sábado, 11 de novembro de 2017

O DEVIR DO QUE NÃO SE SABE…

          Um panorama concreto do que as pessoas querem de suas vidas aparentemente pode ser algo muito simples, mas o simples “querer” cada vez mais subentende que quantitativamente pecam por querer atingir qualidades ilusórias, o que deveria ser mais simples por definição quando se trata de nos desapegarmos do materialismo tão inconsequente quanto a face duvidosa de certas razões. Todo esse arrazoado sem sentido não simplifica, pois apenas instrumentaliza a compreensão dos leigos. Não sabemos onde nem quando estaremos em uma paz de fraternidade, porquanto não termos visto essa paz por onde andamos, mesmo que relutadamente civilizados. O painel desse nosso encontro com nós mesmos pode refletir que sejamos extremamente intolerantes com o próximo, mesmo em nome de Deus. Nada pode ser mais cáustico para a humanidade do que as contendas ou conflitos em nome de religião, pois cada um versa sobre seu aspecto, e o aspecto da intolerância está se tornando um. A dignidade em sabermos que estamos em uma existência equivocada cega os ignorantes que se juntam às massas em nome de algo que está longe de ser o Deus que perdoa. Uma face extremamente fundamentalista que não vê nada mais do que o que está entre o que se lê ao que se lê do mesmo, recorrentemente, àquilo que nunca se leu e que traduz a cultura dos homens, e seus aspectos mais variáveis do pensamento humano. Resta sabermos qual a estrutura desse pensamento de uma única frequência que já se empodera o suficiente para mal gerir o funcionamento de uma máquina que não vê mais um palmo adiante dos olhos. Essa plêiade que não possui conhecimento verte por várias engrenagens, situando-se no apego beligerante como um tosco farnel onde sequer há qualquer comando justo aos seus subordinados, o que torna-se o paradoxo de uma ilusão evidente: nas suas ofensas, nas suas provocações e nos seus preconceitos.
          Claro é que a crítica não alcança a substância de sabermos que estamos em dia com o aspecto da justiça, posto o justo não ser exatamente pressuposto de uma parca maioria que se diz maioria, ou resultado de algo a ver com um tipo de democracia que na verdade foi e é uma forja. Um arremedo de pensamento que a contrarie tem a ver com – no que pertença a uma isenção da crítica – um raciocínio curto e fraudulento. Se quisermos ter força e moral em nossas atitudes, porventura temos que seguir um caminho imparcial e razoável, que puna ou justifique algo baseado na igualdade, sem colocarmos teor ideológico ou político nas questões de ordem judicial ou jurídica. Essa é uma assertiva que merece a atenção, não que se tenda a analisar o pensamento da autoria, mas como ponto fundamental de opinião e cidadania, ainda que quem a escreve não prime da total liberdade, mas de uma consciência relativamente lúcida.
          Ainda que tenhamos conseguido pensar em vários países soluções algo sem futuro próximo, creiamos ser mister planificarmos as sociedades de modo a pensar em diversas gerações, pois o homem habita de tal modo este mundo, que não será atuando com premissas de todo brutas e inconsequentes que se chegará a pormos um termo na fantasia de estarmos lutando sabe-se lá contra quem… A paz pede passagem, e é através do diálogo e de se evitar substâncias psicoativas que não sejam para tratar algo concreto como uma enfermidade que poderemos pensar em um planeta mais sóbrio. Mas não sabemos se isso certamente vai ocorrer. O que ocorre parece-nos uma fuga aos tóxicos, a sua retroalimentação, o uso da violência igualmente como fuga latente da falta de escape cultural como nas artes e o teor incoercível de uma justa que pede um fôlego de bom senso. O sistema acaba falhando, muitos cidadãos não se entendem e acabam confundindo na liberdade sem limites que não passa de farsa. Possuímos as leis, estas devem ser cumpridas, mas resta-nos – no âmbito de um aprofundamento espiritual e filosófico – sabermos como reivindicar pelo voto e pela democracia quais são aqueles que irão nos representar de modo mais coerente de acordo com os regimentos da nação brasileira e internacional, de modo a serem mais capazes de projetar o sonho real e recorrente de termos uma realidade mais saudável para todos os cidadãos.

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