continuam a
minar seivas.
Da Natureza e do Mar, que sejamos mais autênticos, mais resguardados
perante
Aquilo que a mesma vida de sempre retoca nas suas mensagens, ou seja,
Que a rocha marinha possa abrigar ao menos um pescador que almeja um
peixe!
Do mar que silencioso verte mais a anuência da vida eterna, que
seria algo imenso
Quanto à percepção de que somos centelhas divinas que
sobrecarregam um corpo
Mutável, obviamente, posto vários, crianças e adultos e velhos,
como o destino!
De um sobreaviso que se encargue ao mar a tênue superfície de
cristal de suas ondas
Onde a franja de suas escumas se entenda melhor quando fora mais pura
Do que a ausência de saneamento que prejudica suas vidas, como dos
tantos humanos.
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