Caramba que na verdade somos feitos
de uma argamassa teimosa, por vezes... O que temos por construir em nós mesmos
no mínimo é uma janela para que possamos nos ver mais do alto, pois de rebaixos
ao menos estamos em terra, mas não necessariamente que a verdade de nossa
circunstância existencial não nos permita voar. Nada a ver alçar voo sem asas,
de um prédio, como o Superman, ou a realidade da crise dos anos trinta... Não,
convenhamos que apenas sejamos a autenticidade em mostrar aos seres tacanhos
como burros treinados na burrice que a nossa inteligência pede passagem. Temos
as pernas para caminhar, mesmo que estejamos mais trôpegos que os vulgos, mas é
só sabermos ir com mais consciência, que seja, onde quisermos, obviamente nas
veredas do bom senso. Essa coisa de filtrarmos a mesma consciência parece o
lúdico de amostras, um cenário de filme inacabado, uma anulação de qualquer
proposta mais sólida de vida. Se estamos desconfiados por A + B, tentemos
equações mais rudimentares ainda, que podemos ainda sorver de um bom vinho, ou
mesmo uma coca cola diet! Ufa, seria muito bom relembrarmos períodos da vida em
que o mesmo aspecto lúdico nos encantava com os jogos que as novas gerações não
conheceram fora do espectro do início dos Atari, e etc. Claro, quem vos fala
não pode omitir o cigarro pois, pessoalmente, dá um prazer, haja vista não
beber um único gole, nem de artesanais.
Não
anulemo-nos perante nós mesmos. Caramba, sejamos um país! Uma desforra à altura
da grande equação que se cria, esses cálculos do sem nome, é contestar os
meandros das dificuldades, e simplificar resultados. Não precisamos ter o luxo
como ponto alto, posto seu residual é alto demais, e bem nocivo: quanto maior a
suvi, maior o tubo de gás carbônico, ou quanto maior a casa, mais árvores são
derrubadas, sim. É sim, da Natureza que estamos querendo pontuar nossos
créditos: a defesa Dela, dessa deusa que possui inúmeros nomes, tais como o Sol,
a Lua, as Estrelas, Árvores, Pássaros, Insetos e, pequeno detalhe, o ser que
tem se virado o nada, o fracasso em direção a Ela, o que se diz sermos, humano.
Não bastam protocolos de kioto ou frança. Não bastaram.
No
entanto, ainda somos alguns, ainda somos muitos, mesmo sabendo que enquanto
esquerda briga com direita e vice e versa, ambas se atravessam sobre o caminho
da preservação, e resta como pano de fundo pirotecnias de mísseis atômicos. Aí
vem a pergunta: de que valeu a História? Todo esse retrocesso global é
história? Seremos os caminhantes da vida, ou melhor, caminharemos sobre que
praias, a ver que podemos ensaiar quiçá um filme romântico, mas de estúdio, com
areias e luzes artificiais, ou ainda melhor, com um micro clima de realidade
virtual, na França, no Japão, mas não na África, pois os diamantes pedem a
passagem antes, a poder-se constituir cenários no primeiro mundo. Caiamos na
verdade de prezarmos pelo nacionalismo, pois não seja na América Latina que
queiram botar as garras... A discussão morreu? É ainda o combustível fóssil na
jogada? Então, o petróleo é nosso, meus caros amigos que veem o nosso país como
fonte de suas próprias e especulativas certezas. Talvez seja duro pensarmos
sobre as consequências dessas assertivas, mas não há salvadores externos de
nossa pátria, ledo engano. Possuímos nossas reservas do óleo bruto, se estão
usurpando do Oriente, que não venham fazê-lo aqui, pois o território é dos
brasileiros e as melhores indústrias que temos ainda são as nossas, ainda um
pouco incipientes, mas com condições, como qualquer nação que queira a
independência do fabrico de suas máquinas, de desenvolver dentro de padrões que
competem a seu povo. Sustentar esse paradigma é permitir que saibamos construir
não apenas em nossas expressões e atividades quaisquer, mas em conformidade com
uma ciência emergente que nos permite abraçar tecnologicamente os novos padrões
mundiais. A respeito desses padrões, que remontemos a simples lógica de que
para sustentarmos uma consciência produtiva majorada, beneficiaremos nosso
próprio povo quando este souber caminhar com suas próprias pernas. São bem
vindos logicamente os conhecimentos que podemos adquirir de nações mais
avançadas neste nosso mundo, mas seria igualmente proveitoso termos um carinho
maior pelo país, no sentido de querer construir uma sociedade própria,
independente, dentro do único caminho possível, que é o da democracia, dentro
da legalidade de nossa Carta Maior, a Constituição de 1988. Esse tem que ser o
padrão, e a razão de luta, pois estamos vivendo agora – esperemos que
provisoriamente – uma certa irregularidade institucional, uma disputa entre Poderes,
que pode nos levar a banalizar o litígio, a contenda, a gratuidade de modais
como o preconceito e ações de abusos.
Posto
o que está em jogo realmente em nosso país sejam as riquezas que possuímos, que
olhemos para o nosso povo, vejamos que passa por necessidades cruentas, que
atendamos ao fator humano, à felicidade e aceitação das massas, à construção de
uma sociedade decente com relação ao progresso e a uma ordem social que tenda
nesse sentido, de justiça e solidariedade, de educação e saúde, de críticas e
debates, de soluções onde achamos que não há saída. Desse modo, pensemos na
prerrogativa necessária onde em um futuro olhemos para trás apenas nos
lembrando que todo o equívoco que cometemos pode tornar-se emblema de soluções
mais abrangentes e que atendam ao clamor de uma terra Pátria.