sábado, 19 de outubro de 2019

A PARTICIPAÇÃO E OS ENCONTROS


De se participar de tudo não é conta de principiantes
Quanto não de se desmerecer a atitude, mas de tudo não há
Algo que seja díspar do tanto a que se propõe a sinalização do gesto.

Mas que houve gente, e sim que houve sempre, no gesto casual,
Na mão que constrói um gigantesco trilho, nos canais
Que impetram vias ao acesso das rótulas em escoamento
De produções gigantescas: no gelo, no deserto, na seara!

Assim que vê um olhar ao próximo, que seja, um andante mobile,
De um estacar-se na poesia outra sílaba canta um ardor
Nada do caráter macilento da vida sem sabermos quanto ou quando
Encerra o segredo de um éter que a ninguém diria certezas.

Salva-se um ser do caminho em que não estivesse muito afeito
A regras que não suportam a mania que na ausência se perde
O próprio efeito insano da ofensa contra um tipo de portar-se
Um tando excentricamente, no viés da normalidade em que se espera
A vida um tanto quanto na pressuposição de qualquer ato que seja.

Não há muito do trabalho sem fronteiras, quando o que se dá no peito
De um que passe a fome, se dá a generosidade da medicina que não vê
A diferença absurda de classes, ao que se tira de um ermo para não se ver
Que o que tanto nos aflige é o mesmo de não se ter onde se deveria…

À vista da companhia de uma grande aeronave espacial, roga-se que venda-se
Apenas uma grande turbina de tungstênio a fim de se propor a distribuição
De um metal que valha mais do que a vida indigna de um catador uberizado.

A saber do andamento de uma construção sincera o ser participa, os seres
Como um todo, sem a exceção sequer da regra imponente dos ventos
Que batem nas palmeiras para onde se flui o tempo em que estas
Jamais se balançariam para tapar as estrelas que apontam no breu!

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