O
fascínio que nos exercem as máquinas. Restam mais dois pontos nesta
reticente assertiva.. Soma-se o ponto com o ponto, mas de pontuar –
esqueçam – é truque para meditar sobre alguma reação que se
possa auferir quando digitamos no painel sucinto da especulação
algo filosófica. Auferir talvez não seja a palavra, mas que quem
escreva que possa ser meio maquinado, meio turvo no reflexo
mnemônico, mas de aurora em uma inspiração que não cesse, pois
certamente é de lavra para todos. Quiçá escrevêssemos na mescla,
pudera não sermos tão lógicos quanto um polígono fechado, quem
dera abríssemos uma geodésica em mil partes… Pespontasse algo de
infraestrutura seria boa notícia, a um ser e a muitos, cada região
possui seus palpites, a cada qual um, que de encerrar o trabalho
comecemos pelo final e possivelmente faremos uso do consagrador
veículo novo de fato. A informação virou moeda, valor agregado,
valor de varejo, preço no atacado, em sistema, ou seja, de modo
sistêmico e viral, mesmo quando em eventos mais isolados; pois é
impossível integrar e Curitiba jacta-se da integração exemplar nos
transportes: aplausos! Nada é razão que nos faça não ter dúvida
quando empunhamos a bandeira da Integração. No entanto, setores
comerciais e países se comunicam, e é nesse quadrante de conexão
que pode-se caminhar, observando-se o processo de que o artesanal
brota mais da planta: freme a haste, seja gramínea ou bambu. E, de
acordo, não somos o mar, pois o mar é em si ele mesmo: possui sua
vida, e pode ser abalado se detonarmos bombas em seus corais, como em
testes atômicos loucos ou, na melhor hipótese, imbecis. Dentro dos
continentes, o mesmo com a exploração de minérios. A máquina da
Natureza trabalha melhor sem nós, com certeza, pois temos feito
explorá-la ao máximo, para os de fora ou para os de dentro, sem
pensarmos que o conceito da jazida está energeticamente em se
mantê-la no sentido de sabermos que uma enxada é mais do que um
automóvel usado para a fornicação. Um automóvel se alimenta do
óleo, e este se alimenta dos ecossistemas planetários. Creiam, é
melhor a enxada, o moinho, a pá, melhor inclusive que as grandes
rodas das colheitadeiras, que a grande massa de grãos que se
alimentam da escassez continuada e progressiva do solo e sua química.
Mas isso é questão de semântica, já que podemos passar aos
objetos na selva de gadgets cotidiana… A eletrônica não
deixa de ser uma energia limpa, e os meios de comunicação tornam-se
exemplo nas sociedades que sabem lidar com a vitrine intransponível
da sinceridade. Ou seja, o know how, saber como, nas letras, na
atitude, no sabermos como comportar o nexo com o amplexo. Ou que nem
tudo seja um grande amplexo, mesmo porque ao tocarmos alguém podemos
incidir em ofensa, já que a bolha espacial do ser homo erectus está
para lá de tremendamente agigantada, em um raio que vai do
comportamento controlado ao crime, em circunstâncias dos exemplos de
líderes que vimos pela frente.
Ah,
sim, pois sim, façamos girar uma roda que não existe, uma
engrenagem torta que não encaixa, um beijo de celebridade em um
reality rouge show… Como o engajamento febril de estar
engajado, apenas não se sabe que não seja apenas a questão do
empoderamento, de uma massa banal de meia dúzia, a saber, sem sair
de casa a não ser para ir a uma reunião de uma cúpula de
Nostradamus, ou o gerenciamento do Juízo Final, que afinal das
contas só tem fim na Bíblia, de onde renascem os mortos… Pois
tenhamos mais juízo. Já que o homem ensinou a perdoar, parece que
esse ato hoje em dia é pecado, já temos tanto das lutas de cá e de
lá. A máquina continua? Sim, uma câmera de reportagem de primeiro
mundo em um país de terceiro dá nisso. A máquina gigante, e as
opiniões pequenas, em pequenos turíbulos incensados, da fortaleza
da fé na certeza ou da dúvida que engrandece a humildade de
sabermo-nos nunca os donos da verdade. Pois quem estará com esta? Se
houvesse uma escritura sagrada única, mas são tantas… Inclusive
no mundo cristão, há o novo e o velho, os Velhos e os Novos. Há
testamentos de herança adquirida no clero dos novos Pentecostais,
mas nada disso é crítica, mas apenas uma maneira de um homem também
querer buscar algo, como se na filosofia não houvesse espaço para
tanto, mas se uma boa leitura apetece, o que mais pode querer aquele
homem? Talvez se expressar, talvez construir, talvez fazer, conforme
dizia sobre a arte um italiano que o nome não vem à cabeça. A
bagagem literária é um tesouro tão enorme que nos faz viajar sobre
diversos mundos, sobre pensamentos, descortinando véus espessos da
ignorância, traduzindo a vida sob o aspecto da realidade e da
ficção. Essa é uma máquina que podemos ler, ouvir, falar,
escrever, ou mesmo pintar, tecer, urdir, planificar, pensar a arte, a
ARTE!
Uma
mera imagem não fala tanto como uma letra, por vezes, e aqui fala um
discreto e, no entanto, excêntrico homem que não resguarda seus
escritos, pois sabe que nos meios atuais é possível levarmos o
nosso pensamento adiante, seja em forma de arte, ensaio, conto,
desenho, o escambau.. Não dá para piratear ideias que brotam
infinitamente, quão infinito é o mistério de Shakespeare perante o
céu e a terra. Que brotem dramas, tragédias, comédias, o Plano
Infinito de Isabel Allende, sua Casa dos Espíritos, ou mesmo as
pinturas de Kahlo. Ou quiçá os livros de Borges, tão maravilhoso
escritor ainda que cego na velhice. Talvez a máquina seja grande o
suficiente para mostrar-nos a face de autorias circunspectas e, no
entanto, atuantes, seja no modal de um período que pensamos
anterior, seja no futuro em que construímos as nossas
idiossincrasias no sentido de olharmos para adiante como gatos que
sabem do seu entorno, e que são grandes mestres em seus movimentos e
reflexos… Assim, que vivamos igualmente a fase maravilhosa da
Igreja e seu Papa Francisco, em seu exemplo de abnegação e
sacrifício em prol da humanidade, questão que não pode ser
relativizada, principalmente por originários da Europa, com todos os
seus impérios, e de um EUA em fase agora de repensar seu próprio
status de poder.
Resta
sabermos que estamos em todo o planeta no mesmo barco, e se não
houver uma consagração definitiva que remeta a um esforço hercúleo
ao caminho da paz, estaremos consolidando certas questões que tornam
nossa vida mais complexa em termos de humanidade. Se um ser nasce em
algum lugar, o fato dele se tornar pátrio desse lugar já é uma
questão de convenção, mais propriamente ilusória, pois se formos
analisar com mais profundidade o conceito de propriedade não existe
em uma cerca, pois a terra já existe aqui há alguns bilhões de
anos e convencionou-se pensar que existe um dono. Se vivemos em uma
convenção social, portanto, que a respeitemos na medida em que
possamos pensar em um mundo melhor para todos, pois a casa é de
todos, e as guerras só interessam às indústrias que lucram com
isso: a arma fere e o remédio tenta curar, na medida do possível. A
cura quase sempre é paliativa, já que devemos envidar os esforços
para evitar as contendas, ao menos para tornar a ver a Natureza como
uma realidade, e não futuramente no plano da realidade virtual, em
microclimas com janelas decoradas…
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