Letra
A, qual seja teu nome
Em
linha breve agora mais continuada, que seremos B igual
A
tantos que nos dizem talvez algo em que não aparecemos
Em
latitudes de nosso conhecer, que a seara deste é longa…
Uma
força falha ao poeta, uma força ausente, mas que de dedos
Que
não deixam de fluir palavras, que não se ausente, força
Nas
letras que esquecemos de citar qual não fossem sílabas!
Letra
A, qual seja sua ordem
E
outra linha nos apanha, mas agora mais curta
Em
que naveguemos os capitães de mais areia
Em
que não deixemos recrudescer ocasos a mais
Do
que seríamos mais uma linha a completar o tempo.
Outra
força falha no dedo, depois de um acorde binário
Sendo
a angústia de tantos que não sabemos sequer ensinar
As
maravilhas de uma rocha marinha, quem dera, acordada?
Letra
qualquer que não nos atinemos em lógicas funestas
Pois
de letra apenas não se nos consome aprender no fogo
Do
próprio conhecimento em que andamos sob o sol
Do
elemento éter, terra, água e igualmente céu!
Não
há muita força nos dedos, apenas o consonante respirar
De
que dizem ser um cavalo, mas a poesia recorda tempos
Em
que se estudava para fugir da vida, ainda que nela inserida.
E,
finalmente, não propriamente gran finale, mas o poético encontro
Já
crescendo a maré do verso, e o gran miríade de pequenas rochas
Em
pedras portuguesas, em mosaicos bizantinos, na plêiade
No
que porventura em palavra mágica o mundo não estivesse em guerras.
O
encontro, o diálogo, uma música em um gueto, a troca de frase
Algures
a poesia falando consigo mesma, em um contraponto
Quase
bachiano de sabermos que não estamos sozinhos
Quanto
de poder achar as coisas do poder apenas estratégia de incautos!
Ver-se
um homem e uma mulher distantes do farol de avisos, amando,
É
flor que transcende a vida isolada de uma árvore, quando um seu
amigo
A
transporta em companheirismos mútuo oferecendo sua presença
Em
que a árvore orgulha-se de abrigá-lo sob a ramagem de remansos…
A
força agora cessa, e os olhos cerram com a noite, na esperança
De
que toda a resiliência seja resiliente, a saber, que não precisamos
Usar
de palavras que denotem a própria força, pois de outras ao que
sabemos
O
mar o diz com seus eternos movimento de milhares de ondas...
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