Aparentemente,
vivemos em uma atmosfera sem fronteiras, onde muito do que sentimos,
vemos, escutamos, em tese nos é como algo em que não possuímos as
dúvidas de quem realmente somos enquanto seres que vivem neste
planeta. Tanto assim procede que estamos destruindo-o como se
rompêssemos com nossa própria fragilidade enquanto espécie. Justo
que as mesmas fronteiras que julgamos inexistentes participam do fato
de que pouco a pouco estamos redefinindo coisas que não vem de
encontro com a ampliação de nossa cultura, pois as raízes dos
povos estão sendo limitadas com uma restrição de nossas expressões
mais fundamentais. Obviamente há positividade com a nova tecnologia,
pois antes as pessoas não tinham como serem vistas como hoje, com a
miríade de possibilidades de leitura do que se diz na internet.
Grandes são os inventos… No entanto, sempre que há uma revolução
tecnológica, mesmo que esta venha a tomar mais tempo do que apenas o
fato de seu surgimento pontual, a crença em novos meios de
comunicação – por ventura em nossos tempos – acabam por deixar
as artes plásticas e o artesanato em segundo plano. Justamente
porque quando uma grande inovação tecnológica e toda a sua
parafernália é criada, sempre há aqueles que detém um certo
controle, e as relações de poder acabam por definir certos rumos
onde, no caso da informática – tecnologia da informação – a
mesma informação vira moeda de troca, onde as leis do mercado
passam a definir as regras, aliás, hoje inevitáveis, frente ao
poderio das grandes potências mundiais. Resta sabermos que podemos
aprender com as inovações, mas igualmente termos condições de
fabricar as nossas máquinas, pois apreender sua confecção é como
descrições sobre as maravilhas da engenhosidade humana, desde o
chip até o monitor, certamente. Daria para enxergar sob esse prisma,
posto sabermos como produzir toda uma máquina do princípio ao fim é
impactante e nos deixa moralmente mais felizes, sem sombra de
dúvidas.
No
entanto, o impacto que nos daria chegar aos extremos do conhecimento
das pontas tecnológicas ainda não será suficiente, mesmo ao
criarmos um robô quase “perfeito”, saber sobre o insondável
mistério da Natureza, tanto na matéria como no espírito. Mesmo
porque não podemos criar sequer uma atmosfera que seria quiçá
deveras impactante ao assumirmos um poder que alguns luminares da
ciência considerariam como o do Criador, posto muito antes das
possibilidades da robótica não podemos sequer construir um
mosquito: a sua engenharia e, muito menos, sua centelha sagrada ou
atma…
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