domingo, 30 de junho de 2019
A ARTE E A FILOSOFIA
Meio
que um ser que possui a razão como expressão pode ser um poeta do
pensamento. Quando está meio enfermo, quando seu propósito
existencial se limita pelo viés de um comportar-se que possa parecer
estranho, esse ser – humano – expressa saudavelmente algo que
pode vir a consolidar pungentemente como um quase teorema de sua
virtude em ser da filosofia ou da poesia. Que seja, talvez um escape,
mas não deixa de ser uma investigação da alma por parte da ciência
que na mesma razão navegada pode vir a ser questionada ou afirmada
categoricamente. Pode tratar-se de diletantismo, mas quando da
necessidade da arte, vem a ser um pilar fundamental erigido para se
criar ou sedimentar a expressão mais alta, enaltecendo a alegria de
viver em que todos poderiam se estabelecer no caminho da compreensão
do próximo e do conhecimento dos modos materiais e espirituais do
planeta. Não se trata de estabelecer algum tipo de padrão, pois os
indivíduos possuem tanto as suas qualidades enquanto fragmentos
quanto as suas faculdades coletivas. Nada do que vem a subtrair as
propostas de uma vida digna para todos os seres, ou o andamento de
querer que venhamos a ter sociedades mais justas socialmente, merece
a atenção como modalidade superior ou algo do gênero, pois apenas
saberemos de nós mesmos o não afetarmos o correto funcionamento da
engrenagem de sistemas que nos tragam verdadeiras inteligências para
o solo de qualquer pátria. Isso de sistemas inteligentes remontam ao
processo de melhora e aprofundamento das questões materiais para
todos – no respeito igual à coletividade de todas as espécies –
como andante fundamental do movimento sinfônico onde a Natureza é
maestrina.
Pensar
que o mundo é trilha de superfície delimitado por áreas é
simplificação que não modela corretamente a realidade das
convenientes tecnologias que temos já à disposição, mesmo a saber
de controles que sejam positivos, frutos de investigações mais
acuradas e plenas para diagnosticar a situação emergencial em que
se tornam os países pobres, como o Brasil. A planificação de
sistemas aéreos como o novo correio e novos mecanismos dinâmicos de
segurança já fazem de um futuro o espaço que nos una a correlação
da mecânica e a maior compreensão mesma da gravidade e dos corpos
celestes, como um retorno à ciência mais presente, em meio ao
criacionismo e suas novidades algo já defasadas para o milênio que
vivenciamos, em que não podemos empoderar populações que não veem
a Evolução como algo evidente na conformação da espécie, fator
essencial à compreensão de que o espírito também passa por ela na
tarefa que temos como ciência em elucidar certos fatos. A extrema
conveniência lógica em pensarmos na sociedade como um corpo com
suas enfermidades, e tentar curá-la com todas as ferramentas e
remédios adequados, investindo nos tratamentos por vezes sutis como
a prevenção, alimentando todo o seu corpo com bons e nutritivos
alimentos, ensinando a como se defender e como conhecer o novo, o
velho e a possibilidade de conhecimento futuro, será apenas o uso
sensato de uma coerência cabal e irrestrita, pois armar um corpo
exangue é como tentá-lo á perdição de si mesmo. O corpo, como
tantos e tantos elementos da Natureza, é como uma sociedade: se há
conformidade com seu lado anímico e espiritual, como a Arte e a
Filosofia, possui a sua seiva maior que é a qualidade de seu povo, o
que flui por entre seus componentes, e cada instituição em que se
possa residir uma linha de poesia ao menos, que um homem e uma mulher
possam aprender, em que uma criação não seja apenas a Bíblica, em
que se navegue a contento com as variantes de uma verdadeira
liberdade que não dependa do poder de ganho, fará parte de uma
espécie que se dignará a ser a Humana!
sábado, 29 de junho de 2019
UM LADO SE NOS ESPERE
Quantas
e quantas frentes são supostamente o painel de nossas aeronaves?
Qual lado espera o nosso contingenciamento, mesmo que isso igualmente
suponha que sejamos maiores do que nossos artifícios? Um lado que
nos espera pode estar no nosso flanco quase imediato, quase que em um
atropelar intencional, mas que em outro pode ser uma fronteira
distante do que se espera de um planeta, torto no entanto, mas quiçá
quase certo! Se alguém realmente crê em Deus, pelo menos deixe que
outros creiam também, em seu deus particular, em suas máquinas, ou,
na dimensão de quilates similares, em suas fortunas… Afortunado
sejamos, mas, que na pobreza não devíamos estar, assim de se
empregar o coletivo, assim de se versar sobre quase metástase em
milhões de brasileiros. Ah, que porventura o dinheiro não fosse
assim tão importante, mas o G20 revela que essa é a única razão
ideológica do mundo. Não que propriamente seja errado, mas o
escrutínio se revela mais duradouro quando passamos a nele – o
dinheiro – acreditar como a grande alavanca que move o dito afeto
que dure, enquanto dure a posição social. O comércio vira a grande
mola, e o desenvolvimento dos ricos perdura e concentra, enquanto o
dos pobres sedimenta e estagna. Assim caminha a humanidade, e assim
prega o pregador, assim se exclui o indigente, e assim se mata a fome
de ninguém, e finalmente, assim se cria um precedente que é mais
excludente, conforme a verdade factual e transigente com a mentira.
O
acerto se dá com a inteligência, não com a ofensa. Desta o
preconceito encerra uma grande mala, um baú inconsequente com seus
erros e com sua maldade embutida. Isso é a atualidade, porventura
mesmo encontrando casualmente reflexos e promessas distintas, o que
se vê é um panorama de miserabilidade em vários rincões do
planeta, sendo, ou fazendo parte deles, o nosso país. No entanto,
revela-se a questão na parcialidade dessa natureza ou desse status,
o que pode surtir com a inteligência aplicada de maneira correta na
nação que tantas promessas fez a outros, e que a si mesma não deu
a atenção devida e merecida. Ainda há tempo a consertar nossos
próprios erros, e quando fala-se na primeira pessoa, o erro continua
na forma de uma luta sem tréguas e, no entanto, patibular porquanto
irrisória, haja vista a dimensão e diferença das forças que se
digladiam, e das técnicas de manejo em que a indústria pesada dos
países ricos leva a vantagem sobretudo no modo de inovação e
recursos contemporâneos. Surgem extremados os contendores, por vezes
por necessidades atávicas, mas recorrentemente na atualidade como
afetos que não se encaixam, na falta de diálogo e na banalização
do sentimento, este no amor quase gratuito que se vê por vezes no
encontro em uma prateleira de um shopping. Fica azedo o sentimento,
muitos passam a ser intolerantes, escusam razões quaisquer, embarcam
em um líquido e etéreo modo de vida, e abraçam qualquer novidade
de prática oral ou de costumes, em um tipo de retaguarda de rebarbas
e refrato.
Quem
dera fôssemos construtores de nossos futuros, mas de qualquer modo,
devemos ser construtores ou engenheiros de nosso presente, da vida
que temos pela frente como em uma esteira de Chaplin, em seu Tempos
Modernos, mas com a consciência de desligarmos o gesto em cada
parafuso, ou sabermos portanto da importância de uma boa máquina
para tal. Assim como a virtude está para um ser humano, the worst
não tem propriamente a relação com a palavra bad, pois a
superlativação é por si mesma o índice que nos remete a maus
resultados. Assim como a ameaça está para a agressão, munir toda
uma população de falta de afeto parte da subordinação ao que
tange de mais oneroso mesmo para um mercado ascendente, qual não
fosse, alguma já perspectiva de que saiamos do buraco, depois dos
acertos com vários blocos comerciais. Talvez não reconheçamos de
imediato o alinhamento comercial do G20, mas já acenamos com a
tomada de prumo necessária ao andamento de reconstruirmos nossa
economia no panorama global e, se isso dirimir a curto prazo a
carestia pela qual temos passado, os investimentos em nossos países
do Cone Sul podem vir a trazer ares auspiciosos para todo o
continente Americano.
quarta-feira, 26 de junho de 2019
CAMINHOS DE FRONTEIRAS
Urge
que saibamos onde estão as derrotas e as vitórias
Posto
que em uma calçada se ergue um poste iluminado
Pela
mesma estrela que se esquece de não brilhar mais
Quando
de sua atmosfera extinta, supor, que de rumores…
Caminhos
que se cruzam, fronteiras dentro de nossas covardias
Ao
que se dizer daquele que espera dentro de sua polifonia
Algo
eletrônica e refratária dentro de seu espectro de pouco alcance
Quando
de outro termo de circunscrição sabe menos do que se deva.
Ah,
de se dizer uma palavra que bastasse
A
um tanto de não sofrerem na temeridade
Do
que seja a truculência algo ensaiada
No
efeito surpresa que alguém aprendeu
Em
filmes onde se processa na mente afoita
A
máquina de se superar dentro da crendice
Que
é em alguma ação que se parte a ser
Um
participante do que já se sabe que não é!
O
que se projete na palavra sã do pensamento
Limite
a sombra que existe em todos os ensaios
Posto
aqueles meninos de outrora que brincavam
Agora
supõem maldades em um tipo de labuta
Em
que não se sabe a dimensão, que seja,
De
outras palavras que possam surgir no espaço.
A
se fremir o coração de quase óbito, subentende
Que
seja a um ser mais frágil a fragilidade aceite
Apenas
dentro de um universo onde a sensibilidade
Seja
humana dentro dos padrões do reconhecível.
Nada
a pretender que uma alma esteja surpreendida
Nos
faróis inquietos que possam surgir pelas noites
Na
mesma e própria notívaga impressão de antes
Quando
a suposição não era fato e este existia…
Vertentes
de caminhos sobre a faina de todo o planeta
Sobrescrevem
por vezes a unilateralidade de uma rua
Quando
se sabe que por vezes não existe mais um tipo
De
qualquer outro objeto que não se sabe que seja.
No
entanto, em Vitor Hugo se prescreve que sejamos mar
Mesmo
que estejamos sempre ao seu dispor, como trabalho
De
verificar suas ondas, de limpar sua orla, de amar contudo
Todos
os seres que subsistem na forma da imensa pesca.
As
fronteiras por vezes não passam de uma porta da frente,
Na
disposição de um display que desconhecemos, em tudo
O
que reflete a dimensão de uma poesia, quando de descanso
Após
caminhos que muitos acham dificultosos, mas que de fé
Se
tornam a alvorada do despertar silencioso para a vida!
Diversas
idiossincrasias jejuam o pão que não está na linha
Em
chegadas onde pressupõe-se um jogo qualquer
Onde
o que esteve na onda de um dia não se cogite
Do
esquecimento cabal na fronteira daquilo que somos
Porquanto
gente que dita uma nova norma na frente
De
uma questão pura e simples de existência, que não fira,
A
consuetudinária forma de um direito estabelecido
Nos
séculos de história onde ocorreram os ditames
Do
dinamismo de qualquer ordem, a que se pretenda
Que
seja dada a largada para aquela que seja competente.
Nos
caminhos por uma vereda que se saiba ao menos do passo
Na
inquietude de suas forças, que se saiba igualmente
De
um descaso pétreo que reduz por vezes a atitude do caminhar
Quando
um gesto persecutório tomba por não haver a luz da lua.
Em
uma realidade preservada, saibamos que há menos luz
Naquelas
almas que referem ao andamento dos faróis
A
única semântica permitida em seu viver, na vida sem facho,
Ou
no facho que não ilumina longe do nosso querido Sol…
terça-feira, 25 de junho de 2019
O REFLEXO DA LIBERDADE
Torna-se
muitas vezes o panorama social algo tão simples mesmo, que a questão
das ofensas seja mais previsível do que a aparente gama de
psicologismos truncados como tentativas equivocadas em se atingir os
chamados alvos. Não a que se tenha de esquadrinhar circunstâncias,
mas a operacionalização desse equívoco se chama farsa do cidadão
que se diz de suma importância, e que na verdade revela a fraqueza
espiritual da falta do proceder cordato e educado, deixando espaço
para o que se vê ao longo de suas pequenas experiências um tipo de
rancor ou sentimento de ódio que o move. Tal reflexo posto na
ausência da honradez se traduz em proteger os seus, mesmo em
detrimento das faltas cometidas, ou dos pecadilhos usuais que fazem
parte de seu modal e operativo. Disso que não façamos juízos
antecipados, pois essa matéria é correnteza quase inevitável, e
por vezes surge como motivações que de detalhes irrisórios se
transformam em contendas quase irreprimíveis.
De
uma atitude de respeito, caso a ausência do diálogo impere sobre o
circunstancial, abre-se um caminho para a contextualização
instrumental, ou seja, a própria justificativa de motivações
torpes sobre um andamento que poderia primar pela cidadania, chegando
ao sofisma crucial à sua própria negação, onde muitas vezes a
própria experiência jurídica explica uma razão que tece dentro de
uma blindagem a própria existência, sendo esta logicamente fria e
inconsequente.
O
que se peca em sistematizar um grande grupo, nega a influência que
não exerce, ou reitera a motivação de caráter supracitado naquilo
da influência societária que no término da legalidade, tenta
usufruir suas posições conquistadas em termos de ganância e
subjeção da verdade factual e concreta. Esse subjetivo modo de agir
compromete o andamento circunstancial quando o que se vê no entorno
reza a que tenhamos uma sociedade ou magistraturas que muitas vezes
não impedem o derradeiro vértice da verdade quando este revela um
reflexo onde residiria – por uma suposição lógica – o domínio
da liberdade mais ampla, total e tamanha que gera o paradigma de não
se aceitar a injustiça como modalidade crível, mas sim compreender
a dimensão da verdade e sua estreita relação com a libertação
das amarras em que muita gente se vê presa sem saber o valor de
estar livre para coadunar com a mesma razão que dá nome à nossa
espécie.
Por
sim, a conquista que ensaiemos na origem do Homo Erectus, ao menos,
com seu cóxis, com a prova irrefutável de que possuíamos cauda, no
mesmo momento em que a gravidade – ainda não descoberta – já
era lei entre os habitantes das cavernas, quando arremessavam as lanças
e abatiam suas presas. Naqueles tempos a situação era dura, assim
como deve ser aquela na situação de um morador de rua, milênios e
milênios depois, no segundo milênio depois que O Cristo nos ensina
a perdoar, e perdoar as ofensas, nossas e do próximo, este por vezes
que nunca aprendeu o caminho da Luz, da Verdade e da Vida. Pois sim,
que arremeter a história idílica do Éden é substancialmente
resgatar a pureza de toda uma conformação com a bondade, mas a
realidade em países chauvinistas reflete que não foi a mulher
assassinada nos feminicídios que tem a relação com a serpente.
Então, a crença é crença, sejamos crentes, mas ensinemos nossos
filhos a literatura, para ao menos terem a perspectiva de escolherem
o que pensam ser melhor para seu desenvolvimento material ou
espiritual. O anímico tem uma importância fundamental na
existência, e a filosofia e a história não dissociam mentalmente
as vítimas de nossa sociedade já posta enferma, pois o acometimento
de doenças dessa ordem é muito maior do que vimos em décadas
passadas.
A
liberdade para o homem das cavernas, atual, o morador de rua, o
desempregado, o morador de uma favela, com seu barraco de pouca
madeira, não está para outros que veem do alto de seus gigantes
condomínios todo o aparato de segurança que os separa de outras
liberdades. Quando se sai blindado, seja um cidadão muito rico, ou
um militar em ação, a questão é para que esse tipo de conflito
continuado, essa vida de se estar apenas com os seus, a cautela em
sair caminhando em certas áreas, ou a dor ausente pelo sofrimento
alheio… Poderia se falar na parceria existente entre um bom
político e sua população, seu eleitor, mas esse quesito não
merece toda a atenção, pois o que está mais de apreço é,
justamente, a relação de poder que está acontecendo entre pequenos
grupos, famílias em suspenso, ideias dissonantes, miríades de
informação, enfim, uma Era que algum bom cientista social teria
muito a escrever a respeito, pois vivemos realmente em um planeta
transformado, com corações tristes, cada qual, com crises enormes,
e a questão do que vem a ser a liberdade como reflexo dessas
mudanças, principalmente quando nos dermos conta de que o que vem
acontecendo no mundo é que países das Américas estão se tornando
aos poucos um totalitarismo de teor populista, em que os mais ricos
em algum setor se tornam senhores dos mais pobres, totalizando
relações sobre a influência de outros, profundamente conectados,
dando um exemplo de nosso país como vértice fraco nesse jogo,
porquanto aos poucos vai perdendo sua territorialidade, em nome de um
deus que parece não gostar muito da Natureza.
A
questão – que deve ser pontual e plena – não é mais objeto
fundamental de ser-se da direita ou da esquerda, do centro, das
pontas, do meio, ter conta gorda, mulher cobiçada, ser trans ou cis,
estar na tecnologia ou ser um mero artífice e artesão, possuir uma
ilha, ou ser violento ou não. A questão é aprender a preservar,
ainda, como uma ação concreta e permanente, criar cidades realmente
sustentáveis, como foi feito na China e experiências similares em
outras nações, com eólia e solar, é não dar liberdade ao
desmatamento, não dar liberdade à violência, ao tráfico, não
pensar que a liberdade se mede pela ganância, pois o cerceamento da
liberdade em nome de um mundo melhor começa a ser a única pauta
realmente necessária para que a brutalidade pre apocalíptica que
assola a Terra revela que a liberdade seja fumar um ópio na zona sul
para andar de skate ou surfar, enquanto quem tem a droga no morro
acaba por criar sua liberdade para matar, em função do
desalinhamento vertical da desigualdade crônica e cruenta no mundo.
segunda-feira, 24 de junho de 2019
VERSOS E AXIOMA
Versa que saibamos dos tesouros
que jamais encontramos dispersos
A
um senso comum que não reverbera
Em um gesto casual, qual não fora o infinitoPosto um dedo aponta, revolve, o punho forja, prega,
As mãos plantam, carpem, e o sol prenuncia testemunhos
Que do incrédulo virar pagem de antigamente, em si mesmo,
Que o preceptor de Stendhal percebe a latitude do latim
Em que nos volvemos tortos por tamanha a voz de descaso
Onde sabemos que é na mesma América que temos luminares
A que podem interpretar qual sejam, e no entanto são fugazes
No olhar da nova entidade cultural, anti tudo, na cultura que matam
Sem deixar florescer a entidade máxima das verves do passado
Seja ela a História, essa deusa de diversa frentes do conhecer
Que em algum dia deixamos a circunscrever na área de si
O ignorar que a sua profundez revela aos povos o direito
De a elas termos acesso, não entrantes pelos fundos
Mas na porta da frente de qualquer e, no entanto, una verdade
A refletir no olhar moreno de um ser que seja mais humano
A ponto de sabermos nós que estivemos em um país
Onde a escravocracia jamais pensaria em ser revisitada
Depois que aboliu-se na luta de um genocídio de séculos
Que perdura até hoje no continente mãe do planeta,
A África de um povo que não deixou a chama de Mandela
Ser extinta naquele gesto de eterno lutador de fogo vivo!
sábado, 22 de junho de 2019
UM PAINEL DA SOLIDARIEDADE
A
seguirmos a nossa existência, quem sabe não andemos fazendo troças
de alguém vulnerável, coparticipando de algum tipo de condenação
injustificada, ou agindo com preconceito, em especial àqueles que
não tem nenhum tipo de interesse de combater, seja o que for. A um
toque de midas, a riqueza escoa em direção oposta à maioria, mas
ver apenas esse ponto de vista remete-nos a desesperança ou ao falso
altruísmo daqueles que estão satisfeitos com o panorama global, nem
que independa daqueles que tem poder, ou não. Mesmo porque, a título
do se bem portar, algo meio de nocivo ou monstruoso revela aos povos
que aqueles que defendem as minorias ou as reservas naturais, os
negros, as mulheres, os LGBTs ou as religiões mais “fracas”,
tendem a receber represálias dos que se tornam empoderados no
simples quesito da truculência em se “poder” agir de algum modo
por causa de uma motivação injustificada e antiliberal. Teçamos
comparativos históricos, se queiramos compreender os movimentos
progressivos, anacrônicos, contemporâneos, ou regressivos do que se
passa no mundo. Essa dimensão, esse quilate em que está metida a
humanidade, seja nas vertentes sustentáveis, ou falsa e
delimitadamente dentro desse escopo, ou mesmo os assumidamente do
mal, destrutivos, anacrônicos e insensatos, revelará aos povos mais
tarde ou na dialética presente atual, quem foram e quem são, quais
os seus benefícios a outras espécies de vida, e o que pode fazer –
mais para o planeta e consequentemente a eles próprios – dentro de
suas limitações e possibilidades.
Há
que se ter uma convicção de raiz profunda, como se tornar
resiliente, qual grande árvore, às tempestades que nos reduz as
folhas, aos frutos, no entanto, que fornecemos à sociedade, e por
vezes uma impossibilidade de não termos a mobilidade do estranho
inseto que se chama motosserra, que saca de nossa seiva existencial a
consciência, incluso de outras plantas: filhos germinados no mundo.
Essa consciência é ou há de ser distribuída através de nossos
atos, de nossas atitudes, revelando em nossos frutos. Disso pode-se
subentender que a Natureza oferta generosamente aos homens e mulheres
com cidadania Terrena todo o tipo de conhecimento, incluso suas
intermináveis e eternamente infinitas modalidades lógicas, posto a
filosofia vir de alguns de seus frutos, aqueles que alimentam a mente
do pensamento, da recriação da vida, seus modais de compatibilidade
entre um caráter bom e o próprio senso comum, no que não repatria,
mas idealmente torna a pátria o chão onde estamos, mesmo em
trânsito, seja esse trânsito territorial ou mental, materialista ou
espiritual! Esse lado de estarmos por vezes em um carro veloz,
potente, dando nossas voltas, enquanto um enxadrista em seu
“quadrado”, ou um jogador de Go, exercem as suas estratégias e
exercícios intelectuais na velocidade de discernir e calcular, e
usar de sua inteligência lúdica e saudavelmente, mesmo solitário,
na busca da construção de algo que parte a favorecer sua existência
enquanto ser que possui a faculdade da razão é a vantagem de
preparar boas cabeças para quaisquer empreitadas, incluso aquelas
que favoreçam o uso de poder para construir algo sólido para o
próximo no mundo gigante e maravilhoso em que vivemos.
A
possibilidade de afirmar: “olha, mas com atenção, por aqueles
todos, não por grupo isolado”, versa que há possibilidade de
conectarmos com muitos e muitos grupos, não no interesse de lesar,
mas de contribuir, remete ao bom uso da inteligência, ao bom uso da
segurança, da educação, da moradia, do emprego e da saúde, esta,
como condição sine qua non de tudo o mais. Essa questão
afirmativa remonta a um tipo de integração, mas se um vértice
cruzado é vulnerável na questão de ser corrompido, mas for
importante para uma estrutura que se crê sólida, isso passa a ser
uma doce ilusão, pois todos os outros frutos da cesta apodrecerão
também. Mas quem deseja comer o fruto daquele vértice, um que
esteja ao lado, para se beneficiar de algum modo, germinará uma
semente inválida, e passa a não ter a credibilidade de quem vai ser
o consumidor do cesto, pois a doença dessa Natureza tem matriz por
vezes nas folhas e no tronco da planta. O dono da plantação acaba
perdendo seu crédito frente ao mercado ou, no que se possa dizer
outra metáfora, frente a própria consciência que, se não o
atormentar, o reduz ao menor ser da solidariedade, posto mentiroso,
levando a um criterioso desembarque injustificado, em uma batalha
onde seus responsáveis serão derrotados.
sexta-feira, 21 de junho de 2019
O TROCO DE UM QUINHÃO
De
todo o sentimento que não desfaz propósito, quem dera um troco
Que
o que se saber de quem toma, não tome de préstimos
À
parte que resolve remeter à mesma moeda, ao que seja
Um
cêntimo da décima parte do que antes – pudera – não havia…
Deve-se
o quinhão que resguarda um pensar turbulento na ânsia
Do
ganho merecido por labuta, dos dias nebulosos dos negócios
Ao
que não se confere tanto assim o merecer ao olhar de outro.
O
ouro que verte dos olhos de uma esmeralda, como sinceridade,
Verte
em um repentino gesto de saber-se escarlate como o vento,
Em
esteira que não reduz, mas acondiciona o proposital verbo
Na
escalada das vertigens, ou na aeronave perscrutadora no céu!
Que
se siga a não reprimenda, que confira a estrela o brilho fugaz
De
saber-se de sua dimensão por um lado Terreno, onde o que urge
É
complementar um sol que passe a não castigar muito o dorso
De
qualquer animal humano que passa a ser irracional do clima.
Tantos
são os comburentes, tanto é o combustível, que o fóssil
Sai
de seu repouso ancestral, desde que a Ford adotou a linha T.
Enchentes
previsíveis nos acometem na via da complexidade
Onde
todos correm atrás de uma afetividade traduzida em ícone
Na
resposta em que os meios atravessam as esquinas zombando
De
todos os que acham que os whats estão esperando sigilo!
A
torto e a direito vemos se aproximar crises em todos os cantos,
Posto
não serem sinais estarrecedores, mas apenas a acomodação
Da
sentinela que não avisou, de um recorte de notícia, da divagação
Em
mútuos sentimentos outros que não permitem escrutinar-se
A
fonte que jorra tão franca na net quanto um saco de confetes.
Não
se espere tanto o que não se possa dar certo, pois o furor
De
termos alguma certeza, na certa não vem de tons gratuitos
Mas
de algum soberbo propósito, que seja, melhorar a vida
Daqueles
que prezam por bom senso na atitude e na coragem.
quinta-feira, 20 de junho de 2019
A HORIZONTALIDADE DO FARDO
Quem
fosse por um dia um que cata algo, do lixo transversal,
Da
algibeira sem quinhão, dos grupos que observam seus atos,
E
do ato incomparável de uma questão que se observa igual…
Ah,
sim, que se dissesse algo mais travesso, de uma juventude
Que
tece a inquietação pela não escola, que escoa o verbo aprendido
Em
parágrafos onde não se encontra mais o significado verde.
Do
se conjecturar, que a poesia seja de valentia, por apontar erro
Naquilo
que parece tão conforme quanto a caligrafia, de acertar
Quando
muito se colocar acentos no diálogo de um incauto
Que
preze por muito se portar, pois de opiniosa divagação
Pode-se
encontrar um sentimento até que abrace o ser culto.
Não,
que fora, a cultura séria subsiste, não como apanágio de triste,
Mas
na ferramenta de bater um prego, na mão de um camponês,
No
jeito de revirar a terra para o plantio, ou a massa para estuque
Que
versa um ornamento onde a arquitetura necessite da mão da obra
No
concretizar silenciosa seu movimento da própria edificação!
Somos
gente que estamos, somos semânticas algo indiscretas,
Aparatos,
segurança, hierarquias e, no entanto, algo que não toca
O
que fosse mais do que isso tudo, um livro, um general heroico
Como
Santos Cruz revela em todo o seu trabalho no Congo!
Não
se quer o panorama de guerra em um país que seja, qualquer,
Visto
a experiência do nosso em que estaremos livres de contendas
Na
medida em que a divisão de algum lugar respeite brigadas
Naquilo
que se remete grupamentos onde não se pode jactar-se vitória.
Uma
questão de ordem se anuncia, que se humanize, pois, o homem
Ser
e a mulher igualmente ser, do ser que somos e fomos, do que é
Na
aproximação de um cãozinho que seja, um companheiro,
Como
se é a onça-pintada da mata, agreste, do inconsútil
Que
revela a Natureza como um todo, holos, consciência
De
uma mata a ser resguardada, pois os ribeiros merecem paz…
Se
um grande território se divide em pequenas equações, versa
Que
tenhamos conectados os ambientes diversos que, a título
Da
preservação, estabelecer elos de matas por dentro da cultura
De
algumas sojas seria passível – aí sim – de uma grande
inteligência
Que
pousa na terra o panorama em que a comunidade internacional
Nos
dá o pressuposto de um apoio mais soberano, no que de nós dependa.
Se
um dado se nos escapa, não tenhamos furor de erros inexistente, pois
Que
o recriemos com latitudes mais favoráveis, a fins de participação
Informacional
mais sólida, na vez, na construção do conhecimento.
Quando
da obtenção dos dados, suponhamos que façamos por merecer
Que
nossa atitude perante a selva resguarde progressivamente o bioma
E
restaure a nação indígena como verdadeiro tesouro que clama por
dias
Em
que o homem branco possa melhorar as suas vidas, quando há
A
ameaça de alguma virulência que possa ser combatida com a medicina.
Se
tantos e tantos urgem por não carregar mais fardos tão pesados, se
a vida
Prega
peças nos grandes poderes, se as forças se exaurem na tentativa vã
De
requerer a um país mais inteligente o preparo que se alonga na
espera,
Sejamos
mais taciturnos em busca do que temos, pois o guaraná é nosso!
Assim
da prospecção de um diálogo quase encoberto, seremos muito mais
Se
derrubarmos o falso mito de que a poesia morre a cada dia, pois no
oposto
Aquela
é vértice comunicante com o astrolábio revelador da posição do
barco
Ou
mesmo de um sinal eletrônico, mas que seja sempre dentro da
horizontalidade...
terça-feira, 18 de junho de 2019
A ÍRIS, TORNADA LETRA
Quem
sabe que o olhar se torne mais seletivo, mais perscrutador
do que aquilo que deixamos passar na vista superficial dentro de uma
pupila por entre luzes… Quem sabe se ao olhar de um cidadão de bem
não se carregue uma carestia de imposição: do que se não quer, do
que não se almeja, nem para um rival! Que não haja a desforra quase
impossível de se solucionar, posto a solução vem quase sempre da
atenção de uma visão que, em seu painel solidário, contém o que
se contém, e explica
no repetido. O sacerdócio de estar em serviço devocional por si é
razão de vida. Por
si explica os mistérios que nos cercam pois, apesar de tantas
equações quase eletrônicas, quase eletrostáticas da Natureza
Material, saibamos que é o espírito que consegue plasmar as
mudanças, as atitudes corretas e íntegras… O
mesmo espírito que anima a máquina
corpórea, esta mesma que maneja outras máquinas, em que os relógios
aparecem como observadores lineares do que vem – no caso de
progressão – a resolver certas equações, que vem consertar os
cálculos, que dispõe do se tratar a
matéria como algo animado com a entidade viva: do espiritual,
daquilo que vemos e sentimos sempre a partir do anímico, que não
reza tanto ao hedonismo, mas ao amor sincero, ao carinho e à
proteção. Talvez o sentimento pátrio resida na manutenção da
consciência individual, pois além de cada qual trazer em sua
bagagem corpórea um código genético diferenciado, será a alma que
traduzirá a pátria dos seres, ou seja, território do mundo, dos
outros planetas, do cosmos, enfim, do Universo. A designação
corpórea de cidade, Estado, País, silencia, nesse nível
espiritual, o que vem a dar nos costados da própria ciência, esta,
da realização mais plena, em que um Indiano seja igual a um
americano, um africano seja igual a um chinês, e assim por diante,
pois as designações das fronteiras não nos fazem sermos seres
distintos, tudo com relação à universalidade espiritual. Essa
aproximação nos faz lembrar da igualdade das religiões, em que
cada qual possui sua crença particular, ao ser respeitada no olhar
das Leis. A tolerância é uma qualidade de um real devoto, no que
pese a alcunha de sermos todos crentes em algo, mesmo que em uma
filosofia, ou na simplicidade acreditar em sua terra, em suas
lavouras, no seu pai ou mãe, na arte, na ciência ou similares
outros que não sejam propriamente anímicos.
A
verve que comanda nossos pensamentos está vinculada ao ato de uma
letra, e a capacidade de comunicação verte, no entendimento de
nossos iguais, fronteiras onde podemos não apenas aprender como
ensinar o que sabemos da ciência da vida. A íris do olhar é nosso
portão perceptivo, de quem olha como quem se enamora do olhar, de
quem possui a ternura, ou no olhar duro de um trabalhador sofrido. A
quem se preza, a planta possui um outro olhar, tátil, de seiva, e
que um machado lhe dói, mas menos do que a um mamífero.
Assim
seguimos nossas vidas, no encontro com nós mesmos, no
díspar funcionamento de nossas retinas, onde salvaguardamos o
horizonte onde nos encontramos com o bom senso e a suprema
importância de termos nas letras aquilo a que se pretenda um
professor, ou na sabedoria de um aluno que saiba e queira aprender.
segunda-feira, 17 de junho de 2019
UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIO
O
tempo nos leva a ver as flores. Seja no whatsapp, seja no computador,
ou até mesmo ao vivo: dentro de um jardim, ou na própria e livre
reserva da Natureza, mesmo esta cercada por um agronegócio de
quilômetros quadrados. As flores que vivem, que resistem, que
sobrevivem… As vemos por meio do concreto, em uma nesga de asfalto,
na lixeira de manilha de uma praia, ou, quer seja, apenas uma
gramínea. Há que se tecer considerações a respeito, muitas vezes,
pois o que sobra de natural não domesticado por vasos ou floreiras
há de ser muitas vezes quase um acidente de escala, um verdinho na
sacada por entre um piso, ou uma semente trazida por um pombo que
gosta de semear por uma questão de princípio. Esse principiar de
todo o cosmos, de sabermos de uma poeira quase radioativa no revés,
a força que emana da estratosfera, revelando na força das marés um
satélite quase ocluso, a Lua. Temos a lua em nossos fluidos, a temos
no céu a quem queira ver, que ainda distantes por horizontes afora
nosso acesso a ela é irrestrito. Não se leve a mal gostar da
Natureza, pois este olhar Dela é profundo, talvez maior do que os
mistérios de Shakespeare.
Por
dentro mesmo do princípio que nos abraça fraternalmente, podemos
ver alguém triste, por um nada concreto, mas de suas impressões
sobre seus olhares sobre talvez seja o anti-natural. Ou uma motivação
que aparece igualmente de modo natural sobre algum problema quase
insolúvel no que mostra a inquietação recrudescida por razões as
mais várias. Desde um problema afetivo, ao profissional, a uma
inquietação existencial, ao rumo externo da realidade ou problemas
nos relacionamentos, enumerando-se poucos de uma miríade de
possibilidades. A complexidade da vida significa tanto que muitas
vezes podemos ao menos tentar simplificar seus vetores, suas forças,
usando até mesmo algum antagonismo em nosso favor. Sem, no entanto,
levarmos em conta fatores cruciais onde jamais devemos agir com
hipocrisia, pois a atitude sincera, mesmo levando em conta vieses em
relação ao comportamento malicioso, sempre levará vantagens no que
se pretende ser a maturidade uma qualidade do caráter do adulto.
Essa maturidade que se alonga com um tempo, que se cristaliza no
princípio do que foi e é, reza que tenhamos um pouco de cuidado do
afoito proceder quando não sabemos exatamente qual o gosto de uma
moeda, na sua troca de valores. A um valor outro, sobre tais ou tais
coisas, que se faça no gosto amargo de uma suposta via, quem sabe, o
valor pretendido, sobre tantas e tantas faces… Essa escala que se
pretenda, não saber-se no andamento quase correto, mas que vê na
igualdade geniosa de seu parecer o que se diz saber-se ao menos do
mensurável, ou do universo qualitativo. Depois de tudo, o principiar
roga a que tenhamos o bom senso de admitir que a visão do
preconceito, ou do pré julgado, seja mosca morta no entendimento do
que queremos por sociedade. Essa acepção de se aceitar o que vem de
modo vertical subentende que seremos melhores coronéis do que
majores, que seremos governadores como virtuais presidentes, que
seremos presidentes quase com plenos poderes, o que não bate com as
democracias atuais, de outras consonâncias, de outros vértices,
posto um cidadão qualquer estar na mesma linha de comunicação onde
se coloca o magister dixit como elixir da cidadania reversa,
ou seja, de uma questão que falta na comunicação, do limite onde
deve estar circunscrito o terreno da propriedade dos poderes
constituídos e consagrados. Esse quesito simples marca o território
do poder e do não poder, pois sem isso reverbera de forma inútil
toda a questão da hierarquia, onde some o papel do autuador, e onde
começa o terreno de uma desforra algo inútil, porquanto não mais
atual. Essa questão que pertence a uma modalidade anacrônica da
busca pelo poder revela uma situação deficitária no preparo
eficiente da máquina que se torna engessada desde seu começo, onde
outras começam a trabalhar em seus tropeços, a articular,
inevitavelmente, a conquista dos territórios inexplorados em seu
princípio, o que demanda tempo para sedimentar, e divide as
divisões. A razão que desconhece a razão torna-se portanto nula, e
o que se pensa de restauro na divisa econômica não encontra viés
de credibilidade em seu progresso, o que igualmente torna nula sua
intenção, levando a nação à uma bancarrota que interessa a
estrangeiros no cenário caótico de um país continental que, se não
se torna patriota em seus membros de poder, entregará aos impérios
econômicos todas as reservas de ordem natural, o que o torna alvo de
aparatos de comunicação estrangeiros, que somam atenções sobre a
ordem de coisas que inviabilizam e engessam os governantes.
Há
que se partir da premissa que sejamos mais patriotas, ou seja, mais
conservadores no sentido de manter nossas reservas intocadas,
materialmente falando, pois enquanto não prestarmos atenção ao
nacionalismo como uma questão de princípio, estaremos fadados a uma
sangria finita que esgotará nossos solos como uma única referência
daquilo que prezamos como país: aquilo para todos, justo, acima de
tudo, conforme o prometido e não cumprido, pois estamos considerando
os EUA mais importantes do que a nossa própria nação. O estado de
Virgínia não á nossa pátria, nem nunca será… Não importa,
jamais seremos ou faremos parte dos Estados Unidos da América.
Até gostamos de ver filmes a respeito da cultura estadunidense, de
suas músicas, da sua ciência de ponta, mas acontece que não
interessa a essa nação estar com o nosso país como uma relação
amistosa, senão por interesse apenas geopolíticos. Se queremos nos
aproximar de seus conhecimentos científicos, basta que aprendamos
para utilizarmos estes por aqui, pois a transferência do saber como
fazer nos baste a que se aplique a tecnologia aprendida. Não
precisamos nos curvar ante o poderio de um Trump, pois assim como
aqui e lá, o poder é alternado, e o que antes se mostrava como
algo muito conservador, no futuro regerá como algo de mais popular,
ou seja, de republicano para democrata, ou de democrata para
republicano, assim como no nosso país, com suas variantes políticas
saudáveis, no que não se tente pôr ferrugem em uma máquina já
azeitada!
domingo, 16 de junho de 2019
A PÁGINA INTEMPORAL
A
se pretender poesia que não se tente tanto, pois tentar não é bem
viver
Mas
que se realize a contento uma página sem a sombra do lúdico
Que
ao homem e à mulher confere a qualidade do sem códigos
Na
barra de se viver por vezes com tantas as verdades encobertas!
Em
um signo pretendido na alfombra de um sem tempo do si mesmo
Descobre-se
a imagem que não queríamos revelar em outras sombras
Nas
vertentes algo inconsúteis de um destino que revele algum ato…
A
arte brota da musa que não o é por vezes, de tantas que se resumem
Em
cada qual na maravilhosa textura de mulher que revele a não objeção
De
não objetificarem tanto as que se deixam levar por essa triste
notícia.
No
nascimento superior surge a mulher – signo de nossos tempos –
Afeita
ao terno gesto de mãe, Maria madre de Deus, de tantas que são
As
marias de Mílton Nascimento, da música, de Notre Damme, de Paris
A
terra consubstanciada da arte, que tanto de se ouvir falar ao menos
de Pablo
Em
uma Guernica que se aproxima de nosso território por demandas apenas
De
se faltar o carinho, da dureza da convexão complexa do simples,
Do
anunciado armamentismo a se preparar guerras de ninguém.
Eis
que se pretendam verdadeiros, aqueles que não demandam da cultura
Que
encerra no andar de um cavaleiro a quixotesca representação da
bravura,
Quando
de armas nos vestimos quase a caráter, sem saber que no coldre
reside
Um
filme em que Wayne ensinava o menino a atirar, na terra dos
pioneiros,
Nos
pontos onde a mulher era submissa, claudicante em sua força,
De
não ter a simples e corriqueira de estar casada com um pistoleiro!
Da
pistola que se diga, posto a quem de segurança bastaria, pois anular
o dente
De
toda uma engrenagem de correção e galhardia possa ser o andamento
De
uma crise de identidade onde a vida se encerra na paz que não acaba
a merecer…
Cava
o tempo sua própria memória, passa-se em revista toda uma tropa
A
saber que dos equipamentos externos já se está enfarado um oficial
Que
preze na hierarquia daqui a pouco ser maior do que um chefe de guarda
No
montante circunflexo que não tem sentido nem em toda a estratégia
do competir.
A
voz que não se apague muito da memória, que não transcendemos o
que não é
Quando
uma suposição embarque em uma plataforma de direção equivocada
Na
aurora daquilo que a mesma suposição verta sobre um calix bento!
As
peças se cercam como em um Go, em uma janela quase de cristal sereno
Naquela
diamantina peça que reverbera a íris do sol, em todas as medidas
Quando
se vê por dianteira um genoma que nos traga a realidade da não
ficção!
A
se aprontar um dia o aspecto relevante de uma palavra que busque a
tradução
O
Padre cita que Jesus nos dá a paz, nos dá as novas em sua
ressurreição
Do
seu corpo e do seu espírito, caminhando ao longo da sua vereda
Em
que muitos não aceitaram o fato de sua existência, ainda mais
De
uma separação que nos verte a conformidade em estarmos mais vivos
Com
a presença do Salvador porquanto tenha Pedro continuado a Obra.
sábado, 15 de junho de 2019
TEMPOS DE INCERTEZAS
A
construção de uma sociedade como vemos dentro do espectro normal já
não parece – em muitos momentos – dentro da esperada normalidade
quanto de se escolher as nuances em que se permite pensar nos
recursos que desconhecemos, e que muitas vezes não passam de
fantasia… Por horas pode um cidadão culto se debruçar sobre o que
há de novo na tecnologia, mas há que se ter em mente que cada
geração está se confrontando com realidades em que as gerações
anteriores muitas vezes não acompanham, não apenas no fator de
tecnologia e ciência como existencial, tão somente. Se você recebe
através de um documentário o fato tecnológico do reconhecimento
humano a um ponto de raio de 42 quilômetros, no aspecto da face, não
se tem a certeza de que, primeiramente, o documentário não seja
capcioso. Mais do que tudo, passa-se a pensar que estaremos em uma
sociedade totalitária onde o controle será quase total nas ruas, o
que pode até ser um pouco verdadeiro, mas a lógica disso é do
particular ao universal, e o particular tende a não alcançar o
universal, posto o particular depende da dialética individual em um
cenário de um coletivo que já subentende menor – de dois ou três
– no alcance de uma rede, em vértices sobrepostos, onde a câmera
de reconhecimento facial acaba navegar na superfície de uma máscara,
esta que subentende outros conteúdos, posto universais, versando ao
particular, eternamente, sem haver retorno factível. Mas, sim, um
progressivo desenvolver de sintonias distintas do que se imagina como
solução social ou coletiva, seja para a manutenção dos direitos
civis, ou no reconhecer compulsoriamente as diferenças.
Se
o foco do que se vê é considerado realidade, por vezes a atuação
do ser filmado pode representar um palhaço até mesmo coletivamente,
o que tornaria a atuação do ator risível, mesmo porque o atuar
como ator seria como estar bem em uma arte teatral e a revisitação
desta por meio de representações individuais ou coletivas. Não há
como descrever ou controlar a arte teatral, nem a teatralidade de
estar em consonância do registro cenográfico e da dialética
informacional que represente o ser teatralizado do ser que observa,
portanto quebrando daí um controle comportamental, haja vista as
miríades de cores únicas, o diverso das cores, e o estertor do
preconceito ou prejulgamento do que não existe, posto farsa em ambas
as intenções. Roga-se, ao menos, àqueles que estão distantes da
representação ou arte da farsa, porquanto mesmo assim arte em si,
que se portem bem, ensinando a quem vê um comportamento exemplar na
extensa comunicação que se dá ao caminhar, ao correr, ao andar de
veículos, ou no agir como um todo por entre câmeras. Reza ao
cidadão que não seja proibido o figurino, dentro de uma
conformidade não violenta, e que o lado vigilante não confunda
suspeição com comportamento rebuscado, pois é através deste que
se implementa a diferenciação entre membros da nossa espécie, do
homo ludicus, ou seja, da nova acepção do que vem a ser o
jogo saudável em termos de rua, daquilo que não deve esmorecer
enquanto liberdade, de uma teatralidade que vemos em chefes de estado
como bonecos com aceitabilidade por serem algo fantochescos e,
no entanto, por vezes secretamente nocivos, ou abertamente nocivos à
nossa espécie. O Estado como o conhecemos deve suprir a demanda da
arte e, se assim não proceder, a espécie humana tem que voltar a
reconhecer em seus novos modais a ação que mitigue crises que só
levarão a certas lutas que interessam ao establishment que porta as
ferramentas da morte, assim chamadas armas letais, que apenas servem
a interesses externos, quando os Governos não se detém ao que temos
de bom em nossos países.
Quando
Jackson Pollock estabeleceu a sua action painting, nos EUA,
certamente o público ficou atônito com o resultado, mas a
verdadeira ação foi a filmagem de sua técnica, a pintura em
relação às câmeras e o resultado foi a genialidade da descoberta…
Se há um diálogo de alguém com a câmera, se erotizamos a rua,
certamente as flores crescem mais na intenção. Mas se alguém sabe
ensinar às pequenas ou grandes autoridades algo que se tenha pra
mostrar, o hapenning vira mundial, viraliza na plataforma de uma rua,
torna-se crescente e ao mesmo tempo pontual! É uma ilusão pensar-se
que em um tipo de jogo queira-se impor um uniforme, pois a hierarquia
passa a existir onde há um exemplo: entre pais e filhos, mestres e
alunos, guarda e cidadania, arte e público, olhar, teatro e
plateia, não necessariamente obedecendo o critério algo oxidado
dessas relações, pois o mundo é cambiante e, em uma era de
incertezas, encontrar refúgio naquilo que incutem em nossas mentes
como algo opressor, torna a vida mais flexível na própria
contestação daquilo que os diversos e estanhados lados querem impor
por cartilha ou novela de massa.
sexta-feira, 14 de junho de 2019
O AFETO QUE NÃO SE COMPREENDE
Quase
mecânico passa a ser nosso afeto na pressuposição da ausência de
gestos maiores do que uma compreensão lenta que nos atravessa o
normalíssimo, o algo do quase relatarmos a nós mesmos aquilo que
pensamos inclusive ser amor. De um amor mais gratuito, se passa a não
nos reconhecermos muito no peso fiel da balança: aquilo que verta,
pois ao menos fazer amor com palavras não seja truque de leitores
atentos aos pecadilhos… Que dos pecaminosos desconheçamos ao certo
a linha tênue que nos separe da atenção que porventura grupos
vulneráveis passam paulatinamente a não receber, ou a receberem
cada vez mais aquela atenção mais diminuta. Esse formato do quase afeto, de olharmos com
surpreendente soslaio, de coagirmos aquilo que não reconheçamos na
circunscrição daqueles que se tratam por irmãos, deixando levas e
levas na esfera da coisificação, de ambos os lados, seja irmão ou
companheiro, versa que olhemos como parceiros aqueles que pensam
realmente que o mundo possa ser melhor. Essa vida que se queira, que
realmente se queira, não por distinção de méritos por escalas de
serviço, mas por esforço, estudado o nível de limitação de cada
qual, e um índice de recuperação potencial que emana da maturidade
de nossas e nossos agentes, ou seja, aqueles que efetivamente agem
para que a coisa não degringole e não denigre no caminho de intenções
desmesuradamente ineficazes.
O melhor serviço é o serviço como tal, independente de teorias conspiratórias externas, pois justamente em um local onde a prática manda como atitude ou ação, não precisamos das lentes silenciosas e algo escusas daqueles que sequer residem por aqui. Vemos numa missa um Padre que vive pela vida de seus fiéis, que tem a missão de estar junto com os seus, que efetivamente nos faz comungar, e que não repatria, pois que recebe os estrangeiros com a real generosidade de homem santo. Uma alusão do catolicismo como frente, pois é a partir desse exemplo que um cidadão pode não estar mais apto a ir ao exterior, e vive com galhardia seus momentos de sacralidade em serviço e comunhão com os seus compatriotas, com a sabedoria de tantos os sofredores que não veem mais – por experiência pessoal – o hedonismo como motivação de conduta e servem, na sua velhice, àqueles partícipes outros de bom serviço! Por isso o nacionalismo é prezado como a conduta supracitada, ou seja, aqueles que não se eximem de erro não vem à nação com seus palafréns dourados. As medalhas são importantes na história de um atleta ou uma autoridade, e por isso devem ser respeitadas, assim como um campeão de xadrez mirim valoriza a sua ciência e sua arte de jogar como um trunfo, pois em um país desenvolvido a lógica e a matemática não deixam de ser dois pilotis bem fundamentados na edificação de sua cultura. Posto quando a citamos, estamos assumindo a educação como um todo e espelhemo-nos em países como a Índia que prezam por esses dons de seu povo. O afeto por admiração do serviço em devoção, ou na qualidade de um cientista na forma de afeição pelo que este cidadão mais bem preparado fornece de insumos à sociedade passa a não ter o desgaste pífio de estarmos navegando sobre águas de prazer e desfrute, pois em uma situação sólida e concreta essas questões são dignas de admiração, não importando o grau de poder que se tenha, mas sim o grau de esforço que essa pessoa despende para se ter o mérito real de pontuar. Como uma pessoa de estatura moral por sua acrescida importância, pois isso aproxima pobres de ricos, aproxima etnias, fortalece sistemas educacionais e moralmente estabelece novos padrões para democracias mais representativas, participativas e, portanto, mais horizontais.
O melhor serviço é o serviço como tal, independente de teorias conspiratórias externas, pois justamente em um local onde a prática manda como atitude ou ação, não precisamos das lentes silenciosas e algo escusas daqueles que sequer residem por aqui. Vemos numa missa um Padre que vive pela vida de seus fiéis, que tem a missão de estar junto com os seus, que efetivamente nos faz comungar, e que não repatria, pois que recebe os estrangeiros com a real generosidade de homem santo. Uma alusão do catolicismo como frente, pois é a partir desse exemplo que um cidadão pode não estar mais apto a ir ao exterior, e vive com galhardia seus momentos de sacralidade em serviço e comunhão com os seus compatriotas, com a sabedoria de tantos os sofredores que não veem mais – por experiência pessoal – o hedonismo como motivação de conduta e servem, na sua velhice, àqueles partícipes outros de bom serviço! Por isso o nacionalismo é prezado como a conduta supracitada, ou seja, aqueles que não se eximem de erro não vem à nação com seus palafréns dourados. As medalhas são importantes na história de um atleta ou uma autoridade, e por isso devem ser respeitadas, assim como um campeão de xadrez mirim valoriza a sua ciência e sua arte de jogar como um trunfo, pois em um país desenvolvido a lógica e a matemática não deixam de ser dois pilotis bem fundamentados na edificação de sua cultura. Posto quando a citamos, estamos assumindo a educação como um todo e espelhemo-nos em países como a Índia que prezam por esses dons de seu povo. O afeto por admiração do serviço em devoção, ou na qualidade de um cientista na forma de afeição pelo que este cidadão mais bem preparado fornece de insumos à sociedade passa a não ter o desgaste pífio de estarmos navegando sobre águas de prazer e desfrute, pois em uma situação sólida e concreta essas questões são dignas de admiração, não importando o grau de poder que se tenha, mas sim o grau de esforço que essa pessoa despende para se ter o mérito real de pontuar. Como uma pessoa de estatura moral por sua acrescida importância, pois isso aproxima pobres de ricos, aproxima etnias, fortalece sistemas educacionais e moralmente estabelece novos padrões para democracias mais representativas, participativas e, portanto, mais horizontais.
É
por essa razão que não deve haver egolatrias ou maneiras de
idolatrar personagens históricos como sabedores de tudo, a não ser
que, como no exemplo clássico de Homero, sejam homens devotados com
forças sobre humanas nas diversas questões relativas à consecução
de alguma realização. Deve-se refutar pensamentos pífios que apenas
especulam com os poderosos modos de se perpetuarem no máximo o breve
tempo em que a história acabe por esquecendo, pois Homero continua,
Dante continua, Cervantes continua. Sempre... Assim como baluartes de nossa
cultura, enquanto certos personagens históricos talvez sejam lembrados, mas apenas em um
registro que não pesa tanto na balança, pois uma erudição é sempre importante para discernirmos a dimensão, caráter e importância daqueles que fizeram por seus atos obras titânicas, especialmente na literatura. As guerras apenas remontam eras em que a brutalidade revelara os ódios cultivados por nações que por aquelas coexistam, sejam as guerras frias ou quentes. Posto que atravessam como trens de aço por sobre o carinho, a ternura e a paz social, esta que deve ser o motivo e a razão para por fim a conflituosos interesses, externos ou não, por conveniência de países mais submissos em relação aos países mais ricos, ou de grupos que se beneficiam de sua existência.
terça-feira, 11 de junho de 2019
UMA CIDADE E SUA LAVOURA
Quantos
blocos de concreto haverão de existir
Quando
o que se pode é plantar leguminosas
Em
cada nicho, cada nesga de terra adubada
Pelas
soluções de biodigestores na sua função
De
virar energia renovável, quem dera, supõe-se.
De
muito se há de pensar sobre essa empreitada
Assim
como deixar de
saber o que existiria no farnel
De
outras e outras maneiras de se ver o mundo
Com
uma produção não equivocada, de bons
sensos.
Resta
que não se saiba tanto da lavoura quem nada
Faz
por merecer a ciência da terra, outrora fosse
Uma
cidade a nossa do merecimento alimentar!
Que
vejamos a aurora da sobriedade sobre as casas
Enquanto
alguns a perdem na rua, soçobrando
Como
crendo na prodigalidade de outros, por vezes
Enfermos
ao enfrentar desditas e preconceitos
Por
ao menos quererem ser bons e argumentativos.
Que
não evanesça na sombra o destino a se cumprir
No
parágrafo não construído, nas sobras da feira,
No
alimento que jogamos fora, nas vestes fracassadas
De
um social que aflige pela ausência da sociedade…
Tirante
o dez de uma nota, que déssemos a medalha
De
uma honra classicamente merecedora do ufanar-se
A
um tempo que não entorte a via mais lógica da sensatez.
A
lavoura de uma cidade merece mais sementes e frutos
Da
mesma terra em que mereçam outros silêncios
A
desdizerem que o céu planta da sua água a planta
Que
muitos evitaram semear, mas que na vida ainda há!
Azedumes
algo convexos traduzem o sabor do alimentar
A
quem se possa dizer faminto, na esteira do quem sabe
Quando
se compra um uber
eat
na velocidade do preço.
Mas
do alimento circunstancial memoriza o mesmo tempo
Sabendo-se
de sua construção quase analítica no engenho
Em
que o Criador tece a gênese repousando seu olhar
Sobre
a manifestação cósmica, gerando as espécies de vida.
Não
que a seriedade de abraçar certos assuntos nos isentasse
De
uma dúvida que possa permanecer mesmo silenciosamente
Quando
o que se pretende seja ao menos saciar a miséria
Com
aquilo que já sabemos, do alimento, da casa e do emprego.
No
senão de um interlúdio paralelo, quem sabe em alta esfera
Se
pudesse alguma decisão interromper a carestia não faltante
Quando
ao menos soubéramos do temor que causa a alegria.
Assim,
do rico não ficar satisfeito da riqueza eminente do pobre
Quando
este mostrar que na lavoura da cidade de sua vida
Verse
o verso que não se pretende imiscuir do contexto aquele
Mesmo
quando não aceita que o outro more no andar de cima.
A
ver que o material da alimentação verte sobre o tapete
De
um húmus sagrado que gera, que é adubo, que brota,
De
tantos e tantos brotares nas nossas esferas não tão altas
Por
saber finalmente ser uma autoridade moral apenas
Aquela
criatura que se torna mais feliz vendo o outro
Na
satisfação própria de algum conserto, a se
dizer,
Que
signifique estar a serviço de sua pátria, o mundo inteiro,
Quando
este preza de se botar término na miséria humana!
Não
que não faltasse alimento pela via da carne, mas a ração
Que
é produzida de uma cultura única, por via de regra
Talvez
encontrasse mais solução na lavoura tradicional
Onde
o orgânico caminhasse junto com o holístico
No
organismo cíclico da Natureza, em suas próprias safras
Onde
as abelhas certamente seriam de melhor existência.
Posto
o desgaste da terra desgasta o planeta, que é apenas
O
único a permitir a vida que se conhece, mesmo que alguns
Tortamente
olhem para o seu umbigo nos padrões de alguma luta
Quase
incerta para não mudar nunca o procedimento da conduta
Que
possa transferir o homem para a esfera da humanidade,
E
assim poder falar de boas ideias, ausentes do vício da crítica
Entre
irmãos que sejam de verdade, e não o enquadramento
Que
norteie uma religião apenas, a não ser a ciência das mãos
Que
fazem mais com a terra, mesmo sendo possível na igualdade
Da
cidade fazer brotar de seu ventre de concreto uma planta
A
dar exemplo para a terra extensa que a carne é menos que o leite!
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