terça-feira, 7 de novembro de 2017

UM CANTO NA MADRUGADA

Pronto que a poesia inacreditavelmente possa subsistir no fado
Em que muitas jardas foram encerradas no caminho do poeta,
Mas a que se dê uma nova fronte em uma arguição óbvia
Contanto que não se ganhe sequer uma medalha pela corrida!

Certas noites o canto canta a mais do que apenas mais um
Quando de conhecermos que um sempre será o acréscimo
Em que não seremos estatísticas e nem pano de fundo,
Mas igualmente à realidade de uma situação quase cabal.

Segue-se o panorama das letras, seguem-se seres variados
Onde em uma América de sonhos e planetas derradeiros
Não estamos por cá a decifrar os nós de outros cometimentos
Quanto de sequer acreditarmos que a nobreza de caráter é...

Acometer-se de uma enfermidade a que muitos se ocultam
Na não compreensão de um fato em que o homem é vulnerável
Pela questão de uma pretensa incompatibilidade o visível
E daquilo que pensam outros o total desconhecimento do fato!

Nessa seara em busca de uma liberdade, a poesia apenas canta
O canto que se esvai nas superfícies da bruma e oculta-se
No próprio sofrimento do poeta, a saber que junto aos loucos
Quem dera se tornasse um professor a mais de cidadã companhia.

Em que pese o leito de um papel, ou a semântica de uma tela
Saibamos que as letras ficam sob a ótica de uma perfeita lei
Que voga estarmos seguindo na nau inquieta de nossos descasos
Que é a própria tecendo navegações em mares por vezes de receios.

Singra-se o mar, mesmo sabendo-se de dificuldades frementes
Do que houvesse no quase naufragarmos quando os ventos sopram
Em um tipo de fortaleza marinhas, de polegadas e mais de aço
Nos cascos de uma casca de noz em meio ao universo quase inteiro!

Não nos preguem o cárcere da noite, não nos arremetam em guerras
Posto a serenidade de um canto na madrugada pensar justo o oposto
Não importando se o viés de uma balança pende de um lado, pois
A criação da própria questão dos significados posta quase o ser em si.

Na razão inversa de uma proporcionalidade em que questionamos
A mesma existência do pressentir um preconceito de qualquer esfera
Saibamos que as novas gerações não surgem mais tenras como a ideia
Pois compartilham com o modo quase sectário que se vê em esquinas.

O canto não adormece, que seja, por hoje, mais um dia, um dia sétimo
De uma oitava que toca com todos que sustém a música algo incerta
No quase por certo que seríamos mais jovens se soubéssemos abrir
A consonância em viver com a credulidade da solidão pétrea do poeta!

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