terça-feira, 17 de dezembro de 2019

A ANATOMIA FUNCIONAL


            Que um corpo humano funcione – isso é de praxe – isso é um tanto óbvio. Aos estímulos, com respostas, atitudes erráticas ou acertos, o que é questão positiva, no progresso quando esses acertos melhoram o escopo de mais de um, que como um casal e seus filhos, ou um administrador de uma grande empresa, ou mesmo no resultado satisfatório de uma ação qualquer. A anatomia faz que inconscientemente não estejamos sempre atentos aos movimentos da Natureza... Mas que estejamos cônscios de que tanto a Natureza material quanto a espiritual possuem ambas sua própria sintaxe. Seus funcionamentos, seu modo arguto quando de maior potência, maior força e grandes mistérios que a encerram. A anatomia nunca se apresenta completamente em seu viés externo, aparente. Há feixes musculares em nosso corpo, por exemplo, que são internos, em funções variadas e complexas se consideramos a estrutura óssea e muscular como parte de uma mecânica maravilhosa. Diversos tipos de tração, de alavancas e sutilezas fazem o nosso corpo funcionar, como uma máquina onde a Evolução é constante, assim como a Natureza material e seus trilhões de formas, considerando os seres e seus sistemas que o planeta dispõe ao menos – e mais sensatamente – a uma contemplação profunda dos olhares mais espiritualizados, que abracem melhor a mutação que compreende o nosso planeta e as galáxias como um todo. Posto a inquietação de um homem ou uma mulher, a cerca do que nos envolve como um todo e seus fragmentos, que inexistem – as partes – sem o mesmo todo. Inexistem porquanto por vezes algo isolado, como o piche, que faz parte de um todo ancestral e fóssil que inexiste como vida abrindo feridas no mar quando é descartado, ou abre feridas na atmosfera quando é consumido, falando-se de uma geração de seres que foi extinta há milhões de anos, porquanto que o ser humano, que vem depois, resgata essa questão fabricando paradoxalmente uma destruição que se repete e remonta o asteroide de antanho. O gigantesco cometa que extinguiu os dinossauros do planeta, estes que viveram muito mais tempo na Terra! Ainda é tempo de superarmos a existência daqueles, valendo-se por muito a que sejamos uma consciência não dos nossos erros e fracassos, mas em ações exemplares que permitam, sob a égide evidente de termos respeito aos Direitos Humanos Universais, criarmos bases de sustentação a que se remeta na coerência e na sensatez de nossas atitudes perante a vida a nulificação da barbárie gerada pela ignorância sistêmica a que querem submeter muitos povos do mundo. Reza por sustentarmos o bom senso e a clara e tolerante paz, para que as investidas da arrogância e da prepotência gerada pelo fanatismo político ou ideológico nos permitam avançar ao menos para o lado das humanidades, ou seja, que tenhamos um poder benévolo para mudar a face hedionda de certas pessoas, grupos ou nações. Dessa premissa vem a parte de um discurso íntimo e pessoal que não necessariamente estaremos compartindo, mas que se tenha o equilíbrio necessário para evitar que o rancor fundamentado pelo odiento modo de ser prevaleça sobre as pessoas de bem. Se por ventura não se aprender essa lição o ser que reside em nós como alma espiritual vem a rejuvenescer a boa vontade, mas somente àqueles que mereçam, pois em nosso coração existe um pássaro que apenas desfruta que é o espírito de Deus, e outro que somos nós que temos a cumprir nossa missão, pois Deus observa todos os nossos atos, e a justiça decorrente reside no tempo algo curto de nossas vidas, a saber, da justiça infalível todos estamos e devemos estar cientes, e assim funciona a simples questão gravitacional da anatomia de nossos destinos, enquanto corpos que obtermos nesse estranho mundo em que sequer pensamos que a maldade traz seus preços, e que a ação e a reação fazem parte da Natureza divina e da Natureza demoníaca, em que muitos sobressaem em suas utopias de poder, e mal sabem que a própria vontade de poder, como dizia Gustav Jung, embala um critério desfavorável quando ignora os seres outros, de quem dependemos, apesar da ignomínia levar-nos a poderes cegos, surdos e mudos, contudo.

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