quarta-feira, 29 de agosto de 2018

CHOVE NA TERRA MOLHADA

Estará a terra com o suor de outras chuvas, a água que demonstra o tempo
Onde a versão primeira do quartzo na rocha escura declina a ser fatia do chip.

Na chuva que não molhou-se, àquela que enxarca até mesmo o pensamento
Quando se supõe superar o algo a alguém que não inclui a si mesmo no vento…

Das chuvas que lotam os barcos, das gentes que esperam que passe a procela
Com velas arriadas no pé das tentativas, algo que não se ressinta a maré mais plena!

Adivinhar-se mesmo a poesia, em seu lócus de significados semânticos primeiros,
No que não faça a verve algo camoniano, posto a nuvem não prepara rimas raras…

Na acepção de interpretação fugidia, no qualquer das gentes encontrarem um caos
Em qualquer dos lados, em que um se encontra com o outro na grande avenida.

E o rio jacta de suas águas, antes de recrudescerem o manancial da eletricidade
Que remonta o represamento das consciências, na medida em verte-se um pranto!

Ao que se profere outro significante, talvez o logos da matéria quase informe
Que não supõe a existência da humildade na alfombra de eras não mais passadas.

E que supõe-se o ser de uma água de bom caimento, na lanterna do telhado
Em que as calhas são de origem vasta, não bastando a necessidade de ressentimentos.

Vê-se a chuva despejando a si mesma o látego de gotas cruentas, no suposto ente
Em que se torna um ou outro com sua capa de proteção ao menos sem guardar o chover.

Na vertente de um náufrago perto do meio-fio, a meada da questão reza para que
Não se alucine o cinza pétreo das contendas de algo a vestir-se como uma sinistra moda…

Não que não se abrace a ideia, mas ideia de abraço não parte enquanto sua contenção
De um urso que não navega no vau das ruas, mas espera na esquina uma suposição.

Vem a plúmbea água do céu, e que remonte outra que venha da terra, essa substância
Que nos remete ao que não sabemos, mas que no coletivo espera-se ao menos o talvez.

Que não chova toda a chuva do mundo, pois a horta necessitada da água não necessita
Da mesma e abundante água onde a fome do sertão não inclui deveras como própria.

E na aridez infecunda dos planos inquisitivos que medem as temperaturas da Terra,
Não será a mesma que de modo cáustico espera que se chova ao menos para um alimento!

E de se esperar que a chuva entorne a qualidade de um verão no inverno, que seja um
O oposto daquilo a que chamamos aquecimento que não nos rediga o oposto.

E a questão de saber-se se chove em uma montanha, quem o dirá será se há a floresta
Em que seja o único lugar do planeta em que pode-se chover a monta generosa.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

A NATUREZA E A BUSCA DA CONSCIÊNCIA


          Nada nos é dado por acaso. O fato da natureza material ser tão ampla revela a face do infinito, porquanto neste planeta o mundo material é composto de frentes finitas, e os espíritos que devemos crer que emanam de muitos seres, ou do que consideramos inicialmente ser objetos em que interferimos, sem saber se estamos interagindo, ou se as folhas secas já não possuem vida, como efetivamente, concretamente é. Quanto à contraparte de nossa natureza essencial, a espiritual, versemos ou observemos com mais cuidado, pois não diz respeito à energia renovável, nem à sustentabilidade tão festejada por aqueles que se fazem de pináculos do pensamento deste milênio, assoberbados sobremaneira com a transição do fóssil à força da eletricidade que sacrifica por sinal tantos e tantos rios. Talvez a apreensão que fazem da matéria se traduza igualmente na matança animal enquanto criam puros sangues ou tratam de enobrecer sua língua com alimentos feitos de carne morta. Tudo cercado com o parentesco irreal de seus pares, quanto da amizade feita de insumos hedonistas com o propósito de revolucionar o que já está aqui há milênios, fazendo os frutos se alimentarem dos outros frutos que vêm mais tarde com seus ideais de sociedades, na acepção crua de manterem uma espécie fracassada enquanto apta a aceitar o modal referenciado acima como algo de crua normalidade. Não haverá diálogo com os seres humanos enquanto a concepção da espécie no planeta vier com a soberba de se achar mais evoluída do que as outras. Muitos cães nos ensinam que são superiores a muitos homens ou mulheres, com mais tato, mais intuição e sensibilidade, e a pureza de caráter que participa de seu reino, justamente quando os seres humanos busquem perpetuamente serem perdoados por seus pecados. Pois bem, teimam em achar que pecam por questões relativas ao seu critério de existência, mas pecam igualmente quando ignoram que o pecado á grande quando comem a carne do gado crendo ser prazer essa brutalidade. Os porcos confinados não merecem essa vida, o corte da madeira em florestas fazem parte do mesmo pecado, ignorando a brutalidade de exterminar povos que respeitam a floresta e que não fazem parte dessa aldeia global que peca por pensar estar efetivamente equacionando soluções, e que mais não faz do que concentrar a renda em mãos de poucas populações, a grosso modo, o mínimo do corpo populacional de viventes humanos.
          A Natureza pode ser a porta para nos tornarmos mais conscientes, e essa condição é absolutamente inequívoca pois sua organicidade, seu arranjo imprevisível, torna a especulação que ocorre com a sua contraparte, em especial o mundo digital, uma caixa fechada onde outras populações acreditam em medíocres insights como prazeres intelectuais de nível, tendendo a separar as coisas em categorias, quando absorvem endemicamente a lógica simplificada de máquinas que servem para conceder poder aos mais “fortes” do que distribuir melhor os níveis de riqueza para os mais empobrecidos com a valia de enriquecer paulatina e certeiramente a compreensão de nosso mundo: a necessária tomada de consciência pela população mais à deriva desse oceano cáustico onde quem cai do pequeno navio é devorado pela insânia, qual rua que não perdoa… Essa categorização por osmose, que calha a quem calhar, favorece a enganação e a mística de serem aqueles chefes de organizações empresariais acima das inteligências dos Estados ou dos sistemas, como forma de agirem por conta de empreitadas criminosas, enquanto concentração de renda e roubos especulativos, rigorosamente na forma da lei, nessa defasagem existente entre aparato jurídico e avanço tecnológico sem par, lacunas em que o Direito Digital há que estar sempre correndo pela retaguarda para prevenir mais saques do erário humano. Resta saber que a Natureza esta, festejada por quem a possui, em seus clubes ou terras, restará sabendo mais sempre do que realmente importa à espécie, e esta mesma espécie não pode abraçar mais um conteúdo político que não verse sobre tamanha importância na urgência de tentarmos ainda salvar o planeta dos predadores de riquezas, em seu capitalismo selvático e sem freio. Em especial os mananciais de nossas Américas, pois o que se apresenta em um país como o Brasil é estarem vendendo nosso território alegando que movimentos nacionalistas tendem a ser autocráticos, e esse viés só exigirá o respeito quando mostrarmos ao mundo que atender às demandas de nossas sociedades só fará aumentar o respeito pela Natureza, de onde todos viemos, e para onde todos vamos.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

CONCISÃO EM SIGNIFICAR

         A saber, quando procuramos sair de um entendimento e ingressar em sua profundidade, nem que o contexto nos atraia para outros assuntos, supõe-se que estejamos ingressando em um significante, ou algo parecido com a linguagem do pensamento, seja ele de que teor for. Não que seja crucial, mas hoje muito se dá o pensamento alicerçado por escrituras, em sua maior parte da Bíblia. Não sejamos tolos em se escrever algo sem saber, pois acreditar na profecia de algo não vem bem de encontro à ciência, a não ser que desejemos fazer frente a catástrofe tentando ao menos agir para que a tragédia sobre o mundo não ocorra. De qualquer modo, será sempre uma suposição extremamente difícil onde partir para a ação nesse sentido dependeria muito do próprio modo cultural onde vivemos, tal seja o combustível fóssil, o problema da água no mundo, as guerras e o paradoxo onde o leitor da Bíblia sagrada acredite que, além de um mundo trágico em seus aspectos naturais, tenha que seguir o preceito de certas guerras religiosas que perdem o sentido quando negamos o valor intrínseco da religião, que é religar-se com a humanidade, e não dividi-la. Esse pressuposto deve ser uma condição para que tornemos uma nação e suas crenças e intentos de ordem científica o paradigma onde podemos construir boas fundações para que se criem o valor e a admissibilidade de uma sociedade mais humana. Afora, nos surpreenderíamos bastante ao ver que pelo menos se alcançasse uma parcela que deseje o bem para seu semelhante, onde o inimigo suposto não exista, senão na cabeça do declarante. Este com mente cáustica no sentido de agredir no modo de falar, no modo invasivo ou na simples maldade contra as pessoas de bem, que sinceramente desejam o melhor ao próximo, com atenção maior para os que estão em situação de vulnerabilidade social, bem como aqueles que possuem uma atitude de respeito aos mais velhos e à comunidade em geral. Há etapas da existência em que parece que passamos por dificuldades tais, estas que nos remetem ou a lapidar positivamente nossas personalidades ou dissuadir-nos da responsabilidade de estarmos na prática do bem maior de nossas casas, que em síntese pertencem à grande casa comum, que é o patrimônio por direito inviolável que se chama Terra. Nessas horas é que devemos ser sucintos ao comunicar algo, na expressão sincera de nossos atos, em buscarmos o significado mesmo tal como ele é, na essência, independente de contextualizarmos em outros níveis de compreensão, pois o tempo não surge na esfera mesma de nossa existência por um fator apenas de experiência, mas como uma missão inequívoca de provarmos que somos humanos, mesmo que o cenário iluda a questão da necessária solidariedade, com óbices decorrentes e históricos.
         A questão passa a ser mais concisa quando pretende que alguém saiba quem é enquanto agente de sua sociedade: quais os seus conhecimentos, o grau de civilidade e bondade de caráter, este igualmente de cunho ao progresso humano e social e o olhar ao outro cada vez mais necessário incluso no plano agigantado e, no entanto, reflexivo da administração coerente de todo um país, quando parte de um simples e sadio diálogo.

sábado, 25 de agosto de 2018

UMA VIDA QUE NÃO SE RESSINTA

          Espalhar o modo em que muitos esperam por uma normalidade, é como aspergir confetes no que é previsível, pois aquele que só se diverte sob o efeito de substâncias psicoativas como o álcool e similares não pode olhar para um tabagista de modo algo torto, preconceituoso. O mesmo a se dizer do sexo irresponsável, com a gratuidade de gerar filhos indesejados, posto na atração conjugada com o ato sob efeito de alguma substância faz navegar sobre um mar de incompreensão nascituros que nada tem a ver com planejamento familiar. Não é questão de falso moralismo, nem de ética imposta, mas apenas uma perspectiva sobre o que reserva à humanidade a população que chega sem reais e consubstanciados atos de resguardo, pois o futuro já não é bom em nosso presente. Não se prediga que não o seja, pois o estrago no planeta dá as costas para aquele que ignora ou por escolha e alienação, ou mesmo por ignorância da ciência. Em um futuro próximo já não teremos mais famílias realmente felizes, com a sexualidade dos jovens cada vez mais, em consequência dos hormônios servidos nas gôndolas do comércio de origem animal, precoce e facilitada pela ingerência nociva da exposição dos meios de comunicação de conteúdos com altos apelos eróticos, expostos nas casas onde o botão já faz parte da consciência infantil. É mais fácil uma criança ter o acesso ao entretenimento e à má orientação nos meios, do que os pais desejem botar freios, posto os mesmos progenitores permitirem a entrada das crianças dentro do universo digital, sem restrições e sem o controle crucial. Ao menos que se evite algo no sentido dessa paradoxal precocidade e instruções externas com uma retaguarda do resguardo das crianças dentro dessa imensa anarquia cultural em que vivemos. Já temos crianças com menstruação extremamente precoces, em uma sociedade que permite a liberdade que nunca será suficiente para o adolescente rebelde que faz uso de drogas e álcool e se permite agir com desrespeito, realidade presente no ocidente como um todo, não importando muito se a nação é rica ou pobre, refletindo a ausência do diálogo e um quadro terrificante nos países do terceiro mundo, onde a educação não é mais motivo de orgulho, mas um cenário trágico e atrasado.
        Os meios de comunicação também colocam à disposição irrestrita a violência, expondo os jovens às suas mais variadas formas e modos, o que torna a estimulação daqueles que treinam em excesso a preparação anódina de se formarem grupos ou ideologias raciais e totalitaristas, que acabam por agregar valores em regimes que já se apresentam como defensores de brutalidades como a tortura ou similares, onde uma democracia vira apenas um vestígio de certos fantoches que buscam militarizar o que não se deve, pois um governo civil certamente é algo mais civilizado, e qualquer contraposição é falsa. De se colocar, quando este governo em especial vai contra o seu próprio povo, e considera um outro país mais rico como detentor das verdades sobre seu país – pobre – em uma característica bem simples de se entregar aos interesses externos. Não se ressinta a vida por isso, pois a única possibilidade de uma boa administração em um bom senso de uma pátria decente é o diálogo e a manutenção única de que se faça algo de bom para esse país, no sentido de nacionalizar as conquistas e internacionalizar o conhecimento. Isso claramente passando à uma releitura de sua própria cultura, e a compreensão inequívoca das diversidades inerentes à qualquer sociedade que se preza por ser digna, democrática e pacífica.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

A TÍTULO DE MERECIMENTO DE ALGUMA RESPOSTA, RESTA-SE PERGUNTAR SE HAVERÁ UMA EQUAÇÃO QUE SE RESOLVA A CURTO PRAZO.

LONGAS POR VEZES SÃO AS CAMINHADAS, QUANDO CADA PASSO É CONSCIENTE DO SEU CAMINHO A SER TRILHADO, COMO NA PRÁTICA DA RECORDAÇÃO...

À MEDIDA QUE ENFRENTARMOS AS DIFICULDADES COM A RIGIDEZ E DISCIPLINA NECESSÁRIAS QUANDO PRESENTES, MAIS JUSTOS SEREMOS QUANDO OLHARMOS PARA OS NOSSOS LADOS, E VIRMOS UM CIDADÃO FREMINDO POR JUSTIÇA SOCIAL.

A CULTURA DE UM POVO VAI ALÉM DA SUA ARTE, SERÁ O MODO EM NOS ENCONTRARMOS COM AQUILO QUE NÃO SE ESPERA, OS COSTUMES, AS FALAS, A MANEIRA HEROICA DOS POBRES LATINOAMERICANOS.

PARECE-NOS QUE NÃO HÁ MUITO A SE DIZER, E NO ENTANTO PALAVRAS QUE PRONUNCIAMOS SOPRAM EM SENTIDOS QUE SE ESCUTAM PERTO DO MAR...

MESMO QUE UMA PALMA SE DESPRENDA DA PALMEIRA, SUAS FIBRAS SÃO TAMANHAS QUE SERVIRIAM PARA TECER VELAS PARA ENFRENTAR AS PROCELAS COM BARCOS INDÍGENAS.

A SE CONSTRUIR UMA GRANDE SOLIDARIEDADE NACIONAL, TEREMOS UM PAÍS MELHOR, MAS O GOVERNO CERTAMENTE HÁ DE SER DE CUNHO POPULAR.

NOSSO PAÍS TEM NÃO APENAS CONSIGO O PETRÓLEO DE ÁGUAS PROFUNDAS COMO O CONHECIMENTO DE SUA GENTE EM PROSPECTÁ-LO COM SEGURANÇA, NADA DEVENDO PORTANTO À NEFASTA INTERVENIÊNCIA EXTERNA.

O BRASIL É O PAÍS ONDE MAIS E MAIS OLHAM OS ESTRANGEIROS PARA AS NOSSAS RIQUEZAS, NO SORRISO DE GARRAS QUE NÃO CESSAM DE QUEREREM A SANGRIA DE NOSSO POVO.

TODO O PATRIMÔNIO QUE UM POVO CONSTRUIU, APESAR DE NÃO SER PARA SI, A SI PERTENCE, COMO O PODER QUE DO POVO DEVE EMANAR!

ATITUDE E CULTURA


            Há meio de se fazer uma peça, não necessariamente industrial, mas quiçá com alguma ferramenta, produzindo algo que se possa chamar de engenho: para entreter, para brincar, para educar. A partir do momento em que Picasso trouxe as máscaras africanas para a realidade da “máquina” europeia, consideraremos suas montagens em madeira e ferro, as esculturas em um tipo de abstração figural, o novo em perspectiva, ao perceber que a tecnologia trás em si a leitura mesma de algum objeto... Seja ele quase intocável, posto só possível com a ferramenta que o manipula visualmente, quando quase se pilota a forma através de botões e acessos de entrada – input. Logicamente, para que a população como um todo passe a pensar como um total sem muitas diferenciações, é muito importante questionar continuamente, como era a vida de antigas gerações, e como o encontro com estas se torna o modo para que não transitemos a um mundo novo sem a razão fundamental de não se precisar ser um autômato, ou a atualização necessária e premente com trabalhadores que não precisem estar conectados todo o tempo, já que não temos a intenção jamais de separar a sociedade em quem está conectado todo o tempo e aqueles que usam as ferramentas com mais sabedoria, que na verdade pertencem à categoria do operariado. Essa fusão do saber como pode se tornar uma razão concreta de se participar de uma sociedade onde o que passa a ser inevitável como progresso em que quando todos se desenvolvam parta igualmente do princípio de aprendermos a utilizar os meios eletrônicos com sabedoria. Essa ciência do fato não há de depender do braço operacional mais tradicional ao braço que opera o mundo digital, mesmo porque a divisão do trabalho apenas traz circunstâncias em que a diferenciação imposta reduz e segrega o trabalho considerado pelo corpo técnico como menos inteligente. Isso permitiria voltarmos a um padrão tecnocrata, ou um absolutismo de mercado, quando pagamos menos ao trabalho fundamental para o andamento da construção na sociedade, bem como no campesinato, igualmente importante. A diferenciação afeta no mundo contemporâneo a afetividade de muitos e separa as classes sociais, onde a predominância do pensamento beligerante vai justamente alcançar as classes abastadas que vivem os games e a informação como algo similar, encontrando na lógica externa a seu pensamento o auxílio da máquina que vai depender apenas da estimulação sensória do usuário, nesse falso – enquanto controlado – renascimento tecnológico. Esse contexto traz à tona uma ganância sem freios nos negócios que surgem quase aleatoriamente e recrudesce o sentimento do desejo do militarismo como modo de solucionar problemas tais como a violência, quando o egoísmo residente dentro dos estímulos computacionais esconde o fato de que apenas em uma educação com base na valoração da cultura de um povo, na consagração de suas etnias e na nacionalização de suas riquezas é que a beleza e a liberdade de expressão seriam coisas realmente relacionadas.
            A atitude de um povo perante aquele ser que aparentemente está distante de sua realidade, mas que certamente não deseja a não aproximação, deve permitir o entendimento da história de cada qual, independente da origem. Pensar em um país grandioso não será a falta de patriotismo ao entregar a riqueza que possuímos aos estrangeiros, e deixarmos a massa da população trabalhadora em uma vida de carestia. Já é hora de começarmos a decidir quem é quem na tentativa de conquistar o Poder neste Brasil, pois se há classes em desvantagem numérica que querem empobrecer uma maioria já empobrecida, enquanto defendem interesses pessoais na obtenção de lucros ao menos duvidosos, a maioria da população há que votar e ter consciência de seu voto naquele candidato que tenha em seu projeto algo a acrescentar de melhora na vida dos trabalhadores. Há que haver confiança de que as eleições vão suceder conforme uma consciência popular já mais progressista, que valoriza a cultura de muitas faces que é o Brasil, desde o semiárido até o pampa, da floresta ao litoral, dos rios às montanhas, onde há a semente que plantamos, onde há um parque industrial brasileiro e as instituições que devem garantir o seu fortalecimento enquanto patrimônio cultural e econômico, na atitude sincera em que devemos nos preservar e ao país para seguirmos as vias pacíficas e a manutenção da democracia nessa transição para um Governo Popular.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

CURTA HISTÓRIA


De planos alongados, a versão inequívoca de um fato
Que sustenta a outros nem tão visíveis nas superfícies
No tanto que fosse a mais de uma história encurtada
No arfar das gentes, que muito é de história curta
No que atravessa informação do que nem sequer sabemos!

Cabe à uma curta história não se diga o arrepender-se,
Que assim dispensamos algum verbo de solicitação,
Mas se o fato é pertencente a uma verdade, que seja,
Seja esta na fronte clara de alguém que a possa ver...

Nem que fossemos titânicos no verbo, nem que a escrita
Se reinventasse enganando os troféus mais antigos,
Nem que o gesto de uma palavra nos sobrescrevesse,
Talvez fossemos mais um tanto de se preparar o caderno.

Tantas as vias digitais, que uma frase pode estar no silêncio
Enquanto as fontes que deixamos em alguma areia de plantão
Fora a concavidade sem nexo em que partimos para um verso
Que por vezes em sua austeridade fica à mercê da resposta...

Assim de prosseguir serão talvez outros dias cinzas, no viés
De que mais uma luta não enobreça muito o fato de lutar
Sob o lunar do desencanto aparente, em que vemos a luz
De muitas estrelas no firmamento onde firmamos o olhar!

Deixar-se a poesia falar um pouco, deixarmos para lá a luta
Que evanesce o pouco do amor que nos sobre sob o braço,
Seria de boa monta a um sinal acentuado de palavras ditas
Ao que se pretenda encontrar o mesmo ciclo sem muito nexo.

Nas vezes em que nem mesmo espelhamos o olhar da amada,
Nas vezes em que vemos o sofrimento do andarilho na rua,
Nas vezes em que pagamos um pão assaz de fermento assado,
Nestas vezes por muito temos ao que vestir um terno odiento.

No mais seja a veste o recrudescer das chuvas nuas e duras
Como um látego nos ombros do cidadão cansado da cidadania
Que verte no caminho de estar nesse cansaço por mudar algo
Em que não sobre mudança de nada, mas apenas um progredir.

Nesses passos da história curta, sem titulação, sem eufemismos,
Nessas gentes que contam uma história não contada, nos da arte,
Naquilo que a outros pouco importa seja, posto o sistema corrobora
A que sejamos os únicos ao importar, que ao menos se curta história...

E ao referirmos as páginas de um relógio quase de pulso, feito mão,
Não se sabe se anda o ponteiro no segundo referente ao que ditou-se
Ser mais um andamento científico de última hora, como Samarco
Que ainda flui irrequieta pelos vales e rios quase intactos do mundo.

Da história que não se conte, dos números entrecortados no tempo,
Pedaços poeirentos de minerações de restos crus das ganâncias,
A vermos que a história passa curta em uma onda de destruição
Onde o rastro de seus segundos traduzem milênios de devastação.

E as gentes que observam, a política que aceita e remove o óbice,
O olhar que não possa ver portanto na escala em que se observa
A mesma história longa que se repete e teima o eterno retorno
Onde muitos se escondem na alfombra de suas brutalidades!

Será que curtiremos algo, ou o couro de um animal abatido
Em matadouro industrioso, para que o pampa seja motivo de orgulho
Nas carnes que agora significam muito mais do que uma simples
E fortuita imagem de que carnal e orgia seja motivo de liberdades.

Há que se saber que a liberdade de muitos significa mais além
De encontrar no olhar da falsa rebeldia que consente o mal
Algo que remonte um olhar de vingança, um escrutínio falso,
Por além que um indigente encontre ao menos uma garrafa perdida...

Pois homens navegam na noite, em mãos esquerdas e direitas,
Indo e vindo com seus carros, carroças e pernas já cansadas
Ao que se diria que no transito existe essa imensa variedade
Enquanto um vai por um lado e o outro volta, no que se parece um.

À mesma medida em que um farnel de um cidadão das ruas
Já encontrou na mesma diáspora que une uma rua à outra
Mais parece um gueto de um planeta que recobre de estigmas
O fato do fardo de um aparente ser de duas pernas e meio estranho.

Verte que a observação passa a ser intensa, no que casaria que, ao olhar
Seria mais fácil aceitar algo do estranho proceder, visto no autêntico
Possa residir um espírito que sua a arte em potencial sob os poros
Enquanto na igualdade aparente e forçada do comportar reside um real.

E por mais que a semântica algo indiscreta nos indique um caminho,
Por mais que tentemos não ausentarmos a ação própria da iniciativa,
Por mais que alcemos nossos voos sobre a alcatifa quase nobre do alfalto
Veremos forças caminhantes, dentro da própria fraqueza de pensar sempre
Que a verdade de um ser seja algo menor do que a própria força do espírito.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

O PASSO E A POSIÇÃO


            Parece-nos complexo falarmos sobre o que são os passos, ou o que é uma posição. Podemos citar a coerência em sabermos como agir no nosso dia a dia, quais são as prerrogativas corretas, e o que podemos fazer para sabermos lidar com dificuldades que por vezes nos parecem tremendas. Basta, como em um navio, que situemo-nos com um bom leme, mesmo diante das procelas. Há que o fletir um pouco, quando o material que dá rumo à embarcação, no caso de esta ser bem menor, seja de madeira, ou vergue com a tensão das ondas. Os nossos intentos vencem quando igualmente temos a fé que agiganta o turno, que nos carrega até a calmaria. Seja essa fé nos braços tensos, seja ela ao segredo das estrelas, e sua gigantesca diferença entre o que conhecemos e aos mistérios da existência mesma de nosso astro, ou da plenitude do mundo... Nada do que se saiba não possua o mesmo desafio em podermos construir nossa realidade, dando os passos necessários para tanto, na arte do recuo ou no avançar consciente e soberano em lide que possa até mesmo relativizar posições, mesmo que saibamos que onde vivemos tem os ares sagrados do lar. Esse lar que ao nômade possa transcrever outros e outros leitos, e a outros homens possa significar um quase perpétuo! Nessa perpetuidade em que o eterno seja no mínimo o progresso em que cada objeto, cada coisa possa ser de acréscimo, mesmo que a partir de poucas posses, no embate em que o ser pauperizado na sua existência possa refletir e organizar paulatinamente a sua vida, abandonando o menor presságio de qualquer adição nefasta, como a cachaça e similares, nas vezes em que o mesmo ser relaciona-se com a medicina, ou a vida vulnerável que possa lhe acometer. Essa pode ser a sua posição – dura – como quando no início parece veneno e depois vira néctar, posto não podermos segurá-la sem estarmos ao menos combatendo em prol de nossa própria normalidade interna, específica, pessoal.
            Havemos, quando solidificamos uma posição de ser individual ou no coletivo, no grupo, de exercer o mínimo necessário do diálogo, de o mantermos como condição sine qua non de participarmos não propriamente daquilo que queiram impor enquanto sociabilização, mas que seja na compreensão do próximo, no evitar-se qualquer modalidade de preconceito e lutar um bom e honesto combate para que todos melhorem em nosso entorno, no sentido atávico da modalidade do respeito e cavalheirismo: as prerrogativas de um mundo ou de uma cidade ou bairro, civilizados. Esse modal existencial refere-se a que sejamos mais tolerantes. Que não preguemos a beligerância, mas sim um bom senso em prosseguirmos vivendo em sociedade – mesmo que alguém aparentemente seja solitário – na acepção própria de cada qual em que pensar-se que veladamente existem comprometimentos de qualquer ordem não passe de ilusão, ou exposição de códigos de conduta que devem na verdade blindar o modo de viver de cada qual, porquanto sua própria idiossincrasia.
            Do mesmo modo que o indivíduo e a sua grande ou pequena coletividade podem manter a sua posição dentro dos limites da ordem, o Estado deve garantir o exercício da cidadania de cada qual, em um regime democrático onde a ampliação dos direitos fundamentais das pessoas deva ser progressiva, e não limitante ou restrita a ordenação imposta por um governo autoritário que só fará distanciar a empatia e consolidar a desesperança em seu povo, condição inadmissível para o andamento correto de uma boa administração, seja em que poder for, ou nas instâncias várias de seus poderes judiciais. A liberdade de opinião, o crescimento e valoração da artes como base cultural de toda uma população e o fomento imprescindível da educação como alavanca e sustentáculo do progresso de uma nação deve ser uma posição sobre a qual todos devem trabalhar para que aconteça no modo em que uma autoridade, seja ela quem for, no fundo assuma essa galhardia de saber serem esses os caminhos de um verdadeiro patriota, com relação a um futuro em que saiamos do túnel ao menos vislumbrando a luz tênue em seu final para que saibamos que o imenso trem que carrega a nossa intensa esperança esteja dando o passo tão importante para a solução definitiva dos problemas de um país continental, como o Brasil!

domingo, 19 de agosto de 2018

SOB O OLHAR DA LUA

Pudera, que a poesia visse a lua por mais tempo em uma quase madrugada
Onde o céu aparece com as cores de Krsna, e este no Paramatma do poeta
Que é o mesmo em cada ser vivo, e que a não observação pode ser para um…

Uma lua que cresce a cada dia, nos dias que pressentimos as jornadas
Em que o homem e a mulher religam algo que a vida deixa vão no cotidiano.

Nascem gramíneas em Vrndavana, na Índia soberba e maravilhosa de nosso lar
Quanto sabermos que as águas podem vir de Yamuna, ou o Senhor Supremo
Dança por encima dos capelos de antigo habitante do lago do sagrado!

Agora, com o dia amanhecido, a tez do céu mostra um azul acinzentado,
Meio púrpura de nossa condição de ver as cores tão presentes no equilíbrio
Que a mais tosca harmonia que sucede nas coisas não prevê a Natureza.

Mas que a Lua tem dos seus pressentires e que, posta a crença pertinente,
Sabe-se que esse astro traduz na sua atração a influência das nossas marés
Se porventura o nosso como palavra aplicada se estender até a musa Gaya.

Sob a influência de concretas luzes, sob o céu iluminado nas solitárias noites,
Basta sabermos que quando amanhece os pássaros tecem ilimitada companhia
Àqueles que urgem por suas presenças, em todo o amanhecer da fraternidade.

De ser fraterno não há como dissuadir que sejamos outros, que outros venham
A pressentir o próprio respirar lunar, já que uma única estrela do lado da crescente
Aponta na fronte de um poeta que ao menos diz algo para que sejamos mais felizes!

sábado, 18 de agosto de 2018

QUE O DIÁLOGO NÃO SEJA ÁRIDO

         Quem sabe vejamos a alguém a sua face, a boca suave ou dura, o macho ou a fêmea, o homem ou a mulher, as variantes, as diferenças, de um olhar que nos olhe em real, o traço longilíneo ou adunco do nariz, e quem sabe expresse essa face uma palavra com o nexo que percebemos, ou o titubeio clássico de emergir a insegurança tão natural nestes tempos, uma leve inibição que, fortuitamente, inicie – de qualquer modo – o diálogo, ou o esboço de uma conversação… Assim será que grifaríamos o que chamamos de informação? Procuraríamos os vestígios de tudo o que nos sobre da civilização algo messiânica de preparativos bíblicos? Não tenhamos as respostas, haja vista, que não as temos efetivamente. A presença do diálogo é dela pertinente, ao que aquele ponteia, versa, encontra e ama. Ah, do amor, quem dera encontrar um amor sem palavras, um amor de olhar, aquele gesto não ensaiado por espelhos da matéria, mas pelos cristais da alma! Sim e por que não?! A princípio, temos um humanoide na defensiva, e outro ser que ofende, sendo humano idem, ou androide humano, o que vem a dar a uma certa verdade se alguém encarna o papel do herói autômato do game que acabou de jogar, depois de vencer algumas fases que nunca bastarão para que o “treinamento” seja correlato com a realidade. Pois bem, o diálogo pontifica quando o suficiente, ao menos que aponte o que seja a disciplina, ou seu eterno e displicente jogo da amarelinha, parafraseando o título de um grande escritor.
          Na realidade, seria possível que um enfermo que toma medicamentos de frente psíquica ser realmente lúcido e estável? Aí nisso vem a defesa de muitos, e na verdade há que se parar, pois os enfermos mentais estão necessitando não apenas da medicina, mas do encontro com o vernáculo do direito. Saberia algo alguém em que existir seja procrastinado pelas fases da mesma existência? Não, por hora chega, já estamos por cá com questões absolutamente quase absurdas. Nós leitores por ventura tenhamos saudades de Plínio Marcos, um escritor que vendia seus livros na rua: bendita escrita. Neles – os livros – mesclavam-se histórias com um realismo quase tirânico, do que vinha a ser o Brasil, mas a aproximação de questões graves de nossa história cotidiana fazem parte de diálogos que passam através dos tempos em que não apenas se queira agora se dar bem o indivíduo, mas que pousasse a fronte da esperança aquele que deseja ao menos um país melhor, um país brasileiro, para os brasileiros. Quantas vezes vemos intrusos e intrujões na teta de nosso Brasil, mamando para manietar nossas riquezas, e por vezes queremos dialogar a respeito, mas vem a roda viva e carrega o assunto para lá…
         Bem, escrevemos sobre o diálogo, que não seja muito difícil, ao menos que se permita outro idioma, que seja, já é um começo. Mas o nosso é lindo: o nosso idioma português! A abertura de 78 naquele tempo assiste a um fechamento em que nossa música - hoje - vira quase um passado, e nossas vestes ficam a perceber por vezes que fazemos parte de um imenso teatro de marionetes com modas sinistras e adulações frequentes e irônicas aos que paradoxalmente carregam no semblante uma alegria de classe que afeta aquelas que se jactam de serem felizes por terem motivação para tal. Sejamos justos, há diálogos entrecortados onde a substância mesma do significado está no ato reflexo, algo do instinto, mas que em profundidade perde para um monólogo interno e introspectivo onde podemos falar com nós mesmos, a ver que a partir de um apanhado rico de palavras quaisquer possamos passar a bola quem sabe de uma palavra-chave para que o atacante, ou quem vier na frente, sob os auspícios cuidados de um bom zagueiro que segure na área o diálogo passível e necessário de se surgir, por uma prática: a palavra compreensão.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

A PSIQUE SEM O REAL


            Nada é muito parecido com a circunstância daqueles que sofrem males mentais. O sofrimento não possui tradução verbal, não se caracteriza como dor física, mas talvez com um embate em que muitos tentam manter-se – mesmo que silenciosamente – sobrevivendo aos aspectos internos do sofrimento que lhes acomete, como ao estigma que a sociedade impõe desde os que estejam mais vulneráveis ou extremamente medicados àqueles que aparentemente estão mais despertos, com razão mais sólida. A versão que passa na cabeça dos que estão normais nos seios da sociedade é de que os enfermos dessa natureza são peças inúteis ou refugo existencial, onde só os familiares arcam com os óbices que impedem de modo previsível que haja um encaixe dessa gente no mercado, posto este já coloca as barreiras contra a contratação dessa gente. A realidade em certas nações enfrenta a si própria, espelhando o significado autofágico de si em gentes que vivem à margem da normalidade citada acima. O que leva a tangenciar a discriminação contra as enfermidades psíquicas, mesmo quando sabemos que a incidência destas ocorre cada vez mais amiúde, tendo em vista o distanciamento do ser com relação ao real; a ilusão passa a ser cada vez mais presente no cotidiano da vida neste novo século, de profundas transformações tecnológicas. Procedem estudos cada vez mais fragmentários em especializações e a profunda queda do humanismo como pilar fundamental necessário a que se reduza o conflito, não apenas ao ego particular e coletivo, como à automatização do indivíduo em saberes que levam apenas a um treinar excessivo como prática ou preparação a algo que em síntese não existe concretamente, posto invenção sistêmica. Esse algo pertence a um status quo que muitos incorporaram como um tipo de existência ou modo de vida que não necessariamente seja o mais correto, mas a coisificação, ou uma sociedade de objetos está cada vez mais presente, onde o real passa a estar do outro lado dos gadgets, na forma do encontro pontuado pela aceitabilidade ou o antigo conceito de popularidade, sempre atual, pois sempre viveremos em sociedade.
            Em questões da dissociação que dão origem a enfermidades de ordem psíquica, certamente os tempos em que vivemos fazem do acúmulo de informação e da ordem algo ilusória na mecanicidade do funcionamento de grupamentos sociais, esta que pode incluso ser mensurada e igualmente “coisificada”, torna qualquer agente do sistema apenas um ponto que se torna vulnerável enquanto ação parcial ou filtrada por critérios de hierarquias sociais, ou mesmo colocações de mercado. A questão da permuta em que se pretende a sociedade atual, seja de ordem financeira, afetiva ou de aceitabilidade, dando jus a uma frieza sem medida quando se torna um ser nada parecido mais com qualquer laivo de humanidade, mas sim pronto ao ataque, deixando a atitude pacífica alicerçada sobre as questões de segurança, que são na verdade necessárias mas não o suficiente para que outros modos culturais nos aproxime do viver mais saudável e independente. Essa medida criteriosa para que façamos de um lugar, um modo de nos portarmos, um encontro espontâneo, e a experiência de nos tornarmos independentes dos objetos eletrônicos, e uma vida com harmonia passa pela consciência de cada habitante do planeta, e quem sabe a consciência de que ao menos que prossigamos em um mundo onde já erramos o suficiente ao ponto de destruir o que deveríamos ter preservado com prejuízos graves e agora inevitáveis, então que façamos desse caminhar sobre nossos erros a comunhão que nos esquecemos de encontrar quando ainda tínhamos chance para isso. Nunca será tarde para isso, mas o agora urge pelo suficiente... Esse tempo do já seria apenas a compreensão dilatada para aquilo que desconhecemos no próximo, e a luta que devemos empreender, com seres sociais gregários, para desmitificar certos estigmas que podem nos levar a uma sectária forma de nos portar, levando a um preconceito e permitindo mais e mais o surgimento do totalitarismo, seja ele aberto ou silencioso nos seios de nossas já tão enfermiças sociedades.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

SE É DO SER, QUE SEJA.

Mecânicos passos talham o alvorecer do que uma vasta geração ignora
Quanto de um quando sabe de seus pesos, pensa que a fortaleza é volume
Enquanto outros poucos de épocas mais anteriores rezam que a vida pode
Ser exatamente não necessariamente produtiva enquanto materialmente.

Posto nosso corpo ser mais do que pretendemos à sua performance,
A saber que um quando veste o caráter de suas alavancas motoras
Nada sabe por vezes de que um mesmo músculo enfeixa outros movimentos.

Ata-se o que a sociedade espera que sejamos, e que não se traduz a sermos
Apenas a motricidade cartesiana, a falta do holos que não nos acompanhe
Quanto ao menos pretendermos ser mais um pouco da sensibilidade humana!

Nessas veias em que por vezes passa uma tônica dissonante de falta nada rara
Acompanha a falta de sobriedade que tece naquilo que orienta nosso corpo
Qual não seja de uma mente equilibrada, paradigma de ideário do coletivo.

Essa mesma mente que devemos suplantar quando em dificuldades latentes
Na força que não nos acomode, pois permanecer em vigília de nós mesmos
Roga à existência mesma do ser saber-se não ser ignorante, posto de inteligência.

Nada é muito do que nos sobre no quinhão reservado a um fraterno bom senso,
Em uma realidade cabal e concreta, naquilo que conhecemos de carteira plena
Nas escolas onde, se fomos bem trabalhados, que isso seja compartido na boa fé.

Um caminho haverá sempre mas distante que seja de uma esteira de vaidades
Quando efetivamente queremos impor algo a alguém sem fazer uma leitura de si
Quando da contemplação dos erros que cometemos temos que lapidar o bruto.

A essa parcela existencial de querermos ser mais do que o que concede a Natureza,
Ao andamento de nossos passos sobre uma selva não transposta ainda por nós
Há que recuar para não abrirmos trilhas desnecessárias no ver da árvore preservada.

Não que a humanidade fraqueje tanto por não consentir de uma felicidade pertinente,
Mas que a dúvida de sermos um pouco à frente de nosso tempo garante inegavelmente
Que precisemos valorizar nosso passado no que se chama História, a musa consequente.

A poesia passa a ser um tipo de parabólica existencial, um modal de não cansar o Canto
A que se não adormeça a intenção, pois esta trabalha em nossos sonos, acorda no despertar
E passa a revelar ao mundo um apanhado de palavras que o poeta colhe das estrelas!

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

A CRUEZA DA VILA QUE NÃO HÁ

Nada amolda uma forma em que nunca encontraremos significado maior
Do que a forma mesma da circunstância, subavaliada em valor de monta
Do que não fosse a mesma medida de outro valor em que subscrevemos
Nossos nomes como autores que classicamente não nos exigem laivos
A termos maiores esperanças do que aquilo que não deixamos escrito por si.

No que notadamente soubermos por fonte sincera, saibamos das raridades
Em que uma fonte subsista como tal, tão vistos os interesses quase soberanos
Que tecem por vilas sem consistência a dura realidade pelas quais passam
Os habitantes do periférico mundo onde a carestia já fincou o trono de pedra
Ao cetro de rei que reside tão distante que ao olhar mais atento e crudo
Se torna a paráfrase de uma escusa vida o que na verdade em concreto se há.

Não há da vila qualquer modo de se sair, sem que se saia anunciadamente
Na vigília incansável dos casuísmos de outros olhares que veem com rigor
Quanto matematicamente significaria um posto na saúde irrisória dos votos!

Sim, seguem habitando a vila, sem o grande samba, quiçá sem cultura em vão
Mas que desvanece o próprio aviltar-se cultural sem que saibamos em mão
A sobriedade que falta na dureza da vida em sobreviver em qualquer das vilas…

A causa da vila ser vila, e sua crueza não parte da vida em si, posto vila a mais,
Mas do simples equacionar do que seja a diferença entre se portar meio roto
No meio de carros exangues de tantas belezas que ao homem da vila parecer não há.

No esforço de sabermos o que conta a uma crueza naturalmente dedicada a alguém
Ou a uma curiosa foto em que os amigos: dos amigos: dos amigos se esquecem
De tecer amizades com o que não é de si ou de outros, posto ao vil não querem…

Naturalmente o pressuposto a estar com a consciência em dia, no alvo consagrado,
É apenas dedicar-se com empenho a vislumbrar resultados sociais, nem sempre vilões,
Mas da vilania mesma em que um orgulhoso ser assiste na TV a violência ao vivo!

O VENTO SOBRE OS OMBROS

Tal seria o tempo se a vida não encobrisse o significado não linear
Que a muitos se revela a si, um encontro inesperado, uma mulher no caminho,
Outra flor que a poesia esquece como parâmetro de saudável leitura
Posto não de doença, que da doença possa padecer o mundo inteiro…

O mesmo ser que se jacta de não ser no sacrário da existência humana,
O ser que tropeça em um nicho onde as formigas já abraçaram a esfera
De seus próprios pontos no horizonte, em fugas massivas de linhas pétreas
Nas calçadas de um cimento nada estudado, que de amálgama fabrica o vento!

Pois que as flores não carreguem o seu murchar sobre os ombros, de uma página,
De um sorrir intempestivo, que algo incita a que não se fosse mais o mesmo
No algodão de um tecido, nas lacunas que entendemos por ventos mais lisos
Do que a superfície de algum antepassado que tenha legado ao homem o porvir.

Quase a negação de tudo, quase que não nos sacrificássemos mais do que um tal
De sacrifício pungente a que possuímos uma verve que o mais seja traduzido
Por antecipação que versa mais do que o esperado, a uma palavra não ressentida
E que talvez a façamos significante na própria Natureza da palavra temporalidade…

No que se perfaz de um outro vento, do sul que se apresenta, como uma ilha
Dentro de outras tonalidades assentadas na espera do que se diga a mais se não for
Saberá um homem que a veste de mais subterrâneos fugidios e circunflexos
Não reste uma dúvida em que não pontificaremos mais a frugalidade em se prosseguir.

Na data que se dá de prosseguir aonde, qual não seja, um dia que queiramos que melhore
A qualquer fonte de emancipação de alguma estrela, mas que a mulher ao menos veja
A lua deitada em seu crescente tênue espalhando a superfície mesma de um céu
No olhar de quem a viu em uma noite que espalha faróis em olhares retilíneos!

Quem se desse ao ponto de pretender o solfejo de uma guitarra em um flamenco cru
Ao menos se lembraria da Espanha de muitos tempos, em que Saura monta escola
Com o aparecer de um teatro de rua, em que em cada nicho das casas se escuta
Algum verbo legado à América Latina de nossos pressentimentos de que algo se sente…

Em que se prossiga mesmo assim, pois a latitude de um consenso dentro da União
Versa que se una um propósito mais premente, e que não se loteie a consciência
Com famigerados gestos de ocasião, a saber, aqueles que creem ser antecipadores
Mas que não passam de ensaio de fantoches em um circo mal arranjado no atraso.

Mas que se tenha esperança, que se verta uma gota de um suor em nossa fronte
Ao menos para que nos lembremos que a circunstância em que reside a fome
Faz passar nas ruas uma população de dois dólares diários, o que por vezes
Reduz na mesma esperança a dignidade possível, mas faz do fraco um forte.

Mas que a miséria não sirva jamais para que saibamos da fortaleza de um ser
Que busca um sustentar-se na piedade alheia, pois aquela só serve para revelar
Que um quando busca, quer apenas uma justa colocação, em que os do Norte
Saibam de uma vez por todas que o país em que milhões vivem ainda é Brasil!

domingo, 12 de agosto de 2018

INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

          Pouco se saberá dos meios se não tivermos ciência do que sejam as informações, tão valorizadas nos tempos de hoje, no seu resgate ou busca através de diversas ferramentas, na oralização de aquisições, ou no que vemos ou ouvimos passivamente. Esquecemos do tato, até esse sentido planifica sensorialmente o que depois pode ser enunciado verbal ou visualmente no que percebemos, apesar de ignorarmos que os sentidos humanos são limitados, e essa limitação transpõe no significado de algo ou de uma ação apenas a realidade humana, por mais que queiramos "administrar" os reinos animal, vegetal e mineral. Pois que então paremos na informação dentro do critério das humanidades, nas letras em si, no áudio ou na imagem, no calor e frio, no sentir-se bem ou não, nas doenças e na saúde, e o que seja melhor dentro do conteúdo igualmente humano para sustermo-nos dentro da abrangência coletiva ou social. Esse conteúdo do que pode ser melhor passa por um idealismo necessário, quando se quer utilizar a informação, ou um dado qualquer que nem chega a ser informação mas que alimenta estruturas que lidam com esta. O pressuposto de querer melhorar uma situação vem do conhecimento ou habilidade que possa gerir a mudança, que possa compreender conceitos por vezes complexos e que venha a dar – no mesmo pressuposto das humanidades – conteúdo concreto de melhoria de vida na razão matemática do coletivo e seu bem-estar social. Passa a ser ciência o modal de uma riqueza ou patrimônio cultural ou econômico de uma nação, destarte, que o mote de tal circunstância ou ação ditará não apenas o seu conteúdo matemático com sua razão concludente e inevitável como a complementaridade de melhor qualidade de vida aos circunstantes da riqueza quando de desprendimento e capacidade de gestão e solução de conflitos. Não apenas na acepção teórica, mas igualmente na prática, dentro – repetindo – da esfera humana. Essa reunião de informações algo dispersas em torno de pontos, como se uma rua transpirasse em cada casa um caso pontual, gerenciada por tipos de redes fracionadas, falta com o embasamento mais geral. De outro modo, a colocação das informações mais universais na órbita de um conhecimento dialético traz a universalidade dentro de uma casa, mesmo que para isso não se necessite muitos contatos, a não ser a invectiva forma do estudo. Igualmente, nas variantes de se conhecer e articular apenas as informações realmente pertinentes a ele, unicamente. Do contrário, caberá a cada ser passar para uma memória desconexa, onde nem mesmo a aplicação de investigações mais acuradas sobre o outro evitará que a si próprio se perca a informação de quem pretenda ser humano ou não, existencialmente falando.
          Talvez se surpreendam muitos com a contestação que a própria máquina computacional tende a fazer de si mesma, posto de conhecimentos técnicos e extremamente rápidos têm-se fácil acesso na questão pessoal ou societária, quando de novas iniciativas, porém devemos saber melhor como se utiliza uma ferramenta. Pois que a vida de um operário agora tem o computador como coadjuvante, e do mesmo modo que se opera tradicionalmente a máquina que vira a massa da fiada, o computador coloca à disposição do povo em geral conhecimentos humanos que levam a massa humana a girar na direção em que a coerência do bom uso não travará o bom senso. Isso se a anuência ao discurso já anacrônico de falsos administradores ceder espaço a quem tiver o preparo – em uma geração mais consciente do humano e do que envolve o humano – que, com a ajuda da máquina aprove no seu gesto de conduta uma sociedade melhor para todos os seres, com a humildade que as pessoas têm que ter ao assumirem uma posição de igualdade com as outras espécies animadas e inanimadas... E, mais ainda, com reserva na prospecção de recursos que veramente tendem a destruir o planeta. Enquanto não houver essa acepção de sentido único para o progresso do holos de Gaya, não haverá muita esperança a nenhuma classe, gênero ou espécie social, pois todos dependem dos outros para continuar a vida em sociedade de União irrestrita.

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

ALTURAS DE SE VER

          Parece fácil descrever algo apresentado. No que se apresente toscamente, há preparações em curso que nos revela pegarmos as limalhas do que recebemos tecnologicamente do primeiro mundo para aplicar-se na doutrina autoritária em uma América que agora já é da latinoamérica, ou seja, somos maiores do que os EUA, em riquezas, em potencial, em etnias consagradoras, na lição que devemos apreender como inequívoca se quisermos prosseguir sendo a promessa de um país ou de um continente. Não devemos jamais utilizar a força para o injusto que porventura pensemos ser injusto, e muitas vezes é apenas a luta de toda uma população em busca da justiça social. Devemos temer qualquer despotismos de ambos os lados, do meio, de baixo e do mais alto, essas diferenças de poder que perfazem o antagonismo, este que remonte a questão ideológica mais banal, as diferenças de cunho religioso, que também devem ser evitadas para não ingressarmos em um salvacionismo totalitário: quando chega o momento de não mais dialogarmos, não mais exercermos o direito à cidadania, evitarmos um mero olhar sobre como estamos agindo, e como reage um vivente em termos de sua própria e individual idiossincrasia perante o mundo e seus personagens…
          Iniciemos um debate… Onde estão nossas feridas a si próprios, mesmo que tenhamos treinado muito, mesmo que tenhamos as relativas “certezas”. Muitos são os diâmetros em quilômetros de nosso planeta, e quem dera fosse uma esfera regular, quem deram medíssemos os metros pelos oceanos, quem dera o mapeamento em tempo real fosse algo de realidade, sem precisarmos drones ou arranjos similares. As cicatrizes de nossos dias aparecem de vez em quando, mas estão sendo utilizadas como padrões para erigirmos outras que existem sempre que as vejamos, sempre que as procuramos, e a cicatriz planetária é tão imensa quanto o sapiens que o somos e estamos por vezes no brincarmos de estar seguros, quando, no entanto, apenas fornicamos com o passado. Essa ida e volta, e que me perdoem o tom sarcástico, se dá na medida em que um fraco é identificado como fraco, ou alguém se torna tutor ou acessório de prepotência sobre um comportar-se, em que na dúvida de um gesto o carro já passou e a câmera apenas focou nas superfícies, deixando de ver o mar, deixando de ver o belo, quão máquinas infelizmente temos que nos tornar! Tudo bem que há gentes que trabalham para garantir seu próprio sustento, mas a hierarquia finalmente, em prol de uma verdadeira inteligência capacitadora, tem que suprir a liderança das ideias como algo de latência em querermos realmente estar seguros quando todos se permitem…
          Caríssimos amigos, um olhar lidera, um gesto não se falta, um diálogo duro se não desfaz, no que o próprio tempo tem a aclamar sugestões, mas a ideia de que as câmeras unidas pelas axis – x, y, z – se torne a própria profundidade de campo nos faz mais suscetíveis a encontrar melhor a peça dentro do espaço tridimensional, técnica utilizada fartamente por radares ou satélites. Um ponto nas coordenadas planas de longitude e latitude é apenas uma localização superficial, e um pouco mais de simulação pode ser útil para se encontrar com o retrato de uma cidade ou de uma estrada. Obviamente que países que detenham sua própria inteligência prospectiva não repartem seus segredos mais caros a outros que considerem apenas seus ramais e de interesses unilaterais. Saber ser ciente do máximo da inovação tecnológica graficamente capacita contingentes maiores que passam a conhecer os recônditos da mesma dita segurança, esta de âmbito mais regionalista ou mesmo da União.
           A velha questão de aproveitarmos uma inteligência que possa – generosamente – estar dispondo de seus artifícios enquanto não especulação amadora, revela mais que se possa igualmente se aproveitar a intelectualidade de um país para a educação de seu povo, e os mananciais de arte e filosofia para que esse mesmo povo tenha a capacidade de gerir seus problemas então como desafios tornados, nessa fusão de encontrar soluções na geração das nossas próprias respostas, justo e rico em um caminho de uma Nação finalmente livre e independente.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

NATUREZA INEQUÍVOCA

          Estão expostos tantos fatos que o fardo se apresenta quiçá até mesmo na memória, ou na falta desta. Não seria pior não a termos, ou a termos sublocada em questão de átimos de segundo, na quinzena de um décimo, ou no terceto de um verso lido a dois, lento e sem sincronia, e sem rimas… Que supuséssemos que as letras não sobreviriam como os pássaros, mas os voos dos falcões remontam muitas vezes a própria peregrinação de seus caminhos entre os céus, por frente das nuvens, na visão em que o homem possa tangenciar um dos prazeres grandes do mundo que é a comunhão com a Natureza, seus aspectos de beleza, contemplação, movimento e sabedoria. Nem que para isso soubermos de seus episódios, em que consentirmos em estarmos bem pela proximidade inequívoca com Ela, nem que o seja no conhecimento de seus seres, postos visíveis, postos quase invisíveis, que toque-nos a assertiva de que esta comunhão é consagradora, significado e vertente das mais importantes para que conheçamos a nossa própria origem e posição, talhadas no que vem no mundo a eterna e verdadeira parcela que esta existência reza a nós e nossos semelhantes, no próprio mundo aqui e além mares e céus!
         Deixar recrudescerem feridas antigas, tentar estabelecer prerrogativas de desmando, tentar coagir a libertária questão que verte da humanidade como a igualdade e a fraternidade, é tolamente tentar girar a manivela da história na contra-parte de sua engrenagem, esta que surge mais forte dentro mesmo de outra e outra, virando um dente que seja de boa envergadura, trajado com nobres ferramentas, para que o ouro se distribua em todos as suas peças, e os diamantes passem a significar territórios de ébanos, como um continente rico e justo, como outro continente rico e justo, ou como se todos os do norte soubessem se portar na modalidade ao mínimo de respeito necessário, para que a nossa cultura mais autêntica não se transforme em simples teatro de marionetes. De algo que não se torne previsível, pois verdadeiras mudanças ocorrem dentro do cerne mesmo dos conceitos, e decorrem de esteios pétreos do pensamento humano. A um indício de que estaremos mais faltantes com relação ao inequívoco, será esta questão de sobremodos o próprio conceito da coletividade como relação fundamental do ganho equiparado justamente ao trabalho, da justiça social sem a tarja de economia liberalizante e, no entanto, detentora do arguto capital para se desenvolver, e na questão principal de que a vida corre com mais labor quando se compra em uma sociedade em que o consumo será uma mola a se fazer crescer – de dentro para fora – a riqueza dos povos das Nações do planeta, e das Américas como equalizadoras desses irretocáveis conceitos.

ADIÇÃO OU SUBTRAÇÃO

Um diagrama salienta o provável, já circunstanciado pelas palavras
A que se conte ao menos as fábulas esquecidas nos entardeceres
De tal esquecimento que falhamos nas lembranças dos anátemas mesmos
Em culturas outras preservadas, acrescentadas ao si mesmo e outras
Nem em lençóis pensantes em uma luta acirrada na memória popular.

O que adicionamos em uma pequena panela, haja dito que sempre
Pode pretender o mesmo que pensáramos de outras severas lides
Ao que ponteasse ao menos a vertente da equação que perdemos
Em um mundo que não iguala a vértebra encaixada em outra voz
No que tange e silencia, no que corta e seduz, na experiência feita!

Um cadinho, um amálgama de alquimista célere e anônimo no céu
De nossos intentos, um polar céu em que vertemos o que se imagina
Daquilo que por vezes não alcançamos em realidade e que trasfega
A saber que nem tudo o que é de quantidade soma, e nem tudo aquilo
Que seja de qualidade tenha que demandar ciência para não subtrair-se…

Na manhã um fantoche pássaro passa a impressão de que o dia começa
Leve como uma bruma que, quando dissipada à noite, encabeça torpe
O silenciar de um horror na mesma tela em que se virmos outras tais
Thanatos se pronuncia mais e mais ao fim de valorosos dias àqueles
Que sedimentam com betoneiras a fiada que os tijolos ao menos alcançam.

Não que nos propuséssemos a ser um pouco mais do que nossos Aquiles,
Não que tivéssemos um trabalho hercúleo em todas as frentes de nosso imo,
Não, seria um sim que ao menos tais trabalhos em consonância com o tempo
Se aprouvesse de nos ensinar uma aritmética genérica onde um mais dois
Fosse uma equação fácil o suficiente para ao menos se escrever trílogos.

Se a resposta da não compreensão perfaz que o primeiro não encaixe certo
Como um macho e fêmea, um côncavo e convexo de madeira ou metal
Saberemos que a falta do dois se torna o um negativado em circunstâncias
Em que o caos põe a mesa ao menos na intenção cruenta do isolar-se o um
Do que se pretenda que se entrarem milhares na composição o ábaco trabalha!

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

SOMBRAS E DESTINOS

Não sabe o homem se tudo que faz na vida tem algum sentido pleno,
Se as cordas que o unem ao tempo já não esticam quando o alcançam
Posto o mesmo tempo não ata aquilo que jamais tenha significados…

Há um período em que se enfrenta a dificuldade, há uma grande vazão
No que se pretenda sermos quase de aço, qual não seja, um mero papel
Onde somos subtraídos à medida em que nos aproximamos da verdade.

Se alguém sabe das letras, quem diria se estas mesmas não dividissem
Aqueles painéis irrequietos em que uma sombra nos dite o que fazer
Na escassa tonalidade atonal dos tons da gama em que apetecem os fatos.

Fardo grande é se saber que um ser encontra outro em plataformas cruas
Em interveniência de algo que se ponteia profética questão de ordens
Quanto das mesmas ordens se espera que sejam ao menos ordenadas por si!

A quimérica ilusão do que ocorre em nosso sentimento que luta em nada
Faz-nos partícipes de muito o que milhares creem ser o próprio destino
Em missões que na realidade não ouvem o consonante saber de um progresso.

A vida que se nos encerre na questão dessa luta ao acaso sem prerrogativas
Mescla-se a que pensem que um cidadão não é um homem, posto bicho
Aos olhares furtivos daqueles que por soberba creem serem portadores do bem.

A essa jaça sistêmica onde o paradoxo vira modal operativo de guerra
Transpõem na mesma veia onde se passa o fel que esquecemos nas gavetas
Aquilo de esperança onde outros milhares esperam pacientemente pela paz.

É nesse simbiótico recrudescer da não mudança, da estagnação societária
Que a dialética material passa a ter nas suas verdadeiras lideranças a realidade
De se pontuar o destino daqueles que sabem como é ou como seria a coerência.

domingo, 5 de agosto de 2018

LOGRADOUROS PÚBLICOS

A se contar que fora um lugar qualquer, um passeio de pedestres anônimos
Qual não se fosse um posto de saúde algum de serventia para uso comum
No que nos apercebamos que as cidades possuem algum sentido maior
Quando se pensa nelas para um uso coletivo, em que o individual não deva
Ser o propósito de usos públicos, como algo que se tenha que consumir
Para o desfrute de um cansaço do caminhar ao trabalho, para que tenhamos
Uma água gratuita jorrando de nossos caminhos, e que se detenha a questão
Na superfície das avenidas no que seríamos mais cordatos se fosse possível
A quem não tivesse, o pão que se concedesse à massa sem empregos…

A ver, que suposição seria de uma democracia quando temos acesso aos bens…

Na veia de nossas ruas, nas artérias feito fluxos de trânsito, o bem maior de saber
Que o que se fornece de benefícios, de parques, do uso do livre ir e vir,
Mesmo para aqueles que não se portem como esperamos, quem dera, na vulnerável
Situação de derrotas frequentes, a quem busque uma saída circunstancial popular
Que bem faríamos em adotar medidas que não fossem paliativas, posto um lugar
Conviesse a que fossem todos irmãos, independente de seus trajes e dificuldades,
Pois é apenas na solidariedade e compreensão do próximo que se dita alguma razão.

Na mesma verdade em que quando protegemos de algo através de um serviço a alguém
O quilate da esperança não deveria ser proporcional ao pago, pois quando esperamos
Alguma boa perspectiva que nos isolem da perfídia, o que se passa é sabermos
Que aqueles que enfrentam duras jornadas, por vezes no cunho primitivo de sobreviver
Na prática deveriam ser beneficiados pela atenção que devemos dar no final do trilho…

Se a verdade de uma população verte um entusiasmo quase não esperado, nas ruas,
Se ignoramos que muitos carecem de recursos mínimos para continuar prosseguindo
Com a dignidade quase imposta por questões de rótulos, veremos que quando nos postamos
Frente ao espelho, cada ruga da existência que não adquirimos e que vem rota nos outros
Ficaríamos, quando somos ao menos mais humanos, felizes de ver que um triste está feliz!

Desfaçamos a ignorância de ignorar os fatos cruentos que se passam em um tipo de selva
Onde deixamos para trás os problemas em que a realidade do outro nos incomoda,
Mesmo apenas com seu comportamento aparentemente deslocado, pois pode haver razão
Em que a vida não foi suficientemente fácil para esse olhar que não olhamos, quando
Ao olhar para trás vemos as sombras do que a todos há o risco de quedarmos pobres
E pode ser que precisemos desse olhar quando vemos que o futuro já não se apresenta certo!

sábado, 4 de agosto de 2018

DESENCONTROS

A quem encontramos quando olhamos para um selfie de pretensa amada
E vemos refletido nosso próprio olhar via satélite por ondas onde nada
Será como diria o poeta, em tempos onde a poesia tinha cor e forma...

Não, que não supomos nada, pois que o nada torna-se palavra assaz antiga
Dentro de caudais informativos onde um dado remete à informação,
Mas que para dentro do analítico contexto no que não verse o se conhecer!

Oh, palavras remotas dentro do ápice de uma cultura inóspita enquanto fria
Na frigidez calculada dos fluidos, em que a naftalina cheira no armário
Onde certos personagens de filmes de séries de encaixe acabam não saindo...

Sim, porque talharmos pedras que surgem no meio de nosso caminho, se tudo
O que pretendemos em existir vem da água quase vertida do farnel de pirataria
Quando o que percebemos é que outros conquistam o que para muitos não se dá!

Não, que nossa palavra passe a negativar a conduta algo coercitiva da imoralidade
Quando esta pressupõe a falta da ousadia, posta na posição confortável da covardia
Em que muitos alicerçam suas jornadas em enclausurar presos por questões de política.

Mas que encontramos a nós mesmos nessa miríade de faltas, nessas séries de escolta
Onde saberíamos melhor o tempo em que o país possuía nobreza e caráter íntegro
Quanto de sabermos igualmente que o tempo em que nos tornamos algo cessa por si.

Pois que o canto do encontro remete a uma página em processos de milhares sem vistas
Quais não sejam entre recessos jurídicos quando os mesmos esperam a volta do parlamentar
Que ao menos sua de seu terno ganho vestido em seu auxílio moradia de milhares de cobres.

Ao menos teremos uma eleição, um paradoxo onde o candidato mais votado está preso
Por provas que não existiram, por razões desconexas e indutoras da culpabilidade
Onde se desencontram informações encontradas pela assepsia geral de justiça incauta.

O desencontro versa sob o paradigma do jogo, onde aquele que lança seus dados na mesa
Sabe do resultado, e aqueles que escondem os ases na manga, igualmente sabe que a medida
Que o faz retrair a vitória pífia é o dinheiro que a falcatrua e desonra lucra com a privatização!

Por sabermos das entranhas do que está sendo posto na mesa, vemos discussões em grego
De arcaísmos desconexos, um palavreado pontuado por equívocos morais, quando estes existem
Nas plataformas em que esqueceram o aumento do salário do povo sabendo de si apenas...

A retórica surge em nuvens de algum lugar, os jovens passam a integrar a entrega da nação
Enquanto os grandes adormecem sobre pantufas de cristais mergulhados em silogismos
Aonde não se encontra mais ninguém que não seja quase agente secreto da própria farsa!

E segue uma imensa carruagem, um trem de ouro dos poderes construídos sobre o óleo
Que nunca deixará de ser o mote mais cabal e intempestivo, de uma serenidade crua
Onde quem se esquece de encontrar seu amigo ianque, ao menos compra a passagem de volta.

 Ao absurdo entramos, ao absurdo entraremos em uma cordial conversação com mentores
Que dessa parafernália, depois de consumada o imenso rasgo de nossa Carta de 88
Ponteia-se que vigora-se o grande campo fértil das religiões de última hora auto ajudando.

Cabe a quem agora transgredir o sistema quando defende uma democracia ampla e irrestrita,
Mesmo sabendo que na campanha das diretas já o que se viu foi uma montanha de empáfia
E lorpas com seus retratos vendidos, algo que se repete continuamente agora em nosso país.

E querem prosseguir nesse encontro genuinamente brasileiro da venalidade sem alturas
Porquanto sermos ternos nem sempre é solução para se enfrentar verdadeiros cães
Feitos em duas pernas e mãos que assaltam o erário, pois os de verdade são puros como a vida.

E assim seria a continuidade de algo que aparentemente não tem saída fora da eleição,
Mas que se respeite a vontade popular aqueles que se dizem políticos desinteressados
De riquezas acumuladas pelos moldes de péssimo exemplo que tem revelado a todos de bem!

É o respeito a uma norma constitucional, e respeito às instituições idôneas de nosso Brasil
Que poderá gerar encontros menos condicionados pelos interesses supra citados,
E caminharmos para que saiamos de nossa situação algo nebulosa no que seja apenas transição.