Quem
diria, haja gente que sabe quase tudo, e jacta de saber, só que na verdade afora o aforismo religioso, na
ciência ou na arte nada sabemos até o próximo conhecer... Gente que segue um
tipo de doutrinação de ambas as partes, ou a visão dialética ou a versão
famélica do mercado, ambas as questões onde o pouco que se conhece da prática
preservacionista ecológica e de costumes tribais cede ao grande capital
desenvolvimentista, ou à lógica do entregar tudo para sanear a dívida interna,
recriando o ônus externo. Pudera que tivéssemos uma versão mais otimista do
mesmo mercado, pois nele tudo anda sendo e as relações patronais nada mudaram
nas últimas décadas com o clientelismo sem ser estruturalmente afetado. Uma
pessoa pode até mesmo cursar cadeiras universitárias, mesmo sabendo que irá
padecer muitas vezes de defasagens brutas de conhecimentos mais contemporâneos,
a onde poucas universidades brasileiras têm real acesso. Passamos a ver o novo
século como repetição de forças antagônicas do passado, do século XIX: as
relações de trabalho, etc, Marx e o capitalismo, a luta conveniente para o
isolacionismo ideológico, os nulos, os temerosos, os ponta de lança,
terminologias arcaicas quando o que se sabe é que a ignorância monolítica
grassa esse país afora, e somente a partir de se erradicar a ignorância é que porventura
pode-se admitir erros e acertos... Mas quem erra deve assumir seus erros, e
aquele que acerta, deve ser reconhecido. Como na matemática, na conta elementar
que se há de saber, aliás, como frente indispensável de uma civilização na
decência de saber o que agrega e o que subtrai.
Passamos,
com os sentimentos brutos de frustrações ou arrependimentos, a fundar
primitivos e já existentes conceitos coletivos, na forma de arquétipos que
superlotam o inconsciente de rechaços e brigas desnecessários, como se não
bastassem nossos próprios problemas, pois antecipam sentimentos de vingança
onde agora devemos estar mais ternos com o que nossa Democracia oferece. Um
diálogo com uma burguesia nascente dentro do espectro do conhecimento de novas
formas de aquisições tecnológicas, o desprendimento de não se estar em uma
defensiva, ou dependente de leões de chácara para a própria segurança em se
tratando de cidadania preservada, reside tudo na rediscussão mesma da cidadania
e a refundação necessária dos Direitos Humanos Universais. O enfoque contra a
criminalidade deve ser a pauta de um aspecto importante da segurança cidadã,
mas tolerar o consumo enquanto muitos pagam suas penas por alimentar essa
cadeia produtiva deveria merecer especial atenção das autoridades. Justamente
porque uma sociedade tomada pelas drogas e álcool verte na insanidade um
arquétipo muito duro porquanto violento, e quando uma posição dentro de um país
já bem fragilizado por crises em todos os níveis deveria optar por uma
sobriedade mais ampla para rediscutir rumos e navegar coeso com todas as suas
forças, sejam elas situação ou oposição. Tente-se sempre a vereda da concórdia,
pois muitas vezes o que outras nações esperam de um país é que este entre em
colapso institucional para melhor aproveitar suas riquezas e recursos naturais.
Que esperemos sempre que o país supere todas as dificuldades e que consiga bem
navegar frente a uma crise internacional, como a que se avizinha no mundo.