Muitos
são os critérios que nos levam a adquirir um conhecimento. Existem
tábuas lisas e conformes, qual registros, como placas de silício,
enfim, uma coisa toda como instrumentalizadora de algo que ao menos
fosse de cunho patriótico. Mas não, tecnologia comprada,
inteligência externa, e voga-se que os empregos de cinquenta e
quatro por cento da sociedade ou dos trabalhos humanos tendam a cair
frente a automação… Mas estes são dados internacionais,
certamente. Certamente, não há robô que construa um edifício e
nem outros que sejam como síndicos ou faxineiros. Há uma tentativa
dos veículos que comunicam a contra-informação de tentar separar o
trabalho em algo que se aproveite ou não, buscando alarmar a
população com índices de fantasia. Vira e mexe e o padeiro estará
trabalhando, com antigas ferramentas, justamente por razão de que o
sistema financeiro automatizado é apenas um detalhe da padaria, e o
olhar e o cuidado – tanto do padeiro como da atendente –
continuam a ser insubstituíveis. Não há possibilidade no fator da
humanização do trabalho haver o retrocesso de se vingarem processos
automotores no andamento de uma sociedade como a brasileira. A nossa realidade mostra que o trabalho humanizado é a grande diferença
quando já se possui por subtração afetiva de uma rede social que
torna autômato o se portar perante a vida e nossos pretensos
relacionamentos, quando nos aproximamos de uma blindagem existencial.
O
valor do trabalho claro está faz a diferença no contato com a vida
humana, e encontrar gentes trabalhando naquilo que alguns veículos
de informação, algo equivocados, reiteram ser a verdade não passa
de enganação de uma ordem que já veio para ficar, no diferencial
humano, no tete a tete com o trabalhador, nas possibilidades das
artes, e uma literatura renascida.
Algo
de se reiterar no movimento pendular que ocorre entre o bom e mal
senso é justamente supor que
certas forças tentam recriar um futurismo que lembra o que aconteceu
com a Itália, revelando na arte de Boccioni e Marinetti algo
cinestésico com as tendências históricas da época, cada qual em
seu tempo. No mundo contemporâneo o que se vê na propaganda
varejista, por exemplo, é um moto continuum
de repetições de informações e detalhes que passam
subliminarmente pela mente de quem talvez não esteja muito atento
para tanto, atravessando por verdadeiras esteiras um passadismo
inexistente, e nem a leitura histórica da similaridade com a
atualidade. Por falta de
conhecimento maior a juventude por vezes nem sabe o que significa a
disciplina da história – por veias insistentes –, no
atraso do estabelecimento de uma inércia que repete por intenção,
e não busca o progresso no andamento do que realmente é uma
programação integradora de uma lógica estacionária, dividindo o
poder em populismos alternos, e rotulando pensamentos como em uma
simples tradução no viés da ignorância do treinamento puro e
simples, com metas e planos afeitos ao objetivo hedonista como prêmio
final, no modus
intercalado.
Posto
sabermos que o conhecimento é algo sui generis e de fundamental
importância, as gerações dos anos passados, quanto mais antigas
forem, mais desse conhecimento oralizado terão de importante a
oferecer à cultura do povo... Tanto em rincões distantes, quanto nas
regiões mais pauperizadas ou dentro de classes abastadas, sendo as
classes médias, com o midcult, um pivô de transição entre as
vertentes que emanem da própria contracultura dos anos sessenta, e a
revelação da sua compreensão do mundo, do país, e do bairro.
Aliás, em cada nicho, em
cada registro que alcançamos, e na utilidade algo gráfica dos
sinais da mesma utilidade, no bem portar-se como escola suprema, e no
respeito destinado ao seu cerne como emancipação de uma atitude, o
gesto como consonância de união, são regras a serem seguidas, factuais. E não o entorpecimento da agressividade como forma de tipos de
chantagens e regras espúrias, que servem apenas para enferrujar as
engrenagens do grande motor do presente, do mundo contemporâneo. Onde o estar-se bem predomine com as nossas virtudes; e a ignorância
seja percebida como algo de interesse escuso, se realmente se
comprovar que há interesse em se omitir conhecimento a quem
necessite como meio de obter oportunidade, dentro de condições onde
as populações desassistidas mereçam, aos olhos de todos, os
exemplos que muitas vezes marcam presença em nossas vidas: na pobreza e na bonança.
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