terça-feira, 14 de novembro de 2017

SERÁ TORMENTA?

Depois de caminharmos tanto, por caminhos que a vida nos leve mais
A mais do que gostaremos que vamos, e vamos mesmo para o tudo...

No teor da análise sintática vemos os votos dos que urgem por clamor
De ventos que a nau não costumava sonhar, mas que levam no caminho
Tudo do pouco que nos resta do que nos deixaram ao resto do nada...

Túrgidas ironias brutas que nos abandonem na questão de mulheres
E homens parentes do desencontro, que de atmosfera mais cálida
Está justa a mesma da sinceridade em dizermos o que realmente é!

Essa empáfia de fazerem negócios mesmo sabendo-se que sendo isso
Serão melhores no palco giratório do luxo lixento – sabe-se – não é
Um caldo da ternura que um homem não deve dar mais ao não merecer.

Posto o Homem ensinou a perdoar, e outros o negaram e continuam
Mesmo sabendo que agora o imperdoável não recebe a justiça
Como a justiça deva proceder por saber que esta sim – quando deve – o faz.

E a poesia, por mais que insuflem questões de provocações anódinas
Sobrevive aos sinais dos tempos, pois de mosquitos insignificantes
O manguezal sulista está cheio, e é no Norte que vemos a pátria.

No entanto a veia europeia não deixa de ser forte com seus quase homens
Transudados na opinião de que um enfermo não priva muito com bacantes
Quando sabe que Baco submergiu em seu próprio cascalho na velha Roma!

As famílias se reúnem, traçam suas negociatas, os políticos correm atrás
De um prejuízo de alguns não terem roubado, mas que um operativo alto
Objetiva uma limpeza que ao povo interessa, a vermos realmente quem eram.

Do alto e do baixo, entram armas, saem divisas, vendem uma Nação, viram mesas
E devemos – sinceramente – que se limpem as mãos antes de entrar agora
No futuro do recinto do que virá a ser a ante sala da grande Pátria Brasileira.

Brava gente da investigação, bravo corpo judicial, brava conduta jurídica,
A estes devemos arregaçar as nossas mangas sem a dúvida de que se prestam
A consolidar uma Democracia que estava cariada em suas entranhas de lúpulos.

Posto que não convenhamos que a grande embriaguez de nosso povo é noite
Já que a sandice é ver que quem poderia e deveria se erguer pelo estudo
Agora não pode mais estudar pois o país não deu mais chances ao ensino.

E que é da classe alta, notas baixas, pois de pais que lavam dinheiro da fé
Estamos saturados na mesma compreensão de que um simples e digno professor
Leva para a casa a pecha de ser ideólogo, e a cidadania veste sua rota roupa.

Visto a noite ser quase um tormento para muitos que não veem em geral
O que se passa na esquina de uma rua onde sairmos para respirar um ar
Verte que só o tenhamos em frente a uma TV qualquer repleta de violência.

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