Se
não há libertação não há liberdade… Os caminhos da história
são duros nessas questões, porquanto vários povos foram
manietados, explorados, em um caminho de ida e volta posto que nos
colocamos como um ponto pivô em relação aos tempos atuais, um
milênio que revela saltos qualitativos ou perdas generalizadas nesse
campo. Jamais alguém quis ser escravizado, jamais alguma família
quis ganhar menos do que uma renda justa, um pago merecido, mas
alguns sempre quiseram manter os privilégios de conservar uma
relação injusta com os subordinados, quando porventura sempre
houvera a relação de patrão e empregados. No nosso país ninguém
muda esse perfil facilmente, e atualmente se pretende até mesmo se
controlar a livre imprensa, a livre expressão, na tentativa de
cercear a liberdade que somente a Democracia permite. Mas isso não é
uma condição irretocável. A liberdade passa a ser quase um
delírio por vezes em mentes mais afoitas, mais da arte, da
expressão, do desenvolver um pensamento e seu feedback. Não caberia
analisar o fato do que vem a ser a liberdade, posto quem a desenvolva
sabe dos seus meandros na capacitação de aceitar a extrema
diversidade social dentro do emblema de uma vida mais inteligente.
Não propriamente a inteligência compulsória, mas dentro de um
espectro da amistosa relação com a filosofia, um pensar livre de
amarras, a condição sine qua non de que as boas ideias
prevaleçam sobre a pisada forte por encima de nossas criativas
intenções, justamente onde um país possa se desenvolver com suas
próprias engenharias, no dito: engenho, criação, ferramenta, o que
transcende propriamente a filosofia, mas o seu teor intrínseco se
estuda como algo transparente e belo no quesito do know how, o
como fazer. A se propor a libertação de amarras que significam
saber-se algo, desde que seja de outro país e sua proposição de
conhecer, não diste que saibamos aqui dentro, mesmo que para isso
tenhamos que conhecer a partir de fontes externas à nossa pátria,
mas a sede de atuarmos nesta é que nos diferencia de uma sociedade
que se entrega culturalmente ao modo de vida estrangeiro como sendo
principal e única referência que conceda ao cidadão o status e
a posição profissional fora do espectro de uma nação: íntegra e
soberana.
Pensemos
por encima da razão que nos leva embora, manifestemos nossos
diálogos e debates internamente para construirmos um panorama forte
de nosso ideário, pensemos de dentro para fora, aprendamos com os
direitos do índio, façamos a lição de casa preservando o bem e
denunciando os abusos de qualquer ordem, pois estas são as razões
até mesmo crísticas, posto o Cristo Rei fala em libertação,
contesta Roma, dá os sestércios a César, e predita a igualdade
entre todos, quando reparte o pão em suas ceias. Disto não
poderíamos tecer oposições, pois certos fatos são redondos como o
nosso planeta, e é da esfera de nosso sistema que possuímos o Sol
como fonte eterna, e a Lua e suas marés como a magia da mãe d’água.
Sim, por que não sermos algo espíritas, xamânicos, hare krishnas,
evangélicos, naquilo que se irmana como uma palavra consoante que
nos dite algo como a libertação. Libertar a mente da poeira
acumulada pelos séculos é como um canto que congregue, que leve
adiante, mas que seja plenamente observado o perigo que é confundir
a crença ou o credo com o Poder. Quando se fala em libertação a
história preserva todas as vertentes do pensamento, visto que mesmo
a religião é fruto do pensar, da mente em atividade, da
inteligência em descobrir letras de importância ou ritos de
passagem…
Muita
literatura foi fabricada para convencer a que se digladiem os povos
por causa da religião ou similares. Posto isso de lado, que baste,
ponha-se o pingo nesse errado e deslocado i. Não haverá
similaridades com algo concreto de sensatez enquanto a contenda seja
um lacre a ser descoberto como segredo inviolável e secreto no
eufemismo de sabermos que nada mais é segredo hoje em dia, no novo
milênio, mas temos que saber que a mentira se espalha com uma tal
facilidade nos tempos da rede digital, que dá a impressão de que
muitos dependerão do alimento gerado por fakes fabricadas. Um cerne
de recursos da mentira, produzidos, fabricados aos milhares, na
gestação de inteligências artificiais, como se montar um vídeo
algo verdadeiro com um áudio falso acaba sendo recado para criança
ver… Crianções adultos, que querem ver o remoto, querem acreditar
que a terra possui uma quina por onde os barcos desabam depois de
percorrer a grande alfombra do mar! Ao mesmo tempo que denigrem a
ciência, revisitam a inquisição quando Galileu descobre o mundo
tal qual é, em um litígio contra a Igreja Papal que hoje já aceita
as grandes Novas, como entidades do espaço.
Por
ventura cheguemos mais perto da sensatez, quando o mesmo instrumento
que quer divulgar digitalmente a ignorância atroz deva saber que
seus contatos em qualquer lugar do mundo depende da anuência física
dos satélites, e que saibam que estes existem em profusão ao longo
do espaço esférico em torno da Terra. Ou seja, muitas coisas que
buscam nos amarrar justo em uma insensatez sem tamanho são teorias
fáceis que desejam chamar a atenção para o grotesco, para uma
miríade de pequenos faunos que deslisam sobre uma superfície de
incompreensão, no sentido de se reunir no mínimo para outros tipos
de metáforas. Não que não se seja de outra classe, mas a liberdade
aí está para se permitir inclusive que existe a mula sem cabeça, o
papai noel, a noviça rebelde ou a Jeannie que era um gênio.
Superman, Batman, Quarteto Fantástico, Acqua Man e outros
personagens de fantasia. Na verdade talvez a libertação seja saber
que, enquanto nosso imaginário tanto faculta uma sociedade de relevo
em seus ícones irreais, talvez estejamos perdendo tempo quando
queremos nos igualar aos descartes da indústria cultural, porquanto
o que realmente nos livraria das amarras de tamanha ilusão é ao
menos compreender melhor o mundo em que vivemos, pois sim, dentro de
um realismo necessário, porquanto elucidador dos fatos que ocorrem
em nosso redor: além ou mesmo muito próximos de nossas redomas
existenciais ou físicas.
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