quinta-feira, 29 de outubro de 2015

AS VIAS DO DESTINO

            Ao nos perguntarmos o que é o destino, passamos a lembrar de um determinismo que não nos remeta, pois já está consubstanciado pela existência. Quiçá propormos que façamos de nossa vida uma quebra de fatalidades que não objetivamente temos que cumprir. É como uma guinada de aeroplano, mais seria do ser animal a mudança frequente do voo das aves. Resta sabermos  se há outras vias de nossos destinos, se podemos buscá-las talvez dentro de nós mesmos, em sendo vias, respeitando a sinalização do tráfego em sua ordem que se tenta ao menos ampliar os espaços, se isso sucede. Ao se prescrever uma limitação, pode ser que falte um discernimento maior, ou uma necessidade imperativa no respeito aos espaços cidadãos... Por isso a questão é sempre debatermos não apenas em termos de cúpula ou inteligência, ou a engenharia que nos permita, mas igualmente com a representação das camadas dos usuários de qualquer sistema que se queira implementar, principalmente se a história não alicerce ainda uma prática coletiva nesse diálogo construtivo, nesse incremento às cidades, aos campos, às aldeias, bairros e vilas.
            Por vezes, a guinada de uma ave encerra na intuição do bicho uma sabedoria precisa de movimentos em que o homem talvez houvesse de planejar muito para chegar nessa preciosidade de exatidão. Seremos bons instrumentos, mas ao abordar a questão de algum tipo de ação obviamente temos que pontuar pelo bom senso comum, preservando a individualidade enquanto conhecimento único, mas respeitando igualmente o ser coletivo ao ouvirmos das populações seus propósitos do mesmo destino em que supomos serem de nossa acepção, mas requer mais sensibilidade quando soubermos da infinita possibilidade de nosso encontro com a realidade de nosso próximo. Por vezes uma pessoa confunde motivação com destino, e isso pode encerrar equívocos muito sérios quando se confia muito no acaso e suas circunstâncias. Uma razão sincera, baseada na paz e na concórdia tece vias de conduta em que o mito do destino se quebra para erguer uma obra solidária... Isso é assaz importante quando se processa a partir de bases de entendimento e diplomacia, que vão desde a compreensão de idiossincrasias individuais até as relações entre países, onde obviamente a complexidade e a necessidade de aprofundamentos de uma inteligência logicamente atuante fazem as vias serem mais simples.

Nenhum comentário:

Postar um comentário