quinta-feira, 2 de novembro de 2017

HÁ PRESSÁGIOS

            Uma questão possa parecer que não nos pertença, quando diz respeito a outros, meio que nos ausentamos, mas muitas vezes é essa questão que merece destaque em pautas pessoais, que é a luta por mantermos os nossos direitos assegurados. A luta começa quando em ato de sabermos o que está escrito na nossa Constituição deve ser respeitado como condição sine qua non para prosseguirmos vivendo com essa referência que nos permita assegurar a cidadania a todos os brasileiros, justamente às classes mais vulneráveis. Chega-se ao ponto de muitos acreditarem que podem partir a fazer atrocidades em nome de leis outras – outorgadas – que lhes protegem, enquanto quebra de significantes que dizem respeito às liberdades individuais, a expressão autêntica da cultura, que muitos praticam em necessidades individuais e coletivas e, no plano social, a total falta de ciência do que vem a ser representatividade ou da manutenção da democracia popular, visto ser esta aquela que interessa às massas, na funcionalidade de administração de nossos próprios problemas em gerir um país que demande suas próprias conquistas históricas. Nossas frentes de atuação vêm da necessidade de uma união em torno do bem comum e da manifestação ativa de nossas reivindicações perante o escopo social e o debate que jamais deve parar para que elucidemos as questões tão pertinentes como saúde, educação, não violência, mas que não possamos tolerar desmandos com relação em tudo que tentam nos tirar enquanto ainda cidadãos propriamente consolidados, com nossas atribuições humanas, e por vezes complexas quando em busca daquela mesma união ao bem comum...
            Enfrentamos hoje no país um recrudescimento da injustiça perante o povo brasileiro. Já é notório o fato. De uma gente que se prevalece contra aqueles que participam ativamente em questões de dignidade humana. Aliás, mas do que notório o fato, posto institucionalizado, protegido em leis que partem de organizações que as transferiram para os governos, nas fraudes da participação das elites em desbancar um governo mais justo socialmente. Essa referência soa como algo de libelo, a saber, que de dentro não escutamos o protesto mais intelectualizado na cunha de muitos que não necessitam de posições acadêmicas, o que vem a dar na medida a necessidade de iniciarmos as nossas defesas em favor de algo fartamente declarado como contenda escalar, como algo em que muitos sequer sabem como utilizar sua força impugnada nos feixes musculares de atuações por vezes aparentemente inevitáveis, na propensa defesa do que pensam ser propriedades ou manutenção do capitalismo febril e selvagem como o que vivemos por agora. Exatamente nessa selva devemos ser unidos e fugir a cooptações febris de que tenhamos que colaborar – e para isso temos que partir de pressupostos extremamente cuidadosos – com grupos estabelecidos em francas atuações, no sentido de sabermos como nos portar em situações de guerra, quando a nós a ela nos declaram abertamente, por sermos negros, loucos, por termos posições existenciais, por sermos autênticos e por aí vai: consuetudinariamente. O costume de um cidadão vulnerável que ponteia pelo exemplo de uma conduta exemplar por vezes é execrado por ter essa conduta e, quando isso ocorre, partilhando meramente de ideias, se por um lado possa haver perseguição às ideias, será uma prova vital de que esse está sofrendo por repressão conveniada por aqueles que, em liberdade de atuação, conveniam uma repressão autorizada, enquanto soltos monstros de sua própria convecção adiabática na blindagem da permissividade de sua própria atuação contra a sensibilidade dos homens ou das mulheres que almejam um mundo mais justo!
            Quiçá possa parecer loucura, mas a rua está ditando como devemos caminhar, mesmo que não tenhamos um grupamento febril, coeso, a saber, cidadãos que somos à mercê de aparentes contradições que nas mesmas ruas levamos a cabo outras contradições a que muitos aparecem com seus jargões de displays algo fora dos conformes, pois a velocidade da luz não está nos smarts, mas meramente no papel e na caneta. Saber-se do desenho e das próprias anotações para um curto e efetivo futuro, é saber um pouco mais da ciência, da arte e das letras. Pequenos excertos, pois sim, o papel existe! Vai da profundidade de cada um saber que o pensamento é um caminho de libertação sem similar, posto um homem em seus devaneios de poder encontra o beijo sexy na esteira de suas filosofias, por um teor adaptativo das circunstâncias: e isso o torna feliz, já que o mesmo beijo pressupõe outros atos, e o caudal filosófico permanece por um tempo indeterminado, onde outros beijos viriam, mas bem que poderiam ser até mesmo perda de tempo, já que a libido transformadora verte nas letras o amor que temos pela humanidade! É algo de fazer amor com palavras, algo substituto, algo das madrugadas, ocupação para os desocupados, loucura entre a lucidez, pois estejamos lúcidos para sacar aquela, que nos dirá essa estranha combinação do imponderável, esse presságio de nos sabermos cada vez mais vivos, isso de termos algo de justo posto justiça e pensarmos na justiça como algo justo...
            Essas equações são facilmente resolvidas, porquanto a roda da história não pode ser removida, e será uma questão de tempo quando nos apercebermos que não é das informações que vive o homem e que todo o sistema de informática servirá igualmente ao homem, mas não necessariamente nos princípios de Maquiavel com relação ao que temos de Brasil por aqui, pronto a receber mudanças equitativas ao processo inevitável de melhoras, posto a cada um a sua parte de atuação, e são palavras candentes, apenas mais uma letra, de uma opinião que encontre ressonância, pois do exterior já sabem o que aqui ocorre e veremos um país melhor em circunstâncias mais curtas, ou em processos da sedimentação em nossa futura potência. Pois que nosso país significa mais do que a sua própria riqueza. 

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