A
seguirmos a nossa existência, quem sabe não andemos fazendo troças
de alguém vulnerável, coparticipando de algum tipo de condenação
injustificada, ou agindo com preconceito, em especial àqueles que
não tem nenhum tipo de interesse de combater, seja o que for. A um
toque de midas, a riqueza escoa em direção oposta à maioria, mas
ver apenas esse ponto de vista remete-nos a desesperança ou ao falso
altruísmo daqueles que estão satisfeitos com o panorama global, nem
que independa daqueles que tem poder, ou não. Mesmo porque, a título
do se bem portar, algo meio de nocivo ou monstruoso revela aos povos
que aqueles que defendem as minorias ou as reservas naturais, os
negros, as mulheres, os LGBTs ou as religiões mais “fracas”,
tendem a receber represálias dos que se tornam empoderados no
simples quesito da truculência em se “poder” agir de algum modo
por causa de uma motivação injustificada e antiliberal. Teçamos
comparativos históricos, se queiramos compreender os movimentos
progressivos, anacrônicos, contemporâneos, ou regressivos do que se
passa no mundo. Essa dimensão, esse quilate em que está metida a
humanidade, seja nas vertentes sustentáveis, ou falsa e
delimitadamente dentro desse escopo, ou mesmo os assumidamente do
mal, destrutivos, anacrônicos e insensatos, revelará aos povos mais
tarde ou na dialética presente atual, quem foram e quem são, quais
os seus benefícios a outras espécies de vida, e o que pode fazer –
mais para o planeta e consequentemente a eles próprios – dentro de
suas limitações e possibilidades.
Há
que se ter uma convicção de raiz profunda, como se tornar
resiliente, qual grande árvore, às tempestades que nos reduz as
folhas, aos frutos, no entanto, que fornecemos à sociedade, e por
vezes uma impossibilidade de não termos a mobilidade do estranho
inseto que se chama motosserra, que saca de nossa seiva existencial a
consciência, incluso de outras plantas: filhos germinados no mundo.
Essa consciência é ou há de ser distribuída através de nossos
atos, de nossas atitudes, revelando em nossos frutos. Disso pode-se
subentender que a Natureza oferta generosamente aos homens e mulheres
com cidadania Terrena todo o tipo de conhecimento, incluso suas
intermináveis e eternamente infinitas modalidades lógicas, posto a
filosofia vir de alguns de seus frutos, aqueles que alimentam a mente
do pensamento, da recriação da vida, seus modais de compatibilidade
entre um caráter bom e o próprio senso comum, no que não repatria,
mas idealmente torna a pátria o chão onde estamos, mesmo em
trânsito, seja esse trânsito territorial ou mental, materialista ou
espiritual! Esse lado de estarmos por vezes em um carro veloz,
potente, dando nossas voltas, enquanto um enxadrista em seu
“quadrado”, ou um jogador de Go, exercem as suas estratégias e
exercícios intelectuais na velocidade de discernir e calcular, e
usar de sua inteligência lúdica e saudavelmente, mesmo solitário,
na busca da construção de algo que parte a favorecer sua existência
enquanto ser que possui a faculdade da razão é a vantagem de
preparar boas cabeças para quaisquer empreitadas, incluso aquelas
que favoreçam o uso de poder para construir algo sólido para o
próximo no mundo gigante e maravilhoso em que vivemos.
A
possibilidade de afirmar: “olha, mas com atenção, por aqueles
todos, não por grupo isolado”, versa que há possibilidade de
conectarmos com muitos e muitos grupos, não no interesse de lesar,
mas de contribuir, remete ao bom uso da inteligência, ao bom uso da
segurança, da educação, da moradia, do emprego e da saúde, esta,
como condição sine qua non de tudo o mais. Essa questão
afirmativa remonta a um tipo de integração, mas se um vértice
cruzado é vulnerável na questão de ser corrompido, mas for
importante para uma estrutura que se crê sólida, isso passa a ser
uma doce ilusão, pois todos os outros frutos da cesta apodrecerão
também. Mas quem deseja comer o fruto daquele vértice, um que
esteja ao lado, para se beneficiar de algum modo, germinará uma
semente inválida, e passa a não ter a credibilidade de quem vai ser
o consumidor do cesto, pois a doença dessa Natureza tem matriz por
vezes nas folhas e no tronco da planta. O dono da plantação acaba
perdendo seu crédito frente ao mercado ou, no que se possa dizer
outra metáfora, frente a própria consciência que, se não o
atormentar, o reduz ao menor ser da solidariedade, posto mentiroso,
levando a um criterioso desembarque injustificado, em uma batalha
onde seus responsáveis serão derrotados.
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