segunda-feira, 24 de junho de 2019

VERSOS E AXIOMA


Versa que saibamos dos tesouros que jamais encontramos dispersos
A um senso comum que não reverbera
Em um gesto casual, qual não fora o infinito
Posto um dedo aponta, revolve, o punho forja, prega,
As mãos plantam, carpem, e o sol prenuncia testemunhos
Que do incrédulo virar pagem de antigamente, em si mesmo,
Que o preceptor de Stendhal percebe a latitude do latim
Em que nos volvemos tortos por tamanha a voz de descaso
Onde sabemos que é na mesma América que temos luminares
A que podem interpretar qual sejam, e no entanto são fugazes
No olhar da nova entidade cultural, anti tudo, na cultura que matam
Sem deixar florescer a entidade máxima das verves do passado
Seja ela a História, essa deusa de diversa frentes do conhecer
Que em algum dia deixamos a circunscrever na área de si
O ignorar que a sua profundez revela aos povos o direito
De a elas termos acesso, não entrantes pelos fundos
Mas na porta da frente de qualquer e, no entanto, una verdade
A refletir no olhar moreno de um ser que seja mais humano
A ponto de sabermos nós que estivemos em um país
Onde a escravocracia jamais pensaria em ser revisitada
Depois que aboliu-se na luta de um genocídio de séculos
Que perdura até hoje no continente mãe do planeta,
A África de um povo que não deixou a chama de Mandela
Ser extinta naquele gesto de eterno lutador de fogo vivo!

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