Depois de caminharmos tanto, por
caminhos que a vida nos leve mais
A mais do que gostaremos que vamos,
e vamos mesmo para o tudo...
No teor da análise sintática vemos
os votos dos que urgem por clamor
De ventos que a nau não costumava
sonhar, mas que levam no caminho
Tudo do pouco que nos resta do que
nos deixaram ao resto do nada...
Túrgidas ironias brutas que nos
abandonem na questão de mulheres
E homens parentes do desencontro,
que de atmosfera mais cálida
Está justa a mesma da sinceridade
em dizermos o que realmente é!
Essa empáfia de fazerem negócios
mesmo sabendo-se que sendo isso
Serão melhores no palco giratório
do luxo lixento – sabe-se – não é
Um caldo da ternura que um homem
não deve dar mais ao não merecer.
Posto o Homem ensinou a perdoar, e
outros o negaram e continuam
Mesmo sabendo que agora o
imperdoável não recebe a justiça
Como a justiça deva proceder por
saber que esta sim – quando deve – o faz.
E a poesia, por mais que insuflem
questões de provocações anódinas
Sobrevive aos sinais dos tempos,
pois de mosquitos insignificantes
O manguezal sulista está cheio, e é
no Norte que vemos a pátria.
No entanto a veia europeia não
deixa de ser forte com seus quase homens
Transudados na opinião de que um
enfermo não priva muito com bacantes
Quando sabe que Baco submergiu em
seu próprio cascalho na velha Roma!
As famílias se reúnem, traçam suas
negociatas, os políticos correm atrás
De um prejuízo de alguns não terem
roubado, mas que um operativo alto
Objetiva uma limpeza que ao povo
interessa, a vermos realmente quem eram.
Do alto e do baixo, entram armas,
saem divisas, vendem uma Nação, viram mesas
E devemos – sinceramente – que se
limpem as mãos antes de entrar agora
No futuro do recinto do que virá a
ser a ante sala da grande Pátria Brasileira.
Brava gente da investigação, bravo
corpo judicial, brava conduta jurídica,
A estes devemos arregaçar as nossas
mangas sem a dúvida de que se prestam
A consolidar uma Democracia que
estava cariada em suas entranhas de lúpulos.
Posto que não convenhamos que a
grande embriaguez de nosso povo é noite
Já que a sandice é ver que quem
poderia e deveria se erguer pelo estudo
Agora não pode mais estudar pois o
país não deu mais chances ao ensino.
E que é da classe alta, notas
baixas, pois de pais que lavam dinheiro da fé
Estamos saturados na mesma
compreensão de que um simples e digno professor
Leva para a casa a pecha de ser ideólogo,
e a cidadania veste sua rota roupa.
Visto a noite ser quase um tormento
para muitos que não veem em geral
O que se passa na esquina de uma
rua onde sairmos para respirar um ar
Verte que só o tenhamos em frente a
uma TV qualquer repleta de violência.
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