Considere-se
a civilização contemporânea como um sem número de conexões, cada
qual com um tipo dela, no que se parece algo compulsório, não fosse
apenas as relações humanas sem os filtros da eletrônica. Nas
galáxias da comunicação em todos os tempos, quando em determinada
época se levava um quadro a óleo para uma igreja, o percurso virava
um espetáculo onde a população usufruía desse momento como algo
mágico, surpreendente, como um estalar da cultura, posto o meio em
questão – a arte – virava o reencontro muitas vezes com a
realidade anímica e interpretativa do objeto artístico. Na medida
em que se escreve hoje em dia, remonta-se outros meios rapidamente
assimilados, em progressão geométrica na variedade, mas
funcionalmente não muito diferente ao que ocorreu nos tempos das
invenções tipográficas quando se tornaram acessíveis a impressões
de jornais de maior alcance que democratizaram – e muito – o
conhecimento dos fatos e da história, ou da ciência como um todo.
Esse acontecimento gerou edições de escritores maravilhosos a um
preço acessível, certamente mais em conta do que as iluminuras
medievais da Bíblia Sagrada.
Hoje esse livro ainda é o mais impresso de todos os demais e, no
entanto, a ciência e a filosofia já caminham para reeducar a
população cada vez mais, tais são os acessos permitidos pela
internet e suas conexões, e tal o volume de conhecimento em que os
laços que nos unem pela demanda e pela oferta dispõem
para os mais vários ofícios
por vezes são tão simples como os cabos que unem os mouses com a
máquina.
Porém,
as modalidades do trabalho continuam, e as invenções agora são
mais quantitativas, em que ás vezes podem ocorrer retrocessos
formais e cotidianos, talvez plenamente quando não se considera mais
solidariamente as condições em que serviços como cultura,
esportes, educação, saúde
e aposentadoria, decentes… Sabe-se que um país pode passar por
crises institucionais, morais e econômicas, mas preservar o direito
inalienável da existência de uma Democracia exemplar não é
e jamais será romper com o
bom senso, e a vontade do povo tem que ser respeitada, a não ser que
haja ingerência dos atores no cenário político em crimes e
descalabros, ou seja, quando um Presidente peca por se omitir ou
negar o que acontece sob sua responsabilidade, se investe contra o
povo, ou possua laivos quaisquer de autoritarismo. Se a grande
questão é manter os laços com esse facultar-se de ser déspota,
merece ao menos que faça a si mesmo a autocrítica e tente com todas
as suas forças tomar medidas que beneficiem o povo, pois a voz do
povo é a voz de Deus. Melhor
dizendo: o Poder emana do Povo e por ele deve ser exercido, através
de seus representantes. Essa é uma máxima que revoga o direito
daqueles que querem exercer o Poder verticalmente, pois assim não
terá autoridade para ser um representante democrático de seu povo,
que nele votou, mesmo que não seja uma maioria significativa. A
partir do instante que se cria um laço com que se mova a sociedade
no sentido de progresso, terra, paz, boa economia, educação,
saneamento, equilíbrio fiscal e tantas outras questões que
encaminhe um país de terceiro mundo a ser no mínimo – e em um
breve começo, pontualmente – uma economia emergente do ponto de
vista global, aí sim pode haver consensualmente uma relação entre
o governante e seu povo… Afora isso, não é uma relação
consensual e, portanto, antipopular, pois esquece do povo quanto às
suas demandas e intenta construir falaciosamente uma esfera de poder
onde quem participa são apenas seus apaniguados. Isso vale como uma
recomendação, quando o laço que move o país possua alicerces
dignos, adequados a cada problema de suas populações, respeitando
os regionalismos sempre pertinentes.
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