Urge-se
por quase tudo. Alguns por uma vida melhor, aliás, a grande parte
das populações, outros por uma vida melhor que o melhor, os que
urgem por possuírem cada vez mais, e outros igualmente pelas frentes
do Poder, assim com a maiúscula, mesmo que não capitulem, no que se
versa o ser maior do que o nada, no que o nada pode ser gigante… De
um gigante que não é sumamente organizado, pois coloca em seus
vértices de atuação apenas o simbolismo de uma entidade forte,
genuína em seu caráter hierárquico. Uma tremenda hierarquia nos
coloca frente a frente com um tipo de absurdo de complexidade
relativa, como um xadrez com diversos reis que se movem como rainhas,
onde estas se postam sem movimentos importantes no contexto de um
tabuleiro de poucas casas. Os bispos cedem um pouco, os cavalos
passam no treino de seu óleo gastante, os peões votam mas não
votam de total acordo, e as torres se tornam palafréns de um tipo de
reino. Assim disposto um tanto das gentes contemporâneas, mas nas
entrelinhas as damas se portam como damas, e o jogo vira damas, e
quem puder jogar que se tenha do caráter para tanto! Nada de
criticismo volátil, mas apenas a circunscrição de um apanhado de
países querendo brincar de posses e remendos, possuindo o que possa
e remendando o que já desta fora.
Posta
a vida que o enjeitado se presta a ser renitente em sua esmola, em
sua sede, em querer ser cidadão a qualquer custo, mesmo sem
documentos. Andar pelas ruas amarelas do sem sombras invisíveis,
reza a que se tenha dó e piedade ao notívago iluminado pelo fausto
de outras torres, andando pelas vias sem saber de que uma virtude
apareça no momento certo, quando os nomes dos clichês houverem se
pronunciado com um freio que só arrefece às cinco da manhã, na
esperança de que o dia seja um pouco melhor, ou no tonel de cachaça
entornado às quatro e revogado às dez. Pudera, com tantos os anjos
se falta na rua alguém mais acordado na realidade que não seja a do
hedonismo, um belo trabalho para uma vida prazerosa. Não, jamais se
há de antepor prazer, labuta e sono à frente de algo, pois estas
palavras aparentemente relacionadas são estanques em seus próprios
contêineres. Algo a se dizer do Reino é que o Rei está perplexo
com um gesto que não toca um procedimento cabal e, no entanto, são
muitos os que dividem o próprio reino com a órbita dos quase jovens
empoderados e perplexos com o tempo em que não se dividia a função
das demandas de um Senhor de seu feudo. Não haveria mais o que
pensar se todos os que se dispusessem a tocar um despotismo, mesmo
que esclarecido, não seria em si o fruto de uma virtude dos que
urgem!
De
se desfalcar de vida a intenção de estar com a demanda urgente por
vidas melhores, haverá talvez um destaque no onirismo de uma
fantasia, ou mesmo uma solução emergente de um país que passe a
ser o exemplo quanto seja de enfrentar efetivamente os problemas
sociais. Assim de se pensar um mundo melhor, está a medida de uma
virtuosa corrente que emana de pensamentos em órbita daquilo que se
denomina coerência, ou bom senso. Assim, de uma vida sem
rebatimentos maldosos, de um painel em que se não vete a mesma
coerência, em que se vota conscientemente naquilo que exista para
melhor, será em um futuro grandioso que se espera da humanidade a
retomada e rediscussão dos seus Direitos Fundamentais, e prontas e
criativas soluções nas questões urgentes do saneamento, educação
e saúde. Tripé sumamente importante, não habilitado para questões
de significados escusos ou misteriosos, porquanto som aberto e
vitorioso quando conquistado. As veias do progresso estão próprias
na razão do que está em dia com algo que subentende a vida de um
pobre, de sua busca e de sua virtude: pois urge dentro da esperança!
Nenhum comentário:
Postar um comentário