sexta-feira, 7 de junho de 2019

DA HISTÓRIA DE UM HOMEM


          Seria farta a documentação de um homem qualquer, ou mesmo quase nada das referências. Fato notório quando se diz que alguém está bem situado na nova onda tecnológica, ou aquele que é do campo e nada ou quase nada possui para mostrar. Mas a história de um homem pode ser ampla na sua vivência cotidiana, não necessariamente pelo registro nos códigos contemporâneos, mas da vida que pulsa a cada segundo, no ir e vir, no plantar da cultura, naquilo que nunca é repetido, mesmo em se tratando de um operário em uma esteira de produção. Quase por olhar ausente não sabemos muito de um cidadão, ou de alguém com enfermidade de ordem psíquica, onde os remédios revelam muitas vezes a letargia, o baixo metabolismo, sempre na esfera em que se tenta o rótulo, nas vezes que temos um perfil em uma rede social, mas por fora há aqueles que não navegam nesse mar computacional, na maior parte das vezes o citadino idoso, no caso de um local ou ambientação em que a frequência da comunicabilidade é maior.
         Por vezes a história de um homem passa por muitas ideias, muitos projetos, incluso muitas cacetadas no mundo tão dialético em que vivemos, justo quando quer-se uma conquista ou colocação no mercado. Há na contemporaneidade uma dialética no sentir as coisas, em vidas com teores polarizados e que, no entanto, fazem parte de cidades contrapondo-se com o modo de vida mais simples dos camponeses.
         A linguagem pretendida muitas vezes fica aquém do que se consegue obter das massas em geral, e a amplitude da indústria cultural e seus veículos de comunicação oligopólicos traduz um vértice forte dentro da rede já implantada no que signifique aquele respeito ao gigantismo por uma questão cosmética com forte apelo sexista. Os Poderes vêm e vão, se sucedem, por vezes são mais populares, em outras, conservadores, os regimes econômicos igualmente se alternam, a grande mídia fica se digladiando, sendo que sempre há aquelas com maiores poderes de barganha. Resta a inevitabilidade no país de um regime mais policialesco, pois as modalidades criminais já se instalaram com cunhas de organização extremamente poderosas. Talvez a razão em implementar mais políticas públicas seja uma das soluções a médio prazo, mas estas hão de ser extremamente honestas, pois não se pode pretender combater o crime organizado sem a implantação de boas e sérias ferramentas educacionais, mesmo sob a guarda constante que zele pela segurança dos professores e todos os profissionais já combalidos nesse difícil e sensível setor. As ações de curto prazo devem primar a uma corrida às inteligentes maneiras de administrar essas áreas, tornando o entorno seu próprio centro, e integrando os sistemas de modo a tentar mitigar o crime e primar pelo treinamento reforçado não no viés da violência compulsória, mas na capacitação cabal dos agentes.
         Sanear a economia é distribuir melhor o que há no topo da pirâmide e criar fomentos à indústria que capacitem igualmente os profissionais e corpo técnico que fazem desenvolver a criatividade e a busca por soluções dentro de um panorama nacional. Um estudo que se fizesse em que todos compartilhassem suas ideias com relação à produção fabril ou no campo, a otimização crescente da tecnologia que possa resguardar uma boa intenção quando cabe no reger-se essa grande orquestra seria dar voz a que a pretensão de sermos uma ótima nação cale o regresso dos que não são patriotas, fazendo dentro das normas de bons estatutos e contratos idôneos a circulação da moeda para que o consumo se faça dentro de cada nível ou extrato social. Quanto mais puder adquirir do que aqui se fabrica ou cultiva aquele que estava miserável é tornar todos melhores, desde a ponta até as bases. Você fazer de galpões do conhecimento escolas alternativas mesmo em regiões pauperizadas, com cunho técnico ou humanístico, permite misturar, na mesma onda, aquele sonho de que a oportunidade permite a esperança. Essa conta é fácil, mas é necessário e urgente mexer nas estruturas da economia, manter um expertise no orçamento para que não se caia na bobagem de usá-lo para pagar dívidas apenas, certamente contando com nações mais de ponta para que cheguemos a sermos mais homens e mais mulheres com trabalho, pão educação e moradia.
         Na área da saúde, se você implementar ambulatórios nas favelas com profissionais qualificados como tantos paramédicos de que o Brasil dispõe, seremos maiores também nesse campo de atuação e agiremos com a bênção de Deus para essa tarefa, hercúlea, com as dificuldades por que atravessa o país. Contar com organizações de medicina internacional, seus profissionais e a capacidade inerente de serem possuidoras de competência com poucos recursos. Cabe a um grande mutirão nacional erguermos o nosso Brasil para sairmos do desemprego alarmante e passarmos a gerir as reformas de modo coerente e empático aos cidadãos. Nisso da história de cada um, que seja, um voluntário somando a mais outro, esquecer linhas divisórias e alcançar sem prejulgamentos o pensamento vário, lutando para que a paz social premente e fundamental seja uma realidade possível, afora a ingerência não necessária de se armar a população, pois a adrenalina existente e correndo frouxa pelos rincões de nossas terras há de nublar o bom senso e admitir mais e mais violências onde a flor da paz deveria estar crescida já há mais tempo...

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