segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

O ORGANOGRAMA DO PAPEL


O traço revela por muitas vezes um dito, um chiste, uma piada, que seja,
Algo que nos revela a subvenção de um tópico, o dia que se apresente,
Uma frase esquecida, um rumor, ao que se dê o mérito da compreensão!

Dentro do escopo de uma realidade por vezes ausente, a anuência do todo
Retrata aquele fragmento que passa despercebido, e que revela do real
Outra feição do que não se sabe na cota do merecimento justo e cabal…

Assim por revelar a ordem de um organograma, mesmo em casa caída
Saibamos que é registro longe de uma falcatrua, um termo de fora caos
Ao sabermos que não é de paus imensos que se faz uma boa canoa.

Ah, se pudéssemos saber das artimanhas do inconcluso, dos livros de ontem
Quando sequer os lemos no amanhã, no que se diria, o bom termo, a voz
Que – palavra extremamente forte – surge do nada e diz algo de se ouvir.

Não necessariamente se ouve a voz que não existe em uma realidade,
Mas que se ouça o termo do tempo, organizado, o que se escuta realmente
Quando o realismo crítico hoje subentenda que a poesia é feita de papel.

Rogue-se o escrutinar-se uma outra voz, sem o lado de psique enfermiça
Mas de saúde contingenciada por vertentes de qualquer de seus lapsos
Que na verdade supre a mesma verdade encoberta, de face única e una e sã.

No dito que não seja, não precisamos sermos tão saudáveis, se na conformação
De uma alta esfera produtiva, por vezes por falta de organogramas corretos
Subentende um panorama de danos às gentes: teor, sacrifício e lutas.

Tomar consciência de um fato diz a vez sempre de um momento histórico
Onde a conformação da onisciência de nosso Deus, retira de alfarrábio indiscreto
A cela de todo aquele que luta dia e noite para compreender sua parca liberdade!

No que não diste de uma Natureza, ela mesma, esta em que possuímos o conhecer,
No que diste de outra matéria nua, crua de si mesma, a alocução dialética de seres
Que remontem tamanha engenharia global, que o que venha de material dê seus frutos.

Naquilo que pressupõe a veia da poesia naquilo que se subentenda não inimizades
Reside o tronco diplomático dentro de um veredicto libertário, de uma questão de ordem
Onde os seres estes mesmos vivam com o organograma de um papel e suas intuições!

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