domingo, 30 de junho de 2019

A FIM DE TITULARIDADE, SE PREDISPONHA AQUELE QUE SE ESCORA NOS DOCUMENTOS DE POSSE.

A FALTA DE COLOCAÇÃO EM UMA VAGA DE EMPREGO ESTÁ SE TORNANDO APENAS A PONTA DE UM SINISTRO ICEBERG.

SE TUDO O QUE IMPORTA É O DINHEIRO, POR QUE HÁ TANTOS SUICÍDIOS DE GENTE BEM COLOCADA FINANCEIRAMENTE?

NA NATUREZA A VIDA MICROSCÓPICA DEPENDE DE POUPARMOS O POUCO QUE VEMOS OU PERCEBEMOS, POIS DO CONTRÁRIO O ESTRAGO É CENTUPLICADO.

UM HOMEM CULTO POR LETRAS NÃO SIGNIFICA QUE ABARQUE POR VEZES O APARATO JURÍDICO, POIS NEM TODO JUIZ É REALMENTE CULTO.

A TÍTULO DE ORDEM, NÃO ADIANTA ARRUMARMOS NOSSOS DOCUMENTOS NO FIM DO DIA SE NO FIM DE UMA SEMANA DEIXAMOS DE ARRUMAR O SUFICIENTE PARA O PRÓXIMO DIA.

O FASCISMO FASCINA E DEIXA A GENTE IGNORANTE FASCINADA...

UM ANIMAL POR VEZES ENSINA MAIS UM HOMEM A VIVER DO QUE UM SER HUMANO, E ISSO NÃO É RARO!

UMA EXPRESSÃO MAL PENSADA, COMO UMA VERBORRAGIA, REVELA A MIUDEZA DE QUEM A PROFERE.

A FORMAÇÃO DE UM HOMEM OU MULHER NO QUESITO PROFISSIONAL NÃO CONFERE A ESTES UMA AUTORIDADE QUE POSSA TRANSPOR DIREITOS CONSTITUCIONAIS COM RELAÇÃO AO CIDADÃO, POIS SENÃO ESTAREMOS VIVENDO EM UMA AUTOCRACIA.

A ARTE E A FILOSOFIA



         Meio que um ser que possui a razão como expressão pode ser um poeta do pensamento. Quando está meio enfermo, quando seu propósito existencial se limita pelo viés de um comportar-se que possa parecer estranho, esse ser – humano – expressa saudavelmente algo que pode vir a consolidar pungentemente como um quase teorema de sua virtude em ser da filosofia ou da poesia. Que seja, talvez um escape, mas não deixa de ser uma investigação da alma por parte da ciência que na mesma razão navegada pode vir a ser questionada ou afirmada categoricamente. Pode tratar-se de diletantismo, mas quando da necessidade da arte, vem a ser um pilar fundamental erigido para se criar ou sedimentar a expressão mais alta, enaltecendo a alegria de viver em que todos poderiam se estabelecer no caminho da compreensão do próximo e do conhecimento dos modos materiais e espirituais do planeta. Não se trata de estabelecer algum tipo de padrão, pois os indivíduos possuem tanto as suas qualidades enquanto fragmentos quanto as suas faculdades coletivas. Nada do que vem a subtrair as propostas de uma vida digna para todos os seres, ou o andamento de querer que venhamos a ter sociedades mais justas socialmente, merece a atenção como modalidade superior ou algo do gênero, pois apenas saberemos de nós mesmos o não afetarmos o correto funcionamento da engrenagem de sistemas que nos tragam verdadeiras inteligências para o solo de qualquer pátria. Isso de sistemas inteligentes remontam ao processo de melhora e aprofundamento das questões materiais para todos – no respeito igual à coletividade de todas as espécies – como andante fundamental do movimento sinfônico onde a Natureza é maestrina.
         Pensar que o mundo é trilha de superfície delimitado por áreas é simplificação que não modela corretamente a realidade das convenientes tecnologias que temos já à disposição, mesmo a saber de controles que sejam positivos, frutos de investigações mais acuradas e plenas para diagnosticar a situação emergencial em que se tornam os países pobres, como o Brasil. A planificação de sistemas aéreos como o novo correio e novos mecanismos dinâmicos de segurança já fazem de um futuro o espaço que nos una a correlação da mecânica e a maior compreensão mesma da gravidade e dos corpos celestes, como um retorno à ciência mais presente, em meio ao criacionismo e suas novidades algo já defasadas para o milênio que vivenciamos, em que não podemos empoderar populações que não veem a Evolução como algo evidente na conformação da espécie, fator essencial à compreensão de que o espírito também passa por ela na tarefa que temos como ciência em elucidar certos fatos. A extrema conveniência lógica em pensarmos na sociedade como um corpo com suas enfermidades, e tentar curá-la com todas as ferramentas e remédios adequados, investindo nos tratamentos por vezes sutis como a prevenção, alimentando todo o seu corpo com bons e nutritivos alimentos, ensinando a como se defender e como conhecer o novo, o velho e a possibilidade de conhecimento futuro, será apenas o uso sensato de uma coerência cabal e irrestrita, pois armar um corpo exangue é como tentá-lo á perdição de si mesmo. O corpo, como tantos e tantos elementos da Natureza, é como uma sociedade: se há conformidade com seu lado anímico e espiritual, como a Arte e a Filosofia, possui a sua seiva maior que é a qualidade de seu povo, o que flui por entre seus componentes, e cada instituição em que se possa residir uma linha de poesia ao menos, que um homem e uma mulher possam aprender, em que uma criação não seja apenas a Bíblica, em que se navegue a contento com as variantes de uma verdadeira liberdade que não dependa do poder de ganho, fará parte de uma espécie que se dignará a ser a Humana!

sábado, 29 de junho de 2019

UM LADO SE NOS ESPERE


          Quantas e quantas frentes são supostamente o painel de nossas aeronaves? Qual lado espera o nosso contingenciamento, mesmo que isso igualmente suponha que sejamos maiores do que nossos artifícios? Um lado que nos espera pode estar no nosso flanco quase imediato, quase que em um atropelar intencional, mas que em outro pode ser uma fronteira distante do que se espera de um planeta, torto no entanto, mas quiçá quase certo! Se alguém realmente crê em Deus, pelo menos deixe que outros creiam também, em seu deus particular, em suas máquinas, ou, na dimensão de quilates similares, em suas fortunas… Afortunado sejamos, mas, que na pobreza não devíamos estar, assim de se empregar o coletivo, assim de se versar sobre quase metástase em milhões de brasileiros. Ah, que porventura o dinheiro não fosse assim tão importante, mas o G20 revela que essa é a única razão ideológica do mundo. Não que propriamente seja errado, mas o escrutínio se revela mais duradouro quando passamos a nele – o dinheiro – acreditar como a grande alavanca que move o dito afeto que dure, enquanto dure a posição social. O comércio vira a grande mola, e o desenvolvimento dos ricos perdura e concentra, enquanto o dos pobres sedimenta e estagna. Assim caminha a humanidade, e assim prega o pregador, assim se exclui o indigente, e assim se mata a fome de ninguém, e finalmente, assim se cria um precedente que é mais excludente, conforme a verdade factual e transigente com a mentira.
         O acerto se dá com a inteligência, não com a ofensa. Desta o preconceito encerra uma grande mala, um baú inconsequente com seus erros e com sua maldade embutida. Isso é a atualidade, porventura mesmo encontrando casualmente reflexos e promessas distintas, o que se vê é um panorama de miserabilidade em vários rincões do planeta, sendo, ou fazendo parte deles, o nosso país. No entanto, revela-se a questão na parcialidade dessa natureza ou desse status, o que pode surtir com a inteligência aplicada de maneira correta na nação que tantas promessas fez a outros, e que a si mesma não deu a atenção devida e merecida. Ainda há tempo a consertar nossos próprios erros, e quando fala-se na primeira pessoa, o erro continua na forma de uma luta sem tréguas e, no entanto, patibular porquanto irrisória, haja vista a dimensão e diferença das forças que se digladiam, e das técnicas de manejo em que a indústria pesada dos países ricos leva a vantagem sobretudo no modo de inovação e recursos contemporâneos. Surgem extremados os contendores, por vezes por necessidades atávicas, mas recorrentemente na atualidade como afetos que não se encaixam, na falta de diálogo e na banalização do sentimento, este no amor quase gratuito que se vê por vezes no encontro em uma prateleira de um shopping. Fica azedo o sentimento, muitos passam a ser intolerantes, escusam razões quaisquer, embarcam em um líquido e etéreo modo de vida, e abraçam qualquer novidade de prática oral ou de costumes, em um tipo de retaguarda de rebarbas e refrato.
         Quem dera fôssemos construtores de nossos futuros, mas de qualquer modo, devemos ser construtores ou engenheiros de nosso presente, da vida que temos pela frente como em uma esteira de Chaplin, em seu Tempos Modernos, mas com a consciência de desligarmos o gesto em cada parafuso, ou sabermos portanto da importância de uma boa máquina para tal. Assim como a virtude está para um ser humano, the worst não tem propriamente a relação com a palavra bad, pois a superlativação é por si mesma o índice que nos remete a maus resultados. Assim como a ameaça está para a agressão, munir toda uma população de falta de afeto parte da subordinação ao que tange de mais oneroso mesmo para um mercado ascendente, qual não fosse, alguma já perspectiva de que saiamos do buraco, depois dos acertos com vários blocos comerciais. Talvez não reconheçamos de imediato o alinhamento comercial do G20, mas já acenamos com a tomada de prumo necessária ao andamento de reconstruirmos nossa economia no panorama global e, se isso dirimir a curto prazo a carestia pela qual temos passado, os investimentos em nossos países do Cone Sul podem vir a trazer ares auspiciosos para todo o continente Americano.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

CAMINHOS DE FRONTEIRAS


Urge que saibamos onde estão as derrotas e as vitórias
Posto que em uma calçada se ergue um poste iluminado
Pela mesma estrela que se esquece de não brilhar mais
Quando de sua atmosfera extinta, supor, que de rumores…

Caminhos que se cruzam, fronteiras dentro de nossas covardias
Ao que se dizer daquele que espera dentro de sua polifonia
Algo eletrônica e refratária dentro de seu espectro de pouco alcance
Quando de outro termo de circunscrição sabe menos do que se deva.

Ah, de se dizer uma palavra que bastasse
A um tanto de não sofrerem na temeridade
Do que seja a truculência algo ensaiada
No efeito surpresa que alguém aprendeu
Em filmes onde se processa na mente afoita
A máquina de se superar dentro da crendice
Que é em alguma ação que se parte a ser
Um participante do que já se sabe que não é!

O que se projete na palavra sã do pensamento
Limite a sombra que existe em todos os ensaios
Posto aqueles meninos de outrora que brincavam
Agora supõem maldades em um tipo de labuta
Em que não se sabe a dimensão, que seja,
De outras palavras que possam surgir no espaço.

A se fremir o coração de quase óbito, subentende
Que seja a um ser mais frágil a fragilidade aceite
Apenas dentro de um universo onde a sensibilidade
Seja humana dentro dos padrões do reconhecível.

Nada a pretender que uma alma esteja surpreendida
Nos faróis inquietos que possam surgir pelas noites
Na mesma e própria notívaga impressão de antes
Quando a suposição não era fato e este existia…

Vertentes de caminhos sobre a faina de todo o planeta
Sobrescrevem por vezes a unilateralidade de uma rua
Quando se sabe que por vezes não existe mais um tipo
De qualquer outro objeto que não se sabe que seja.

No entanto, em Vitor Hugo se prescreve que sejamos mar
Mesmo que estejamos sempre ao seu dispor, como trabalho
De verificar suas ondas, de limpar sua orla, de amar contudo
Todos os seres que subsistem na forma da imensa pesca.

As fronteiras por vezes não passam de uma porta da frente,
Na disposição de um display que desconhecemos, em tudo
O que reflete a dimensão de uma poesia, quando de descanso
Após caminhos que muitos acham dificultosos, mas que de fé
Se tornam a alvorada do despertar silencioso para a vida!

Diversas idiossincrasias jejuam o pão que não está na linha
Em chegadas onde pressupõe-se um jogo qualquer
Onde o que esteve na onda de um dia não se cogite
Do esquecimento cabal na fronteira daquilo que somos
Porquanto gente que dita uma nova norma na frente
De uma questão pura e simples de existência, que não fira,
A consuetudinária forma de um direito estabelecido
Nos séculos de história onde ocorreram os ditames
Do dinamismo de qualquer ordem, a que se pretenda
Que seja dada a largada para aquela que seja competente.

Nos caminhos por uma vereda que se saiba ao menos do passo
Na inquietude de suas forças, que se saiba igualmente
De um descaso pétreo que reduz por vezes a atitude do caminhar
Quando um gesto persecutório tomba por não haver a luz da lua.

Em uma realidade preservada, saibamos que há menos luz
Naquelas almas que referem ao andamento dos faróis
A única semântica permitida em seu viver, na vida sem facho,
Ou no facho que não ilumina longe do nosso querido Sol…

terça-feira, 25 de junho de 2019

O REFLEXO DA LIBERDADE



          Torna-se muitas vezes o panorama social algo tão simples mesmo, que a questão das ofensas seja mais previsível do que a aparente gama de psicologismos truncados como tentativas equivocadas em se atingir os chamados alvos. Não a que se tenha de esquadrinhar circunstâncias, mas a operacionalização desse equívoco se chama farsa do cidadão que se diz de suma importância, e que na verdade revela a fraqueza espiritual da falta do proceder cordato e educado, deixando espaço para o que se vê ao longo de suas pequenas experiências um tipo de rancor ou sentimento de ódio que o move. Tal reflexo posto na ausência da honradez se traduz em proteger os seus, mesmo em detrimento das faltas cometidas, ou dos pecadilhos usuais que fazem parte de seu modal e operativo. Disso que não façamos juízos antecipados, pois essa matéria é correnteza quase inevitável, e por vezes surge como motivações que de detalhes irrisórios se transformam em contendas quase irreprimíveis.
          De uma atitude de respeito, caso a ausência do diálogo impere sobre o circunstancial, abre-se um caminho para a contextualização instrumental, ou seja, a própria justificativa de motivações torpes sobre um andamento que poderia primar pela cidadania, chegando ao sofisma crucial à sua própria negação, onde muitas vezes a própria experiência jurídica explica uma razão que tece dentro de uma blindagem a própria existência, sendo esta logicamente fria e inconsequente.
          O que se peca em sistematizar um grande grupo, nega a influência que não exerce, ou reitera a motivação de caráter supracitado naquilo da influência societária que no término da legalidade, tenta usufruir suas posições conquistadas em termos de ganância e subjeção da verdade factual e concreta. Esse subjetivo modo de agir compromete o andamento circunstancial quando o que se vê no entorno reza a que tenhamos uma sociedade ou magistraturas que muitas vezes não impedem o derradeiro vértice da verdade quando este revela um reflexo onde residiria – por uma suposição lógica – o domínio da liberdade mais ampla, total e tamanha que gera o paradigma de não se aceitar a injustiça como modalidade crível, mas sim compreender a dimensão da verdade e sua estreita relação com a libertação das amarras em que muita gente se vê presa sem saber o valor de estar livre para coadunar com a mesma razão que dá nome à nossa espécie.
         Por sim, a conquista que ensaiemos na origem do Homo Erectus, ao menos, com seu cóxis, com a prova irrefutável de que possuíamos cauda, no mesmo momento em que a gravidade – ainda não descoberta – já era lei entre os habitantes das cavernas, quando arremessavam as lanças e abatiam suas presas. Naqueles tempos a situação era dura, assim como deve ser aquela na situação de um morador de rua, milênios e milênios depois, no segundo milênio depois que O Cristo nos ensina a perdoar, e perdoar as ofensas, nossas e do próximo, este por vezes que nunca aprendeu o caminho da Luz, da Verdade e da Vida. Pois sim, que arremeter a história idílica do Éden é substancialmente resgatar a pureza de toda uma conformação com a bondade, mas a realidade em países chauvinistas reflete que não foi a mulher assassinada nos feminicídios que tem a relação com a serpente. Então, a crença é crença, sejamos crentes, mas ensinemos nossos filhos a literatura, para ao menos terem a perspectiva de escolherem o que pensam ser melhor para seu desenvolvimento material ou espiritual. O anímico tem uma importância fundamental na existência, e a filosofia e a história não dissociam mentalmente as vítimas de nossa sociedade já posta enferma, pois o acometimento de doenças dessa ordem é muito maior do que vimos em décadas passadas.
         A liberdade para o homem das cavernas, atual, o morador de rua, o desempregado, o morador de uma favela, com seu barraco de pouca madeira, não está para outros que veem do alto de seus gigantes condomínios todo o aparato de segurança que os separa de outras liberdades. Quando se sai blindado, seja um cidadão muito rico, ou um militar em ação, a questão é para que esse tipo de conflito continuado, essa vida de se estar apenas com os seus, a cautela em sair caminhando em certas áreas, ou a dor ausente pelo sofrimento alheio… Poderia se falar na parceria existente entre um bom político e sua população, seu eleitor, mas esse quesito não merece toda a atenção, pois o que está mais de apreço é, justamente, a relação de poder que está acontecendo entre pequenos grupos, famílias em suspenso, ideias dissonantes, miríades de informação, enfim, uma Era que algum bom cientista social teria muito a escrever a respeito, pois vivemos realmente em um planeta transformado, com corações tristes, cada qual, com crises enormes, e a questão do que vem a ser a liberdade como reflexo dessas mudanças, principalmente quando nos dermos conta de que o que vem acontecendo no mundo é que países das Américas estão se tornando aos poucos um totalitarismo de teor populista, em que os mais ricos em algum setor se tornam senhores dos mais pobres, totalizando relações sobre a influência de outros, profundamente conectados, dando um exemplo de nosso país como vértice fraco nesse jogo, porquanto aos poucos vai perdendo sua territorialidade, em nome de um deus que parece não gostar muito da Natureza.
          A questão – que deve ser pontual e plena – não é mais objeto fundamental de ser-se da direita ou da esquerda, do centro, das pontas, do meio, ter conta gorda, mulher cobiçada, ser trans ou cis, estar na tecnologia ou ser um mero artífice e artesão, possuir uma ilha, ou ser violento ou não. A questão é aprender a preservar, ainda, como uma ação concreta e permanente, criar cidades realmente sustentáveis, como foi feito na China e experiências similares em outras nações, com eólia e solar, é não dar liberdade ao desmatamento, não dar liberdade à violência, ao tráfico, não pensar que a liberdade se mede pela ganância, pois o cerceamento da liberdade em nome de um mundo melhor começa a ser a única pauta realmente necessária para que a brutalidade pre apocalíptica que assola a Terra revela que a liberdade seja fumar um ópio na zona sul para andar de skate ou surfar, enquanto quem tem a droga no morro acaba por criar sua liberdade para matar, em função do desalinhamento vertical da desigualdade crônica e cruenta no mundo.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

VERSOS E AXIOMA


Versa que saibamos dos tesouros que jamais encontramos dispersos
A um senso comum que não reverbera
Em um gesto casual, qual não fora o infinito
Posto um dedo aponta, revolve, o punho forja, prega,
As mãos plantam, carpem, e o sol prenuncia testemunhos
Que do incrédulo virar pagem de antigamente, em si mesmo,
Que o preceptor de Stendhal percebe a latitude do latim
Em que nos volvemos tortos por tamanha a voz de descaso
Onde sabemos que é na mesma América que temos luminares
A que podem interpretar qual sejam, e no entanto são fugazes
No olhar da nova entidade cultural, anti tudo, na cultura que matam
Sem deixar florescer a entidade máxima das verves do passado
Seja ela a História, essa deusa de diversa frentes do conhecer
Que em algum dia deixamos a circunscrever na área de si
O ignorar que a sua profundez revela aos povos o direito
De a elas termos acesso, não entrantes pelos fundos
Mas na porta da frente de qualquer e, no entanto, una verdade
A refletir no olhar moreno de um ser que seja mais humano
A ponto de sabermos nós que estivemos em um país
Onde a escravocracia jamais pensaria em ser revisitada
Depois que aboliu-se na luta de um genocídio de séculos
Que perdura até hoje no continente mãe do planeta,
A África de um povo que não deixou a chama de Mandela
Ser extinta naquele gesto de eterno lutador de fogo vivo!

sábado, 22 de junho de 2019

UM PAINEL DA SOLIDARIEDADE



          A seguirmos a nossa existência, quem sabe não andemos fazendo troças de alguém vulnerável, coparticipando de algum tipo de condenação injustificada, ou agindo com preconceito, em especial àqueles que não tem nenhum tipo de interesse de combater, seja o que for. A um toque de midas, a riqueza escoa em direção oposta à maioria, mas ver apenas esse ponto de vista remete-nos a desesperança ou ao falso altruísmo daqueles que estão satisfeitos com o panorama global, nem que independa daqueles que tem poder, ou não. Mesmo porque, a título do se bem portar, algo meio de nocivo ou monstruoso revela aos povos que aqueles que defendem as minorias ou as reservas naturais, os negros, as mulheres, os LGBTs ou as religiões mais “fracas”, tendem a receber represálias dos que se tornam empoderados no simples quesito da truculência em se “poder” agir de algum modo por causa de uma motivação injustificada e antiliberal. Teçamos comparativos históricos, se queiramos compreender os movimentos progressivos, anacrônicos, contemporâneos, ou regressivos do que se passa no mundo. Essa dimensão, esse quilate em que está metida a humanidade, seja nas vertentes sustentáveis, ou falsa e delimitadamente dentro desse escopo, ou mesmo os assumidamente do mal, destrutivos, anacrônicos e insensatos, revelará aos povos mais tarde ou na dialética presente atual, quem foram e quem são, quais os seus benefícios a outras espécies de vida, e o que pode fazer – mais para o planeta e consequentemente a eles próprios – dentro de suas limitações e possibilidades.
          Há que se ter uma convicção de raiz profunda, como se tornar resiliente, qual grande árvore, às tempestades que nos reduz as folhas, aos frutos, no entanto, que fornecemos à sociedade, e por vezes uma impossibilidade de não termos a mobilidade do estranho inseto que se chama motosserra, que saca de nossa seiva existencial a consciência, incluso de outras plantas: filhos germinados no mundo. Essa consciência é ou há de ser distribuída através de nossos atos, de nossas atitudes, revelando em nossos frutos. Disso pode-se subentender que a Natureza oferta generosamente aos homens e mulheres com cidadania Terrena todo o tipo de conhecimento, incluso suas intermináveis e eternamente infinitas modalidades lógicas, posto a filosofia vir de alguns de seus frutos, aqueles que alimentam a mente do pensamento, da recriação da vida, seus modais de compatibilidade entre um caráter bom e o próprio senso comum, no que não repatria, mas idealmente torna a pátria o chão onde estamos, mesmo em trânsito, seja esse trânsito territorial ou mental, materialista ou espiritual! Esse lado de estarmos por vezes em um carro veloz, potente, dando nossas voltas, enquanto um enxadrista em seu “quadrado”, ou um jogador de Go, exercem as suas estratégias e exercícios intelectuais na velocidade de discernir e calcular, e usar de sua inteligência lúdica e saudavelmente, mesmo solitário, na busca da construção de algo que parte a favorecer sua existência enquanto ser que possui a faculdade da razão é a vantagem de preparar boas cabeças para quaisquer empreitadas, incluso aquelas que favoreçam o uso de poder para construir algo sólido para o próximo no mundo gigante e maravilhoso em que vivemos.
          A possibilidade de afirmar: “olha, mas com atenção, por aqueles todos, não por grupo isolado”, versa que há possibilidade de conectarmos com muitos e muitos grupos, não no interesse de lesar, mas de contribuir, remete ao bom uso da inteligência, ao bom uso da segurança, da educação, da moradia, do emprego e da saúde, esta, como condição sine qua non de tudo o mais. Essa questão afirmativa remonta a um tipo de integração, mas se um vértice cruzado é vulnerável na questão de ser corrompido, mas for importante para uma estrutura que se crê sólida, isso passa a ser uma doce ilusão, pois todos os outros frutos da cesta apodrecerão também. Mas quem deseja comer o fruto daquele vértice, um que esteja ao lado, para se beneficiar de algum modo, germinará uma semente inválida, e passa a não ter a credibilidade de quem vai ser o consumidor do cesto, pois a doença dessa Natureza tem matriz por vezes nas folhas e no tronco da planta. O dono da plantação acaba perdendo seu crédito frente ao mercado ou, no que se possa dizer outra metáfora, frente a própria consciência que, se não o atormentar, o reduz ao menor ser da solidariedade, posto mentiroso, levando a um criterioso desembarque injustificado, em uma batalha onde seus responsáveis serão derrotados.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

O TROCO DE UM QUINHÃO


De todo o sentimento que não desfaz propósito, quem dera um troco
Que o que se saber de quem toma, não tome de préstimos
À parte que resolve remeter à mesma moeda, ao que seja
Um cêntimo da décima parte do que antes – pudera – não havia…

Deve-se o quinhão que resguarda um pensar turbulento na ânsia
Do ganho merecido por labuta, dos dias nebulosos dos negócios
Ao que não se confere tanto assim o merecer ao olhar de outro.

O ouro que verte dos olhos de uma esmeralda, como sinceridade,
Verte em um repentino gesto de saber-se escarlate como o vento,
Em esteira que não reduz, mas acondiciona o proposital verbo
Na escalada das vertigens, ou na aeronave perscrutadora no céu!

Que se siga a não reprimenda, que confira a estrela o brilho fugaz
De saber-se de sua dimensão por um lado Terreno, onde o que urge
É complementar um sol que passe a não castigar muito o dorso
De qualquer animal humano que passa a ser irracional do clima.

Tantos são os comburentes, tanto é o combustível, que o fóssil
Sai de seu repouso ancestral, desde que a Ford adotou a linha T.

Enchentes previsíveis nos acometem na via da complexidade
Onde todos correm atrás de uma afetividade traduzida em ícone
Na resposta em que os meios atravessam as esquinas zombando
De todos os que acham que os whats estão esperando sigilo!

A torto e a direito vemos se aproximar crises em todos os cantos,
Posto não serem sinais estarrecedores, mas apenas a acomodação
Da sentinela que não avisou, de um recorte de notícia, da divagação
Em mútuos sentimentos outros que não permitem escrutinar-se
A fonte que jorra tão franca na net quanto um saco de confetes.

Não se espere tanto o que não se possa dar certo, pois o furor
De termos alguma certeza, na certa não vem de tons gratuitos
Mas de algum soberbo propósito, que seja, melhorar a vida
Daqueles que prezam por bom senso na atitude e na coragem.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

A HORIZONTALIDADE DO FARDO


Quem fosse por um dia um que cata algo, do lixo transversal,
Da algibeira sem quinhão, dos grupos que observam seus atos,
E do ato incomparável de uma questão que se observa igual…

Ah, sim, que se dissesse algo mais travesso, de uma juventude
Que tece a inquietação pela não escola, que escoa o verbo aprendido
Em parágrafos onde não se encontra mais o significado verde.

Do se conjecturar, que a poesia seja de valentia, por apontar erro
Naquilo que parece tão conforme quanto a caligrafia, de acertar
Quando muito se colocar acentos no diálogo de um incauto
Que preze por muito se portar, pois de opiniosa divagação
Pode-se encontrar um sentimento até que abrace o ser culto.

Não, que fora, a cultura séria subsiste, não como apanágio de triste,
Mas na ferramenta de bater um prego, na mão de um camponês,
No jeito de revirar a terra para o plantio, ou a massa para estuque
Que versa um ornamento onde a arquitetura necessite da mão da obra
No concretizar silenciosa seu movimento da própria edificação!

Somos gente que estamos, somos semânticas algo indiscretas,
Aparatos, segurança, hierarquias e, no entanto, algo que não toca
O que fosse mais do que isso tudo, um livro, um general heroico
Como Santos Cruz revela em todo o seu trabalho no Congo!

Não se quer o panorama de guerra em um país que seja, qualquer,
Visto a experiência do nosso em que estaremos livres de contendas
Na medida em que a divisão de algum lugar respeite brigadas
Naquilo que se remete grupamentos onde não se pode jactar-se vitória.

Uma questão de ordem se anuncia, que se humanize, pois, o homem
Ser e a mulher igualmente ser, do ser que somos e fomos, do que é
Na aproximação de um cãozinho que seja, um companheiro,
Como se é a onça-pintada da mata, agreste, do inconsútil
Que revela a Natureza como um todo, holos, consciência
De uma mata a ser resguardada, pois os ribeiros merecem paz…

Se um grande território se divide em pequenas equações, versa
Que tenhamos conectados os ambientes diversos que, a título
Da preservação, estabelecer elos de matas por dentro da cultura
De algumas sojas seria passível – aí sim – de uma grande inteligência
Que pousa na terra o panorama em que a comunidade internacional
Nos dá o pressuposto de um apoio mais soberano, no que de nós dependa.

Se um dado se nos escapa, não tenhamos furor de erros inexistente, pois
Que o recriemos com latitudes mais favoráveis, a fins de participação
Informacional mais sólida, na vez, na construção do conhecimento.

Quando da obtenção dos dados, suponhamos que façamos por merecer
Que nossa atitude perante a selva resguarde progressivamente o bioma
E restaure a nação indígena como verdadeiro tesouro que clama por dias
Em que o homem branco possa melhorar as suas vidas, quando há
A ameaça de alguma virulência que possa ser combatida com a medicina.

Se tantos e tantos urgem por não carregar mais fardos tão pesados, se a vida
Prega peças nos grandes poderes, se as forças se exaurem na tentativa vã
De requerer a um país mais inteligente o preparo que se alonga na espera,
Sejamos mais taciturnos em busca do que temos, pois o guaraná é nosso!

Assim da prospecção de um diálogo quase encoberto, seremos muito mais
Se derrubarmos o falso mito de que a poesia morre a cada dia, pois no oposto
Aquela é vértice comunicante com o astrolábio revelador da posição do barco
Ou mesmo de um sinal eletrônico, mas que seja sempre dentro da horizontalidade...

terça-feira, 18 de junho de 2019

A ÍRIS, TORNADA LETRA


          Quem sabe que o olhar se torne mais seletivo, mais perscrutador do que aquilo que deixamos passar na vista superficial dentro de uma pupila por entre luzes… Quem sabe se ao olhar de um cidadão de bem não se carregue uma carestia de imposição: do que se não quer, do que não se almeja, nem para um rival! Que não haja a desforra quase impossível de se solucionar, posto a solução vem quase sempre da atenção de uma visão que, em seu painel solidário, contém o que se contém, e explica no repetido. O sacerdócio de estar em serviço devocional por si é razão de vida. Por si explica os mistérios que nos cercam pois, apesar de tantas equações quase eletrônicas, quase eletrostáticas da Natureza Material, saibamos que é o espírito que consegue plasmar as mudanças, as atitudes corretas e íntegras… O mesmo espírito que anima a máquina corpórea, esta mesma que maneja outras máquinas, em que os relógios aparecem como observadores lineares do que vem – no caso de progressão – a resolver certas equações, que vem consertar os cálculos, que dispõe do se tratar a matéria como algo animado com a entidade viva: do espiritual, daquilo que vemos e sentimos sempre a partir do anímico, que não reza tanto ao hedonismo, mas ao amor sincero, ao carinho e à proteção. Talvez o sentimento pátrio resida na manutenção da consciência individual, pois além de cada qual trazer em sua bagagem corpórea um código genético diferenciado, será a alma que traduzirá a pátria dos seres, ou seja, território do mundo, dos outros planetas, do cosmos, enfim, do Universo. A designação corpórea de cidade, Estado, País, silencia, nesse nível espiritual, o que vem a dar nos costados da própria ciência, esta, da realização mais plena, em que um Indiano seja igual a um americano, um africano seja igual a um chinês, e assim por diante, pois as designações das fronteiras não nos fazem sermos seres distintos, tudo com relação à universalidade espiritual. Essa aproximação nos faz lembrar da igualdade das religiões, em que cada qual possui sua crença particular, ao ser respeitada no olhar das Leis. A tolerância é uma qualidade de um real devoto, no que pese a alcunha de sermos todos crentes em algo, mesmo que em uma filosofia, ou na simplicidade acreditar em sua terra, em suas lavouras, no seu pai ou mãe, na arte, na ciência ou similares outros que não sejam propriamente anímicos.
        A verve que comanda nossos pensamentos está vinculada ao ato de uma letra, e a capacidade de comunicação verte, no entendimento de nossos iguais, fronteiras onde podemos não apenas aprender como ensinar o que sabemos da ciência da vida. A íris do olhar é nosso portão perceptivo, de quem olha como quem se enamora do olhar, de quem possui a ternura, ou no olhar duro de um trabalhador sofrido. A quem se preza, a planta possui um outro olhar, tátil, de seiva, e que um machado lhe dói, mas menos do que a um mamífero.
          Assim seguimos nossas vidas, no encontro com nós mesmos, no díspar funcionamento de nossas retinas, onde salvaguardamos o horizonte onde nos encontramos com o bom senso e a suprema importância de termos nas letras aquilo a que se pretenda um professor, ou na sabedoria de um aluno que saiba e queira aprender.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIO



          O tempo nos leva a ver as flores. Seja no whatsapp, seja no computador, ou até mesmo ao vivo: dentro de um jardim, ou na própria e livre reserva da Natureza, mesmo esta cercada por um agronegócio de quilômetros quadrados. As flores que vivem, que resistem, que sobrevivem… As vemos por meio do concreto, em uma nesga de asfalto, na lixeira de manilha de uma praia, ou, quer seja, apenas uma gramínea. Há que se tecer considerações a respeito, muitas vezes, pois o que sobra de natural não domesticado por vasos ou floreiras há de ser muitas vezes quase um acidente de escala, um verdinho na sacada por entre um piso, ou uma semente trazida por um pombo que gosta de semear por uma questão de princípio. Esse principiar de todo o cosmos, de sabermos de uma poeira quase radioativa no revés, a força que emana da estratosfera, revelando na força das marés um satélite quase ocluso, a Lua. Temos a lua em nossos fluidos, a temos no céu a quem queira ver, que ainda distantes por horizontes afora nosso acesso a ela é irrestrito. Não se leve a mal gostar da Natureza, pois este olhar Dela é profundo, talvez maior do que os mistérios de Shakespeare.
           Por dentro mesmo do princípio que nos abraça fraternalmente, podemos ver alguém triste, por um nada concreto, mas de suas impressões sobre seus olhares sobre talvez seja o anti-natural. Ou uma motivação que aparece igualmente de modo natural sobre algum problema quase insolúvel no que mostra a inquietação recrudescida por razões as mais várias. Desde um problema afetivo, ao profissional, a uma inquietação existencial, ao rumo externo da realidade ou problemas nos relacionamentos, enumerando-se poucos de uma miríade de possibilidades. A complexidade da vida significa tanto que muitas vezes podemos ao menos tentar simplificar seus vetores, suas forças, usando até mesmo algum antagonismo em nosso favor. Sem, no entanto, levarmos em conta fatores cruciais onde jamais devemos agir com hipocrisia, pois a atitude sincera, mesmo levando em conta vieses em relação ao comportamento malicioso, sempre levará vantagens no que se pretende ser a maturidade uma qualidade do caráter do adulto. Essa maturidade que se alonga com um tempo, que se cristaliza no princípio do que foi e é, reza que tenhamos um pouco de cuidado do afoito proceder quando não sabemos exatamente qual o gosto de uma moeda, na sua troca de valores. A um valor outro, sobre tais ou tais coisas, que se faça no gosto amargo de uma suposta via, quem sabe, o valor pretendido, sobre tantas e tantas faces… Essa escala que se pretenda, não saber-se no andamento quase correto, mas que vê na igualdade geniosa de seu parecer o que se diz saber-se ao menos do mensurável, ou do universo qualitativo. Depois de tudo, o principiar roga a que tenhamos o bom senso de admitir que a visão do preconceito, ou do pré julgado, seja mosca morta no entendimento do que queremos por sociedade. Essa acepção de se aceitar o que vem de modo vertical subentende que seremos melhores coronéis do que majores, que seremos governadores como virtuais presidentes, que seremos presidentes quase com plenos poderes, o que não bate com as democracias atuais, de outras consonâncias, de outros vértices, posto um cidadão qualquer estar na mesma linha de comunicação onde se coloca o magister dixit como elixir da cidadania reversa, ou seja, de uma questão que falta na comunicação, do limite onde deve estar circunscrito o terreno da propriedade dos poderes constituídos e consagrados. Esse quesito simples marca o território do poder e do não poder, pois sem isso reverbera de forma inútil toda a questão da hierarquia, onde some o papel do autuador, e onde começa o terreno de uma desforra algo inútil, porquanto não mais atual. Essa questão que pertence a uma modalidade anacrônica da busca pelo poder revela uma situação deficitária no preparo eficiente da máquina que se torna engessada desde seu começo, onde outras começam a trabalhar em seus tropeços, a articular, inevitavelmente, a conquista dos territórios inexplorados em seu princípio, o que demanda tempo para sedimentar, e divide as divisões. A razão que desconhece a razão torna-se portanto nula, e o que se pensa de restauro na divisa econômica não encontra viés de credibilidade em seu progresso, o que igualmente torna nula sua intenção, levando a nação à uma bancarrota que interessa a estrangeiros no cenário caótico de um país continental que, se não se torna patriota em seus membros de poder, entregará aos impérios econômicos todas as reservas de ordem natural, o que o torna alvo de aparatos de comunicação estrangeiros, que somam atenções sobre a ordem de coisas que inviabilizam e engessam os governantes.
           Há que se partir da premissa que sejamos mais patriotas, ou seja, mais conservadores no sentido de manter nossas reservas intocadas, materialmente falando, pois enquanto não prestarmos atenção ao nacionalismo como uma questão de princípio, estaremos fadados a uma sangria finita que esgotará nossos solos como uma única referência daquilo que prezamos como país: aquilo para todos, justo, acima de tudo, conforme o prometido e não cumprido, pois estamos considerando os EUA mais importantes do que a nossa própria nação. O estado de Virgínia não á nossa pátria, nem nunca será… Não importa, jamais seremos ou faremos parte dos Estados Unidos da América. Até gostamos de ver filmes a respeito da cultura estadunidense, de suas músicas, da sua ciência de ponta, mas acontece que não interessa a essa nação estar com o nosso país como uma relação amistosa, senão por interesse apenas geopolíticos. Se queremos nos aproximar de seus conhecimentos científicos, basta que aprendamos para utilizarmos estes por aqui, pois a transferência do saber como fazer nos baste a que se aplique a tecnologia aprendida. Não precisamos nos curvar ante o poderio de um Trump, pois assim como aqui e lá, o poder é alternado, e o que antes se mostrava como algo muito conservador, no futuro regerá como algo de mais popular, ou seja, de republicano para democrata, ou de democrata para republicano, assim como no nosso país, com suas variantes políticas saudáveis, no que não se tente pôr ferrugem em uma máquina já azeitada!

domingo, 16 de junho de 2019

A PÁGINA INTEMPORAL


A se pretender poesia que não se tente tanto, pois tentar não é bem viver
Mas que se realize a contento uma página sem a sombra do lúdico
Que ao homem e à mulher confere a qualidade do sem códigos
Na barra de se viver por vezes com tantas as verdades encobertas!

Em um signo pretendido na alfombra de um sem tempo do si mesmo
Descobre-se a imagem que não queríamos revelar em outras sombras
Nas vertentes algo inconsúteis de um destino que revele algum ato…

A arte brota da musa que não o é por vezes, de tantas que se resumem
Em cada qual na maravilhosa textura de mulher que revele a não objeção
De não objetificarem tanto as que se deixam levar por essa triste notícia.

No nascimento superior surge a mulher – signo de nossos tempos –
Afeita ao terno gesto de mãe, Maria madre de Deus, de tantas que são
As marias de Mílton Nascimento, da música, de Notre Damme, de Paris
A terra consubstanciada da arte, que tanto de se ouvir falar ao menos de Pablo
Em uma Guernica que se aproxima de nosso território por demandas apenas
De se faltar o carinho, da dureza da convexão complexa do simples,
Do anunciado armamentismo a se preparar guerras de ninguém.

Eis que se pretendam verdadeiros, aqueles que não demandam da cultura
Que encerra no andar de um cavaleiro a quixotesca representação da bravura,
Quando de armas nos vestimos quase a caráter, sem saber que no coldre reside
Um filme em que Wayne ensinava o menino a atirar, na terra dos pioneiros,
Nos pontos onde a mulher era submissa, claudicante em sua força,
De não ter a simples e corriqueira de estar casada com um pistoleiro!

Da pistola que se diga, posto a quem de segurança bastaria, pois anular o dente
De toda uma engrenagem de correção e galhardia possa ser o andamento
De uma crise de identidade onde a vida se encerra na paz que não acaba a merecer…

Cava o tempo sua própria memória, passa-se em revista toda uma tropa
A saber que dos equipamentos externos já se está enfarado um oficial
Que preze na hierarquia daqui a pouco ser maior do que um chefe de guarda
No montante circunflexo que não tem sentido nem em toda a estratégia do competir.

A voz que não se apague muito da memória, que não transcendemos o que não é
Quando uma suposição embarque em uma plataforma de direção equivocada
Na aurora daquilo que a mesma suposição verta sobre um calix bento!

As peças se cercam como em um Go, em uma janela quase de cristal sereno
Naquela diamantina peça que reverbera a íris do sol, em todas as medidas
Quando se vê por dianteira um genoma que nos traga a realidade da não ficção!

A se aprontar um dia o aspecto relevante de uma palavra que busque a tradução
O Padre cita que Jesus nos dá a paz, nos dá as novas em sua ressurreição
Do seu corpo e do seu espírito, caminhando ao longo da sua vereda
Em que muitos não aceitaram o fato de sua existência, ainda mais
De uma separação que nos verte a conformidade em estarmos mais vivos
Com a presença do Salvador porquanto tenha Pedro continuado a Obra.

sábado, 15 de junho de 2019

TEMPOS DE INCERTEZAS


           A construção de uma sociedade como vemos dentro do espectro normal já não parece – em muitos momentos – dentro da esperada normalidade quanto de se escolher as nuances em que se permite pensar nos recursos que desconhecemos, e que muitas vezes não passam de fantasia… Por horas pode um cidadão culto se debruçar sobre o que há de novo na tecnologia, mas há que se ter em mente que cada geração está se confrontando com realidades em que as gerações anteriores muitas vezes não acompanham, não apenas no fator de tecnologia e ciência como existencial, tão somente. Se você recebe através de um documentário o fato tecnológico do reconhecimento humano a um ponto de raio de 42 quilômetros, no aspecto da face, não se tem a certeza de que, primeiramente, o documentário não seja capcioso. Mais do que tudo, passa-se a pensar que estaremos em uma sociedade totalitária onde o controle será quase total nas ruas, o que pode até ser um pouco verdadeiro, mas a lógica disso é do particular ao universal, e o particular tende a não alcançar o universal, posto o particular depende da dialética individual em um cenário de um coletivo que já subentende menor – de dois ou três – no alcance de uma rede, em vértices sobrepostos, onde a câmera de reconhecimento facial acaba navegar na superfície de uma máscara, esta que subentende outros conteúdos, posto universais, versando ao particular, eternamente, sem haver retorno factível. Mas, sim, um progressivo desenvolver de sintonias distintas do que se imagina como solução social ou coletiva, seja para a manutenção dos direitos civis, ou no reconhecer compulsoriamente as diferenças.
          Se o foco do que se vê é considerado realidade, por vezes a atuação do ser filmado pode representar um palhaço até mesmo coletivamente, o que tornaria a atuação do ator risível, mesmo porque o atuar como ator seria como estar bem em uma arte teatral e a revisitação desta por meio de representações individuais ou coletivas. Não há como descrever ou controlar a arte teatral, nem a teatralidade de estar em consonância do registro cenográfico e da dialética informacional que represente o ser teatralizado do ser que observa, portanto quebrando daí um controle comportamental, haja vista as miríades de cores únicas, o diverso das cores, e o estertor do preconceito ou prejulgamento do que não existe, posto farsa em ambas as intenções. Roga-se, ao menos, àqueles que estão distantes da representação ou arte da farsa, porquanto mesmo assim arte em si, que se portem bem, ensinando a quem vê um comportamento exemplar na extensa comunicação que se dá ao caminhar, ao correr, ao andar de veículos, ou no agir como um todo por entre câmeras. Reza ao cidadão que não seja proibido o figurino, dentro de uma conformidade não violenta, e que o lado vigilante não confunda suspeição com comportamento rebuscado, pois é através deste que se implementa a diferenciação entre membros da nossa espécie, do homo ludicus, ou seja, da nova acepção do que vem a ser o jogo saudável em termos de rua, daquilo que não deve esmorecer enquanto liberdade, de uma teatralidade que vemos em chefes de estado como bonecos com aceitabilidade por serem algo fantochescos e, no entanto, por vezes secretamente nocivos, ou abertamente nocivos à nossa espécie. O Estado como o conhecemos deve suprir a demanda da arte e, se assim não proceder, a espécie humana tem que voltar a reconhecer em seus novos modais a ação que mitigue crises que só levarão a certas lutas que interessam ao establishment que porta as ferramentas da morte, assim chamadas armas letais, que apenas servem a interesses externos, quando os Governos não se detém ao que temos de bom em nossos países.
         Quando Jackson Pollock estabeleceu a sua action painting, nos EUA, certamente o público ficou atônito com o resultado, mas a verdadeira ação foi a filmagem de sua técnica, a pintura em relação às câmeras e o resultado foi a genialidade da descoberta… Se há um diálogo de alguém com a câmera, se erotizamos a rua, certamente as flores crescem mais na intenção. Mas se alguém sabe ensinar às pequenas ou grandes autoridades algo que se tenha pra mostrar, o hapenning vira mundial, viraliza na plataforma de uma rua, torna-se crescente e ao mesmo tempo pontual! É uma ilusão pensar-se que em um tipo de jogo queira-se impor um uniforme, pois a hierarquia passa a existir onde há um exemplo: entre pais e filhos, mestres e alunos, guarda e cidadania, arte e público, olhar, teatro e plateia, não necessariamente obedecendo o critério algo oxidado dessas relações, pois o mundo é cambiante e, em uma era de incertezas, encontrar refúgio naquilo que incutem em nossas mentes como algo opressor, torna a vida mais flexível na própria contestação daquilo que os diversos e estanhados lados querem impor por cartilha ou novela de massa.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

O AFETO QUE NÃO SE COMPREENDE


          Quase mecânico passa a ser nosso afeto na pressuposição da ausência de gestos maiores do que uma compreensão lenta que nos atravessa o normalíssimo, o algo do quase relatarmos a nós mesmos aquilo que pensamos inclusive ser amor. De um amor mais gratuito, se passa a não nos reconhecermos muito no peso fiel da balança: aquilo que verta, pois ao menos fazer amor com palavras não seja truque de leitores atentos aos pecadilhos… Que dos pecaminosos desconheçamos ao certo a linha tênue que nos separe da atenção que porventura grupos vulneráveis passam paulatinamente a não receber, ou a receberem cada vez mais aquela atenção mais diminuta. Esse formato do quase afeto, de olharmos com surpreendente soslaio, de coagirmos aquilo que não reconheçamos na circunscrição daqueles que se tratam por irmãos, deixando levas e levas na esfera da coisificação, de ambos os lados, seja irmão ou companheiro, versa que olhemos como parceiros aqueles que pensam realmente que o mundo possa ser melhor. Essa vida que se queira, que realmente se queira, não por distinção de méritos por escalas de serviço, mas por esforço, estudado o nível de limitação de cada qual, e um índice de recuperação potencial que emana da maturidade de nossas e nossos agentes, ou seja, aqueles que efetivamente agem para que a coisa não degringole e não denigre no caminho de intenções desmesuradamente ineficazes.
          O melhor serviço é o serviço como tal, independente de teorias conspiratórias externas, pois justamente em um local onde a prática manda como atitude ou ação, não precisamos das lentes silenciosas e algo escusas daqueles que sequer residem por aqui. Vemos numa missa um Padre que vive pela vida de seus fiéis, que tem a missão de estar junto com os seus, que efetivamente nos faz comungar, e que não repatria, pois que recebe os estrangeiros com a real generosidade de homem santo. Uma alusão do catolicismo como frente, pois é a partir desse exemplo que um cidadão pode não estar mais apto a ir ao exterior, e vive com galhardia seus momentos de sacralidade em serviço e comunhão com os seus compatriotas, com a sabedoria de tantos os sofredores que não veem mais – por experiência pessoal – o hedonismo como motivação de conduta e servem, na sua velhice, àqueles partícipes outros de bom serviço! Por isso o nacionalismo é prezado como a conduta supracitada, ou seja, aqueles que não se eximem de erro não vem à nação com seus palafréns dourados. As medalhas são importantes na história de um atleta ou uma autoridade, e por isso devem ser respeitadas, assim como um campeão de xadrez mirim valoriza a sua ciência e sua arte de jogar como um trunfo, pois em um país desenvolvido a lógica e a matemática não deixam de ser dois pilotis bem fundamentados na edificação de sua cultura. Posto quando a citamos, estamos assumindo a educação como um todo e espelhemo-nos em países como a Índia que prezam por esses dons de seu povo. O afeto por admiração do serviço em devoção, ou na qualidade de um cientista na forma de afeição pelo que este cidadão mais bem preparado fornece de insumos à sociedade passa a não ter o desgaste pífio de estarmos navegando sobre águas de prazer e desfrute, pois em uma situação sólida e concreta essas questões são dignas de admiração, não importando o grau de poder que se tenha, mas sim o grau de esforço que essa pessoa despende para se ter o mérito real de pontuar. Como uma pessoa de estatura moral por sua acrescida importância, pois isso aproxima pobres de ricos, aproxima etnias, fortalece sistemas educacionais e moralmente estabelece novos padrões para democracias mais representativas, participativas e, portanto, mais horizontais.
         É por essa razão que não deve haver egolatrias ou maneiras de idolatrar personagens históricos como sabedores de tudo, a não ser que, como no exemplo clássico de Homero, sejam homens devotados com forças sobre humanas nas diversas questões relativas à consecução de alguma realização. Deve-se refutar pensamentos pífios que apenas especulam com os poderosos modos de se perpetuarem no máximo o breve tempo em que a história acabe por esquecendo, pois Homero continua, Dante continua, Cervantes continua. Sempre... Assim como baluartes de nossa cultura, enquanto certos personagens históricos talvez sejam lembrados, mas apenas em um registro que não pesa tanto na balança, pois uma erudição é sempre importante para discernirmos a dimensão, caráter e importância daqueles que fizeram por seus atos obras titânicas, especialmente na literatura. As guerras apenas remontam eras em que a brutalidade revelara os ódios cultivados por nações que por aquelas coexistam, sejam as guerras frias ou quentes. Posto que atravessam como trens de aço por sobre o carinho, a ternura e a paz social, esta que deve ser o motivo e a razão para por fim a conflituosos interesses, externos ou não, por conveniência de países mais submissos em relação aos países mais ricos, ou de grupos que se beneficiam de sua existência.

terça-feira, 11 de junho de 2019

UMA CIDADE E SUA LAVOURA


Quantos blocos de concreto haverão de existir
Quando o que se pode é plantar leguminosas
Em cada nicho, cada nesga de terra adubada
Pelas soluções de biodigestores na sua função
De virar energia renovável, quem dera, supõe-se.

De muito se há de pensar sobre essa empreitada
Assim como deixar de saber o que existiria no farnel
De outras e outras maneiras de se ver o mundo
Com uma produção não equivocada, de bons sensos.

Resta que não se saiba tanto da lavoura quem nada
Faz por merecer a ciência da terra, outrora fosse
Uma cidade a nossa do merecimento alimentar!

Que vejamos a aurora da sobriedade sobre as casas
Enquanto alguns a perdem na rua, soçobrando
Como crendo na prodigalidade de outros, por vezes
Enfermos ao enfrentar desditas e preconceitos
Por ao menos quererem ser bons e argumentativos.

Que não evanesça na sombra o destino a se cumprir
No parágrafo não construído, nas sobras da feira,
No alimento que jogamos fora, nas vestes fracassadas
De um social que aflige pela ausência da sociedade…

Tirante o dez de uma nota, que déssemos a medalha
De uma honra classicamente merecedora do ufanar-se
A um tempo que não entorte a via mais lógica da sensatez.

A lavoura de uma cidade merece mais sementes e frutos
Da mesma terra em que mereçam outros silêncios
A desdizerem que o céu planta da sua água a planta
Que muitos evitaram semear, mas que na vida ainda há!

Azedumes algo convexos traduzem o sabor do alimentar
A quem se possa dizer faminto, na esteira do quem sabe
Quando se compra um uber eat na velocidade do preço.

Mas do alimento circunstancial memoriza o mesmo tempo
Sabendo-se de sua construção quase analítica no engenho
Em que o Criador tece a gênese repousando seu olhar
Sobre a manifestação cósmica, gerando as espécies de vida.

Não que a seriedade de abraçar certos assuntos nos isentasse
De uma dúvida que possa permanecer mesmo silenciosamente
Quando o que se pretende seja ao menos saciar a miséria
Com aquilo que já sabemos, do alimento, da casa e do emprego.

No senão de um interlúdio paralelo, quem sabe em alta esfera
Se pudesse alguma decisão interromper a carestia não faltante
Quando ao menos soubéramos do temor que causa a alegria.

Assim, do rico não ficar satisfeito da riqueza eminente do pobre
Quando este mostrar que na lavoura da cidade de sua vida
Verse o verso que não se pretende imiscuir do contexto aquele
Mesmo quando não aceita que o outro more no andar de cima.

A ver que o material da alimentação verte sobre o tapete
De um húmus sagrado que gera, que é adubo, que brota,
De tantos e tantos brotares nas nossas esferas não tão altas
Por saber finalmente ser uma autoridade moral apenas
Aquela criatura que se torna mais feliz vendo o outro
Na satisfação própria de algum conserto, a se dizer,
Que signifique estar a serviço de sua pátria, o mundo inteiro,
Quando este preza de se botar término na miséria humana!

Não que não faltasse alimento pela via da carne, mas a ração
Que é produzida de uma cultura única, por via de regra
Talvez encontrasse mais solução na lavoura tradicional
Onde o orgânico caminhasse junto com o holístico
No organismo cíclico da Natureza, em suas próprias safras
Onde as abelhas certamente seriam de melhor existência.

Posto o desgaste da terra desgasta o planeta, que é apenas
O único a permitir a vida que se conhece, mesmo que alguns
Tortamente olhem para o seu umbigo nos padrões de alguma luta
Quase incerta para não mudar nunca o procedimento da conduta
Que possa transferir o homem para a esfera da humanidade,
E assim poder falar de boas ideias, ausentes do vício da crítica
Entre irmãos que sejam de verdade, e não o enquadramento
Que norteie uma religião apenas, a não ser a ciência das mãos
Que fazem mais com a terra, mesmo sendo possível na igualdade
Da cidade fazer brotar de seu ventre de concreto uma planta
A dar exemplo para a terra extensa que a carne é menos que o leite!