segunda-feira, 10 de junho de 2019

DEMANDAS DE UM PAINEL


          Fala-se da tecnologia como quando contamos com um assunto muito corriqueiro, mas suas origens remontam a muito mais cedo, nos albores da civilização. O gene sempre existiu… O celular talvez estivesse como potencial de uma descoberta, mesmo porque, quando inventa-se algo, isso nem sempre é fruto do engenho humano, pois certamente alguém iria passar por essa transformação. A roda, por exemplo, poderia vir do desgaste de uma ponta de lança, um osso, etc, mas com relação a esse determinado situar-se histórico talvez caiba na antropologia, e não na ignorância de quem vos escreve, sobre assunto tão profundo em termos tecnológicos.
         A um princípio mais atual e, por suposto, bem especulativo, podemos pensar no celular e na relação com a genética: ambos caminham no seu processamento, sendo que o mapeamento dos genes tem uma forma fixa, tratando-se de imagem e espelhamentos, e o celular reza ser mais infinito, porquanto base de técnica, da nanotecnologia e da velocidade de comunicação que se aproxima das redes nervosas, ou neurais. Vemos o usuário comum participando do conhecer mais abrangente, vemos a demanda de estarmos ligados por quase todo o tempo, e resta ao velho livro o calcanhar de Aquiles que dá força e se sente ameaçado pela chuva de flechas… Temos cursos básicos de informática, talvez um tempo em que não abraçamos o conhecimento mais pleno, o Direito, a Medicina e outras disciplinas como sustentáculos sem mistérios maiores para se exercer uma profissão liberal, ou a continuidade do processo comum e civilizatório que suporte a assistência social e suas ferramentas. No modal da literatura vemos um quase contemplar a ciência, quando compreendemos seus panoramas e situação onde veritas habetur perrationem, a verdade se dá pela razão, nessa busca que possa parecer especulativa, mas é concreta na aproximação com a mesma verdade. Nestes tempos onde o nexo possa parecer contraditório, é mistes contextualizar essa mesma razão perante a miríade de coisas em que o ser passivo dessas tecnologias saiba que tudo pode ser fundamentado pelo input e output: as entradas e as saídas, os estímulos e as respostas. Vendo sob o signo de Eros, a busca pelo prazer e o encontro com a realidade, como dois princípios básicos que refazem o ser humano como ressonância, caixa onde se percute um toque e se escuta a resposta de suas respostas, sonoras ou com atitudes. Plugado, conforme e, no entanto, inexato. A lenda do amor passa a ser facilitada, e essa mesma caixa de ressonância acaba fazendo do ser uma personagem por ele inicialmente criada e, por outros, sedimentada por necessidade, daí vindo a adoração dos objetos, sejam homens ou mulheres merecedores de atenção por paixões de cunho atrativo ou de posse, até mesmo ícones religiosos ou políticos.
         Se, em termos de análise mais profunda, nos colocarmos muitas vezes no lugar de um líder, ao menos que este seja mais experiente com o causal, com essa selva de reflexos, esse falar-se de empáfia, por não sermos omissos nas causas que nos remetam a interesses egoístas e não pertinentes ao que ocorre efetivamente no panorama existencial de verdadeiras e críticas populações. Um painel que marcasse corretamente o andamento de um poder qualquer, mesmo que fosse na relação parental, diria respeito ao que se demanda de justo ou de organizado, de honesto e previdente, de responsável e ilibado… Esse foco mínimo nas relações humanas não saberia afirmar que a complexa situação de poderes superlativados dá início a que tenhamos, por um exemplo cabal, ao que significa um homem como Trump na Presidência dos EUA. Passa a não haver flexibilização no andamento de um Governo tão importante quanto esse, e o não se tolerar vira uma arma – literalmente – nas mãos de outros que igualmente não toleram o que quer que seja. Sempre será mais confortável ao establishment direcionar o olhar para o poder assim consagrado nos votos, ao que é por norma da democracia, mas não vemos certamente esse senhor como exemplo de governante à altura de um grande país como esse. Vemos por suposto repetições desmesuradas de cópias mal ajambradas que recolhem dentro de países pobres todos os seus recursos sagrados de seu povo entregas pífias para um status que se diz império, mas que pensa apenas nas armas o exemplo!
A seguir, por regras estranhamente conformes com um jogo de estratégia, passa-se que no bairro onde estamos a tática é sempre um retorno a que sejamos esperançosos, na medida em que, como dizia uma poeta, ao mal só o carinho o torna puro e sincero! Pois que caminhemos na direção da paz, e onde houver a demonstração férrea estejamos sempre com ela, posto que em uma civilização onde a cultura contemporânea colapsa com facilidade, não há maiores espaços para que a poesia encontre salvaguarda no escape ou respiro de um povo que não esquece de caminhar, mesmo quando suas posses fiquem restritas ao cárcere que emana divisionalmente no horizonte de nações de mesmo continente, impossibilitando – fora do compasso de um aguardo natural – a libertação mais da solidariedade parceira do que o isolamento e a inviabilidade de quaisquer conflitos mais pungentes do que a explanação das ideias e do diálogo de encontro saudável.

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