domingo, 25 de outubro de 2015

A MOENDA DE VIDRO

Luminar é a consciência do tempo que mói nossos vértices
Em polígonos de diamantes em suas faces de mil poderes,
Ao que não separemos partes, pois em cada vale o perdão...

De ser popular a vida, a vida do povo veste-se de encantos
No encontro de paradigmas nunca antes anunciados
A que vestimos a contenda do tempo mesmo em seus tonéis.

Um vidro de cristal que mói, uma parede vitrificada
No testemunho de se ver paredes com panoramas crus
Na resposta de dizer que a verdade é a mentira que vemos.

Tonéis outros de ouros líquidos que movem máquinas
Recebem em suas próprias molas algo que não se diz mais
Por não saberem mais dizer sem o doutorado dos toupeiras...

Acaba-se por outras academias a sabermos de vidas duras
Em que não se dá nem uma casca da casca da noz
Que não seja o pétreo e metálico valor em espécie da vez!

Sabermos de ante mão o que fazemos no jardim do Éden
É no mínimo a salutar função em que na derradeira chance
Moemos as nossas chances em chancelas fechadas pelo vento.

Ao possuirmos uma razão qualquer, que saibamos que está não tem
A mínima idade em procurarmos ao menos ver o que há
Em um nascedouro de uma laje crua no correr de uma estrada.

Será fato sabermos mais do que jamais soubéramos de algo
Quando a selva se apresenta no telejornal ainda como vida
Mas como vida outra o fluxo das TIs encerram a correnteza.

É desse rio de moenda que falemos, na esquina de uma água
Que verte o cipó sobre uma corredeira, que tece alambrados
Suspensos na arquitetura de um fogo inconteste e malaio.

De solfejar promessas a poesia vive no punhal de desditas
Em que dez pode ser a promessa de uma nota no liceu
E mais um dita que vive uma artista neste espaço de Deus...

A moenda que surge concreta mói seus desafetos de pensar
Quando sabe que o pensamento se vinca em certas frontes
Mas que o teatro existe para nos resguardar a sorte: merda!

Saberemos mais do tudo que nunca houvéssemos assistido
Em que no alicerce de uma grande coluna mescla-se exemplar
O fascínio que exerce sobre todos: a grande poesia libertária!...

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