terça-feira, 31 de dezembro de 2019

O LADO QUE INEXISTE


Seria uma superfície histórica algo que nos consubstanciasse a razão
Ao ponto de um jurista acreditar piamente em que o Direito seja
A ciência da lógica dos predicados, dos objetos, além do que fora
A dimensão sonante de uma moeda trocada por mercadorias frouxas
Que se encontram em um convés de um barco subliminar?

A ponte nos gera, é influxo, é palavra, une, encaminha e urge
Tal o fonema de um imagético destino, que seja, a se rogar que permaneça
Na mesma União de se saber um elo que nos faltasse para divulgar
Um perdão da dúvida, a circunscrição de uma área, um bairro mais seguro!

Que seja o ato maior do que a própria palavra, que a vida não encerre tudo
O que nos faltasse na dimensão de um propósito maior do que a sua existência…

O lado que nos falte não seja o lado da cara, talvez da coroa, posto talvez
Não se possa relacionar a razão do lado da coroa sem a face, ou ao número
Tangencie a sorte de encontrar a moeda no jogo sem conta, de uma sorte
Quase efêmera que nos encaixe no valor do que dá para comprar
Naquilo que realmente gostaríamos, por uma suposição das fibras, de obter.

As falsas aparências aparecem na vertente de uma face que inexista
Mas que em uma realidade do fato é presença inequívoca, mesmo que farsa!

No entanto, vejamos com melhores olhos a unidade principal, as forças
Que regem um sistemático proceder, a um ano que transcenda as frentes
Naquilo que não exista, no entanto, das faces cruentas da realidade…

Encontrar um óbice tão aparente quanto um rotor gigante, girante e pífio,
Na mesma jornada de sua ordenança pode estar um outro jogador, ludens,
Que perpasse nas fímbrias de um ocaso as esperanças que deixamos na rua.

Essas ruas girantes, esses fantasmas que carregamos no entorno, medição,
Ordens, palavras, justiças, regulamentos, processos, jurisprudência – que seja
Em uma verdade nua e crua, una, portanto déspota, jurada, previdente ou anunciada.

São tantos os modos em que vivemos que um ano não nos bastara a sermos
O que realmente esperamos de nós mesmos, posto carapuças de antimônio
Como alquimia que a carregamos nos vórtices de um cristal de silício
Pudera, temos os recursos para transformar quem sabe a própria matéria.

Na escalada de uma vertigem de um poeta que ame seus caminhos, está o recrutar
Das gentes que urgem por estarem caminhando, cada um ao seu modo, a se virar
A omelete bem no ponto de dourar a clara que estava fremindo por desejo de lados.

E ao lado que temos, que fatalmente e centralmente possuímos dois, dois braços,
Duas pernas, um olho, um canhoto, outro olho que olha, uma boca simétrica,
A coluna aprumada onde a medula e seu sistema regem o motor de ambos os lados,
E que, no entanto, se teima a dividir quiçá uma perna serena pela promessa da prótese!

Não, que o cadinho do alquimista quer do fato suas qualidades, quer do chumbo o ouro
E que reja pelo bendito valor da química toda aquela que seja válida, sem lados turvos
Para que não se confunda o simples com lutas inglórias de cartilhas pífias ou duras.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

O ORGANOGRAMA DO PAPEL


O traço revela por muitas vezes um dito, um chiste, uma piada, que seja,
Algo que nos revela a subvenção de um tópico, o dia que se apresente,
Uma frase esquecida, um rumor, ao que se dê o mérito da compreensão!

Dentro do escopo de uma realidade por vezes ausente, a anuência do todo
Retrata aquele fragmento que passa despercebido, e que revela do real
Outra feição do que não se sabe na cota do merecimento justo e cabal…

Assim por revelar a ordem de um organograma, mesmo em casa caída
Saibamos que é registro longe de uma falcatrua, um termo de fora caos
Ao sabermos que não é de paus imensos que se faz uma boa canoa.

Ah, se pudéssemos saber das artimanhas do inconcluso, dos livros de ontem
Quando sequer os lemos no amanhã, no que se diria, o bom termo, a voz
Que – palavra extremamente forte – surge do nada e diz algo de se ouvir.

Não necessariamente se ouve a voz que não existe em uma realidade,
Mas que se ouça o termo do tempo, organizado, o que se escuta realmente
Quando o realismo crítico hoje subentenda que a poesia é feita de papel.

Rogue-se o escrutinar-se uma outra voz, sem o lado de psique enfermiça
Mas de saúde contingenciada por vertentes de qualquer de seus lapsos
Que na verdade supre a mesma verdade encoberta, de face única e una e sã.

No dito que não seja, não precisamos sermos tão saudáveis, se na conformação
De uma alta esfera produtiva, por vezes por falta de organogramas corretos
Subentende um panorama de danos às gentes: teor, sacrifício e lutas.

Tomar consciência de um fato diz a vez sempre de um momento histórico
Onde a conformação da onisciência de nosso Deus, retira de alfarrábio indiscreto
A cela de todo aquele que luta dia e noite para compreender sua parca liberdade!

No que não diste de uma Natureza, ela mesma, esta em que possuímos o conhecer,
No que diste de outra matéria nua, crua de si mesma, a alocução dialética de seres
Que remontem tamanha engenharia global, que o que venha de material dê seus frutos.

Naquilo que pressupõe a veia da poesia naquilo que se subentenda não inimizades
Reside o tronco diplomático dentro de um veredicto libertário, de uma questão de ordem
Onde os seres estes mesmos vivam com o organograma de um papel e suas intuições!

sábado, 28 de dezembro de 2019

O FAKE PRESENCIAL


          O mesmo processo de falsidade ideológica de uma fake news pode se apresentar no contato direto, no que se saiba, resultado de um encontro às escuras ou obscurantismo a respeito da origem do dito “personagem”… Algumas pessoas, em eras de incertezas de ordem existencial, acreditam serem personas criadas por si, um tipo de avatar, por vezes fazem parte de grupos que extenuam os mais simplórios com complexos modos de viver, cultuam a violência ou mesmo uma santidade ilusória. Treinam para serem membros investigativos sem serem sequer da equipe da segurança, ou muitas vezes atuam como em um teatro para confundir aqueles que acreditam terem mentes mais vulneráveis, cabendo aí efetivamente a criação de danos à saúde de toda uma população que ao menos tenta viver consoante com as leis e a ordem. Esse discurso não é comum só aos seres que residem no dia a dia em seus anonimatos por opção mais do que óbvia, mas igualmente naqueles que exercem mandos de Poder tão grandes como alguns chefes de Estado. A arte seria um recurso para retratar esses fatos, mas a pantomima de quem encarna um lutador de ferro, porém, abraça a questão de na realidade crua tentar fazer uso de sua força para defender uma ideia, para agir com preconceitos, para ofender, no papel de quem por rude modo de ser porventura não queira ter ao menos o menor contato com a tolerância. A máquina azeitada da Lei, em seus mais variados casos, recebe o treinamento adequado para urgir qualquer providência com sua exatidão e isenta, na sua intenção própria e institucional, de erros crassos e, no entanto, deve questionar e dialogar com instâncias superiores sobre a validade ou referencial cabível de alguns atos.
          Na verdade, caem na ilusão quem queiram, mas há que se ter um pé atrás sempre que se coloca a questão da Verdade nos fakes ilusórios que se pretendem abraçar as nossas vidas. Até que ponto uma guerra mundial seria factível em um game, sobra-se a questão de que o game é criação humana, e talvez seja indicativo do crime em induzir tal ideia em quaisquer contextos… Quando se fala em um Ato de século passado, no dizer de um regime autoritário, não há – e o fake presencial se revela aí – possibilidade de se repetir historicamente qualquer modalidade de exceção quando na época em questão sequer fazia-se uso da informática… Jamais se repete um momento histórico, jamais haverá uma transcrição, justamente porque as defesas em relação a certas transformações previsíveis, quando da suposta repetição, já foram estabelecidas em questão sistêmica e igualmente transformadoras, o que vem a dar na ciência histórica um ato que só será palpável em um contexto histórico outro, que por sua vez é dinâmico e fruto das comunicações modernas. Isso se chama progresso, e ciência, e não uma estagnação compulsória, porquanto a força depende, por exemplo, de telas de maiores definições em termos de pixels, e isso fatalmente torna o horizonte mais aberto, assim como o diálogo que sempre deve existir em categorias do trabalho e melhores fontes de ganhos.
         O que sempre vai se temer no enquadramento de uma farsa, é justamente o teatro de fantoches, frente aos fakes que nos atrasem a vida, conquanto exercícios da mentira e da manipulação. O fato é que cada vez se constroem mais muros, não apenas nos Estados do Norte, mas a contenção migratória, o apartheid Palestino, o holocausto negro na África, as guerras cruentas em várias localidades do planeta, o terrorismo, a criminalidade mundial, o tráfico de drogas e armas, e todas as indústrias que alimentam esse não fake, ou seja, a realidade nua e crua da situação global. Conselho que se dê: apareçam com seus tíbios recursos, pois há muita gente postada no real!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

A VIDA É MAIS PERENE QUANDO NOS PREOCUPAMOS, SENTADOS EM UMA POLTRONA CONFORTÁVEL, QUE HÁ MUITOS QUE DESABAM SOBRE O CIMENTO.

COMO SE DIRIA EM OUTROS TEMPOS, A PRERROGATIVA DA FARSA DA INOCÊNCIA SE REVELA AO MENOR OLHAR MAIS PERSCRUTÁVEL.

A ÁRVORE MASSACRADA PELO FOGO TEM SUA ALMA QUE TRANSCENDE A IGNOMÍNIA DO CARRASCO...

SE É TÃO FÁCIL TRANSPOR BARREIRAS DA LEGALIDADE, PRECISAMOS URGENTEMENTE DE LEGALISTAS, MAS QUE SEJAM PATRIOTAS EVIDENTEMENTE.

A PARTIR DO MOMENTO QUE NÃO SE CULPE UM ASSASSINO, MESMO NO EXERCÍCIO DE PRESTAR SEGURANÇA, PORÉM COM DOLO, APENAS GERA FALTA DE CONFIANÇA NO EXERCÍCIO DA CIDADANIA BRASILEIRA E A SEGURANÇA QUE DEVE PROTEGÊ-LO.

UMA MULHER TEM SUA DIGNIDADE MAJORADA EM RELAÇÃO AO HOMEM, POSTO SER MAIS COMPLETA E DONA DE SUAS PREFERÊNCIAS EXISTENCIAIS.

AS VESTES DE UM PROFETA PODEM SER ESTRANHAS QUANDO É UM TERNO BEM PASSADO E UMA GRAVATA BORDADA A OURO.

LEVAR UMA SACOLA DE UM SUPERMERCADO COM APENAS DOIS QUILOS DE FEIJÃO JÁ DENOTA A CRISE DA CARNE DO POVO BRASILEIRO.

A AMOSTRAGEM DO PARTIDO REPUBLICANO NOS EUA JÁ MOSTRA SINAIS EVIDENTES DE FRACASSO.

A CIA FAZ DE SEUS PAPÉIS ALGO TROCADOS QUANDO CONFUNDEM O ÓLEO BRASILEIRO COM O DO ORIENTE MÉDIO, QUE SEJA, O MESMO ÓLEO, SÓ QUE EM IDIOMAS E CONTINENTES DISTINTOS...

A AMÉRICA LATINA, DESDE SEU DESCOBRIMENTO, QUANDO HISTORICAMENTE TOMOU RUMOS TURVOS, GERALMENTE FOI POR INTERVENIÊNCIA EXTERNA.

QUEM GERA A GUERRA É UMA TENTATIVA DE RETROAGIR CONFORME O DESCONHECIMENTO POR VEZES SEQUER DAS CAUSAS, E COM MOTIVAÇÕES DE ORDEM ECONÔMICA OU GEOPOLÍTICA.

A INTOLERÂNCIA EM QUALQUER MODALIDADE GERA A SUSPEIÇÃO DE UM ATO IMPENSADO EMBUTIDO COM O RANCOR E O ÓDIO, SEJA ELA DE GÊNERO, RELIGIOSA, ÉTNICA, CULTURAL OU MERAMENTE CONTRA UMA OPINIÃO, REVELANDO SUA SUPERFÍCIE DO IGNORAR-SE QUALQUER TIPO DE DIÁLOGO OU CONCORDÂNCIA.

O LAÇO QUE NOS MOVE


          Considere-se a civilização contemporânea como um sem número de conexões, cada qual com um tipo dela, no que se parece algo compulsório, não fosse apenas as relações humanas sem os filtros da eletrônica. Nas galáxias da comunicação em todos os tempos, quando em determinada época se levava um quadro a óleo para uma igreja, o percurso virava um espetáculo onde a população usufruía desse momento como algo mágico, surpreendente, como um estalar da cultura, posto o meio em questão – a arte – virava o reencontro muitas vezes com a realidade anímica e interpretativa do objeto artístico. Na medida em que se escreve hoje em dia, remonta-se outros meios rapidamente assimilados, em progressão geométrica na variedade, mas funcionalmente não muito diferente ao que ocorreu nos tempos das invenções tipográficas quando se tornaram acessíveis a impressões de jornais de maior alcance que democratizaram – e muito – o conhecimento dos fatos e da história, ou da ciência como um todo. Esse acontecimento gerou edições de escritores maravilhosos a um preço acessível, certamente mais em conta do que as iluminuras medievais da Bíblia Sagrada. Hoje esse livro ainda é o mais impresso de todos os demais e, no entanto, a ciência e a filosofia já caminham para reeducar a população cada vez mais, tais são os acessos permitidos pela internet e suas conexões, e tal o volume de conhecimento em que os laços que nos unem pela demanda e pela oferta dispõem para os mais vários ofícios por vezes são tão simples como os cabos que unem os mouses com a máquina.
          Porém, as modalidades do trabalho continuam, e as invenções agora são mais quantitativas, em que ás vezes podem ocorrer retrocessos formais e cotidianos, talvez plenamente quando não se considera mais solidariamente as condições em que serviços como cultura, esportes, educação, saúde e aposentadoria, decentes… Sabe-se que um país pode passar por crises institucionais, morais e econômicas, mas preservar o direito inalienável da existência de uma Democracia exemplar não é e jamais será romper com o bom senso, e a vontade do povo tem que ser respeitada, a não ser que haja ingerência dos atores no cenário político em crimes e descalabros, ou seja, quando um Presidente peca por se omitir ou negar o que acontece sob sua responsabilidade, se investe contra o povo, ou possua laivos quaisquer de autoritarismo. Se a grande questão é manter os laços com esse facultar-se de ser déspota, merece ao menos que faça a si mesmo a autocrítica e tente com todas as suas forças tomar medidas que beneficiem o povo, pois a voz do povo é a voz de Deus. Melhor dizendo: o Poder emana do Povo e por ele deve ser exercido, através de seus representantes. Essa é uma máxima que revoga o direito daqueles que querem exercer o Poder verticalmente, pois assim não terá autoridade para ser um representante democrático de seu povo, que nele votou, mesmo que não seja uma maioria significativa. A partir do instante que se cria um laço com que se mova a sociedade no sentido de progresso, terra, paz, boa economia, educação, saneamento, equilíbrio fiscal e tantas outras questões que encaminhe um país de terceiro mundo a ser no mínimo – e em um breve começo, pontualmente – uma economia emergente do ponto de vista global, aí sim pode haver consensualmente uma relação entre o governante e seu povo… Afora isso, não é uma relação consensual e, portanto, antipopular, pois esquece do povo quanto às suas demandas e intenta construir falaciosamente uma esfera de poder onde quem participa são apenas seus apaniguados. Isso vale como uma recomendação, quando o laço que move o país possua alicerces dignos, adequados a cada problema de suas populações, respeitando os regionalismos sempre pertinentes.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

O RECURSO DA AÇÃO


          A prática de algo seduz o conhecimento para que o coloquemos em uma aplicação segura. A segurar que uma modalidade de participar de algo seja ao menos progressivo no entendimento de se conhecer o que é a aplicação prática e o que é um ato não consciente. Um laivo, um regresso qualquer, talvez fosse uma explicação válida para aquilo que sequer sabemos no fazer, na distância de um gesto coerente e positivo para a ação pertinente àquilo que queiramos realizar. Esse dar-se a um possível retrocesso é uma aposta de que, através de um recuo intelectual, reiteremos um possível erro para consertá-lo melhor em outros níveis de conhecimento. Não se trata em absoluto de defender qualquer postura, mas justamente em estabelecer parâmetros de conduta que não sejam contraditórios, posto coerentes, assinalando opinião com prática: idioma com conversação. Na sintaxe do não contraditório seja este o encontro com o si mesmo no diálogo interno, em uma preparação cabal com a dita coerência, ao ponto de dirimirmos questões relativas com premissas lógicas, ou apenas jogar pensamentos ao acaso… Esse acaso não permanece nulo porquanto ação, mas a sua existência pode significar um tipo de isenção da responsabilidade quanto tomamos por referência a causalidade da mesma ação, ação consciente. A atitude calçada na sanidade do diálogo interno e compartilhado é que vai revelar a contradição ou a coerência acima citadas, posto ser nesses quesitos que reside a ação que revele, que consubstancie, que verta para o deságue natural e de fluxo sistematicamente aberto a novas e permutáveis correntes e fluências. Em um acordo merecedor e vitorioso no sentido da mesma abertura com vertentes tecnológicas e comprometidas com o bem-estar da cidadania das gentes, a questão primeira que deve ser colocada na isenção da má ação – regressa e inconsequente – será a repartição das responsabilidades dos agentes que lutam para a implementação coerente dos sistemas progressivos e de desenvolvimento pautado na sustentabilidade não apenas no plano individual mas, principalmente, coletivo. Essa preocupação do todo e da fração é que respalda o funcionamento correto de qualquer engrenagem que se queira pensar dentro de um critério justo e crítico, posto o pensamento e seus voos é que permitirão as saídas nada por tangente, e sim por esferas de atuação intrínsecas e cíclicas. O mundo é dinâmico, e esse dinamismo é fato, é ciência, é mistério, é muito do que jamais saberemos do todo. Pensar que seremos melhores alçando outros voos que não sejam profundamente criteriosos é como ter certeza de que o desastre seja um panorama normal entre nós, viventes desta era de desavenças, desta era de hipocrisia…
         A ação passa por ser de fundamental importância para que vivamos, em cada ato, em cada gesto, como criadores em potencial... Redescobrindo as expressões e vivenciando lacunas memoráveis na divina providência que é esta vida em que Deus nos coloca a graça. Justo é que graças a Ele podemos pensar em um mundo melhor, e é a partir desse nível de conceito que podemos explicar ao próximo e a nós mesmos a revelação daquilo que porventura cremos e acreditamos ser fato! Ou da misteriosa senda em que por vezes estamos a cravejar de joias e paramentos da dúvida, posto serem essas joias, serem estas dúvidas, que nos fazem prosseguir na imensa pesquisa que significa o singrar o mar do conhecimento e da ação reflexa que gere um navegar pelas águas tormentosas ou de remansos.
         Basta sabermos agir, com a ação de prontidão, e que nos baste não agir, quando meditamos, quando queremos esquecer de que existe tudo aquilo que está em nós com base em nossos sentimentos. Neste dia de Natal, siga-se sempre a homenagem ao Cristo Rei, que agiu sobre todos os aspectos com perfeição, e legou a toda a nossa espécie um orgulho em que houve a beleza de ensinamentos belíssimos e precisos, e os exemplos de ações que vem à tona tão logo nos lembremos de Suas lindas palavras!

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

FLEXIBILIZAÇÃO EM GERAL


           Saber qual o limite entre a compreensão e o conhecimento passa por canais da percepção que entendem que agimos e compreendemos a ação quando a reciprocidade dos movimentos da mesma ação se coaduna com o comando relativo ao cérebro, à mente, ou a alguma outra ordem que subscreva a mesma ação, seja externa, ou interna. Esse tipo de sintaxe se dá muitas vezes pela lógica, mas devemos saber que a lógica em si é apenas um instrumento, e que a lógica para o progresso da humanidade é um meio em si, algo mais consistente, pois subentende conhecimentos mais amplos de disciplinas que regem um desenvolvimento contínuo e – agora – com a terminologia da sustentabilidade, o que já deveria ter sido concebido há muitos séculos atrás. Posto ser difícil combater a indústria que destrói em detrimento de interesse alternos ao que seja nosso território, no caso, o Brasil. Saber-se perene não é solução, pois o dinamismo das frentes produtivas sem pensar nas preservadas – compulsoriamente – riquezas Naturais dão margem a que se dê o pensamento de que algo ruim acontece no planeta, abrindo cicatrizes nas crenças ou fé dos cidadãos de que este mundo ainda pode ser melhor, afora o messianismo do final dos tempos, que teima em dizer que a justiça só retorna quando o fim do mundo for a única realidade, o que abre lacunas em fanatismos religiosos que tendem a sacrificar culturas em nome de única vertente de credos. Se o homem é ruim pode tornar-se bom, e essa transformação só se dá culturalmente, ou seja, com mudanças estruturais nos meios que alimentam do mesmo pó que nada gera de uma indústria que seduz essas superestruturas do Poder. A coisa se mistura, e o que é bom pode não ser para outros, e certas vinganças relativizam a própria noção que se tenha da Verdade, que é uma, ou seja, o progresso humano e civilizatório das nações, haja vista por vezes depositarmos nosso afeto em um animal, o que não é um contrassenso, pois por vezes estejamos por viver outras leis: as leis da própria Natureza e seus seres.
          Parta-se do princípio de viver a contemplação dos seres, das paisagens, da compreensão devidamente flexibilizada da percepção do que somos e do que queremos ser, pois em um bosque as criaturas como os insetos fazem seus ninhos, e é a partir dessa transição entre a lógica humana e robotizada, e o suprassumo da consciência da Lógica da Natureza do que vem a reboque o conhecimento humano a respeito do que é organização, criação e cultura, do que vem ser o ritmo de uma borboleta em uma música, do que vem ser a percussão de uma cigarra, e do que vem a ser o trabalho extenuante e maravilhoso de uma formiga. Afora dizer dos pássaros, em que um criador como Leonardo da Vinci estudou extenuadamente para compreender seus movimentos e lutar em seus desenhos diários para que o homem pudesse voar com a força – duplicada pelo engenho – de seus braços. A mesma lógica como então se cita da Natureza não passa de uma transcrição, que vai muito mais além do que a ideologia ou a política, já que sua transformação é uma consubstanciação do que vem a ser o estudo mais aprofundado em termos filosóficos, mas é erro pensar que tenha a ver com a grandeza escalar do que nos espera a AI, inteligência artificial, pois a única dádiva que Deus mantém em seu poder para nos ensinar como um grande mestre é a mesma Natureza que estamos destruindo para conceder a “irmãos” de outros países nosso maior trunfo, o trunfo de toda a humanidade, pois as coisas naturais não têm dono, e os lírios do campo estão dando lugar à soja transgênica ou ao óleo que queimam ou distribuem pelo mar.
          Portanto, é evidente que devamos considerar a Gênese como algo dinâmico, afora a própria percepção bíblica, e entre aqueles que gostam dos testamentos bíblicos, deve-se levar mais em conta o Novo Testamento e os ensinamentos de Cristo, entre tantos outros avatares da boa intenção, pois o caminho para se chegar no paraíso é saber sem muita relativização que o mundo será transformador para os homens quando se chegar no consenso de que a Natureza é a nossa mãe sagrada!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

A FÉ SE MOSTRA PRESENTE SEMPRE


Quando há de se tornar um paradigma a questão do crer-se, de aventar
As possíveis lacunas de uma existência, de torcer-se para se ser
Algo que remonte aquilo em que depositamos nossa fé irretocável
No que se toca a removermos possíveis obstáculos que nos surpreendam!

Não que a fé não fora, se não a tivéssemos alguns de nós mesmos
Algumas circunstâncias não apareceriam detrás de algumas notas…

De fé que se queira, uma crença no ocaso, a verdade encoberta
Que silencia o modo transverso da tábua rasa da salvação,
Orgulho de todas as monções, dos alíseos que perpassam
A embarcação da vida em seus melhores e maiores sentimentos…

Assim de se crer, no altar, no patíbulo, na cela de um anacoreta,
No difícil divórcio, na comunhão dos comuns, em uma operária
Que monta a linha como quem conhece mais a esteira do que a si.

Quem diria que não fosse fé o crescimento de uma planta, que não seja
Na visão de um camponês e de sua lavoura, quem sabe, que verte
No conhecimento e da semeadura a realidade de seu fazer o alimento.

Vária é a plataforma da fé, que não possua bem o título, quem dera
Que fosse maior fé a vez que não se pronuncia, a bem, dizer:
A fé do pago merecido, de melhoras no predicado da justiça social!

A fé nos elementos naturais, no fogo, no ar e na água, no éter, na cal
E naquilo que se denomina cimento, no que é amálgama e une seres.

De uma haste de grama, de uma palavra bendita, de um crisântemo
Encontrado no campo depois de horas caminhando sobre a terra…

Naquilo de ser fé o reencontrado: Laudato Sì ou Pai Nosso, da Trindade
Que reverbera a Santa Igreja Católica, a ser de um fiel mero operário da messe.

De outras questões, a fé na filosofia, no pensamento, na ideia, na consecução da obra
No quem diga que não seja pertinente tudo a respeito, mas que a vida seja longa!

De várias fés falamos, ao Espírito que redime, ao Paramatma localizado em cada ser,
De um pássaro que nos olha dentro de nosso coração, a saber, se estamos de acordo
Com os compromissos da devoção em pensar na vida sabendo qual o caminho da santidade!

Seja a fé em si um caminho, que saibamos, não nos distanciemos dele, posto vereda
Cristalina de luz, um padrão que recorre, um status que acorda silencioso,
A vida em si como anátema de ouro dentro de uma pobreza extremada e latente.

Pudera termos com a fé nossos subterfúgios, pudera encontramos com a vilania
E, a qualquer momento, votarmos nosso carinho a despencar do ato
O sentimento do mal que subtraímos com nossa frequente e necessária ternura! 

domingo, 22 de dezembro de 2019

RUMOS DURADOUROS


          Termos consciência de nossos próprios afazeres no mínimo é algo saudável, quando por suposto fazemos algo bem e honestamente. O caminho da realização é muito belo na vereda que encontramos em cada passo que damos, seja engatinhando como no princípio, seja em nobre e antiga missão… Em cada minuto, se pensarmos em cada passo, assim como em uma caminhada onde vemos as coisas como são, veremos que a jornada não depende desses minutos, e que cada qual deles pode vir a ser o ciclo de um universo. Posto as formigas vivem menos do que nós e, no entanto, caminham muito mais e repetidas vezes, e sempre por caminhos distintos, com a consciência particular de sua espécie, seja inseto ou animal, ser, vivente. Carregam seus pesos muito mais competentemente do que nós, pois não dispõem de tração alguma fora suas próprias pernas. O tempo delas é distinto e, quem sabe, a elas não importa o tempo. Quem pode afirmar que a vida de um inseto é inferior do que a de um ser humano, na altura que temos, no perfil de predação que somos, com tantos os objetos de que dispomos, tantas armas, tanto óleo, tantas máquinas, e será que decidiremos que o final dos tempos se dará através de nós? Mas qual a nossa superioridade em relação à manutenção do planeta? Será que uma jubarte não será mais inteligente, porquanto vida em águas marinhas, como os golfinhos? Realmente, nossa espécie transforma, viaja, se desloca vencendo a gravidade, mas será que todas as outras qualidades das outras juntas não somam mais poder do que a nossa existência enquanto seres? Uma formiga tem muita força, guardadas as devidas proporções. A águia consegue voos maravilhosos, sem necessitar de motores ou empuxos de asas mecânicos. Podemos ter imensas capacidades de observação e síntese, mas em essência estamos destruindo, crentes ou não, a nossa casa comum, o mundo…
          As fronteiras substabelecem relações de poder, e nenhuma nação quer perder o privilégio de seus poderes econômicos em acordos unilaterais. Todos, em tese, almejam chegar em acordos em prol da existência sustentável do planeta, mas aquele que se comportar com lógicas de formigueiro, onde um é respeitado perante a coletividade, obviamente chegará a um consenso interno baseado na ação, na prática, no que é pertinente acima de tudo ao grande ser coletivo, onde cada qual tem a sua função: guerreiros, trabalhadores, filósofos e etc. A máquina azeitada funciona melhor quando não possuímos muitos laivos ilusórios, principalmente se essa ilusão vem de ferramentais criados pelo homem. Quanto da observação da Natureza, de modo oposto, só traz mais conhecimento e cabedal ao respeito em relação a Ela no seu cultuar a divindade que ela dispõe como mantenedora do Universo. Há toda uma questão dos mistérios e, se não fosse por isso, não estaríamos dividindo a razão e a religião como plataformas coexistentes, pois na ciência sua razão de ser é o mistério, e a busca não o encerra, mas o amplia. Igualmente quando na religião, o religare, em latim: religação, laço com algo, com o desconhecido, por vezes o necessário dogma, que também deve ser dinâmico, em cada encíclica, em cada voto sagrado, em cada botão “inteligente” que surja… Os mistérios, tanto da ciência, como da religião, são o que nos permite avançar de modo coerente, por isso citada a vida dos insetos em suas devidas proporções: na escala de uma micro alavanca, no voo de uma borboleta, antes crisálida, e no mistério total da Criação.
          Para ninguém existe explicação para o todo. Mesmo em uma leitura bíblica, há interpretações subjetivas para cada qual, pertinente ao processo individual, onde o Pastor ou o Pároco ensinam que o sermão se encaixe no olhar e sentir devocional de cada um, seja um homem ou uma mulher extremamente devotado/a, ou para um leigo que se encontre com a Palavra naquele exato instante… A função primeira de um rosário é que deva ser rezado com devoção e as palavras que surgem das rezas, dos mantras, ou da meditação em algo, mesmo quando no vazio, em seu silêncio significam o próprio silêncio ou o significar do som sagrado, seja ele uma reza, ou a contemplação em algo próprio, desejado como modo de meditação, em seu simbolismo ou não, dependendo da circunstância em que seja proferida, ou aplicado o método, a ação. Em suma, quando praticamos a ação de modo coerente, que intente bons resultados, essa é a iniciativa de nos encontrarmos com os mistérios, posto o diálogo constante com bons aprendizados vale tanto para a religião, no ato de religar-nos, ou na ciência, filosofia e afins. Todo o estudo é válido. Entretanto, tentar tolher o pensamento com cânones déspotas é o princípio de se travar um pensamento mais dinâmico, sob o jugo do fanatismo, ou coisa similar.

DE SE TER CIÊNCIA


           Um homem predestinado a encontrar sua pedra de basalto e crer que resida um material, saber algo da origem da rocha, ver e perceber que seja fragmento, olhar uma pepita de ouro e ver a igualdade pétrea, saber das diferenças convencionadas, esse homem é sábio. Ouro e seixo, pedra rica ou não, como uma nação e seu povo, saber escolher a razão fiel do desenvolvimento. De se ter ciência, a como enxergarmos um tomógrafo como algo que sucede a impressora, pura e simples: suas histórias, as origens e suas evoluções tecnológicas. Quando precisamos das ferramentas da medicina de ponta, creditemos na ciência mais do que no milagre, pois este estaria presente em mãos que curassem os enfermos que fazem fila nos postos de saúde. Mas justamente não é o que ocorre nos dias contemporâneos, já que talvez a humanidade não gere mais do que os milagres da ciência, inumeráveis! Se um ser qualquer se aproxima da medicina por alguma questão vai presenciar avanços sem monta sequer similares ao que era no século – em seu início – passado. Resta-nos, a título de ciência particular de cada qual, ver o que acontece com a profusão do que é atualmente a indústria da informática, reiterando, que seja algo positivo e que o progresso entre as nações se faça de modo coerente, sempre a imaginar ou projetar, melhor dizendo, como essa veia da ciência se dá nos aspectos do trabalho e sua evolução… O desenvolvimento da mão do trabalhador da área de tecnologia compreende a consonância com o cérebro, em seu insight por vezes continuado ao longo de sua jornada de estudos e aplicação prática, no que vem a ser a Tecnologia da Informação uma ocupação sui generis, ao longo da contemporaneidade.
           A se apontar algo de farsa no processo de se criar mecanismos robotizados, sem a crítica necessária de todo um ferramental que proporcione dirimir fronteiras, alguns homens expõem os erros de um sistema, no que vem a dar mais espaço a esses profissionais que colocam a segurança do mesmo sistema em cheque, no que vem a surgir novas profissões baseadas em uma inteligência cabal com excelentes profissionais da área. Sempre na permissão de se fazer testes baseados na defesa e segurança de ditos sistemas de informática, seus pontos vulneráveis e como fazer para realocar a ordem por encima das engrenagens e seus bugs. Questão sine qua non para se proceder a um entendimento mais confortável e seguro entre o homem e a máquina. As modalidades de atuação são várias, mas a ciência continua a dar um consentimento irrestrito à nossa espécie no sentido de quando nos damos à mesma ciência significa sabermos trabalhar com todas as ferramentas existentes, e que a informática é apenas mais uma, tão importante como o alicate, ou o martelo. O palpável é a matéria em si, e sua transformação, no que a informática vem a ser de alcance assaz importante para organizar projetos e manter a integração – que infelizmente nunca será muito globalizante – na sociedade em que construímos o arremedo do que seria a nossa educação, a se traduzir tal questão implícita aos países do Terceiro Mundo. Obviamente, não precisamos sequer cogitar a hipótese de que apenas os estudantes da elite seriam mais aptos a exercer seus estudos em uma universidade, pois o oposto revela que quando alguém mais pobre recebe esse tipo de oportunidade vê com muito mais luzes o seu futuro, posto a pobreza ser triste e dolorosa, e saber que um estudante possa ser pobre é mais pertinente a uma educação de qualidade do que apenas verificar a carruagem passando para que aqueles de classes superiores superlotem as faculdades mais difíceis ao ingresso das camadas pauperizadas de nossas populações carentes. A ciência é irmã da consciência e só a partir desta remonta o estranho quebra-cabeças de um sistema.

sábado, 21 de dezembro de 2019

A MATEMÁTICA DA AUSÊNCIA


          Um ponto equidista de outro e, no entanto, pode-se desconhecer aonde está exatamente o outro ponto, em uma relação de amizade, ou na objetificação da mesma, quando filtrada por conexão eletrônica. Distam dois vértices, mas em realidade não se toca o fato, a existência do que se refere à mesma conexão, pois podem estar ausentes um como o outro mas, até prova em contrário, na tela aparece algo que – se interagir – dá a ilusão da presença. Justo que falemos da ilusão, pois a matemática desta convém com numerais, erros contados, bancos de dados, lógica numérica e algébrica, e tantos outros itens que entrelaçam a geometria algo dançante de inúmeras engenharias… Muitos resultados dessa sequência que funciona qual um rotor em sua sequência de tempo são do descarte: dá-se voltas e as anteriores por vezes não são consideradas, posta a engrenagem em cartas na mesa! Um, dois, três segundos, minutos, horas, séculos… Reverbera o tempo, apesar da convenção do homem, de estarmos nos fiando na órbita da Terra para saber que uma noite encerra o dia, e precisamos desse tempo de maneira sagaz e experta para encontrarmos soluções à altura da humanidade. Dá-se a ausência quando o gastamos futilmente, e dá-se presença de maior peso quando agimos coerentemente, na sustentabilidade dos aspectos produtivos, no respeito aos direitos e à cidadania, na construção de uma excelente democracia e no desenvolvimento da ciência material e espiritual. Esse é um sonho, mas algo concreto, no entanto, algo que deve ser levado em consideração por lideranças, ministros, e presidentes atuais. É um caminho presente em nossas cúpulas e esferas, e que se dê conhecimento coerente ao povo, pois assim construímos um país mais soberano: liberalista e plural. Esse tipo de conquista não se ressente de existir, pois deva pertencer a todas as categorias de uma nação, sem exceções à regra.
          Mas voltemos à matemática, tanto que é esta uma ciência maravilhosa. Se não fora, não saberíamos construir uma simples rotina de programação, e aqueles que usam de um aplicativo qualquer não encontrariam um que se encaixasse no seu propósito funcional. Mas a matemática pode gerar a ausência, quando utilizada para auxiliar a modalidade do poder, e suas variantes. Variantes essas que nos fazem impotentes em conseguir a geração de uma verdade, que seja compatível com a sensatez, a paz e a bondade, esta, como um dos modos da Natureza Material. Se tanto não fosse dessa forma, estaríamos combatendo um mal combate, a maldade em si que, aos olhos de toda uma sociedade, transparece como algo que não seja satisfatório, por bem entender a sequência numérica que subentende a abertura de um cofre, pois a matemática bem empregada revela aos homens a superfície e interstícios do bom senso, bem como a riqueza duramente encontrada e bem utilizada.
          Por fim, queiramos que a matemática não ausente do que é factual, posto justamente no encontro que realizamos com a presença física de alguém, pudera o encontro eletrônico funcionar com a decodificação da assimetria que por vezes ocorre entre um vértice – ponto – a outro, ou em um vértice a milhões, posta a mesa: justamente abraçar a linha tênue que separa a ilusão da realidade.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

ADEMAIS, O FRUTO DE UMA OBRA ESTÁ NAS MÃOS DO OPERÁRIO E DE UM BOM PROJETO.

A CORAGEM É UMA PLANTA DE NOSSO PEITO, QUANDO VIVE MAIS TERNA DENTRO DE MÁS CIRCUNSTÂNCIAS.

O PROBLEMA DA ELITE PAULISTANA É NÃO ACEITAR OS BAIANOS QUE ERGUERAM SUA CIDADE.

COMO DISSE EUCLIDES, O SERTANEJO ANTES DE TUDO É UM FORTE!

JAMAIS SERÁ POUCO PENSAR NA BONDADE, E JAMAIS SERÁ MUITO NÃO SE APRUMAR NAS VEREDAS.

AMPLIAR UM LEQUE SÓ SE DÁ ABANANDO COM MAIS VIGOR, POIS A POTÊNCIA DO VENTO ARTIFICIAL É UM TIPO DE FOLE.

O TÍTULO DE UM LIVRO QUE NUNCA SE ESCREVEU TALVEZ FOSSE: QUEM ÉRAMOS NO FUTURO?

SERIA TALVEZ SUFICIENTE DIZER QUE A CRENÇA EM ALGO QUE NÃO SEJA APENAS TERRENO PODE VIR A SUBLIMAR NOSSOS SOFRIMENTOS...

NINGUÉM MUDA O MUNDO, POIS ESTE JÁ ESTÁ ESGOTADO PELAS MUDANÇAS DESDE QUE SURGIMOS NO PLANETA!

A SE BEM DIZER QUE É JUSTAMENTE A LEI QUE ESTABELECE OS LIMITES, E PORVENTURA QUALQUER PENSAMENTO CONTRÁRIO SEJA DIGNO DE NOTA QUANDO A MESMA LEI É INJUSTA EM SUA PRÓPRIA NATUREZA HISTÓRICA.

TODAS AS POSSES DO MUNDO CARACTERIZAM QUE A POSSE É ALGO SIMBÓLICO, QUANDO SABEMOS QUE ALGUNS A PERDERAM PARA OUTROS QUE SE SUCEDEM NA GANÂNCIA.

NÃO HÁ CONVENCIMENTOS QUE POSSAM PROVAR QUE O PAPA NÃO SEJA UM HOMEM EXTRAORDINÁRIO.

AS FOLHAS QUE REGEM A ORQUESTRA DE UMA ÁRVORE PODEM ESTAR MINANDO A RUA COM O SEU OCRE DE SECURA.

RESIDIMOS EM ALGUM LUGAR, E TANTO É FATO DE QUE NOS APROXIMAMOS DE UM ANONIMATO CIRCUNSTANCIAL.

RETIRANTES DO SONHO


Mares de coral, da Coralina, azuis e transparentes, que não sejam vítimas
Daquilo que não se pretenda azeitar as águas, da engrenagem que o mar não possui
Nem com todas as riquezas que residem de naufrágios ainda por se descobrir…

Mar cultural, da empreitada da vida, de se saber humano em meio às bestas
Que rescendem o falso valor de uma existência de prognósticos escalares
A que se saibam os motores que a ausência de combustível gera o Mad Max!

Mas que retorna, retirante de um sonho, a que tantos se retiram para o náufrago
Circunspecto em sua redoma de quase brilhante, quando sustém sua estrela
Que brilha como dura insígnia, que verte por participação inequívoca das frentes!

Mar que dista da profecia de Noé, que salva as espécies noturnas, que se esquece
De levar todos e mais um pouco, de quando do dilúvio moravam e viviam
Mais tempo em sua pureza, como Matusalém, algo de homem de correção…

Mar do homem que se professa religioso, que fugidio de aparentes sombras
Faz recrudescer o crente que navega por sobre um oceano de versículos
A lembrar a uma ignorância do que seja o desconhecimento, do que seja a falta.

Mar de poréns e desditas, mar de fogos de artifício confundidos com outros fogos
A que não se pertença a qualquer coisa de muito, no pouco que é consagrado
Mesmo na vida do homem que professa a fé quando justamente lhe falta pão!

Mar do mesmo tom que enobrece a água limpa, de um sal marinho filtrado
Por seres púlpitos de outras frentes, do falar às gentes, de um mar florido
Por ao menos acalentar intenções, a que se permaneça a luta do magistério.

Mar do crer, do querer crer, do acreditar crer-se a crescer de antemão
O óbolo que escolhemos no ato apaziguador, na caridade de uma vida,
Na ação apostólica romana da Igreja nossa de todos os santos.

Naquilo do mar que quer, no que se pretenda ser mar maior do que o tempo,
Do mar que vieram as missões, do mar que vieram trabalhadores
A cultivar na terra brasileira as nuances de conquistas há muito consagradas!

Ao mar que se fora um peixe fora da rede, a uma cidade em que um homem vive
Conforme as leis supremas de Deus, se não fora isso, não haverá consorte do tempo
Este tempo eterno que a todos reivindica que por instantes se tenha a libertação…

Ao mar que fora, ao mar de fora, que seja um mar por suposição alterna
E que se mantenha dentro dos limites algo impossível na esfera Terrena
Quando se sabe que o Atlântico, o Índico e o Pacífico se comunicam.

No mar possível de não derreter tanto as calotas polares, que espere um tanto
A que a predição de últimos juízos não seja por agora, que nos poupe
O ato do decassílabo em sabermos que ainda temos tempo para consertar!

O mar, esse mar das desditas cruentas de seu vigor incomparável, fruto
Dos desmandos humanos, não apenas aqueles que andam com seus passos turvos
Como dos carros que – a título de convencimento – continuam a minar seivas.

Da Natureza e do Mar, que sejamos mais autênticos, mais resguardados perante
Aquilo que a mesma vida de sempre retoca nas suas mensagens, ou seja,
Que a rocha marinha possa abrigar ao menos um pescador que almeja um peixe!

Do mar que silencioso verte mais a anuência da vida eterna, que seria algo imenso
Quanto à percepção de que somos centelhas divinas que sobrecarregam um corpo
Mutável, obviamente, posto vários, crianças e adultos e velhos, como o destino!

De um sobreaviso que se encargue ao mar a tênue superfície de cristal de suas ondas
Onde a franja de suas escumas se entenda melhor quando fora mais pura
Do que a ausência de saneamento que prejudica suas vidas, como dos tantos humanos.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

A ANATOMIA FUNCIONAL


            Que um corpo humano funcione – isso é de praxe – isso é um tanto óbvio. Aos estímulos, com respostas, atitudes erráticas ou acertos, o que é questão positiva, no progresso quando esses acertos melhoram o escopo de mais de um, que como um casal e seus filhos, ou um administrador de uma grande empresa, ou mesmo no resultado satisfatório de uma ação qualquer. A anatomia faz que inconscientemente não estejamos sempre atentos aos movimentos da Natureza... Mas que estejamos cônscios de que tanto a Natureza material quanto a espiritual possuem ambas sua própria sintaxe. Seus funcionamentos, seu modo arguto quando de maior potência, maior força e grandes mistérios que a encerram. A anatomia nunca se apresenta completamente em seu viés externo, aparente. Há feixes musculares em nosso corpo, por exemplo, que são internos, em funções variadas e complexas se consideramos a estrutura óssea e muscular como parte de uma mecânica maravilhosa. Diversos tipos de tração, de alavancas e sutilezas fazem o nosso corpo funcionar, como uma máquina onde a Evolução é constante, assim como a Natureza material e seus trilhões de formas, considerando os seres e seus sistemas que o planeta dispõe ao menos – e mais sensatamente – a uma contemplação profunda dos olhares mais espiritualizados, que abracem melhor a mutação que compreende o nosso planeta e as galáxias como um todo. Posto a inquietação de um homem ou uma mulher, a cerca do que nos envolve como um todo e seus fragmentos, que inexistem – as partes – sem o mesmo todo. Inexistem porquanto por vezes algo isolado, como o piche, que faz parte de um todo ancestral e fóssil que inexiste como vida abrindo feridas no mar quando é descartado, ou abre feridas na atmosfera quando é consumido, falando-se de uma geração de seres que foi extinta há milhões de anos, porquanto que o ser humano, que vem depois, resgata essa questão fabricando paradoxalmente uma destruição que se repete e remonta o asteroide de antanho. O gigantesco cometa que extinguiu os dinossauros do planeta, estes que viveram muito mais tempo na Terra! Ainda é tempo de superarmos a existência daqueles, valendo-se por muito a que sejamos uma consciência não dos nossos erros e fracassos, mas em ações exemplares que permitam, sob a égide evidente de termos respeito aos Direitos Humanos Universais, criarmos bases de sustentação a que se remeta na coerência e na sensatez de nossas atitudes perante a vida a nulificação da barbárie gerada pela ignorância sistêmica a que querem submeter muitos povos do mundo. Reza por sustentarmos o bom senso e a clara e tolerante paz, para que as investidas da arrogância e da prepotência gerada pelo fanatismo político ou ideológico nos permitam avançar ao menos para o lado das humanidades, ou seja, que tenhamos um poder benévolo para mudar a face hedionda de certas pessoas, grupos ou nações. Dessa premissa vem a parte de um discurso íntimo e pessoal que não necessariamente estaremos compartindo, mas que se tenha o equilíbrio necessário para evitar que o rancor fundamentado pelo odiento modo de ser prevaleça sobre as pessoas de bem. Se por ventura não se aprender essa lição o ser que reside em nós como alma espiritual vem a rejuvenescer a boa vontade, mas somente àqueles que mereçam, pois em nosso coração existe um pássaro que apenas desfruta que é o espírito de Deus, e outro que somos nós que temos a cumprir nossa missão, pois Deus observa todos os nossos atos, e a justiça decorrente reside no tempo algo curto de nossas vidas, a saber, da justiça infalível todos estamos e devemos estar cientes, e assim funciona a simples questão gravitacional da anatomia de nossos destinos, enquanto corpos que obtermos nesse estranho mundo em que sequer pensamos que a maldade traz seus preços, e que a ação e a reação fazem parte da Natureza divina e da Natureza demoníaca, em que muitos sobressaem em suas utopias de poder, e mal sabem que a própria vontade de poder, como dizia Gustav Jung, embala um critério desfavorável quando ignora os seres outros, de quem dependemos, apesar da ignomínia levar-nos a poderes cegos, surdos e mudos, contudo.

domingo, 15 de dezembro de 2019

O OLHAR QUE IGNORA


A ver que um olho olha para cima, pois que outro não vê a árvore
Na conformidade de enxergar raízes, e que estas são mais do que o ignorar
Quando prescrevem a longitude de esquadrinhar a primavera de origens…

Nas nossas vidas, quem diria que somos do ignorar quando uma pequena gota
De um orvalho remanescente, prediz que podemos sair sem blasfemar o mar!

Do olhar que não olha: nem raízes, nem frutos ou flores, rege-se na colheita
De um sono luzidio sem a parafernália do se pretender ao afago
Que retém na atmosfera do carinho a ciência de não se ignorar a ternura.

Ao se ter duro o olhar que cego ainda pretenda ver, sabe-se que um livro
Que seja, apenas um, pode conceber um conhecimento fora do script
Que se veste da anuência ao turvo no sentido de fazer conhecer a produção!

Pudera sermos tantos e tantos com os olhares do mundo em nossa mão,
Quem sabe seríamos outros se não nos ativéssemos somente na Terra.

Um lado, quiçá, mais transparente do que a nervura de uma folha seca,
Um fardo que a formiga consegue – a duras penas – rematar na troca
Por outro mais pesado naquilo de progresso de se tornar mais forte.

Ou de outro caso, em que um minúsculo inseto triangule com seus iguais
No sentido de evitar o bote da aranha, igualmente pequena e puladora
Nos seus palpos que devoram imediatamente na luta da Natureza.

Seremos nós suficientes para elucidar mistérios que ignoramos
Ou passamos a ignorá-los por uma questão de retaguarda funcional?

Não, jamais haverá um câmbio de plataformas mais ou menos seguras
Enquanto não se abrir a percepção de que os homens não estão sós no mundo
Como se prediz em certas escrituras onde os animais não residem…

A partir do momento em que um grande facho de luz entre em nossa vanguarda
Se torna a retaguarda uma sombra iluminada onde se prevê seguramente
Que certas criaturas divinas permanecem do lado onde se encontram as santidades.

E o máximo que temos em nossos olhares sobre o imenso tapete natural da vida
Refaz o entendimento de que culturalmente somos o início e o meio,
E que o retratar-se do dispor de nossa consciência só trará positividade a todos nós!

sábado, 14 de dezembro de 2019

O ABC REATIVO


Reage o sonho, destrói a bandeira da aflição, retém o padrão conforme,
Desfaz modais do real, consente na panaceia que não funciona
E condiz com aquilo sequer imaginado no que contenha um tanto de forma…

No que se saiba, talvez o ensinamento não medre tanto em uma vindima
Que se deixa espraiada sobre um solo seco de solidão e percalços vários
Naquilo que se crê e não se cria a não ser em um contêiner de encomenda.

De comércio e dos mercados, as vias são rápidas e silenciosas na voz plantada
De itens revisionistas na ocasião merecida do pensar-se rápido com luzes
No revés de se ligar lanternas ao meio dia, posto tempestade de nuvem negra.

Assim de posto quem dera fôssemos mais reveladores no ciclo de uma nesga
De estrela que se vê em um sol sem a predisposição de que não se veja sempre
As estrelas outras e negras do governo que se pretende algo a mais do que o céu!

Não, que a felicidade vem a reboque de uma expressão válida e tranquila
Mesmo que um tipo de naufrágio soçobre em si, do que não era e jamais será
Uma pena de gaivota a escrever o destino de três bilhões de formigas.

Reduz-se o pano da aflição premeditada, nem que a vida ensombre uma luta
Que em seu esmo pareça vertente sólida, mas que no princípio tece franjas
Em um apanhado sistemático de retalhos costurados em cartilhas vilipendiadas.

Talvez fora o tema de um reativo quase, no tanto que se conceda um retrato fiel
Do que se prediz ignorante algo que não sabemos ainda, posto no fake reside
Um lado de uma moeda translúcida e sem valor, tão fácil de encontrar quanto o seixo.

Se o teorema do gozo material manda que nos embarquemos no prazer hedonista,
Que seja dada a largada do gozo sem fim, do kundalínico serpentino, a saber,
Que de chakras sabemos pouco, e destes não estamos para estar em Império cru.

Na veia que nos entorpeça de silenciosos afagos, tenhamos a complexa ordem
De urdir futuras tramas que surgem, na alocução de investigativos recursos
Para que não transcenda além da vida o crime que deixamos a percorrer frentes…

É dessa questão primeira de um possível quilate de feras inomináveis, vezes
Do sem conta do que surge por encima das nossas criteriosas circunstâncias
A parecer que em certos locais a realidade premente da violência não urge espaços.

Saber-se do tanto que paradoxalmente não se torne mito ou mesmo uma farsa
Reside o compartir do que seja simplesmente, na visão imperiosa da realidade
Quando esta realmente impera no sentido de revelar-se a circunstância fática.

O que seria do mundo se não possuíssemos um tipo de ABC das gentes,
Se porventura não estivéssemos claudicantes com toda uma noção de espaço
Quando o que nos revela a ordem é justamente a apertura de não estarmos bem.

Posto com sentidos aflorados sem o perdão da dúvida, posto querermos violar
Os segredos da existência de cada qual, em seus questionamentos mais concretos
Por vezes no absurdo da vivência cotidiana fora de quaisquer dos espaços citados.

Aventura não condiz com a premente urgência em sermos mais generosos
Com aqueles que não passam em nossa vida por não os percebermos
Mas que têm em suas mãos os calos dos sobreviventes em meio à miséria!

É nesses termos que se tem uma noção evidente das populações do planeta
Quando sabemos que muitos se resguardam no conforto de seus lares
Ignorando o fato de que o que os separa das ruas é apenas uma parede ou muro.

Dessa parecência que o nexo esqueceu de guardar reflexos intocáveis
A própria noção das gentes revela qual em um filme de cristais de prata
O farnel irremediável que não encontramos perante o ósculo de uma vida!

No que se saiba do que queríamos querer no processo inverso dos desejos
Estará sempre uma sede de conhecimento que verte na expressão da arte
O artifício que nem todos reconhecem, aí sim, por opinião criteriosa...

PROGNÓSTICOS DA COERÊNCIA


          Reler incansavelmente um mesmo texto pode nos deixar um pouco quadrados, naquilo de fração, no conhecimento que por vezes não há como acreditarmos, mais piamente… Por isso a ciência seja mais coerente com a mutabilidade e o progresso de se alcançar resultados em seus próprios e dinâmicos diálogos, que seja, com a matéria no caso da natureza material, ou com o espírito, na senda da compreensão desse campo de atuação. O lado da ciência espiritual, a subjetividade, a questão anímica dessa área de conhecimento que passa a ser transcendental mesmo à mente, esta, em função da inteligência, e esta última em função do espírito. A coerência, palavra usual e, no entanto, mal resolvida dentro das equações do que esperemos a respeito de um pensar que coadune com a ação, deve estar presente, seja ela em um parâmetro que aponta a transparência da atitude necessariamente mais purista em relação ao cotidiano das gentes e, no entanto, sem afetar a veia da realidade, como postura de cidadania e participação nos meios ao alcance de todos. Pois que a humanidade já conta com meios. Já conta com a instrumentalização da comunicação em larga escala, e é em um princípio de tela grande ou tela pequena que ajustamos nossos compassos e esquadrinhamos diversas possibilidades com o esquadro, sempre mantendo o prumo fiel à construção de uma casa, a nossa casa comum. Pode parecer metaforicamente a linha da arquitetura, mas, convenhamos, a obra sempre estará incompleta se não utilizarmos coerentemente o planejamento como recurso sine qua non no proceder a uma obra boa, constante, retilínea, com a finalização com bom acabamento, e os ajustes necessários para que nela se possa viver condignamente: aliás, obra para todos! Talvez esse seja um pensamento mais coerente porquanto uma senda em que compreendemos o significado, dentro do modo da bondade, e esqueçamos os ódios de latência, pois antes de tudo, se há luta, esta se processa internamente, dentro do escopo familiar e, se não há família consanguínea, sabe-se que há muita gente no mundo que precisa de ajuda, e ajudá-los faz apenas concretizar o humanismo como modalidade intrínseca de uma atitude sem reservas, de campo, de lavor, reiterando o que somos, crísticos, unidos, aos olhos de Deus Pai Todo Poderoso.
        Resta saber a que ponto chega a inteligência quando nos firmamos na atma, na alma que somos, onde o falso ego não nos leve ao caminho inóspito da falsa fama, pois a fama e a infâmia passam com frutos que devemos apreciar, na dualidade em que um devoto não esteja se fiando muito, já que o mundo possui suas dualidades, e um devoto estável não deve considerar méritos materiais como modalidades de suma importância, pois o devoto que cumpre está no serviço devocional, a bhakti yoga. Sendo um bhakta, o devoto inofensivo em seu cantar do rosário estará apenas tendo a consciência de todos aqueles que – lutando ou não – são imprescindíveis para a construção bem aprumada do sólido edifício das virtudes!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

DO FARDO E DAS SOBRAS


            O que nos espera – de tanto se esperar – por sobre quase o dilúvio de nossas atmosferas? Talvez não se devesse pensar a tanto, mas o que suporta a vida é justamente – a cada qual – sua percepção, seu entendimento. Cabe a uma formiga pensar de seu próprio lado, algo coletivo, mas a nós essa acepção não é concreta... Se o ser caminha, se organiza, carrega imensos fardos, salva um parceiro ferido, reproduz-se sabendo o que faz, a seu modo, quem somos nós a parecermos mais inteligentes como espécie nesse estranho ninho que é o planeta? Por vezes parecemos que somos sobras, que uma imensa massa humana vive nas ruas, sem fardos valiosos para carregar, garimpando latinhas de alumínio, adoecendo, mendigando, vivendo em meio às drogas, vendendo seu corpo ou para modais sexuais ou para trabalhos insanos. O que seria melhor para essa verdadeira massa de população? Viver com sua memória indígena em camas de cimento para a colheita da cana perto da aldeia invadida, vendo a irmã prostituída, vendo o pai, cacique, ser assassinado, sabendo de outras vidas totalmente díspares, dentro de uma cidade com sinais diametralmente opostos à própria cultura? Ou saber que um carro com etanol significaria uma transição a um mundo mais rico dentro das salas de exibição e estratégias empresariais, salas com todos os confortos, com todas as gomas nos ternos, com salas alternas para se praticar o prazer do encontro vitorioso, hedonista, poderoso? Com direito a “camisas” mais caras e mais sensíveis.
            Talvez as formigas, os insetos não poupem tanto tempo para esse tipo de diversão, no que saibamos: nada sabemos, a não ser da ingerência de uma ciência que ainda está nos modais de antanho, quando apenas observa o comportamento dos hormônios e da química em geral, e não sabe da alma sagrada que vive em cada ser, este que vem no mundo a cumprir um ciclo, mas que, na condição humana, em que poderia ser melhor, se degrada mais do que um cão, que não possui o arbítrio a nós concedido. A questão não é afirmar que somos como cães e gatos, mas que estamos copiando nossos próprios erros e os reafirmando, sendo pior do que eles, no ciclo da evolução. Talvez não propriamente no ciclo da evolução material, corpórea, mas sim na questão da existência da vida como milagre de sustentação de todo um mundo. Seremos mais do que os antigos habitantes de cavernas, ou temos, como dizia Alvin Toffler, uma cabana digital, mas só que dentro de nossos próprios celulares, em uma versão transcendente à profética imagem do pensador? Como se diria, se um homem deposite seu afeto às aves, às borboletas, à existência do prazer da expressão artística, a não ser tão sociável por opção, a crer por convicção realista de que a espécie humana por vezes comete gafes intraduzíveis e longe de ser compreendidas pelo mínimo da sensatez! Erros crassos e caros para a própria condição de sobrevivência na Terra, por isso sempre o índio, sempre o índio nos ensine... Não será jamais o romântico modo indigenista, mas a voz antropológica das civilizações que sempre respeitaram a Natureza em seus processos de vida. E agora nos assombramos quando se permite a destruição de algo sem que necessariamente não usemos da força para impedir, pois a força só é utilizada contra interesses que saem do escopo da sustentabilidade da farsa em que este mundo está se tornando. Fale-se em planeta Terra, e a menina pirralha tem razão e sempre terá, posto ser uma luz que ilumina a treva dos erros de outras gerações que a precederam, na falta e no despreparo de prestar atenção aos níveis do problema que poderiam já terem sido evitados há muito mais tempo, desde a emissão dos gases, quando se iniciou a destruição da camada de ozônio na atmosfera planetária. Em decorrência da barbárie cometida contra o meio ambiente em que todos os seres coabitam, notemos a transformação em que o mundo se apresenta na nova modalidade do egoísmo humano: é importante se avaliar os prognósticos globais se não detivermos a ganância do excesso e das faltas que só geram desequilíbrio nos direitos que tão duramente a humanidade conquistou... A preeminência da ausência de bondade e generosidade de cada indivíduo, espelhada no coletivo gera um reducionismo existencial sem precedentes, quando muitos depositam agora a sua fé no final dos tempos, ou seja, no que não é, posto apenas um começo de não fincarmos o pé dentro da desesperança, já que a bendição não é ficar rico, mas ser um espécime consciente, apenas isso.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

E DEUS DISSE: FAÇA-SE O SOL, E JESUS AFIRMA: EU SOU A LUZ E A VERDADE... ISSO, HÁ MAIS DE DOIS MIL ANOS ATRÁS.

A RESILIÊNCIA DE UM JARDIM NÃO EXISTE, MAS APENAS O RESULTADO NELE DOS NOSSOS CUIDADOS.

AS ESTRELAS SE MOVEM CONTINUAMENTE, OU NÃO SERÁ APENAS UMA QUESTÃO DE ROTAÇÃO PLANETÁRIA?

OS ÍNDIOS PODEM SER OS MAIORES CATEDRÁTICOS DO MUNDO EM QUE VIVEMOS, OU NO QUE ESTÁ NELE COMO RESERVA INEXPUGNÁVEL.

QUANDO SE PLANTA UMA SEMENTE, ESSA HAVERÁ DE BROTAR, E QUANDO SÃO MUITAS, FARTA SERÁ A LAVOURA.

NA PALAVRA ESQUECIDA POR UM TEMPO, QUEM SABE SEJA UMA SEARA FÉRTIL EM UMA SIMPLES SEMEADURA...

PREZA-SE MUITO O BEM PORTAR-SE, MAS QUE ISSO SEJA UMA COMPREENSÃO E ATITUDE DE TODOS.

NUANCES E TONALIDADES


Do mundo requer-se um sentimento maior, quiçá universalizante,
Quando dispomos de palhetas de cores mais curtas para a expressão
Esta, continuada no vocabulário do sem conta, irretocável
Quando a dimensão primeira nos encerra ao dizer de um léxico qualquer!

Há de haver a qualidade de nuances infinitos nos verdes de uma mata,
Nos azuis de um mar e do seu encontro com os céus,
Há de se ver a tonalidade em que a pincelada hábil de um grande artista
Tece a aritmética de seus enredos nos canais da percepção…

Qual forma de Deus, na forma universal de seus dizeres, no que se escreveu
Que na aparência verte a sombra sobre o umbral de outras realidades
Na monta em que não se disse tudo, mas que o que foi escrito
Remonte a crença quem sabe de tudo o que jamais se saberia!

A vertente da inocência é a pureza que jorra de uma fonte eterna,
Daqueles puros de coração, onde a certeza da malícia ainda não
Depositou os seus ninhos ocres escuros de uma mácula justificada
Na mesma ordem que submete os fracos para dar lugar ao turvo.

Pois bem, que seríamos mais jocosos se ausentássemos do que pensáramos
Ser um mundo atonal a semântica algo discreta de um altruísmo
Que se revela pontuando as cores com seus dons de arte o lar
Daquilo que sabemos ser imprescindível à cultura do povo: a arte.

Tantas nações ergueram tantos monumentos, tantas são as películas
Que revestem o olhar de tons constituídos pela união da fotografia
Que as imagens que tecemos nas entrelinhas de um possível passeio
Podem ser obras em aberto esperando que o nosso subconsciente urja.

De se rogar a uma palavra terna no coração da arte que não exista ainda
Restemos a uma coragem de sacar de um coração a veia que desponta
Como uma qualidade expressiva que remonte uma coleção de obras
Que não estejam tão em aberto na Natureza, mas que em um museu hajam.

Das salas de exibição vemos Pedro Américo ou Victor Meireles, o som
De cores como na explosão de Tarsila antropofágica, ou de Anita e suas telas
Em uma semana da pauliceia que revelou ao mundo o Brasil em suas cores
Nos nuances que se pretendam serem maiores do que a falta de dias com mais arte!


domingo, 8 de dezembro de 2019

A CONECTIVIDADE E A INFORMAÇÃO


          A informação pode estar em uma palavra, desde que se espere em um contexto decifrá-la ou recebê-la como resposta. Um sim ou um não pode desencadear toda uma rotina em que bilhões de dólares possam estar em jogo, na capacitação restritiva ou não de uma transação, um negócio de vulto. Um não pode estar mexendo com toda uma afetividade e expectativa, justo quando estiver sendo pronunciado em um altar frente a um casório, e um sim, por outro lado pode resolver uma demarcação indígena e salvar aldeias e aldeias da fome. O contexto por ora é relativo, não demanda muito em uma sociedade onde a lógica espera a resposta imediata, e assim é na essência da comunicação. Um longo documentário pode forjar inquietações, frente a posturas governamentais, e mensagens mais curtas podem elucidar mais facilmente a mesma comunicação. A informação passa pelos dados, reitera-os, define o que é, mas guarda na sua frente o contexto onde é colocada, no mesmo local onde temos que filtrar imensamente todas as palavras, suas ordens e seus fatos, o que passa a ser conhecimento cabal, e qual a participação daqueles que geram-nas em relação à postura que encaminha para o público a relação dos itens vinculados à mesma comunicação supracitada.
         O que conecta o receptor é justamente o grau de participação inequívoca de diversos modais em que o emissor remeta a mensagem dentro de um meio mais complexo, mais abrangente, revelando a mais gente o que seria bom do que não o é, mas – repetindo – vinculando a veracidade isenta de passíveis interpretações onde o bom senso não permita que se omita dentro da contextualização vária, que denigre o possível ato da simplificação absurda do que se quer por justo um ideal que se constrói sobre as ruínas por vezes de um bom Governo. Não é o meio que faz a mensagem, mas por vezes é ele que a constrói em um planejamento fácil de usar a emoção para reiterar modais de justiça em que se negavam outrora por meio de outras acepções afetivas, ou no requebrar pífio de emoções forjadas, de força popular, ou da farsa em depor o mesmo justo que havia antes das viradas extremamente previsíveis da mídia. O mid cult, aquilo que sempre se espera de quem anuncia o atraso como efetivação do plausível, pode sempre revelar um fracasso quando se desmascara frente a questões de redes que se revelam por vezes mais poderosas, mostrando a fraqueza enumerada pela histórica versão factual que continua com o anacronismo de seus modais tempestuosa e teatralmente debatidos… Essa teatralização e utilização do meio televisivo, por exemplo, se reveste da antinomia entre o meio e a mensagem, entre o gerador e o receptor, entre a pergunta e sua resposta, no diálogo que não reveste suas pontas fora do sim ou do não. Positivo e negativo, duas respostas, a mercê de que não haja dúvidas, o dirimir da introdução não contraditória, mas naturalmente fora de uma amplitude dialética. Esse é o lógico proceder da midiática ciência, que coloca frente aos canais e programas de opinião um teatro preparatório e burlesco no sentido de manipular o pré consciente modo de entendimento das gentes.
           A se falar da qualidade humana, saibamos que há esferas e estudos profundos de coordenar e reprogramar os pensamentos das massas, em montagens que outrora não se dispunha a ciência interna de uma nação para desmascará-las, mas que nos tempos atuais já se possui uma inteligência mais integrada e apta para revelar a farsa que construiu o cotidiano do povo brasileiro por meio de agências internacionais, e que agora já começam a desabar como fantoches teatralizados em um deserto. Resta aos mais expertos ler nas entrelinhas o que ocorre nos planos vários da civilização, em que subentenda-se que um pároco de igreja houve de estudar quatro anos de filosofia e mais quatro de teologia para ser mentor espiritual do povo cristão, e é nesse tipo de fato que devemos confiar mais e mais naqueles que estudaram mais para desenvolver qualquer tipo de ascendência sobre uma população. Subentenda-se nisso a compreensão que o estudo continuado e persistente permite a toda uma população saber da necessidade do conhecimento, pura e simplesmente.