domingo, 19 de novembro de 2017

ATMOSFERA IMPACTANTE

          Aparentemente, vivemos em uma atmosfera sem fronteiras, onde muito do que sentimos, vemos, escutamos, em tese nos é como algo em que não possuímos as dúvidas de quem realmente somos enquanto seres que vivem neste planeta. Tanto assim procede que estamos destruindo-o como se rompêssemos com nossa própria fragilidade enquanto espécie. Justo que as mesmas fronteiras que julgamos inexistentes participam do fato de que pouco a pouco estamos redefinindo coisas que não vem de encontro com a ampliação de nossa cultura, pois as raízes dos povos estão sendo limitadas com uma restrição de nossas expressões mais fundamentais. Obviamente há positividade com a nova tecnologia, pois antes as pessoas não tinham como serem vistas como hoje, com a miríade de possibilidades de leitura do que se diz na internet. Grandes são os inventos… No entanto, sempre que há uma revolução tecnológica, mesmo que esta venha a tomar mais tempo do que apenas o fato de seu surgimento pontual, a crença em novos meios de comunicação – por ventura em nossos tempos – acabam por deixar as artes plásticas e o artesanato em segundo plano. Justamente porque quando uma grande inovação tecnológica e toda a sua parafernália é criada, sempre há aqueles que detém um certo controle, e as relações de poder acabam por definir certos rumos onde, no caso da informática – tecnologia da informação – a mesma informação vira moeda de troca, onde as leis do mercado passam a definir as regras, aliás, hoje inevitáveis, frente ao poderio das grandes potências mundiais. Resta sabermos que podemos aprender com as inovações, mas igualmente termos condições de fabricar as nossas máquinas, pois apreender sua confecção é como descrições sobre as maravilhas da engenhosidade humana, desde o chip até o monitor, certamente. Daria para enxergar sob esse prisma, posto sabermos como produzir toda uma máquina do princípio ao fim é impactante e nos deixa moralmente mais felizes, sem sombra de dúvidas.
          No entanto, o impacto que nos daria chegar aos extremos do conhecimento das pontas tecnológicas ainda não será suficiente, mesmo ao criarmos um robô quase “perfeito”, saber sobre o insondável mistério da Natureza, tanto na matéria como no espírito. Mesmo porque não podemos criar sequer uma atmosfera que seria quiçá deveras impactante ao assumirmos um poder que alguns luminares da ciência considerariam como o do Criador, posto muito antes das possibilidades da robótica não podemos sequer construir um mosquito: a sua engenharia e, muito menos, sua centelha sagrada ou atma…  

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