quinta-feira, 20 de junho de 2019

A HORIZONTALIDADE DO FARDO


Quem fosse por um dia um que cata algo, do lixo transversal,
Da algibeira sem quinhão, dos grupos que observam seus atos,
E do ato incomparável de uma questão que se observa igual…

Ah, sim, que se dissesse algo mais travesso, de uma juventude
Que tece a inquietação pela não escola, que escoa o verbo aprendido
Em parágrafos onde não se encontra mais o significado verde.

Do se conjecturar, que a poesia seja de valentia, por apontar erro
Naquilo que parece tão conforme quanto a caligrafia, de acertar
Quando muito se colocar acentos no diálogo de um incauto
Que preze por muito se portar, pois de opiniosa divagação
Pode-se encontrar um sentimento até que abrace o ser culto.

Não, que fora, a cultura séria subsiste, não como apanágio de triste,
Mas na ferramenta de bater um prego, na mão de um camponês,
No jeito de revirar a terra para o plantio, ou a massa para estuque
Que versa um ornamento onde a arquitetura necessite da mão da obra
No concretizar silenciosa seu movimento da própria edificação!

Somos gente que estamos, somos semânticas algo indiscretas,
Aparatos, segurança, hierarquias e, no entanto, algo que não toca
O que fosse mais do que isso tudo, um livro, um general heroico
Como Santos Cruz revela em todo o seu trabalho no Congo!

Não se quer o panorama de guerra em um país que seja, qualquer,
Visto a experiência do nosso em que estaremos livres de contendas
Na medida em que a divisão de algum lugar respeite brigadas
Naquilo que se remete grupamentos onde não se pode jactar-se vitória.

Uma questão de ordem se anuncia, que se humanize, pois, o homem
Ser e a mulher igualmente ser, do ser que somos e fomos, do que é
Na aproximação de um cãozinho que seja, um companheiro,
Como se é a onça-pintada da mata, agreste, do inconsútil
Que revela a Natureza como um todo, holos, consciência
De uma mata a ser resguardada, pois os ribeiros merecem paz…

Se um grande território se divide em pequenas equações, versa
Que tenhamos conectados os ambientes diversos que, a título
Da preservação, estabelecer elos de matas por dentro da cultura
De algumas sojas seria passível – aí sim – de uma grande inteligência
Que pousa na terra o panorama em que a comunidade internacional
Nos dá o pressuposto de um apoio mais soberano, no que de nós dependa.

Se um dado se nos escapa, não tenhamos furor de erros inexistente, pois
Que o recriemos com latitudes mais favoráveis, a fins de participação
Informacional mais sólida, na vez, na construção do conhecimento.

Quando da obtenção dos dados, suponhamos que façamos por merecer
Que nossa atitude perante a selva resguarde progressivamente o bioma
E restaure a nação indígena como verdadeiro tesouro que clama por dias
Em que o homem branco possa melhorar as suas vidas, quando há
A ameaça de alguma virulência que possa ser combatida com a medicina.

Se tantos e tantos urgem por não carregar mais fardos tão pesados, se a vida
Prega peças nos grandes poderes, se as forças se exaurem na tentativa vã
De requerer a um país mais inteligente o preparo que se alonga na espera,
Sejamos mais taciturnos em busca do que temos, pois o guaraná é nosso!

Assim da prospecção de um diálogo quase encoberto, seremos muito mais
Se derrubarmos o falso mito de que a poesia morre a cada dia, pois no oposto
Aquela é vértice comunicante com o astrolábio revelador da posição do barco
Ou mesmo de um sinal eletrônico, mas que seja sempre dentro da horizontalidade...

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