Algo
de bom nos motive, algo de construção, de discussão e debate
saudáveis, posto agregar contendas por idiossincrasias, mesmo
sabendo que há muitos como pedras imóveis e renitentes no erro,
cabe a uma certa providência que o diálogo se torne mais frequente,
para que não saiamos no grosso modo grosseiro de nossa possível
soberba, ou arrogância. Há que se ter uma humildade necessária,
pois não é na questão de posição social, ou distribuição de
poder que estaremos motivados para agir incorretamente, ou de modo
desumano. A questão civilizatória de um país como o Brasil há que
ser estudada, e essa por suposição lógica deveria merecer a que
estejamos mais motivados nesse conhecimento. A história é
disciplina muito importante, pois é a partir dela, e com uma crítica
bem fundamentada, que passamos a revisitar nossas próprias
arquiteturas e o domínio dessas questões cruciais ao entendimento
de nosso papel, e o que seja a cidadania: o aspecto mais importante
do ser social. Quem se beneficia em uma construção a partir dos
fundamentos democráticos, quem mantém a chama acesa no sentido de
ainda acreditar na Democracia como restauro de nossos edifícios
seculares, encontra sentido justamente no entendimento e na questão
da valoração do ser em si, qualquer que seja, independente do
ganho, dentro da margem societária conforme e honesta. Há que se
clamar para que nossas instituições não caminhem tortuosamente na
especulação simplista de que agora estará valendo mais um bíceps
do que um braço, ou uma arma do que uma cabeça pensante… Todos
têm os seus papéis a cumprir, e nesse caminho é logicamente mais
aceitável que partamos para uma ciência não apenas material, mas
igualmente espiritual, pois as formas do mundo vertem sobre nós os
mistérios da carne e do espírito. E, ao pensarmos na centelha
divina também estaremos pensando na matéria e suas idiossincrasias,
e é justamente em um Estado Democrático Laico que podemos ser mais
compreensivos e tolerantes em relação a todos, e esse é o ponto
mais importante para que se possa pensar em uma sociedade em que
emerjamos como nação mais independente e sustentável. Logicamente
que um asceta e um agnóstico possuirão diversidade nas opiniões, e
igualmente é fato de que, para mantermos uma nação sustentável em
seus biomas, temos que permitir que avance uma democracia
participativa, no sentido humano de equalizarmos possíveis atritos
que se possam resolver através de uma sustentabilidade do diálogo e
do debate, para que possamos estar com melhores representantes nas
esferas do poder tripartite.
Qualquer
discurso não pode ser motivado pelo ódio, pois esse padrão cega as
gentes, torna o conflito inevitável, donde emergem certos grupos que
gostam do caos e da anarquia para manipular formas de luta já
arcaicas, já que não torcemos por guerras ou barbáries similares,
e não somos um Brasil para isso. Nas horas vagas, ou não, arquemos
com uma motivação voluntária, ou seja, conversemos, dialoguemos,
façamos escutar a voz de quem sabe algo do mundo, aprendamos com os
livros, com os idiomas, com as diferenças… Essa atitude pode
partir de uma cidade, de uma rua, um bairro, posto hoje o que é
discursado entre uma mosca e uma abelha pode se tornar viral se elas
realmente falassem entre si. E quem de nossa espécie pode afirmar
que outras não dialoguem? Essa motivação democrática de se não
isentar seres, pode mudar a face do que alguns homens e mulheres
fazem com os animais em termos de brutalidades, ou mesmo entre a
própria espécie, em que o valor toma conta do ato, sem cogitar que
o planeta urge por uma paz, uma paz com justiça social. Tornar da
bondade um serviço voluntário é ainda acreditar em um mundo
melhor: e ainda dá tempo!
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