domingo, 26 de novembro de 2017

MOTIVAÇÃO VOLUNTÁRIA

           Algo de bom nos motive, algo de construção, de discussão e debate saudáveis, posto agregar contendas por idiossincrasias, mesmo sabendo que há muitos como pedras imóveis e renitentes no erro, cabe a uma certa providência que o diálogo se torne mais frequente, para que não saiamos no grosso modo grosseiro de nossa possível soberba, ou arrogância. Há que se ter uma humildade necessária, pois não é na questão de posição social, ou distribuição de poder que estaremos motivados para agir incorretamente, ou de modo desumano. A questão civilizatória de um país como o Brasil há que ser estudada, e essa por suposição lógica deveria merecer a que estejamos mais motivados nesse conhecimento. A história é disciplina muito importante, pois é a partir dela, e com uma crítica bem fundamentada, que passamos a revisitar nossas próprias arquiteturas e o domínio dessas questões cruciais ao entendimento de nosso papel, e o que seja a cidadania: o aspecto mais importante do ser social. Quem se beneficia em uma construção a partir dos fundamentos democráticos, quem mantém a chama acesa no sentido de ainda acreditar na Democracia como restauro de nossos edifícios seculares, encontra sentido justamente no entendimento e na questão da valoração do ser em si, qualquer que seja, independente do ganho, dentro da margem societária conforme e honesta. Há que se clamar para que nossas instituições não caminhem tortuosamente na especulação simplista de que agora estará valendo mais um bíceps do que um braço, ou uma arma do que uma cabeça pensante… Todos têm os seus papéis a cumprir, e nesse caminho é logicamente mais aceitável que partamos para uma ciência não apenas material, mas igualmente espiritual, pois as formas do mundo vertem sobre nós os mistérios da carne e do espírito. E, ao pensarmos na centelha divina também estaremos pensando na matéria e suas idiossincrasias, e é justamente em um Estado Democrático Laico que podemos ser mais compreensivos e tolerantes em relação a todos, e esse é o ponto mais importante para que se possa pensar em uma sociedade em que emerjamos como nação mais independente e sustentável. Logicamente que um asceta e um agnóstico possuirão diversidade nas opiniões, e igualmente é fato de que, para mantermos uma nação sustentável em seus biomas, temos que permitir que avance uma democracia participativa, no sentido humano de equalizarmos possíveis atritos que se possam resolver através de uma sustentabilidade do diálogo e do debate, para que possamos estar com melhores representantes nas esferas do poder tripartite.
           Qualquer discurso não pode ser motivado pelo ódio, pois esse padrão cega as gentes, torna o conflito inevitável, donde emergem certos grupos que gostam do caos e da anarquia para manipular formas de luta já arcaicas, já que não torcemos por guerras ou barbáries similares, e não somos um Brasil para isso. Nas horas vagas, ou não, arquemos com uma motivação voluntária, ou seja, conversemos, dialoguemos, façamos escutar a voz de quem sabe algo do mundo, aprendamos com os livros, com os idiomas, com as diferenças… Essa atitude pode partir de uma cidade, de uma rua, um bairro, posto hoje o que é discursado entre uma mosca e uma abelha pode se tornar viral se elas realmente falassem entre si. E quem de nossa espécie pode afirmar que outras não dialoguem? Essa motivação democrática de se não isentar seres, pode mudar a face do que alguns homens e mulheres fazem com os animais em termos de brutalidades, ou mesmo entre a própria espécie, em que o valor toma conta do ato, sem cogitar que o planeta urge por uma paz, uma paz com justiça social. Tornar da bondade um serviço voluntário é ainda acreditar em um mundo melhor: e ainda dá tempo!

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