segunda-feira, 17 de junho de 2019

UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIO



          O tempo nos leva a ver as flores. Seja no whatsapp, seja no computador, ou até mesmo ao vivo: dentro de um jardim, ou na própria e livre reserva da Natureza, mesmo esta cercada por um agronegócio de quilômetros quadrados. As flores que vivem, que resistem, que sobrevivem… As vemos por meio do concreto, em uma nesga de asfalto, na lixeira de manilha de uma praia, ou, quer seja, apenas uma gramínea. Há que se tecer considerações a respeito, muitas vezes, pois o que sobra de natural não domesticado por vasos ou floreiras há de ser muitas vezes quase um acidente de escala, um verdinho na sacada por entre um piso, ou uma semente trazida por um pombo que gosta de semear por uma questão de princípio. Esse principiar de todo o cosmos, de sabermos de uma poeira quase radioativa no revés, a força que emana da estratosfera, revelando na força das marés um satélite quase ocluso, a Lua. Temos a lua em nossos fluidos, a temos no céu a quem queira ver, que ainda distantes por horizontes afora nosso acesso a ela é irrestrito. Não se leve a mal gostar da Natureza, pois este olhar Dela é profundo, talvez maior do que os mistérios de Shakespeare.
           Por dentro mesmo do princípio que nos abraça fraternalmente, podemos ver alguém triste, por um nada concreto, mas de suas impressões sobre seus olhares sobre talvez seja o anti-natural. Ou uma motivação que aparece igualmente de modo natural sobre algum problema quase insolúvel no que mostra a inquietação recrudescida por razões as mais várias. Desde um problema afetivo, ao profissional, a uma inquietação existencial, ao rumo externo da realidade ou problemas nos relacionamentos, enumerando-se poucos de uma miríade de possibilidades. A complexidade da vida significa tanto que muitas vezes podemos ao menos tentar simplificar seus vetores, suas forças, usando até mesmo algum antagonismo em nosso favor. Sem, no entanto, levarmos em conta fatores cruciais onde jamais devemos agir com hipocrisia, pois a atitude sincera, mesmo levando em conta vieses em relação ao comportamento malicioso, sempre levará vantagens no que se pretende ser a maturidade uma qualidade do caráter do adulto. Essa maturidade que se alonga com um tempo, que se cristaliza no princípio do que foi e é, reza que tenhamos um pouco de cuidado do afoito proceder quando não sabemos exatamente qual o gosto de uma moeda, na sua troca de valores. A um valor outro, sobre tais ou tais coisas, que se faça no gosto amargo de uma suposta via, quem sabe, o valor pretendido, sobre tantas e tantas faces… Essa escala que se pretenda, não saber-se no andamento quase correto, mas que vê na igualdade geniosa de seu parecer o que se diz saber-se ao menos do mensurável, ou do universo qualitativo. Depois de tudo, o principiar roga a que tenhamos o bom senso de admitir que a visão do preconceito, ou do pré julgado, seja mosca morta no entendimento do que queremos por sociedade. Essa acepção de se aceitar o que vem de modo vertical subentende que seremos melhores coronéis do que majores, que seremos governadores como virtuais presidentes, que seremos presidentes quase com plenos poderes, o que não bate com as democracias atuais, de outras consonâncias, de outros vértices, posto um cidadão qualquer estar na mesma linha de comunicação onde se coloca o magister dixit como elixir da cidadania reversa, ou seja, de uma questão que falta na comunicação, do limite onde deve estar circunscrito o terreno da propriedade dos poderes constituídos e consagrados. Esse quesito simples marca o território do poder e do não poder, pois sem isso reverbera de forma inútil toda a questão da hierarquia, onde some o papel do autuador, e onde começa o terreno de uma desforra algo inútil, porquanto não mais atual. Essa questão que pertence a uma modalidade anacrônica da busca pelo poder revela uma situação deficitária no preparo eficiente da máquina que se torna engessada desde seu começo, onde outras começam a trabalhar em seus tropeços, a articular, inevitavelmente, a conquista dos territórios inexplorados em seu princípio, o que demanda tempo para sedimentar, e divide as divisões. A razão que desconhece a razão torna-se portanto nula, e o que se pensa de restauro na divisa econômica não encontra viés de credibilidade em seu progresso, o que igualmente torna nula sua intenção, levando a nação à uma bancarrota que interessa a estrangeiros no cenário caótico de um país continental que, se não se torna patriota em seus membros de poder, entregará aos impérios econômicos todas as reservas de ordem natural, o que o torna alvo de aparatos de comunicação estrangeiros, que somam atenções sobre a ordem de coisas que inviabilizam e engessam os governantes.
           Há que se partir da premissa que sejamos mais patriotas, ou seja, mais conservadores no sentido de manter nossas reservas intocadas, materialmente falando, pois enquanto não prestarmos atenção ao nacionalismo como uma questão de princípio, estaremos fadados a uma sangria finita que esgotará nossos solos como uma única referência daquilo que prezamos como país: aquilo para todos, justo, acima de tudo, conforme o prometido e não cumprido, pois estamos considerando os EUA mais importantes do que a nossa própria nação. O estado de Virgínia não á nossa pátria, nem nunca será… Não importa, jamais seremos ou faremos parte dos Estados Unidos da América. Até gostamos de ver filmes a respeito da cultura estadunidense, de suas músicas, da sua ciência de ponta, mas acontece que não interessa a essa nação estar com o nosso país como uma relação amistosa, senão por interesse apenas geopolíticos. Se queremos nos aproximar de seus conhecimentos científicos, basta que aprendamos para utilizarmos estes por aqui, pois a transferência do saber como fazer nos baste a que se aplique a tecnologia aprendida. Não precisamos nos curvar ante o poderio de um Trump, pois assim como aqui e lá, o poder é alternado, e o que antes se mostrava como algo muito conservador, no futuro regerá como algo de mais popular, ou seja, de republicano para democrata, ou de democrata para republicano, assim como no nosso país, com suas variantes políticas saudáveis, no que não se tente pôr ferrugem em uma máquina já azeitada!

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