Do mundo requer-se um sentimento maior, quiçá universalizante,
Quando dispomos de palhetas de cores mais curtas para a expressão
Esta, continuada no vocabulário do sem conta, irretocável
Quando a dimensão primeira nos encerra ao dizer de um léxico
qualquer!
Há de haver a qualidade de nuances infinitos nos verdes de uma mata,
Nos azuis de um mar e do seu encontro com os céus,
Há de se ver a tonalidade em que a pincelada hábil de um grande
artista
Tece a aritmética de seus enredos nos canais da percepção…
Qual forma de Deus, na forma universal de seus dizeres, no que se
escreveu
Que na aparência verte a sombra sobre o umbral de outras realidades
Na monta em que não se disse tudo, mas que o que foi escrito
Remonte a crença quem sabe de tudo o que jamais se saberia!
A vertente da inocência é a pureza que jorra de uma fonte eterna,
Daqueles puros de coração, onde a certeza da malícia ainda não
Depositou os seus ninhos ocres escuros de uma mácula justificada
Na mesma ordem que submete os fracos para dar lugar ao turvo.
Pois
bem, que seríamos mais jocosos se ausentássemos do que pensáramos
Ser um mundo atonal a semântica algo discreta de um altruísmo
Que se revela pontuando as cores com seus dons de arte o lar
Daquilo que sabemos ser imprescindível à cultura do povo: a arte.
Tantas nações ergueram tantos monumentos, tantas são as películas
Que revestem o olhar de tons constituídos pela união da fotografia
Que as imagens que tecemos nas entrelinhas de um possível passeio
Podem ser obras em aberto esperando que o nosso subconsciente urja.
De se rogar a uma palavra terna no coração da arte que não exista
ainda
Restemos a uma coragem de sacar de um coração a veia que desponta
Como uma qualidade expressiva que remonte uma coleção de obras
Que não estejam tão em aberto na Natureza, mas que em um museu
hajam.
Das salas de exibição vemos Pedro Américo ou Victor Meireles, o
som
De cores como na explosão de Tarsila antropofágica, ou de Anita e
suas telas
Em uma semana da pauliceia que revelou ao mundo o Brasil em suas
cores
Nos nuances que se pretendam serem maiores do que a falta de dias com
mais arte!
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