Muitas das
gentes procuram uma ação sobre algo, na Natureza Material, onde a transformação
de uma ideia pode materializá-la – que seja – em um ganho, em um valor. Essa
transubstanciação pode ser dentro de um panorama concreto, quando a
transformação se dá no nível palpável, sólido e real, ou em alguns casos na
imagem que se sobrepõe ao teor produzido, como se tornar cosmética a produção
onde muito do que se agrega no valor é a embalagem, quando esta, no paradoxo
desigual, seja mais cara do que o conteúdo. No panorama dos materiais
utilizados para serem atrativos estará a velha questão do descarte de materiais
impróprios na Natureza, fruto de uma sociedade de consumo não regulado e não
sustentável. Far-se-á sempre uma competição desenfreada onde o marketing atinge
meios cada vez mais amplos, abraçando cada vez mais a necessidade de
gigantescos investimentos nesse campo. Dá-se algo nos nervos do espectador quando
vê trágicos incidentes em sua pontualidade, nos eventos climáticos em macro
regiões, ou mesmo nas temperaturas que já mostram as diferenças no status
global. No entanto, ainda parte-se a funcionar a antiga modalidade cada vez
maior no uso de energias sujas como patrimônio insano de uma humanidade que não
se enquadra na mudança necessária de consciência, se atendo a questões de poder,
esquecendo-se que sempre é a atitude do indivíduo na coletividade que o exemplo
pode germinar a boa iniciativa para um futuro melhor na Terra. Creiamos que é
no interlúdio de nossas gerações que teremos o diálogo algo importante de
estabelecer a história que nossos antepassados nos legaram, e que a esperança
nas novas gerações há que ter embasamento em novas posturas de mudanças na
estrutura mesma do pensamento sobre as questões cruciais no embate com novos
desafios tecnológicos e possíveis alternativas para essa crise de valores.
Literalmente: contestar a fabricação compulsória de modais impróprios de produção
que gera um lixo atávico pressupõe a releitura dos erros dos dois últimos séculos,
ao menos, no que se torna a indústria a partir de então. Essa modalidade
crítica e cooperativa é um meio de se arguir a cidadania operativa de uma gente
que pode ser coadjuvante da melhora da qualidade de vida ao menos em uma rua,
um bairro ou uma cidade. A questão da cidadania plena e por vezes silenciosa,
sempre cidadã atuante, a não relativização dos problemas sociais de uma cidade,
a busca por um encontro – que seja – com a mesma verdade que nos move a mudar
para melhor os fatos.
O meio em
si produz seus quadrantes, suas áreas de atuação, sua forma de agir, um meio
contemporizador, tolerante com os iguais e com os diferentes, sem o
endeusamento ou mitificação do humano, mas sempre a compreensão do que é
melhor, mesmo personificando culturalmente alguém de boa atividade pregressa,
uma história que reconta o panorama existencial e inquieto quando nos
defrontamos com o mesmo meio, que a nós pode parecer um tipo de paradoxo, como
os acordos em uma abertura de xadrez. Perde-se um pouco de um lado na latitude
em que o barco tenha que prosseguir em rotas maiores em tempos de mar alto e
mexido, no que o leme não se quebre, em justo oposto, que navegue em direção à
correnteza para não soçobrar sua indômita população. Justo que acresça na
embarcação um povo imigrante do pequeno barco, barco sacrificante e duro, sem
chances, a não ser na superveniência do navio. E que essa embarcação lote de
costumes o bem servir, e que possua em seus quadros a medicina e sua
permanência incólume, sólida e fremente. O meio em si é tripulado, o meio em si
á a máquina feita de metais, madeira e combustível, qual não fora o próprio
vento. Uma pressuposição de metáfora não diria confortavelmente esse escopo do
significado e, no entanto, o grande meio é oceânico, é mar, é terra... Sejamos Noés então, esse é um tipo de meio,
posto em certos mares as embalagens iníquas já navegam silenciosas, quando o
óleo vira apenas um lastro bruto, onde as engrenagens da Natureza revelam seus
lençóis negros em sua imensidão, aos olhares humanos!
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