domingo, 4 de outubro de 2015

POR VEZES DISTA O PARAMATMA

            O que dizer, se um leigo nessas questões das religiões orientais versa algo como se fora uma breve carta a que se escute um mantra, de se falar o mínimo para a própria compreensão? Não basta talvez que saiba – como religioso – que o Paramatma é o aspecto onipresente de Krsna, talvez como o Espírito Santo o É em outra religião. Mas essa separação entre crenças torna-se confusa para muitos, que creem apenas em seus nomes e seus ritos, ou em seus livros sagrados. A aproximação entre o pensamento oriental e o ocidental a mim sempre tornou-me a vida fascinante, justo por ter escolhido o Vaishnavismo como plataforma filosófica e espiritual de meu ser. Creio que o mesmo Paramatma, que é o Ser Supremo que temos dentro de nós, me indique as boas referências para a minha senda espiritual, e no entanto me faz ciente igualmente das questões da matéria, em que estaria sendo hipócrita se afirmasse que essas mesmas questões não me fascinam... Pois que seja, mesmo no materialismo, que alcancemos a plataforma da bondade, pois isso irmana no viés de qualquer proceder, e se for de luta, que lutamos por ela. Como se dá? Simplesmente no bom portar-se, na reivindicação por melhores e mais humanos dias, naquilo de nos sabermos menos egoístas e mais solidários.
            O Paramatma pode ser algo que não conheçamos, como efetivamente o é para muitos, de se falar um termo em sânscrito. Mas consideremos que há um Deus, um Criador, ou mesmo uma linha de filosofia onde encontremos nos reflexos de alguma referência algo de se prover da bondade em nosso espírito, pois não é semeando a violência e nem se preparando para contendas que alguns dentro de sua ignorância creem inevitáveis que faremos deste um mundo melhor. Seja a contenda de fundo religioso ou qualquer outro. Esse é o caminho para a Paz, esse é o troco que daremos a quem nos insuflar o ódio, a intriga, a inveja, a ira e a cobiça, entre tantos outros pecadilhos altamente convenientes para quem fabrica as armas: uma questão mais antiga e no entanto recorrente se queremos aplastar interesses escusos, negociatas nefastas e contendas de ordem sectária ou quaisquer que vierem.
            Se para alguns dista o espírito da Paz, saibamos que este existe, em todos os níveis, e que acreditar que estejamos no Juízo Final é apenas fazer o jogo daqueles que não encontram a salvação dentro de suas atitudes, resguardados os méritos da intenção religiosa e presumindo a inocência dos povos que sofrem pelo egotismo e ganância desenfreados.

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