Seria
farta a documentação de um homem qualquer, ou mesmo quase nada das
referências. Fato notório quando se diz que alguém está bem
situado na nova onda tecnológica, ou aquele que é do campo e nada
ou quase nada possui para mostrar. Mas a história de um homem pode
ser ampla na sua vivência cotidiana, não necessariamente pelo
registro nos códigos contemporâneos, mas da vida que pulsa a cada
segundo, no ir e vir, no plantar da cultura, naquilo que nunca é
repetido, mesmo em se tratando de um operário em uma esteira de
produção. Quase por olhar ausente não sabemos muito de um cidadão,
ou de alguém com enfermidade de ordem psíquica, onde os remédios
revelam muitas vezes a letargia, o baixo metabolismo, sempre na
esfera em que se tenta o rótulo, nas vezes que temos um perfil em
uma rede social, mas por fora há aqueles que não navegam nesse mar
computacional, na maior parte das vezes o citadino idoso, no caso de
um local ou ambientação em que a frequência da comunicabilidade é
maior.
Por
vezes a história de um homem passa por muitas ideias, muitos
projetos, incluso muitas cacetadas no mundo tão dialético em que
vivemos, justo quando quer-se uma conquista ou colocação no
mercado. Há na contemporaneidade uma dialética no sentir as coisas,
em vidas com teores polarizados e que, no entanto, fazem parte de
cidades contrapondo-se com o modo de vida mais simples dos
camponeses.
A
linguagem pretendida muitas vezes fica aquém do que se consegue
obter das massas em geral, e a amplitude da indústria cultural e
seus veículos de comunicação oligopólicos traduz um vértice
forte dentro da rede já implantada no que signifique aquele respeito
ao gigantismo por uma questão cosmética com forte apelo sexista. Os
Poderes vêm e vão, se sucedem, por vezes são mais populares, em
outras, conservadores, os regimes econômicos igualmente se alternam,
a grande mídia fica se digladiando, sendo que sempre há aquelas com
maiores poderes de barganha. Resta a inevitabilidade no país de um
regime mais policialesco, pois as modalidades criminais já se
instalaram com cunhas de organização extremamente poderosas. Talvez
a razão em implementar mais políticas públicas seja uma das
soluções a médio prazo, mas estas hão de ser extremamente
honestas, pois não se pode pretender combater o crime organizado sem
a implantação de boas e sérias ferramentas educacionais, mesmo sob
a guarda constante que zele pela segurança dos professores e todos
os profissionais já combalidos nesse difícil e sensível setor. As
ações de curto prazo devem primar a uma corrida às inteligentes
maneiras de administrar essas áreas, tornando o entorno seu próprio
centro, e integrando os sistemas de modo a tentar mitigar o crime e
primar pelo treinamento reforçado não no viés da violência
compulsória, mas na capacitação cabal dos agentes.
Sanear
a economia é distribuir melhor o que há no topo da pirâmide e
criar fomentos à indústria que capacitem igualmente os
profissionais e corpo técnico que fazem desenvolver a criatividade e
a busca por soluções dentro de um panorama nacional. Um estudo que
se fizesse em que todos compartilhassem suas ideias com relação à
produção fabril ou no campo, a otimização crescente da tecnologia
que possa resguardar uma boa intenção quando cabe no reger-se essa
grande orquestra seria dar voz a que a pretensão de sermos uma ótima
nação cale o regresso dos que não são patriotas, fazendo dentro
das normas de bons estatutos e contratos idôneos a circulação da
moeda para que o consumo se faça dentro de cada nível ou extrato
social. Quanto mais puder adquirir do que aqui se fabrica ou cultiva
aquele que estava miserável é tornar todos melhores, desde a ponta
até as bases. Você fazer de galpões do conhecimento escolas
alternativas mesmo em regiões pauperizadas, com cunho técnico ou
humanístico, permite misturar, na mesma onda, aquele sonho de que a
oportunidade permite a esperança. Essa conta é fácil, mas é
necessário e urgente mexer nas estruturas da economia, manter um
expertise no orçamento para que não se caia na bobagem de usá-lo
para pagar dívidas apenas, certamente contando com nações mais de
ponta para que cheguemos a sermos mais homens e mais mulheres com
trabalho, pão educação e moradia.
Na
área da saúde, se você implementar ambulatórios nas favelas com
profissionais qualificados como tantos paramédicos de que o Brasil
dispõe, seremos maiores também nesse campo de atuação e agiremos
com a bênção de Deus para essa tarefa, hercúlea, com as
dificuldades por que atravessa o país. Contar com organizações de
medicina internacional, seus profissionais e a capacidade inerente de
serem possuidoras de competência com poucos recursos. Cabe a um
grande mutirão nacional erguermos o nosso Brasil para sairmos do
desemprego alarmante e passarmos a gerir as reformas de modo coerente
e empático aos cidadãos. Nisso da história de cada um, que seja,
um voluntário somando a mais outro, esquecer linhas divisórias e
alcançar sem prejulgamentos o pensamento vário, lutando para que a
paz social premente e fundamental seja uma realidade possível, afora
a ingerência não necessária de se armar a população, pois a
adrenalina existente e correndo frouxa pelos rincões de nossas
terras há de nublar o bom senso e admitir mais e mais violências
onde a flor da paz deveria estar crescida já há mais tempo...
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