Quantos
blocos de concreto haverão de existir
Quando
o que se pode é plantar leguminosas
Em
cada nicho, cada nesga de terra adubada
Pelas
soluções de biodigestores na sua função
De
virar energia renovável, quem dera, supõe-se.
De
muito se há de pensar sobre essa empreitada
Assim
como deixar de
saber o que existiria no farnel
De
outras e outras maneiras de se ver o mundo
Com
uma produção não equivocada, de bons
sensos.
Resta
que não se saiba tanto da lavoura quem nada
Faz
por merecer a ciência da terra, outrora fosse
Uma
cidade a nossa do merecimento alimentar!
Que
vejamos a aurora da sobriedade sobre as casas
Enquanto
alguns a perdem na rua, soçobrando
Como
crendo na prodigalidade de outros, por vezes
Enfermos
ao enfrentar desditas e preconceitos
Por
ao menos quererem ser bons e argumentativos.
Que
não evanesça na sombra o destino a se cumprir
No
parágrafo não construído, nas sobras da feira,
No
alimento que jogamos fora, nas vestes fracassadas
De
um social que aflige pela ausência da sociedade…
Tirante
o dez de uma nota, que déssemos a medalha
De
uma honra classicamente merecedora do ufanar-se
A
um tempo que não entorte a via mais lógica da sensatez.
A
lavoura de uma cidade merece mais sementes e frutos
Da
mesma terra em que mereçam outros silêncios
A
desdizerem que o céu planta da sua água a planta
Que
muitos evitaram semear, mas que na vida ainda há!
Azedumes
algo convexos traduzem o sabor do alimentar
A
quem se possa dizer faminto, na esteira do quem sabe
Quando
se compra um uber
eat
na velocidade do preço.
Mas
do alimento circunstancial memoriza o mesmo tempo
Sabendo-se
de sua construção quase analítica no engenho
Em
que o Criador tece a gênese repousando seu olhar
Sobre
a manifestação cósmica, gerando as espécies de vida.
Não
que a seriedade de abraçar certos assuntos nos isentasse
De
uma dúvida que possa permanecer mesmo silenciosamente
Quando
o que se pretende seja ao menos saciar a miséria
Com
aquilo que já sabemos, do alimento, da casa e do emprego.
No
senão de um interlúdio paralelo, quem sabe em alta esfera
Se
pudesse alguma decisão interromper a carestia não faltante
Quando
ao menos soubéramos do temor que causa a alegria.
Assim,
do rico não ficar satisfeito da riqueza eminente do pobre
Quando
este mostrar que na lavoura da cidade de sua vida
Verse
o verso que não se pretende imiscuir do contexto aquele
Mesmo
quando não aceita que o outro more no andar de cima.
A
ver que o material da alimentação verte sobre o tapete
De
um húmus sagrado que gera, que é adubo, que brota,
De
tantos e tantos brotares nas nossas esferas não tão altas
Por
saber finalmente ser uma autoridade moral apenas
Aquela
criatura que se torna mais feliz vendo o outro
Na
satisfação própria de algum conserto, a se
dizer,
Que
signifique estar a serviço de sua pátria, o mundo inteiro,
Quando
este preza de se botar término na miséria humana!
Não
que não faltasse alimento pela via da carne, mas a ração
Que
é produzida de uma cultura única, por via de regra
Talvez
encontrasse mais solução na lavoura tradicional
Onde
o orgânico caminhasse junto com o holístico
No
organismo cíclico da Natureza, em suas próprias safras
Onde
as abelhas certamente seriam de melhor existência.
Posto
o desgaste da terra desgasta o planeta, que é apenas
O
único a permitir a vida que se conhece, mesmo que alguns
Tortamente
olhem para o seu umbigo nos padrões de alguma luta
Quase
incerta para não mudar nunca o procedimento da conduta
Que
possa transferir o homem para a esfera da humanidade,
E
assim poder falar de boas ideias, ausentes do vício da crítica
Entre
irmãos que sejam de verdade, e não o enquadramento
Que
norteie uma religião apenas, a não ser a ciência das mãos
Que
fazem mais com a terra, mesmo sendo possível na igualdade
Da
cidade fazer brotar de seu ventre de concreto uma planta
A
dar exemplo para a terra extensa que a carne é menos que o leite!
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