terça-feira, 24 de dezembro de 2019

FLEXIBILIZAÇÃO EM GERAL


           Saber qual o limite entre a compreensão e o conhecimento passa por canais da percepção que entendem que agimos e compreendemos a ação quando a reciprocidade dos movimentos da mesma ação se coaduna com o comando relativo ao cérebro, à mente, ou a alguma outra ordem que subscreva a mesma ação, seja externa, ou interna. Esse tipo de sintaxe se dá muitas vezes pela lógica, mas devemos saber que a lógica em si é apenas um instrumento, e que a lógica para o progresso da humanidade é um meio em si, algo mais consistente, pois subentende conhecimentos mais amplos de disciplinas que regem um desenvolvimento contínuo e – agora – com a terminologia da sustentabilidade, o que já deveria ter sido concebido há muitos séculos atrás. Posto ser difícil combater a indústria que destrói em detrimento de interesse alternos ao que seja nosso território, no caso, o Brasil. Saber-se perene não é solução, pois o dinamismo das frentes produtivas sem pensar nas preservadas – compulsoriamente – riquezas Naturais dão margem a que se dê o pensamento de que algo ruim acontece no planeta, abrindo cicatrizes nas crenças ou fé dos cidadãos de que este mundo ainda pode ser melhor, afora o messianismo do final dos tempos, que teima em dizer que a justiça só retorna quando o fim do mundo for a única realidade, o que abre lacunas em fanatismos religiosos que tendem a sacrificar culturas em nome de única vertente de credos. Se o homem é ruim pode tornar-se bom, e essa transformação só se dá culturalmente, ou seja, com mudanças estruturais nos meios que alimentam do mesmo pó que nada gera de uma indústria que seduz essas superestruturas do Poder. A coisa se mistura, e o que é bom pode não ser para outros, e certas vinganças relativizam a própria noção que se tenha da Verdade, que é uma, ou seja, o progresso humano e civilizatório das nações, haja vista por vezes depositarmos nosso afeto em um animal, o que não é um contrassenso, pois por vezes estejamos por viver outras leis: as leis da própria Natureza e seus seres.
          Parta-se do princípio de viver a contemplação dos seres, das paisagens, da compreensão devidamente flexibilizada da percepção do que somos e do que queremos ser, pois em um bosque as criaturas como os insetos fazem seus ninhos, e é a partir dessa transição entre a lógica humana e robotizada, e o suprassumo da consciência da Lógica da Natureza do que vem a reboque o conhecimento humano a respeito do que é organização, criação e cultura, do que vem ser o ritmo de uma borboleta em uma música, do que vem ser a percussão de uma cigarra, e do que vem a ser o trabalho extenuante e maravilhoso de uma formiga. Afora dizer dos pássaros, em que um criador como Leonardo da Vinci estudou extenuadamente para compreender seus movimentos e lutar em seus desenhos diários para que o homem pudesse voar com a força – duplicada pelo engenho – de seus braços. A mesma lógica como então se cita da Natureza não passa de uma transcrição, que vai muito mais além do que a ideologia ou a política, já que sua transformação é uma consubstanciação do que vem a ser o estudo mais aprofundado em termos filosóficos, mas é erro pensar que tenha a ver com a grandeza escalar do que nos espera a AI, inteligência artificial, pois a única dádiva que Deus mantém em seu poder para nos ensinar como um grande mestre é a mesma Natureza que estamos destruindo para conceder a “irmãos” de outros países nosso maior trunfo, o trunfo de toda a humanidade, pois as coisas naturais não têm dono, e os lírios do campo estão dando lugar à soja transgênica ou ao óleo que queimam ou distribuem pelo mar.
          Portanto, é evidente que devamos considerar a Gênese como algo dinâmico, afora a própria percepção bíblica, e entre aqueles que gostam dos testamentos bíblicos, deve-se levar mais em conta o Novo Testamento e os ensinamentos de Cristo, entre tantos outros avatares da boa intenção, pois o caminho para se chegar no paraíso é saber sem muita relativização que o mundo será transformador para os homens quando se chegar no consenso de que a Natureza é a nossa mãe sagrada!

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