sábado, 21 de dezembro de 2019

A MATEMÁTICA DA AUSÊNCIA


          Um ponto equidista de outro e, no entanto, pode-se desconhecer aonde está exatamente o outro ponto, em uma relação de amizade, ou na objetificação da mesma, quando filtrada por conexão eletrônica. Distam dois vértices, mas em realidade não se toca o fato, a existência do que se refere à mesma conexão, pois podem estar ausentes um como o outro mas, até prova em contrário, na tela aparece algo que – se interagir – dá a ilusão da presença. Justo que falemos da ilusão, pois a matemática desta convém com numerais, erros contados, bancos de dados, lógica numérica e algébrica, e tantos outros itens que entrelaçam a geometria algo dançante de inúmeras engenharias… Muitos resultados dessa sequência que funciona qual um rotor em sua sequência de tempo são do descarte: dá-se voltas e as anteriores por vezes não são consideradas, posta a engrenagem em cartas na mesa! Um, dois, três segundos, minutos, horas, séculos… Reverbera o tempo, apesar da convenção do homem, de estarmos nos fiando na órbita da Terra para saber que uma noite encerra o dia, e precisamos desse tempo de maneira sagaz e experta para encontrarmos soluções à altura da humanidade. Dá-se a ausência quando o gastamos futilmente, e dá-se presença de maior peso quando agimos coerentemente, na sustentabilidade dos aspectos produtivos, no respeito aos direitos e à cidadania, na construção de uma excelente democracia e no desenvolvimento da ciência material e espiritual. Esse é um sonho, mas algo concreto, no entanto, algo que deve ser levado em consideração por lideranças, ministros, e presidentes atuais. É um caminho presente em nossas cúpulas e esferas, e que se dê conhecimento coerente ao povo, pois assim construímos um país mais soberano: liberalista e plural. Esse tipo de conquista não se ressente de existir, pois deva pertencer a todas as categorias de uma nação, sem exceções à regra.
          Mas voltemos à matemática, tanto que é esta uma ciência maravilhosa. Se não fora, não saberíamos construir uma simples rotina de programação, e aqueles que usam de um aplicativo qualquer não encontrariam um que se encaixasse no seu propósito funcional. Mas a matemática pode gerar a ausência, quando utilizada para auxiliar a modalidade do poder, e suas variantes. Variantes essas que nos fazem impotentes em conseguir a geração de uma verdade, que seja compatível com a sensatez, a paz e a bondade, esta, como um dos modos da Natureza Material. Se tanto não fosse dessa forma, estaríamos combatendo um mal combate, a maldade em si que, aos olhos de toda uma sociedade, transparece como algo que não seja satisfatório, por bem entender a sequência numérica que subentende a abertura de um cofre, pois a matemática bem empregada revela aos homens a superfície e interstícios do bom senso, bem como a riqueza duramente encontrada e bem utilizada.
          Por fim, queiramos que a matemática não ausente do que é factual, posto justamente no encontro que realizamos com a presença física de alguém, pudera o encontro eletrônico funcionar com a decodificação da assimetria que por vezes ocorre entre um vértice – ponto – a outro, ou em um vértice a milhões, posta a mesa: justamente abraçar a linha tênue que separa a ilusão da realidade.

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