Um
panorama concreto do que as pessoas querem de suas vidas
aparentemente pode ser algo muito simples, mas o simples “querer”
cada vez mais subentende que quantitativamente pecam por querer
atingir qualidades ilusórias, o que deveria ser mais simples por
definição quando se trata de nos desapegarmos do materialismo tão
inconsequente quanto a face duvidosa de certas razões. Todo esse
arrazoado sem sentido não simplifica, pois apenas instrumentaliza a
compreensão dos leigos. Não sabemos onde nem quando estaremos em
uma paz de fraternidade, porquanto não termos visto essa paz por
onde andamos, mesmo que relutadamente civilizados. O painel desse
nosso encontro com nós mesmos pode refletir que sejamos extremamente
intolerantes com o próximo, mesmo em nome de Deus. Nada pode ser
mais cáustico para a humanidade do que as contendas ou conflitos em
nome de religião, pois cada um versa sobre seu aspecto, e o aspecto
da intolerância está se tornando um. A dignidade em sabermos que
estamos em uma existência equivocada cega os ignorantes que se
juntam às massas em nome de algo que está longe de ser o Deus que
perdoa. Uma face extremamente fundamentalista que não vê nada mais
do que o que está entre o que se lê ao que se lê do mesmo,
recorrentemente, àquilo que nunca se leu e que traduz a cultura dos
homens, e seus aspectos mais variáveis do pensamento humano. Resta
sabermos qual a estrutura desse pensamento de uma única frequência
que já se empodera o suficiente para mal gerir o funcionamento de
uma máquina que não vê mais um palmo adiante dos olhos. Essa
plêiade que não possui conhecimento verte por várias engrenagens,
situando-se no apego beligerante como um tosco farnel onde sequer há
qualquer comando justo aos seus subordinados, o que torna-se o
paradoxo de uma ilusão evidente: nas suas ofensas, nas suas
provocações e nos seus preconceitos.
Claro
é que a crítica não alcança a substância de sabermos que estamos
em dia com o aspecto da justiça, posto o justo não ser exatamente
pressuposto de uma parca maioria que se diz maioria, ou resultado de
algo a ver com um tipo de democracia que na verdade foi e é uma
forja. Um arremedo de pensamento que a contrarie tem a ver com – no
que pertença a uma isenção da crítica – um raciocínio curto e
fraudulento. Se quisermos ter força e moral em nossas atitudes,
porventura temos que seguir um caminho imparcial e razoável, que
puna ou justifique algo baseado na igualdade, sem colocarmos teor
ideológico ou político nas questões de ordem judicial ou jurídica.
Essa é uma assertiva que merece a atenção, não que se tenda a
analisar o pensamento da autoria, mas como ponto fundamental de
opinião e cidadania, ainda que quem a escreve não prime da total
liberdade, mas de uma consciência relativamente lúcida.
Ainda
que tenhamos conseguido pensar em vários países soluções algo sem
futuro próximo, creiamos ser mister planificarmos as sociedades de
modo a pensar em diversas gerações, pois o homem habita de tal modo
este mundo, que não será atuando com premissas de todo brutas e
inconsequentes que se chegará a pormos um termo na fantasia de
estarmos lutando sabe-se lá contra quem… A paz pede passagem, e é
através do diálogo e de se evitar substâncias psicoativas que não
sejam para tratar algo concreto como uma enfermidade que poderemos
pensar em um planeta mais sóbrio. Mas não sabemos se isso
certamente vai ocorrer. O que ocorre parece-nos uma fuga aos tóxicos,
a sua retroalimentação, o uso da violência igualmente como fuga
latente da falta de escape cultural como nas artes e o teor
incoercível de uma justa que pede um fôlego de bom senso. O sistema
acaba falhando, muitos cidadãos não se entendem e acabam
confundindo na liberdade sem limites que não passa de farsa.
Possuímos as leis, estas devem ser cumpridas, mas resta-nos – no
âmbito de um aprofundamento espiritual e filosófico – sabermos
como reivindicar pelo voto e pela democracia quais são aqueles que
irão nos representar de modo mais coerente de acordo com os
regimentos da nação brasileira e internacional, de modo a serem
mais capazes de projetar o sonho real e recorrente de termos uma
realidade mais saudável para todos os cidadãos.
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