Tece
a sombra de um carvalho moreno que trasfega e passa
Com
pernas de ébano expatriado, na mesma latitude opressa
A
que não se quer, que ponto de desejo fora, não haveria como
Transudar
poros de reticências na palavra jamais dita antes…
Não
que se seja muito, não se é de quase tanto, mas apenas
Uma
estação de trem que não existe, um ônibus que atrasou,
Um
repente mal pronunciado em sua sequência de grande folclore!
Será
o verão mais sério do que a enfermidade patibular de uma voz
Que
por vezes urge reclamar de um tempo mais árido, sem ser bem
Aquilo
do desejo de quase continuidade, naquele cascalho à beira-mar.
São
tantos os mundos aparentes, tantas as pernas que giram, que voltam
A
algo que um tempo selado revele a tessitura de um amálgama de ouro
Sobre
um chapéu de sol, sobre um vento morno que ajeita os dias
Na
passagem destes em torno de um si mesmo que remonte ao menos.
Gira,
gira o sol e sua temperatura, de escalar que fosse em primavera
A
revelar um sorriso pelo brilho dos dentes de cristal moreno
Em
que uma negra ressalte a mesma beleza da primavera no vestido da
flor!
Assim
de ser-se um pouco mais, assim de sentir-se o suficiente do bastar
Se
nos dite o tempo da estação que chega sem avisar a todos os que
esperam
Na
velocidade em que a dita flor primaveril aponte aos seus os seus
quadrantes…
Navega
o barco com o timão de perfeito rumo, a saber-se que alguém soube
Que
há passagens por onde os pássaros resguardam seus fôlegos para
onde
Bate
na rocha e intempérie de uma chuva que – renitente – não se dá
os ares.
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