quinta-feira, 30 de novembro de 2017

NÃO ANULEMOS OS PROPÓSITOS

            Caramba que na verdade somos feitos de uma argamassa teimosa, por vezes... O que temos por construir em nós mesmos no mínimo é uma janela para que possamos nos ver mais do alto, pois de rebaixos ao menos estamos em terra, mas não necessariamente que a verdade de nossa circunstância existencial não nos permita voar. Nada a ver alçar voo sem asas, de um prédio, como o Superman, ou a realidade da crise dos anos trinta... Não, convenhamos que apenas sejamos a autenticidade em mostrar aos seres tacanhos como burros treinados na burrice que a nossa inteligência pede passagem. Temos as pernas para caminhar, mesmo que estejamos mais trôpegos que os vulgos, mas é só sabermos ir com mais consciência, que seja, onde quisermos, obviamente nas veredas do bom senso. Essa coisa de filtrarmos a mesma consciência parece o lúdico de amostras, um cenário de filme inacabado, uma anulação de qualquer proposta mais sólida de vida. Se estamos desconfiados por A + B, tentemos equações mais rudimentares ainda, que podemos ainda sorver de um bom vinho, ou mesmo uma coca cola diet! Ufa, seria muito bom relembrarmos períodos da vida em que o mesmo aspecto lúdico nos encantava com os jogos que as novas gerações não conheceram fora do espectro do início dos Atari, e etc. Claro, quem vos fala não pode omitir o cigarro pois, pessoalmente, dá um prazer, haja vista não beber um único gole, nem de artesanais.
Não anulemo-nos perante nós mesmos. Caramba, sejamos um país! Uma desforra à altura da grande equação que se cria, esses cálculos do sem nome, é contestar os meandros das dificuldades, e simplificar resultados. Não precisamos ter o luxo como ponto alto, posto seu residual é alto demais, e bem nocivo: quanto maior a suvi, maior o tubo de gás carbônico, ou quanto maior a casa, mais árvores são derrubadas, sim. É sim, da Natureza que estamos querendo pontuar nossos créditos: a defesa Dela, dessa deusa que possui inúmeros nomes, tais como o Sol, a Lua, as Estrelas, Árvores, Pássaros, Insetos e, pequeno detalhe, o ser que tem se virado o nada, o fracasso em direção a Ela, o que se diz sermos, humano. Não bastam protocolos de kioto ou frança. Não bastaram.
No entanto, ainda somos alguns, ainda somos muitos, mesmo sabendo que enquanto esquerda briga com direita e vice e versa, ambas se atravessam sobre o caminho da preservação, e resta como pano de fundo pirotecnias de mísseis atômicos. Aí vem a pergunta: de que valeu a História? Todo esse retrocesso global é história? Seremos os caminhantes da vida, ou melhor, caminharemos sobre que praias, a ver que podemos ensaiar quiçá um filme romântico, mas de estúdio, com areias e luzes artificiais, ou ainda melhor, com um micro clima de realidade virtual, na França, no Japão, mas não na África, pois os diamantes pedem a passagem antes, a poder-se constituir cenários no primeiro mundo. Caiamos na verdade de prezarmos pelo nacionalismo, pois não seja na América Latina que queiram botar as garras... A discussão morreu? É ainda o combustível fóssil na jogada? Então, o petróleo é nosso, meus caros amigos que veem o nosso país como fonte de suas próprias e especulativas certezas. Talvez seja duro pensarmos sobre as consequências dessas assertivas, mas não há salvadores externos de nossa pátria, ledo engano. Possuímos nossas reservas do óleo bruto, se estão usurpando do Oriente, que não venham fazê-lo aqui, pois o território é dos brasileiros e as melhores indústrias que temos ainda são as nossas, ainda um pouco incipientes, mas com condições, como qualquer nação que queira a independência do fabrico de suas máquinas, de desenvolver dentro de padrões que competem a seu povo. Sustentar esse paradigma é permitir que saibamos construir não apenas em nossas expressões e atividades quaisquer, mas em conformidade com uma ciência emergente que nos permite abraçar tecnologicamente os novos padrões mundiais. A respeito desses padrões, que remontemos a simples lógica de que para sustentarmos uma consciência produtiva majorada, beneficiaremos nosso próprio povo quando este souber caminhar com suas próprias pernas. São bem vindos logicamente os conhecimentos que podemos adquirir de nações mais avançadas neste nosso mundo, mas seria igualmente proveitoso termos um carinho maior pelo país, no sentido de querer construir uma sociedade própria, independente, dentro do único caminho possível, que é o da democracia, dentro da legalidade de nossa Carta Maior, a Constituição de 1988. Esse tem que ser o padrão, e a razão de luta, pois estamos vivendo agora – esperemos que provisoriamente – uma certa irregularidade institucional, uma disputa entre Poderes, que pode nos levar a banalizar o litígio, a contenda, a gratuidade de modais como o preconceito e ações de abusos.
Posto o que está em jogo realmente em nosso país sejam as riquezas que possuímos, que olhemos para o nosso povo, vejamos que passa por necessidades cruentas, que atendamos ao fator humano, à felicidade e aceitação das massas, à construção de uma sociedade decente com relação ao progresso e a uma ordem social que tenda nesse sentido, de justiça e solidariedade, de educação e saúde, de críticas e debates, de soluções onde achamos que não há saída. Desse modo, pensemos na prerrogativa necessária onde em um futuro olhemos para trás apenas nos lembrando que todo o equívoco que cometemos pode tornar-se emblema de soluções mais abrangentes e que atendam ao clamor de uma terra Pátria.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

MOLDES SOBREPOSTOS

            Há quem diga que o Estado como instituição é um ente quase abstrato. Não propriamente, mas a compreensão da entidade Estado pode ser interrompida pelo ignorar-se a que ponto começar para se compreender o fenômeno das sociedades, incluso que muitas o possuem de modo quase anárquico na Ordem que se crê, em outras que se creem igualmente, fenomenologias de fundamentos equivocados. Há uma passividade em ouvir de outros o que nos chega, há uma cumplicidade em vermos somente os erros, em dividirmos o equânime do justo, o anátema do problema, a equação do resultado... Se nos predispomos aos rótulos dos lados, devemos saber que estibordo e bombordo estão separados na sua realidade, mas em relação à rosa dos ventos podem estar avançado um e recuado outro, mas estão sempre mirando a proa em sentido igual, e dando margem à existência do barco, enquanto popa igualmente configurada, em que esta não é inferior àquela que corta as ondas, posto geralmente impulsionar o barco e dar a direção. Nos lemes, quase tudo funciona deste modo. Nas pranchas, o modo pode ser sobreposto, e no entanto na engenharia não estamos muito distantes do que é mais rápido, do que possui torque, de um barco de tração tipo rebocador, ou mesmo de um submarino, todos com orientações cabais e indispensáveis à compreensão de nossos limites frente à Natureza e seus oceanos. Posto isso, resta sabermos navegar e enfrentar procelas!
            Não demos termo à virtude, pois esta é necessária, e estamos todos no grande barco, e não deixemos apenas a pirataria vencer. Quando sempre, tentemos dialogar com todas as nossas forças, aspirantes a algo ou não, já que barcos trafegam e a ilha é o nosso chão, o nosso mundo. Um continente é uma grande ilha, e outros se sucedem, trilhas existem por terra, mar e ar, comércios são trabalhados saudavelmente e injustiças podem não aparecer no rádio da embarcação, mas certamente em outros correm notícias, com críticas salutares ou, infelizmente, intolerâncias de ocasião, penetras, disformes, preconceituosas, ou mesmo oportunamente salgadas e opressoras com relação a outras plagas. Termos a consciência dessas prerrogativas e saudar o fato de mais marujos ou pescadores saberem da realidade mais última, mais abundante, mesmo enquanto limitada em nossas idiossincrasias, é fator relevante para que alguns não sobrecarreguem mais do que seu peso e suas medidas, que caibam estas na intenção patriota de sermos quem somos: um país livre, sem moldes sobrepostos, onde certas máscaras fazem parte da rotina de uma superexposição midiática que já vai dar os costados em um risível circo onde a hora é a dos palhaços. Essas âncoras que não são as melhores, pois não possuem corda o suficiente para atracarmos em portos ou enseadas mais seguros, já que algumas até nos fazem boiar no contrapeso...
            Por mais que alguém nos olhe com olhos iracundos, por mais que um vizinho teça um ódio gratuito por usarmos uma roupa qualquer, por andarmos mais trôpegos, por pedirmos um pão, por sermos pobres, negros, mulheres de vanguarda, por dissensões religiosas... Por mais que haja algo assim, saibamos que estamos em uma vereda, e as pedras que caminham na frente dos nossos jardins, por vezes com muros gradeados, podem se rir, podem negacear com firulas irônicas, mas de outra feita são moldes sobrepostos, onde porventura podemos escolher os primeiros e mais suaves, talvez de outras primaveras, talvez em um inverno confortável, posto esse mesmo ódio é naturalmente transposto pela sinceridade, mesmo quando pertence a grupos que pregam o sectarismo ou monstruosidades afins. Só lamentamos se não mudarem, pois a hora do mundo mudar é sempre a mesma em toda a eternidade, já que alguns nascem mudando, e alguns murcham suas vidas em vinganças sem rumos, mesmo que involuntariamente, ou calcados em certezas que de sóbrias só falta a roupa em que o último molde se sobrepõe àquela primeira certeza de que nada seria o mesmo se abrisse o coração sincero à verdade, que é o bom senso de se navegar com os quatro pontos: referências da embarcação, e as estrelas que estão no céu para isso mesmo, dizer-nos que são maiores que nosso mundo, mas que sempre estiveram a orientar os nossos rumos! Por ventura vemos na face de um irmão, companheiro, camarada, parceiro, ou – vejam só o estigma dos nomes – seja o que for, consanguíneo, amigo, apenas alguém. Quando este alguém possui dúvidas com relação a certezas em que se frustram por vê-las dissecadas por uma realidade confrontada concretamente, pode não se dar conta que a realidade em si da espécie que julgamos mais evoluída, que pensamos ser, está partindo para um hedonismo ou em participações paliativas quando pensam que na horta orgânica apenas está o consentimento de não destruir a Natureza. Quando conflitos dessa ordem surgem em suas psiques, pensam que o que está valendo é ganhar a riqueza perdida, aliar-se a todo o tipo de truque escuso e fomentar uma espécie de vida liberal que nada tem a ver com uma consciência maior coletivizada, ou seja, como em um formigueiro, solidária e conforme, sem o egoísmo que nos separa de uma triste condição que assola os mais vulneráveis. Alguns podem se perguntar: para que serve um portador de doença mental? No entanto, as sociedades contemporâneas trouxeram para seus múltiplos extratos sociais essas condições de uma enfermidade secular dentro de uma paradoxal saudabilidade, posto muitos seres que se fazem saudáveis estão partindo para agressões dantescas, enquanto a maior parte dos enfermos psíquicos sofrem agressões com origem em atávicos preconceitos.
            Resta sabermos, os moldes vestem o caráter humano, mas chega-se à conclusão que o paradoxo humano é o inumano, quanto deste ser é necessária a mesma conduta para fazer valer a competição animal em que se tornou o mercado “livre”, em que os que são qualificados para um trabalho qualquer têm que possuir o mesmo caráter algo cruento ou sexy na instrumentalização dos eventos em que se consome o trabalho mesmo no ato do recrutamento. Se não contextualizarmos que muitos dependem de um barco para navegar, estaremos ignorando que outros precisam daquele para sobreviver, e não é citando apenas as fronteiras externas, mas aquelas que possuímos dentro de cada qual, em cada ser - humano ou não, quando se fala da Origem e da Natureza.

domingo, 26 de novembro de 2017

MOTIVAÇÃO VOLUNTÁRIA

           Algo de bom nos motive, algo de construção, de discussão e debate saudáveis, posto agregar contendas por idiossincrasias, mesmo sabendo que há muitos como pedras imóveis e renitentes no erro, cabe a uma certa providência que o diálogo se torne mais frequente, para que não saiamos no grosso modo grosseiro de nossa possível soberba, ou arrogância. Há que se ter uma humildade necessária, pois não é na questão de posição social, ou distribuição de poder que estaremos motivados para agir incorretamente, ou de modo desumano. A questão civilizatória de um país como o Brasil há que ser estudada, e essa por suposição lógica deveria merecer a que estejamos mais motivados nesse conhecimento. A história é disciplina muito importante, pois é a partir dela, e com uma crítica bem fundamentada, que passamos a revisitar nossas próprias arquiteturas e o domínio dessas questões cruciais ao entendimento de nosso papel, e o que seja a cidadania: o aspecto mais importante do ser social. Quem se beneficia em uma construção a partir dos fundamentos democráticos, quem mantém a chama acesa no sentido de ainda acreditar na Democracia como restauro de nossos edifícios seculares, encontra sentido justamente no entendimento e na questão da valoração do ser em si, qualquer que seja, independente do ganho, dentro da margem societária conforme e honesta. Há que se clamar para que nossas instituições não caminhem tortuosamente na especulação simplista de que agora estará valendo mais um bíceps do que um braço, ou uma arma do que uma cabeça pensante… Todos têm os seus papéis a cumprir, e nesse caminho é logicamente mais aceitável que partamos para uma ciência não apenas material, mas igualmente espiritual, pois as formas do mundo vertem sobre nós os mistérios da carne e do espírito. E, ao pensarmos na centelha divina também estaremos pensando na matéria e suas idiossincrasias, e é justamente em um Estado Democrático Laico que podemos ser mais compreensivos e tolerantes em relação a todos, e esse é o ponto mais importante para que se possa pensar em uma sociedade em que emerjamos como nação mais independente e sustentável. Logicamente que um asceta e um agnóstico possuirão diversidade nas opiniões, e igualmente é fato de que, para mantermos uma nação sustentável em seus biomas, temos que permitir que avance uma democracia participativa, no sentido humano de equalizarmos possíveis atritos que se possam resolver através de uma sustentabilidade do diálogo e do debate, para que possamos estar com melhores representantes nas esferas do poder tripartite.
           Qualquer discurso não pode ser motivado pelo ódio, pois esse padrão cega as gentes, torna o conflito inevitável, donde emergem certos grupos que gostam do caos e da anarquia para manipular formas de luta já arcaicas, já que não torcemos por guerras ou barbáries similares, e não somos um Brasil para isso. Nas horas vagas, ou não, arquemos com uma motivação voluntária, ou seja, conversemos, dialoguemos, façamos escutar a voz de quem sabe algo do mundo, aprendamos com os livros, com os idiomas, com as diferenças… Essa atitude pode partir de uma cidade, de uma rua, um bairro, posto hoje o que é discursado entre uma mosca e uma abelha pode se tornar viral se elas realmente falassem entre si. E quem de nossa espécie pode afirmar que outras não dialoguem? Essa motivação democrática de se não isentar seres, pode mudar a face do que alguns homens e mulheres fazem com os animais em termos de brutalidades, ou mesmo entre a própria espécie, em que o valor toma conta do ato, sem cogitar que o planeta urge por uma paz, uma paz com justiça social. Tornar da bondade um serviço voluntário é ainda acreditar em um mundo melhor: e ainda dá tempo!

AS PÁGINAS DO CÉU

Tanto a reconhecer de um quase infinito das nuvens
Posto que além está o azul em que respiramos a continuidade
Na terra que fincamos os pés quais árvores em andamento
Veremos que o céu é sempre distinto em seus mesmos ventos…

Em páginas eternas na existência mesma do planeta em que estamos
Há de sabermos que não as viramos, apenas jogamos resíduos
Em que infelizmente não consertamos o erro, por hedonismo confortável.

Mas há de virarmos quando queimamos florestas inteiras, e que não há
Um ser maior quanto a Natureza, que nos revire mostrando que existe
Quanto a saber que o mesmo céu é do infinito enquanto a primeira estrela!

Anos luz nos separam de nosso próprio entendimento, que seja, escolha
Que fazemos ao irmos a um congresso de aquecimento global em protesto
E voltamos com uma caminhonete carregando o ar com o nosso egoísmo.

Haveremos de criar consciência, não procrastinar deveres é a função
Que nos determine em poesia que possa parecer crua e duramente fluida
Que os versos de nossas atitudes não ajudem mais a secar a vida.

Seja por essa razão que não entonteçamos nossa existência, não mais,
Pois se houvesse o tempo que não encontramos em nossas gavetas
Não pensemos na indústria que nos enriquece como um grande negócio.

Ah, sim, o estudo, posta-se, estudemos, mais e mais as questões
Em que quando pensarmos em energia limpa, sejamos mais livres
A saber que a falta de saneamento também é problema de ordem mundial.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

VESTIR-SE

          Vestimo-nos agora com roupas quase imateriais, quando nos damos conta da beleza da Natureza. Seria bom, talvez, que o encontro com uma vida espiritualizada fosse partilhado com os pássaros e seres que nos acompanham sem que vejamos esse fato quando deles nos separamos por causa de nossa soberba. Não olhamos melhor para a terra, o céu e a arquitetura de nossas vidas. Pautamos por encontros virtuais, mas creiam que é na mesma Natureza de sempre que teremos as respostas para os duros dias que por vezes se apresentam: nas rochas marinhas imóveis, em um campo de lavouras, na pigmentação que o sol imprime em seus matizes, ou no movimento maravilhoso de uma formiga… Não que sejamos existencialmente uma única vertente, mas os novos meios traduzem um comportamento assaz previsível no ato reflexo em que não termos os smartphones nos levam a desconectarmos do mundo. Mas temos que observar que a conexão com o mundo não precisa passar necessariamente pelos meios eletrônicos, como são utilizados agora, onde autorias mais longas perdem espaço para o comércio ilusório dos atentos olhos que nos assistem na grande rede que abraça a “quase” todos, no modal inclusivista, e deveras imaginário, posto não ser exatamente a mensuração afetiva real, se porventura igualmente existisse esse absurdo, esse teatral caos, panegírico de nós que não mais somos como era tudo o mais, em uma questão temporal.
          Possuímos uma janela bem indiscreta com relação à vida de quase uma totalidade, nos meios eletrônicos sociais. Uma rede que murcha e infla, que faz e desfaz famas, que corre atrás dos mais cônscios, que exclui externamente os que não estão inseridos no contexto e que cria semânticas de linguagem indireta, dependentes do contexto aquele, x ou y. Se um qualquer pode dissuadir sobre a maquiagem sistêmica, isso pode ser altamente aproveitável, pois abre ou apoia outros canais de percepção e universos saudáveis porquanto críticos de comportamento individual ou em equipe. Esse anteparo filosófico faz a refração logicamente aceitável dentro de novos padrões de conhecimento e apreensão das diversas realidades que inevitavelmente fazem parte dos nossos tempos. Mais ou menos como na ótica, a ciência e seus prismas, e sua quebra para vermos melhor a luz! No momento em que democratizarmos profundamente nossas sociedades em termos de participarmos dos funcionamentos que matematicamente, ao ampliarmos esse conhecimento para muitos, temos dos sistemas a que participamos, aí sim, de forma a sabermos como funcionam as máquinas de computação, estaremos mais cônscios de como utilizarmos melhor essa grande ferramenta que possuímos muitas vezes sem saber a nossa posição real nesse processo de mudanças tecnológicas mundiais. Justamente quando soubermos da importância do papel e do lápis, da caneta e do caderno, suas transcrições e suportes computacionais, da matéria em si, seremos mais aptos para reconhecermos o ser que somos, a partir da lógica e do sentimento, e não depositando nos conflitos de interesses todos os esforços inúteis que apenas levam à regressão a existência do humanismo como ponto vital e fundamento de uma vida melhor, para todos os que habitam o mundo.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

NO MEIO DA VÍRGULA EXISTIA UMA LETRA

Acha-se no ponto a pausa aberta, fixa, perene e conclusiva,
Mas a palavra que encerra um significado igualmente concorda
Em que outras pausas sucedem, mas que nenhuma siga virgulada.

No entanto há linhas em que seu final demanda uma preparação
A ponto de encontrarmos na vírgula o que demonstra a um período
Que teremos outro na continuidade de uma poesia em si inacabada.

Até então, que seja, mas que propriamente uma palavra de carinho
Possa ser regiamente adornada por um significado nada oculto
Posto a mesma voz que canta a poesia encontra nela o remanso…

E é nesse tempo de uma situação de outrora que nos pilares da Terra
Podemos ver a situação de outras letras no caminho de um inseto
Que busca infinitesimal a aurora de seu imenso e perene sol!

Que se olhe placidamente a poesia com o olhar sincero e terno
Para que, no sono de uma primavera em que dormimos com as flores
A gramínea possa dialogar com um corpo de um homem com sensibilidade.

E a arte vem antes e depois da vírgula, mas que no meio desta um segundo
De possibilidades remonte ao século que se possa fazer alguns versos
Segundo uma disposição algo madrugado de sabermos fazer crescer a Lua…

domingo, 19 de novembro de 2017

ATMOSFERA IMPACTANTE

          Aparentemente, vivemos em uma atmosfera sem fronteiras, onde muito do que sentimos, vemos, escutamos, em tese nos é como algo em que não possuímos as dúvidas de quem realmente somos enquanto seres que vivem neste planeta. Tanto assim procede que estamos destruindo-o como se rompêssemos com nossa própria fragilidade enquanto espécie. Justo que as mesmas fronteiras que julgamos inexistentes participam do fato de que pouco a pouco estamos redefinindo coisas que não vem de encontro com a ampliação de nossa cultura, pois as raízes dos povos estão sendo limitadas com uma restrição de nossas expressões mais fundamentais. Obviamente há positividade com a nova tecnologia, pois antes as pessoas não tinham como serem vistas como hoje, com a miríade de possibilidades de leitura do que se diz na internet. Grandes são os inventos… No entanto, sempre que há uma revolução tecnológica, mesmo que esta venha a tomar mais tempo do que apenas o fato de seu surgimento pontual, a crença em novos meios de comunicação – por ventura em nossos tempos – acabam por deixar as artes plásticas e o artesanato em segundo plano. Justamente porque quando uma grande inovação tecnológica e toda a sua parafernália é criada, sempre há aqueles que detém um certo controle, e as relações de poder acabam por definir certos rumos onde, no caso da informática – tecnologia da informação – a mesma informação vira moeda de troca, onde as leis do mercado passam a definir as regras, aliás, hoje inevitáveis, frente ao poderio das grandes potências mundiais. Resta sabermos que podemos aprender com as inovações, mas igualmente termos condições de fabricar as nossas máquinas, pois apreender sua confecção é como descrições sobre as maravilhas da engenhosidade humana, desde o chip até o monitor, certamente. Daria para enxergar sob esse prisma, posto sabermos como produzir toda uma máquina do princípio ao fim é impactante e nos deixa moralmente mais felizes, sem sombra de dúvidas.
          No entanto, o impacto que nos daria chegar aos extremos do conhecimento das pontas tecnológicas ainda não será suficiente, mesmo ao criarmos um robô quase “perfeito”, saber sobre o insondável mistério da Natureza, tanto na matéria como no espírito. Mesmo porque não podemos criar sequer uma atmosfera que seria quiçá deveras impactante ao assumirmos um poder que alguns luminares da ciência considerariam como o do Criador, posto muito antes das possibilidades da robótica não podemos sequer construir um mosquito: a sua engenharia e, muito menos, sua centelha sagrada ou atma…  

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

SE AS RESPOSTAS FOSSEM UMA

          Dá-se a leve e não tão leve impressão de que as sociedades se constituem de um certo motor, um sistema, um modal operativo na retaguarda de seus funcionamentos, de um arcabouço mecânico – até certo ponto considerando o digital –, que seja, um tipo de máquina a que temos que arcar com seus óleos, suas engrenagens, seus timings, suas esferas, espaços, setores, áreas… É certo que muitos competem com rigor no sentido de fazerem crescer créditos por vezes a um prazo curtíssimo, de fazerem operar verdadeiras circunstâncias nada atenuantes, onde um engole o outro, nessa estranha carnificina ideológica, na acepção crua do preconceito de que um quando está, está, se não confere certa aceitação é talhado de inconsequente, de firmarem responsabilidades nas costas de quem assume as suas sem nem sequer a solidariedade de pessoas que se dizem “companheiras”. Um palco de virtudes, a ilusão de heróis mortos já há mais de décadas, a memória tosca e rudimentar de rancores de tempos idos, o que faz recrudescer uma ignorância monolítica em que sejam dados os nomes: na direita e na esquerda, um tipo de via em que os carros beberrões se chocam sem terem sequer noção da festa em que estiveram há cinco anos. O discurso participativo é inócuo porquanto despreparado, e falta a nosso país a luminar transcendência a tudo o que é pecha de que a vida espiritual é uma ilusão e de que a vida material igualmente é. Ou os meios termos em que ficar rico é benção divina. Espere-se, temos que aceitar, todos são muitos e seguimos comendo animais mortos seguindo a cartilha do matar vacas pode e lambuzando-nos com churrasco com cerveja e os atraques mais “sinceros” onde a carne é fraca. Muitos de pouquíssimos se lambuzam de vinhos de ótima safra e arenques defumados, mas está valendo tudo, pois até os MMA têm seu lugar de bons gladiadores no painel de um cinema onde vemos a violência mais graúda a troco do esforço desses atletas.
          Precisamos não ver tanta complexidade na totalidade dessa engrenagem. A princípio, considerando que vivemos um tipo de realidade virtual, ou um reality show em termos de visibilidade e aceitação de que somos muitas vezes expostos inclusive intimamente, vejamos os filmes produzidos comercialmente, que são os que estão pegando. Temos a receitas: violência, sexo, drogas e horror, nos mais criteriosamente nocivos. Isso dissecado, havemos de aprender como são realizadas as sequências, e um estudo dessa arte é de vital importância: os textos, os contextos, os arquétipos, os signos, as similaridades com fragmentos históricos – na maior parte. Veremos como funciona a indústria que convence e que finalmente acaba espelhando na mente mais passiva, que não vê por através, o que se passa de ficção ou realidade na sua percepção com essa espécie de olhar “preconcebido”, ou seja: em resumo, não devemos caminhar na direção da violência, pois temos de estar conscientes que não devemos igualmente apoiar gente que permite que passemos a nos armar. Talvez por estarmos obcecados em lutas agora já meio inócuas, talvez pelo fato de nos sedarmos com alguma substância psicoativa para uma anestesia que nos faça esquecer a semana dura, permitimos passivamente que nos entre cabeça a dentro a própria noção de impotência sobre como participar de alguma mudança, que não seja torcendo a favor da violência ou cooptando nossa consciência a favor de nossos próprios e personalíssimos golpes naqueles que são mais ingênuos ou menos inteligentes.
As respostas são tão dinâmicas quanto a noção do tempo ainda linear em vários aspectos, quando estamos em um feed, por exemplo, ou mesmo em uma questão procedural, imperativa, com comandos que muitos aceitam sem pestanejar, a fim de fazer algo e sendo utilizado como instrumento de utilização de dados que muitas vezes ignora para o que servem ou qual a finalidade. Em um aspecto mais remoto, os sinais e impulsos gera um tipo de sinapse eletrônica a que o flash é conhecimento tão pontual quanto os fragmentos que os completem. Por isso certos equívocos em ignorar o grande estudo aprofundado e necessário dos tempos de alta tecnologia, onde a tecnologia da informação é algo talvez superior à noção histórica e marxista das relações de trabalho e capital no século retrasado, em um tipo de razão que não encontrará mais ressonância, se dito na cartilha, com as populações que já estudam sistemas informatizados onde o significado e a lógica já assumiram outros níveis de complexidade. Acabamos por enfrentar uma separação do trabalho ainda formatado na questão da acumulação do capital com base na exploração e setores da economia que transformam cifras em geração de rendas astronômicas, retendo grande parte dos valores do planeta em mãos de pouquíssimos eleitos pelos grupos astronômicos de poder financeiro.
          A única resposta que temos é sabermos que cada ser humano deve fazer seu próprio estudo, compartir suas experiências, estudar lógica, matemática, e as artes que servem em momentos como estes que enfrentamos na América Latina e do Norte, como em muitos países do Ocidente – quando se fala da carestia cultural – um refúgio algo secreto e necessário para que – nos contatos com materiais mais artesanais, mais relacionados com a Natureza, possamos reverter quadros em que o respeito e a cidadania seja o motivo em questão. Em síntese, quando o respeito e a cidadania alcança o respeito à Natureza e a contestação dos modais industriais de produção de alimentos e tratamentos residuais, poderemos contestar o modo como vimos transformando os recursos naturais em apropriações indevidas para gerar mais e mais riquezas no planeta, e que essa corrida sobre esses tesouros de cada continente deve saber que cada qual é o proprietário de seus mananciais, e mais vale uma mina de ferro desativada do que perder todo um vale com águas que já são a maior riqueza natural, humana e de todos os seres que temos no planeta!

A ARTE E O OFÍCIO

          João gostava de seu trabalho. De qualquer modo, passara por tanto e tanto na vida que agora estava aprendendo a carpintaria. Mas pulara de ofício a ofício e no entanto apenas soube o como e igualmente aprendeu a ensinar. Não era um professor formado na Universidade, mas em todas as obras em que exercia o ofício ensinava àqueles iniciantes a arte do trabalho, sem que se desse por conta de que não conseguia ele próprio atinar em apenas uma função, ou seja, possuía temperamento de estranhar em ficar parado em foco, em atenção, pois sua mente parecia estar em ebulição permanente. Dava uns toques aos amigos, dizia que temperos usara na cozinha, como lavara melhor a louça sem grandes detergentes e se gabava, apesar de isso não ter nada a ver com um pensamente mais lúcido, de beber água da torneira… Muito se lhe passava na cabeça, e viver com uma companhia lhe era complicado, já contava na meia idade. A arte era a única coisa que o absorvia mais, com toda a sua técnica, não apenas nas artes visuais como um pouco na literatura, este um território imenso com todas as suas letras. Mas nunca ganhara um níquel com a mesma arte, e no entanto seus ofícios na verdade complementavam-na.
          Muitos o achavam esquisito: com seu violão, sua forma de pintar, seus resultados em textos, mas João – em virtude de tantas as dificuldades que enfrentara em suas veredas – era feliz a seu modo, com o que tinha, mesmo com uma liberdade algo cerceada, posto encontrar encantamentos na Natureza e companhia onde menos se espera de um mortal. E, no entanto, aprendia coisas para construir quiçá em suas fantasias e expressões, um arcabouço de variedades que consentiam com algo que muitos não compreendiam, já que a ciência tomava a dianteira com as suas maravilhosas coisicas. Também o fascinava a ciência, os filmes, mas sempre tentando aprender com os roteiros esmiuçar o processo produtivo da indústria do entretenimento, e a computação era mister para ele com todos os recursos com os quais pode contar o vivente do século XXI!
          Tantas esperanças possuía em que muitos ou a maior parte da população soubessem os ofícios e seus diversos materiais, pois quase invejava um bom engenheiro ou um excelente médico, já que João não possuía diploma, e não era propriamente a graduação, mas a qualidade do profissional o que o encantava. A excelência, a competência a qualidade, como quando compramos batatas e temos que escolher, ou mesmo termos boa terra e bom lavrador. Essa metáfora de certa forma óbvia a que compreendamos o significado mais simples da existência. Chega a ser fundamental buscarmos simplificar, desde porventura o nosso affair com o divino no pensamento quanto a busca que temos de modo árduo para saber a verdade de nosso mundo, o que pode se tornar complexo se cairmos na artimanha da dissimulação… Posto a vida serpentina não seja ideal quando estamos e queremos estar na questão da sinceridade. E o que seria a vida serpentina? Senão algo que porventura não sabemos que a vida seja de fácil compreensão, e na verdade a simplificação é importante pois revela a compreensão compartilhada, ou a própria solidariedade entre o entendimento de alguém que saiba a uma consciência majorada naquele que ignorava a compreensão do tema. Seria de João a tarefa existencial mais conforme com as situações em que, na sua forma de viver, amava lecionar, amava compartir e, principalmente, o estudo como base de sua compreensão a respeito da natureza e sua ciência. O estudo que tantos países ou grupos provaram ser um verdadeiro mote de desenvolvimento: desde seu particular como ao todo. O estudo autodidata, sem a pretensão de ser universal, pode vir a ser mais do que sem a riqueza dos livros, os grandes mestres da cultura dos povos de origem civilizatória onde a imprensa graças a Deus fez a sua agregação cultural, dando margem a que muitos tivessem acesso ao conhecimento. Pois algumas coisas são tão importantes, tão cruciais ao universo humano como foi efetivamente a criação da imprensa por Gutenberg. Essa transposição do acesso antes restrito da cultura das letras veio permitir democratizar os textos e as gravuras para muitos. Esse paradigma tecnológico construiu as bases para a sedimentação da cultura erudita e popular, considerando o tempo que se sucedeu até nossos dias. Com base nisso apenas está uma história de João, ilustre anônimo que não era teórico mas aprendeu com os livros.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

A EQUAÇÃO INFINITA

         O mantra devocional remonta ao infinito. Esse mesmo mantra Hare Krsna em que muitos olham com ceticismo quem o segue, que na aparência não muda, mas que na verdade faz parte de uma equação infinita… Nos liga a Deus, e talvez não se fale dessa importância já que muitos se apegam ao caminho mais fácil ou mais numericamente provável, enquanto cantar as dezesseis voltas da japa-mala traduz um sacrifício desta Era das desavenças e da hipocrisia, uma Era chamada Kalyuga que tende a se tornar pior, conquanto não sabemos explicar os estragos humanos, e não é através das riquezas que vai se melhorar a vida de pessoas tão condicionadas materialmente. Cante-se o mantra, que é possível tudo quanto de sabermos que a associação com pessoas santas é o verdadeiro caminho  de luz!
           Por uma experiência própria, quando olho para uma pintura devocional de Krsna vejo a verdade, a verdade de um santo do século XX. Seu nome: Prabhupada. O texto é breve, o cansaço bate, mas é através do serviço devocional que poderemos estar contribuindo com nós mesmos o fato de estarmos na vereda de luzes infinitas e eternas, a ponto de necessariamente podermos saber que estamos por aqui de passagem.



terça-feira, 14 de novembro de 2017

A FORÇA QUE FALHA

Letra A, qual seja teu nome
Em linha breve agora mais continuada, que seremos B igual
A tantos que nos dizem talvez algo em que não aparecemos
Em latitudes de nosso conhecer, que a seara deste é longa…

Uma força falha ao poeta, uma força ausente, mas que de dedos
Que não deixam de fluir palavras, que não se ausente, força
Nas letras que esquecemos de citar qual não fossem sílabas!

Letra A, qual seja sua ordem
E outra linha nos apanha, mas agora mais curta
Em que naveguemos os capitães de mais areia
Em que não deixemos recrudescer ocasos a mais
Do que seríamos mais uma linha a completar o tempo.

Outra força falha no dedo, depois de um acorde binário
Sendo a angústia de tantos que não sabemos sequer ensinar
As maravilhas de uma rocha marinha, quem dera, acordada?

Letra qualquer que não nos atinemos em lógicas funestas
Pois de letra apenas não se nos consome aprender no fogo
Do próprio conhecimento em que andamos sob o sol
Do elemento éter, terra, água e igualmente céu!

Não há muita força nos dedos, apenas o consonante respirar
De que dizem ser um cavalo, mas a poesia recorda tempos
Em que se estudava para fugir da vida, ainda que nela inserida.

E, finalmente, não propriamente gran finale, mas o poético encontro
Já crescendo a maré do verso, e o gran miríade de pequenas rochas
Em pedras portuguesas, em mosaicos bizantinos, na plêiade
No que porventura em palavra mágica o mundo não estivesse em guerras.

O encontro, o diálogo, uma música em um gueto, a troca de frase
Algures a poesia falando consigo mesma, em um contraponto
Quase bachiano de sabermos que não estamos sozinhos
Quanto de poder achar as coisas do poder apenas estratégia de incautos!

Ver-se um homem e uma mulher distantes do farol de avisos, amando,
É flor que transcende a vida isolada de uma árvore, quando um seu amigo
A transporta em companheirismos mútuo oferecendo sua presença
Em que a árvore orgulha-se de abrigá-lo sob a ramagem de remansos…

A força agora cessa, e os olhos cerram com a noite, na esperança
De que toda a resiliência seja resiliente, a saber, que não precisamos
Usar de palavras que denotem a própria força, pois de outras ao que sabemos
O mar o diz com seus eternos movimento de milhares de ondas...  

APARENTE MEMÓRIA

          Estamos todos em um imenso oceano, a que cada onda possa ser um reflexo espiritual, mas no entanto torna-se cada vez mais sólida a abordagem material do mundo, de nosso universo, de nossas atitudes perante nossos próprios e sagrados tempos. Não possuímos a memória de nossas devoções, a que um serviço, ou seja, viver feliz, repetindo como um serviço a Krsna: bhakti. Deus pode assumir o que é a qualquer um, não necessariamente em uma escritura seja o único, mas que é uno independente das escrituras… Existem os espíritos das florestas, e igualmente seja óbvio que o homem não é superior espiritualmente a um asno, ou uma vaca. Consagrarmos mais respeito ao nosso entorno nos fará ver igualmente que o atomismo divino permanece em cada partícula infinitesimal da matéria, pois Deus é onipresente, e em cada voz de nossa consciência, pois Ele é onisciente. Essas são premissas de um devoto, mas sabemos que cada cidadão tem sua liberdade de pensar o que quiser, inclusive da inexistência de um criador Supremo, já que as faculdades inerentes da ciência ensarta o conhecimento no cordão das maravilhosas engenhosidades humanas. É facultado a nós o direito, e não precisamos ser bárbaros para admitir que Roma bem o conheceu. Por uma mescla do pensamento aprofundado, igualmente pela faculdade de pensarmos filosoficamente as várias vertentes do planeta que estaremos chegando a níveis mais densos e intensos de conhecimento. As letras, as artes, o conhecimento, a técnica e nossa memória de quem somos por aqui, dentro de uma democrática idiossincrasia e dentro de nossas participações em diversos processos, desde um projeto de economia sustentável a uma profissão liberal, ou mesmo em um trabalho, desde que este seja mais merecedor do que uma exploração desenfreada, e que as formigas nos ensinem, pois são iguais em trabalho e organização, a vermos quão densa e maravilhosa é a Natureza, nossa maestrina.
           Nunca é bom estarmos litigantes com algo, pois isso pressupõe desgastes com relação a uma reivindicação que deveria estar sob uma planificação mais lógica e humana, tornando a sociedade de certo modo mais inacessível. Falemos igualmente das coisas da matéria: ela, em si, sua transformação, a necessidade de todos pelas matrizes energéticas e como dispomos destas em nossos países. Em tese, um país de grandes reservas primeiro deve atender à demanda de seu povo, para depois se preocupar com o excedente. Fechar fronteiras da nação para evitar a busca internacional dos países ricos com relação às riquezas dos mais pobres é um motivo de sermos mais patriotas com as nossas reservas minerais, da natureza e seus recursos, sem falar de nossos recursos humanos, de nossas inteligências, da arte, da cultura como um todo… Não há conteúdo mais próprio do que pensarmos que países mais ricos possuíram em seus processos de civilização riquezas que acumularam muitas vezes espoliando os mais pobres. No entanto, tiveram em suas origens fases mais rudimentares e, através de independências reais e históricas, se permitiram desenvolver pelo menos para melhorar a vida de suas populações. É um tipo de lição básica: em uma casa, os pais tratam os filhos com igualdade, dando-lhes as mesmas oportunidades, dentro dos limites de uma família responsável e saudável, dentro de um ambiente digno, mesmo com dificuldades. Esse é um pensamento nuclear, sólido, dentro da noção que temos da primeira fase da sociedade, onde os filhos, quando exemplares, muitas vezes superam os pais, ou ao menos os igualam. Surgem os direitos, surgem os deveres… A escola, a Universidade, o trabalho. Se em um país todos os seus filhos têm oportunidades iguais, direito à escola, ao alimento, ao trabalho, às artes, faz-se um país melhor no sentido de agregar riqueza de dentro para fora, com suas próprias pernas. Remeta-se a isso a questão da terra, do alimento, dos livros, da alfabetização completa, de fontes confiáveis que não faltem com a verdade e a erradicação das drogas como algo que efetivamente exclui a consciência deixando massas alienadas, no que antes muitos supõem fuga a tudo, ao sistema, ao status quo, no diálogo previsível dessa atitude ignorante que busca o escape sem saber realmente os níveis do que é real ou não dentro de nossos arcabouços sociais.
           É verdade que a televisão como nos é dada hoje aliena e joga com estruturas de poder. Raramente presta serviço que informa sobre algo, como a situação climática, as ocorrências policiais, os desmandos da ilegalidade de certas ações como políticos e empresas corruptas, etc, mas não oferece guarida a serviço de uma contestação ao que se monta no cenário social, exclui notícias, torna-se parcial, manipula opiniões e empodera falsos líderes. Seja um observador liberal ou conservador, ou ainda, de direita ou de esquerda, resta que olhemos com um olhar melhor sobre aquilo que acaba se tornando a anti-história de uma nação, posto não haver progressos substanciais a respeito do andamento de uma “família” que se desacerta…. Um homem ou uma mulher já é suficiente para ter atitudes que emanem respeito social. A diplomacia e o bom senso são os fatores que agregam valor à sociabilização humana. Esse mesmo respeito humano, extensivo – já que temos o poder de sermos mais “fortes” - aos outros seres, nos capacita, dentro do mesmo olhar de vital importância, a construirmos barreiras intransponíveis ao oceano da tirania, da desavença, da hipocrisia e da intolerância, barreiras essas que erguemos com a consciência de todos os extratos sociais, a começar por lideranças verdadeiras por índole e origens históricas. Jamais teremos líderes sem memória, construídos por interesses passageiros, por gana de poder, ou mesmo na sinistra memória que torna sinistro um quadro que o elege, sabendo-o desumano e intolerante…
          Resta que saibamos caminhar, todos, e que caminhemos observando o chão, aprendendo com a terra, sabendo do mar em sua superfície e no que é o ser marinho, e ao céu dando a reverência aos seus seres a à amplidão que nos separa das estrelas… Isso é um fruto maduro de se conhecer e aos homens e mulheres, desde muito jovens, que lhes seja aberto o leque para que saibamos quando já mais velhos que a educação vem do planeta, e as letras e imagens são frutos das nossas interpretações e, portanto, passíveis de mudanças ou mesmo melhores atualizações, sob a circunstância de melhorias na humanidade e sua relação com o mundo.

SERÁ TORMENTA?

Depois de caminharmos tanto, por caminhos que a vida nos leve mais
A mais do que gostaremos que vamos, e vamos mesmo para o tudo...

No teor da análise sintática vemos os votos dos que urgem por clamor
De ventos que a nau não costumava sonhar, mas que levam no caminho
Tudo do pouco que nos resta do que nos deixaram ao resto do nada...

Túrgidas ironias brutas que nos abandonem na questão de mulheres
E homens parentes do desencontro, que de atmosfera mais cálida
Está justa a mesma da sinceridade em dizermos o que realmente é!

Essa empáfia de fazerem negócios mesmo sabendo-se que sendo isso
Serão melhores no palco giratório do luxo lixento – sabe-se – não é
Um caldo da ternura que um homem não deve dar mais ao não merecer.

Posto o Homem ensinou a perdoar, e outros o negaram e continuam
Mesmo sabendo que agora o imperdoável não recebe a justiça
Como a justiça deva proceder por saber que esta sim – quando deve – o faz.

E a poesia, por mais que insuflem questões de provocações anódinas
Sobrevive aos sinais dos tempos, pois de mosquitos insignificantes
O manguezal sulista está cheio, e é no Norte que vemos a pátria.

No entanto a veia europeia não deixa de ser forte com seus quase homens
Transudados na opinião de que um enfermo não priva muito com bacantes
Quando sabe que Baco submergiu em seu próprio cascalho na velha Roma!

As famílias se reúnem, traçam suas negociatas, os políticos correm atrás
De um prejuízo de alguns não terem roubado, mas que um operativo alto
Objetiva uma limpeza que ao povo interessa, a vermos realmente quem eram.

Do alto e do baixo, entram armas, saem divisas, vendem uma Nação, viram mesas
E devemos – sinceramente – que se limpem as mãos antes de entrar agora
No futuro do recinto do que virá a ser a ante sala da grande Pátria Brasileira.

Brava gente da investigação, bravo corpo judicial, brava conduta jurídica,
A estes devemos arregaçar as nossas mangas sem a dúvida de que se prestam
A consolidar uma Democracia que estava cariada em suas entranhas de lúpulos.

Posto que não convenhamos que a grande embriaguez de nosso povo é noite
Já que a sandice é ver que quem poderia e deveria se erguer pelo estudo
Agora não pode mais estudar pois o país não deu mais chances ao ensino.

E que é da classe alta, notas baixas, pois de pais que lavam dinheiro da fé
Estamos saturados na mesma compreensão de que um simples e digno professor
Leva para a casa a pecha de ser ideólogo, e a cidadania veste sua rota roupa.

Visto a noite ser quase um tormento para muitos que não veem em geral
O que se passa na esquina de uma rua onde sairmos para respirar um ar
Verte que só o tenhamos em frente a uma TV qualquer repleta de violência.

sábado, 11 de novembro de 2017

O DEVIR DO QUE NÃO SE SABE…

          Um panorama concreto do que as pessoas querem de suas vidas aparentemente pode ser algo muito simples, mas o simples “querer” cada vez mais subentende que quantitativamente pecam por querer atingir qualidades ilusórias, o que deveria ser mais simples por definição quando se trata de nos desapegarmos do materialismo tão inconsequente quanto a face duvidosa de certas razões. Todo esse arrazoado sem sentido não simplifica, pois apenas instrumentaliza a compreensão dos leigos. Não sabemos onde nem quando estaremos em uma paz de fraternidade, porquanto não termos visto essa paz por onde andamos, mesmo que relutadamente civilizados. O painel desse nosso encontro com nós mesmos pode refletir que sejamos extremamente intolerantes com o próximo, mesmo em nome de Deus. Nada pode ser mais cáustico para a humanidade do que as contendas ou conflitos em nome de religião, pois cada um versa sobre seu aspecto, e o aspecto da intolerância está se tornando um. A dignidade em sabermos que estamos em uma existência equivocada cega os ignorantes que se juntam às massas em nome de algo que está longe de ser o Deus que perdoa. Uma face extremamente fundamentalista que não vê nada mais do que o que está entre o que se lê ao que se lê do mesmo, recorrentemente, àquilo que nunca se leu e que traduz a cultura dos homens, e seus aspectos mais variáveis do pensamento humano. Resta sabermos qual a estrutura desse pensamento de uma única frequência que já se empodera o suficiente para mal gerir o funcionamento de uma máquina que não vê mais um palmo adiante dos olhos. Essa plêiade que não possui conhecimento verte por várias engrenagens, situando-se no apego beligerante como um tosco farnel onde sequer há qualquer comando justo aos seus subordinados, o que torna-se o paradoxo de uma ilusão evidente: nas suas ofensas, nas suas provocações e nos seus preconceitos.
          Claro é que a crítica não alcança a substância de sabermos que estamos em dia com o aspecto da justiça, posto o justo não ser exatamente pressuposto de uma parca maioria que se diz maioria, ou resultado de algo a ver com um tipo de democracia que na verdade foi e é uma forja. Um arremedo de pensamento que a contrarie tem a ver com – no que pertença a uma isenção da crítica – um raciocínio curto e fraudulento. Se quisermos ter força e moral em nossas atitudes, porventura temos que seguir um caminho imparcial e razoável, que puna ou justifique algo baseado na igualdade, sem colocarmos teor ideológico ou político nas questões de ordem judicial ou jurídica. Essa é uma assertiva que merece a atenção, não que se tenda a analisar o pensamento da autoria, mas como ponto fundamental de opinião e cidadania, ainda que quem a escreve não prime da total liberdade, mas de uma consciência relativamente lúcida.
          Ainda que tenhamos conseguido pensar em vários países soluções algo sem futuro próximo, creiamos ser mister planificarmos as sociedades de modo a pensar em diversas gerações, pois o homem habita de tal modo este mundo, que não será atuando com premissas de todo brutas e inconsequentes que se chegará a pormos um termo na fantasia de estarmos lutando sabe-se lá contra quem… A paz pede passagem, e é através do diálogo e de se evitar substâncias psicoativas que não sejam para tratar algo concreto como uma enfermidade que poderemos pensar em um planeta mais sóbrio. Mas não sabemos se isso certamente vai ocorrer. O que ocorre parece-nos uma fuga aos tóxicos, a sua retroalimentação, o uso da violência igualmente como fuga latente da falta de escape cultural como nas artes e o teor incoercível de uma justa que pede um fôlego de bom senso. O sistema acaba falhando, muitos cidadãos não se entendem e acabam confundindo na liberdade sem limites que não passa de farsa. Possuímos as leis, estas devem ser cumpridas, mas resta-nos – no âmbito de um aprofundamento espiritual e filosófico – sabermos como reivindicar pelo voto e pela democracia quais são aqueles que irão nos representar de modo mais coerente de acordo com os regimentos da nação brasileira e internacional, de modo a serem mais capazes de projetar o sonho real e recorrente de termos uma realidade mais saudável para todos os cidadãos.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

SOBRE OS TRAÇADOS

            Algo emerge de uma compreensão alta quando traçamos um desenho no papel. As variantes desse desenho podem mostrar conhecimentos latentes ou mesmo possibilidades terapêuticas... Essas questões elucidam fatos de como podemos ou pensar no papel ou mesmo no desenho automático para trilhar expressões do nosso subconsciente. Não há distâncias entre a mão e o traço, mesmo que os resultados ou a qualidade do desenho demandem cuidados de um bom professor, iniciando no caminho das artes qualquer um, de maneira independente, ou seja, com espelhamentos de seus colegas de classe e a aplicação do mesmo desenho nas leituras que se faz do entorno, do externo e do imo do ser, sabendo-se que um gesto solidário por parte do professor fará ao entendimento do enfermo algo substancial, mesmo que não haja progressão visível.
A vida de um enfermo, por mais que esteja grave em sua psique, jamais deve ser descartada sob o panorama de sua recuperação, e o esforço de muitos – sejam psicólogos, psiquiatras, paramédicos, ou mesmo aqueles que emprestam seu conhecimento em compartir – é de imensa ajuda para se enfrentar essa realidade recorrente em uma abertura de milênio onde os problemas aumentam paulatina e geometricamente, e as soluções por vezes encontram óbices por parte daqueles que não querem dispor de frentes financeiras para isso, ou mesmo não reservam orçamentos cruciais para a saúde pública. A atenção substancial dos governos para o problema da saúde mental por vezes não é aplicada corretamente. Que bom seria termos um panorama social que não gestasse um paradoxo em que a ciência vira palco de si mesma e a curiosidade dos “normais” uma síndrome da segregação e decorrente fixação do estigma a que enfrentam aqueles que destoam dos processos comportamentais ditados pela rotina ou modo de vida da sociedade contemporânea, algo assoberbado, conflituoso e de natureza tíbia nas relações humanitárias, assim, do que existimos no vulgo. Assim posto, não é justo não contestarmos as razões de equívocos que entorpecem entendimentos maiores e vitais para sabermos criteriosamente sobre a natureza do que vem a ser uma estabilidade psíquica para aqueles que, apesar de fazerem uso de maciças doses de medicamentos, se sustém fixos na realidade dos fatos, na verdade de suas atitudes e na injustiça que apesar de tudo sofrem com a segregação, a ignorância e o preconceito. Acreditemos, portanto, que um enfermo que possa botar luzes sobre a questão do problema com sua experiência de vida a outros, e àqueles que não conhecem o universo em questão, deve ser de grande validade, seja nos traços simples de uma ideia, ou mesmo em uma escrita universal que toque sobre a ferida um remédio substancial que auxilie a farmacopeia tradicional no processo.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A CERTEZA DE ALGUMAS PEÇAS

            O mercado hoje é realidade em todos os lugares do mundo. Uma grande e superlativada economia... Mas não vem ao caso, pois a curiosidade é como se fabrica um carro, por exemplo. Como é a vida de um robô, vida útil, bem entendido. Algo que se traduzisse em conhecimento dentro das possibilidades em se trazer da alta tecnologia um ensinamento mais artesanal, utilizando projeções através do papel e lapiseira, ou caneta, quando de mais ciência na expressão. Talvez seja melhor evidenciarmos o rabisco como modal, e não os templates tão usados e as planilhas que dependem da energia e do computador. Para se citar a vida na cidade como uma opção da maioria, mas a realidade no campo tem sua poética, no entanto dura, temos a questão crucial de tornarmos ao menos mais interessante a vida com a mesma poética necessária em sabermos mais sobre a selva de objetos, os emaranhados algo caóticos dos espaços, e a valorização extremamente importante da manutenção e criação de espaços públicos, de nosso contato com a Natureza e sua preservação. As cidades possuem curiosos engenhos. Pois sim, encontrar engenho em tudo, não apenas no que o ser humano cria ou costuma, mas no que temos no mundo que não nos pertence, visto não sermos mais do que qualquer ser... Justamente nós humanos não termos resolvido nossas relações com a Natureza, imprimindo em nossos contextos existenciais a matéria do lucro, do egoísmo, das desavenças e da hipocrisia. Matéria essa requisitada em seus neo-teóricos como saídas escalares em sistemas econômicos, estratégias pessoais, ou treinamentos coercitivos para fim em si mesmo, sem a preparação necessária do uso em favor de uma democracia participativa, a exemplo de um modal civilizatório em que muitos evitam olhar melhor sobre o tema.
            Temos certeza de muito do que vemos, mas a abordagem de seu funcionamento falta à nossa compreensão maior, quanto de sabermos intrinsicamente, como funciona, dentro da mesma compreensão citada, mas no escopo individual ou escolar e fabril; siga-se assim, o plantio da educação, o fomentar científico, as bases da mesma compreensão de vasto e importante cerne na faculdade em que postamos ingerência no nosso comportar-se enquanto indivíduos em sociedade. A questão vai além do simples, mas se simplifica antes do cumprimento da razão, pois o ser racional quando sabe algo, sente-se feliz em saber, não na nulificação instintiva da aquisição de materiais comprados, como as próprias redes de informática, mas no saber em como funcionam seus sistemas em ordem qualitativa e exponencial de fato. Isso é uma plataforma de conhecimento independente, e regra fundamental que seguiram todos os países desenvolvidos do mundo. Se houver uma linguagem em que os nivelamentos sociais compreendam, ou melhor, se for democratizada a comunicação, estaremos aptos para desenvolver países pobres a caminho da equalização de uma democracia em que cada país terá seus conjuntos e suas respostas, e cada sistema auxiliará e complementará o outro... A contribuição para isso é sermos tolerantes com relação às ideias e opiniões de todos: no redarguir sobre uma peça, no auferir bons resultados ao desenvolvimento criativo e artístico, pois uma roda move outra, e andaremos bem, e de preferência com uma boa linha férrea!

terça-feira, 7 de novembro de 2017

UM CALÇADO PASSA A CALÇAR ALGUÉM DEFINITIVAMENTE QUANDO ESSE ALGUÉM JÁ TENHA PRECISADO EFETIVAMENTE DELE.

POR MAIS QUE DESEJEMOS ALGO, TEMOS QUE MEDIR AS POSSIBILIDADES DE NOSSOS DESEJOS.

A AÇÃO CONSCIENTE LEVA A UMA PAZ CONSEQUENTE.

NÃO SÃO PROPRIAMENTE AS MASSAS QUE FABRICAM O PÃO, MAS OS PADEIROS QUE O DISTRIBUEM AO POVO.

UM HOMEM PODE SER ATIVO, E UTILIZANDO SUA FORÇA PODE DERIVAR AO CANSAÇO SAUDÁVEL NO TÉRMINO DO DIA...

A PAZ NO MANO A MANO É POSSÍVEL, MAIS DO QUE NO PARECER DE MULTIDÕES.

TRAÇAR OS RUMOS QUE NOS LEVAM À PAZ COMPREENDE MILHARES DE TAREFAS E DEZENAS DE OBSTÁCULOS.

A FORMIGA QUE SABE DO PÉ GIGANTESCO SABE MAIS DO QUE O DONO DO PÉ.

DEPOIS DE CONSOLIDADO O PLANTIO O HÚMUS INTERAGE COM O HOMEM EM UMA RELAÇÃO MAIS DO QUE SIMBIÓTICA: HUMANA!

UM SER PRECISA DE DUAS PATAS PARA SABER COMO ANDAR NAS CURVAS DO CAMINHO.

A VIDA DE ALGUÉM DEVE SE TORNAR UM SACRÁRIO ONDE NENHUMA DETERMINAÇÃO ESCUSA DEVA INTERFERIR.

ALGO DE MÁQUINA

          O fascínio que nos exercem as máquinas. Restam mais dois pontos nesta reticente assertiva.. Soma-se o ponto com o ponto, mas de pontuar – esqueçam – é truque para meditar sobre alguma reação que se possa auferir quando digitamos no painel sucinto da especulação algo filosófica. Auferir talvez não seja a palavra, mas que quem escreva que possa ser meio maquinado, meio turvo no reflexo mnemônico, mas de aurora em uma inspiração que não cesse, pois certamente é de lavra para todos. Quiçá escrevêssemos na mescla, pudera não sermos tão lógicos quanto um polígono fechado, quem dera abríssemos uma geodésica em mil partes… Pespontasse algo de infraestrutura seria boa notícia, a um ser e a muitos, cada região possui seus palpites, a cada qual um, que de encerrar o trabalho comecemos pelo final e possivelmente faremos uso do consagrador veículo novo de fato. A informação virou moeda, valor agregado, valor de varejo, preço no atacado, em sistema, ou seja, de modo sistêmico e viral, mesmo quando em eventos mais isolados; pois é impossível integrar e Curitiba jacta-se da integração exemplar nos transportes: aplausos! Nada é razão que nos faça não ter dúvida quando empunhamos a bandeira da Integração. No entanto, setores comerciais e países se comunicam, e é nesse quadrante de conexão que pode-se caminhar, observando-se o processo de que o artesanal brota mais da planta: freme a haste, seja gramínea ou bambu. E, de acordo, não somos o mar, pois o mar é em si ele mesmo: possui sua vida, e pode ser abalado se detonarmos bombas em seus corais, como em testes atômicos loucos ou, na melhor hipótese, imbecis. Dentro dos continentes, o mesmo com a exploração de minérios. A máquina da Natureza trabalha melhor sem nós, com certeza, pois temos feito explorá-la ao máximo, para os de fora ou para os de dentro, sem pensarmos que o conceito da jazida está energeticamente em se mantê-la no sentido de sabermos que uma enxada é mais do que um automóvel usado para a fornicação. Um automóvel se alimenta do óleo, e este se alimenta dos ecossistemas planetários. Creiam, é melhor a enxada, o moinho, a pá, melhor inclusive que as grandes rodas das colheitadeiras, que a grande massa de grãos que se alimentam da escassez continuada e progressiva do solo e sua química. Mas isso é questão de semântica, já que podemos passar aos objetos na selva de gadgets cotidiana… A eletrônica não deixa de ser uma energia limpa, e os meios de comunicação tornam-se exemplo nas sociedades que sabem lidar com a vitrine intransponível da sinceridade. Ou seja, o know how, saber como, nas letras, na atitude, no sabermos como comportar o nexo com o amplexo. Ou que nem tudo seja um grande amplexo, mesmo porque ao tocarmos alguém podemos incidir em ofensa, já que a bolha espacial do ser homo erectus está para lá de tremendamente agigantada, em um raio que vai do comportamento controlado ao crime, em circunstâncias dos exemplos de líderes que vimos pela frente.
           Ah, sim, pois sim, façamos girar uma roda que não existe, uma engrenagem torta que não encaixa, um beijo de celebridade em um reality rouge show… Como o engajamento febril de estar engajado, apenas não se sabe que não seja apenas a questão do empoderamento, de uma massa banal de meia dúzia, a saber, sem sair de casa a não ser para ir a uma reunião de uma cúpula de Nostradamus, ou o gerenciamento do Juízo Final, que afinal das contas só tem fim na Bíblia, de onde renascem os mortos… Pois tenhamos mais juízo. Já que o homem ensinou a perdoar, parece que esse ato hoje em dia é pecado, já temos tanto das lutas de cá e de lá. A máquina continua? Sim, uma câmera de reportagem de primeiro mundo em um país de terceiro dá nisso. A máquina gigante, e as opiniões pequenas, em pequenos turíbulos incensados, da fortaleza da fé na certeza ou da dúvida que engrandece a humildade de sabermo-nos nunca os donos da verdade. Pois quem estará com esta? Se houvesse uma escritura sagrada única, mas são tantas… Inclusive no mundo cristão, há o novo e o velho, os Velhos e os Novos. Há testamentos de herança adquirida no clero dos novos Pentecostais, mas nada disso é crítica, mas apenas uma maneira de um homem também querer buscar algo, como se na filosofia não houvesse espaço para tanto, mas se uma boa leitura apetece, o que mais pode querer aquele homem? Talvez se expressar, talvez construir, talvez fazer, conforme dizia sobre a arte um italiano que o nome não vem à cabeça. A bagagem literária é um tesouro tão enorme que nos faz viajar sobre diversos mundos, sobre pensamentos, descortinando véus espessos da ignorância, traduzindo a vida sob o aspecto da realidade e da ficção. Essa é uma máquina que podemos ler, ouvir, falar, escrever, ou mesmo pintar, tecer, urdir, planificar, pensar a arte, a ARTE!
           Uma mera imagem não fala tanto como uma letra, por vezes, e aqui fala um discreto e, no entanto, excêntrico homem que não resguarda seus escritos, pois sabe que nos meios atuais é possível levarmos o nosso pensamento adiante, seja em forma de arte, ensaio, conto, desenho, o escambau.. Não dá para piratear ideias que brotam infinitamente, quão infinito é o mistério de Shakespeare perante o céu e a terra. Que brotem dramas, tragédias, comédias, o Plano Infinito de Isabel Allende, sua Casa dos Espíritos, ou mesmo as pinturas de Kahlo. Ou quiçá os livros de Borges, tão maravilhoso escritor ainda que cego na velhice. Talvez a máquina seja grande o suficiente para mostrar-nos a face de autorias circunspectas e, no entanto, atuantes, seja no modal de um período que pensamos anterior, seja no futuro em que construímos as nossas idiossincrasias no sentido de olharmos para adiante como gatos que sabem do seu entorno, e que são grandes mestres em seus movimentos e reflexos… Assim, que vivamos igualmente a fase maravilhosa da Igreja e seu Papa Francisco, em seu exemplo de abnegação e sacrifício em prol da humanidade, questão que não pode ser relativizada, principalmente por originários da Europa, com todos os seus impérios, e de um EUA em fase agora de repensar seu próprio status de poder.
           Resta sabermos que estamos em todo o planeta no mesmo barco, e se não houver uma consagração definitiva que remeta a um esforço hercúleo ao caminho da paz, estaremos consolidando certas questões que tornam nossa vida mais complexa em termos de humanidade. Se um ser nasce em algum lugar, o fato dele se tornar pátrio desse lugar já é uma questão de convenção, mais propriamente ilusória, pois se formos analisar com mais profundidade o conceito de propriedade não existe em uma cerca, pois a terra já existe aqui há alguns bilhões de anos e convencionou-se pensar que existe um dono. Se vivemos em uma convenção social, portanto, que a respeitemos na medida em que possamos pensar em um mundo melhor para todos, pois a casa é de todos, e as guerras só interessam às indústrias que lucram com isso: a arma fere e o remédio tenta curar, na medida do possível. A cura quase sempre é paliativa, já que devemos envidar os esforços para evitar as contendas, ao menos para tornar a ver a Natureza como uma realidade, e não futuramente no plano da realidade virtual, em microclimas com janelas decoradas…  

UM CANTO NA MADRUGADA

Pronto que a poesia inacreditavelmente possa subsistir no fado
Em que muitas jardas foram encerradas no caminho do poeta,
Mas a que se dê uma nova fronte em uma arguição óbvia
Contanto que não se ganhe sequer uma medalha pela corrida!

Certas noites o canto canta a mais do que apenas mais um
Quando de conhecermos que um sempre será o acréscimo
Em que não seremos estatísticas e nem pano de fundo,
Mas igualmente à realidade de uma situação quase cabal.

Segue-se o panorama das letras, seguem-se seres variados
Onde em uma América de sonhos e planetas derradeiros
Não estamos por cá a decifrar os nós de outros cometimentos
Quanto de sequer acreditarmos que a nobreza de caráter é...

Acometer-se de uma enfermidade a que muitos se ocultam
Na não compreensão de um fato em que o homem é vulnerável
Pela questão de uma pretensa incompatibilidade o visível
E daquilo que pensam outros o total desconhecimento do fato!

Nessa seara em busca de uma liberdade, a poesia apenas canta
O canto que se esvai nas superfícies da bruma e oculta-se
No próprio sofrimento do poeta, a saber que junto aos loucos
Quem dera se tornasse um professor a mais de cidadã companhia.

Em que pese o leito de um papel, ou a semântica de uma tela
Saibamos que as letras ficam sob a ótica de uma perfeita lei
Que voga estarmos seguindo na nau inquieta de nossos descasos
Que é a própria tecendo navegações em mares por vezes de receios.

Singra-se o mar, mesmo sabendo-se de dificuldades frementes
Do que houvesse no quase naufragarmos quando os ventos sopram
Em um tipo de fortaleza marinhas, de polegadas e mais de aço
Nos cascos de uma casca de noz em meio ao universo quase inteiro!

Não nos preguem o cárcere da noite, não nos arremetam em guerras
Posto a serenidade de um canto na madrugada pensar justo o oposto
Não importando se o viés de uma balança pende de um lado, pois
A criação da própria questão dos significados posta quase o ser em si.

Na razão inversa de uma proporcionalidade em que questionamos
A mesma existência do pressentir um preconceito de qualquer esfera
Saibamos que as novas gerações não surgem mais tenras como a ideia
Pois compartilham com o modo quase sectário que se vê em esquinas.

O canto não adormece, que seja, por hoje, mais um dia, um dia sétimo
De uma oitava que toca com todos que sustém a música algo incerta
No quase por certo que seríamos mais jovens se soubéssemos abrir
A consonância em viver com a credulidade da solidão pétrea do poeta!

domingo, 5 de novembro de 2017

QUANTO DE SABERMOS…

          Gostaríamos talvez saber o que se processa no entendimento que guardam por vezes a sete chaves, que não compartilham, como por exemplo uma tarefa tão simples como formatar o micro, ou fazer a limpeza da tela. Na verdade, esses conhecimentos são um beabá, que sabermos não é fundamento de conhecer, apenas a prática diária de sermos meramente “quase” independentes no conhecimento. Quiséramos saber mais do que tudo isso, pudéramos saber como trocar um encanamento, quem sabe fôssemos doutores em maior escala, sem grandes dificuldades, perdoem-nos, apenas esta ser uma afirmação algo de questionamento de uma sociedade, onde a se pagar 50 um torneiro troca a torneira e oculta como se aplica o veda rosca. Igualmente no plantar de algo que alimente, ou mesmo no cultivo das flores… Nem tudo aquilo que perguntamos possuem respostas, mesmo que algum interlocutor a saiba, isso em todas as esferas. Como preparamos o cimento? Como usamos o prumo na meada de tijolos? Justo, quando vamos ao médico passamos por um especialista e nem sempre compreendemos a letra. Todos têm que se defender, assim mesmo, que um preço de uma pesagem torna-se mais algo na vista do dono do mercado: aleatoriamente, agregando na conta mais uma unidade ou dezena, dependendo de como se testa a credulidade do consumidor. A alma torna-se corrupta, e os corruptos perseguem outros corruptos aos quais não lhe vão as faces, apenas as diferenças que excluem a verdade em favor de mentiras. Pensa-se: a minha corrupção é válida, esquerda, direita, volver! Mama África está longe, e é citada como o fim da humanidade, a exemplo de se justificar que a carestia é determinada pelos mais fortes, que empregam de sua “força” para expropriar a dignidade, esta que agora anda pelos falsetes por aqui.
           Venham, os da imprensa, leiam nas nossas entrelinhas, nos ensinem como podemos fazer do país uma democracia exemplar! Serão bem vindos os de boa intenção, ao menos a palavra sinceridade que não fosse tão homeopática. Um Poder sincero, é justo? Que seja, mas as corridas começam bem antes da largada, e o páreo está com pangarés sem força nem para dizer algo novo no ar, nem para dizer que passou na TV sua retratação, ou algo que nos alentasse o espírito ao dizer que trabalharam depondo contra a mesma democracia que agora de novo contestam. O que há no front, algo de contenda, algo de desejo de fecharem o Brasil? Quais as nossas soluções, se os desastres ambientais já começaram a grassar em nosso território, e estamos entregando no curto tempo de meses o que jamais deveríamos ter efetuado?
         Precisamos, vocês da International Press, de uma correção vocabular, onde o contexto de outros idiomas não traduzam erroneamente o que realmente ocorre na criminalidade sem conta desse imenso e agora já meio estranho e sinistro país. Tanto fizeram com nossas gentes que o fruto que colocam como incidência explosiva veio de suas imensas e tentaculares árvores. Meio que talvez de imensas estruturas de diretórios informacionais onde colocaram essa inteligência que não passa de processamento gigantesco de informações roubadas de nossa pátria para tirar do Brasil o poder do país como independência latente e promissora, a troco do ardil oculto que a vossa tecnologia ajudou e permitiu. Agora, vocês da Press, saibam que nem todo o serviço de nosso país presta-se a coadunar-se com os interesses estrangeiros, pois – creia-se – somos um país de patriotas e mexer com os nossos brios só nos fará construir nossas próprias inteligências para mostrarmos que ainda estamos emergindo para sermos uma potência, e não serão meros fantoches entreguistas que faturarão sobre o sacrifício de todo um povo, seja este de qualquer instância ou qualidade!
          E surgem, de todo o modo, aqueles que buscam nas ofensas quase aleatórias seu amparo, e isso deve-nos mover mais a nossa engrenagem e legalismo para aparelhar inteligência que possa defender-nos efetivamente desse modal de violência verbal que gera àqueles mais assoberbados as vias de fato, ou seja imergirem na reação aos abusos da prepotência e arrogância. A educação no país de nossas forças de segurança tem que primar em termos uma escol, ou seja, efetivos duros e no entanto abertos ao diálogo e inteligência própria. Estudar sistemas fora da nação e trazê-los para o entendimento de nosso território nacional é uma condição que facilitará muito o trabalho de conscientização e aprimoramento técnico-profissional de todos. Assim, cada qual fazendo a sua parte, podemos ter um clima de paz mesmo quando emerge alguma transição crucial nas sociedades a que pertencem a grande cidadania brasileira. Isso tudo demanda tempo e habilidade, auto-controle e tolerância, resignação e luta por melhores dias. Assim pensemos em uma nação, e poderemos libertarmo-nos das garras que querem fincar seus interesses por aqui, através do diálogo interno, tão necessário em dias de tensão política ou econômica, no entanto passageiras… 

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

ANDARES DO VERBO ANDAR

De andarmos a um mundo e outro, e outro, talvez um andar de rochas,
Daremos mais passos quanto de sabermos que um vem ao outro, mas que flui...

Andarmos sobre a superfície crua do trabalho insalubre, em feriados ou festas
Que não sejam postas em serviço, qual bebida insone que se nos falta é boa!

Se fossemos andar no turvo, na túrgida esperança de que tudo melhore a maior,
De uma parte podemos concluir de outras, mas que a mescla elucida a priori.

Se Deus faz parte o é, nem de ausência do crente, mas de uma página a mais
De santos nomes que pronunciamos no mantra krsna e hare, assim, a dizer!

Mas que não pontifiquemos ausência nos caminhos, posto há franciscanos
A ensinar o sacrifício de se viver erguendo casas nos votos da pobreza.

Que o caminho do homem possa vir de várias frentes, e uma delas que se dita
Relembra o ditafone de Prabhupada quando de seus grandes ensinamentos.

Lembremos dos passos de senhores, quem sabe pronunciemos outros que não são
Propriamente aqueles de todos os ensinamentos infinitos, que a especulação não cansa!

Saber do mundo quando caminhamos em nossas paradas não nos faz verter o fel
Sobre o alimento rico de um par de palavras em que o mundo dobra-se em três…

Se propomos a andar sobre serpentes nas alfombras construídas sobre o nada
Sentiremos apenas um torto equilíbrio onde a maré da tempestade se constitui.

Na vida em que presumimos uma ordem qualquer se passa muito do algo
Em que nos esquecemos de valorizar o feijão e cuidar para que o arroz não queime.

O pão, minha nossa, esse pão que temos de manhã será sempre aquele que nos dá
O fruto de uma atitude, o merecimento do ganho e suas justezas sociais.

Em outra realidade o passo é mais rápido, menos contemplativo, quase derradeiro
No terminar de um enquanto o outro avança fortalecido pelo descanso de décimos.

Justo que a passada por vezes é larga, uma marcha que predispõe a firmeza
Em que o vento se nos passa por través, no peito, mas que o chão se nos fixa.

É como um andar de soslaio a observarmos a vida, sem a malícia que não seja ternura
Posto a vida sabe que empenhamos esforços em requisitar a si mesmo uma voz.

Posta a voz, seguimos pela latitude longilínea, ígnea como a fundição do bronze
Em uma metafísica de concreto flutuante nas nossas certezas de quase o sempre.

Vertem-se vértices por terrenos como que cambiados no próprio cardume de gente
Que abraça as complexas equações de países que pelo fato nem puderam emergir…

Triangulações celulares de formigas baldias não contam com as searas do que é ser
Quando se nos compadece um tipo de falta na incompetente fatia à nossa frente!

Se nos dite caminharmos em uma grande embarcação, quiçá que flutue ou não,
Mas que retorne à tona com muito mais autonomia do que a ciência aqui prevê.

Seguem-se sons, nos direcionamos, a comunicação é total ou quase como se vê
Em que integramos partes onde o mesmo som se torna traduzido por outra veia.

E a ciência não nos traz o refúgio pleno, pois muitos se desabrigam de si mesmos
Quando se apercebem que o seu único sentido de andar é procurar caminhos...

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

HÁ PRESSÁGIOS

            Uma questão possa parecer que não nos pertença, quando diz respeito a outros, meio que nos ausentamos, mas muitas vezes é essa questão que merece destaque em pautas pessoais, que é a luta por mantermos os nossos direitos assegurados. A luta começa quando em ato de sabermos o que está escrito na nossa Constituição deve ser respeitado como condição sine qua non para prosseguirmos vivendo com essa referência que nos permita assegurar a cidadania a todos os brasileiros, justamente às classes mais vulneráveis. Chega-se ao ponto de muitos acreditarem que podem partir a fazer atrocidades em nome de leis outras – outorgadas – que lhes protegem, enquanto quebra de significantes que dizem respeito às liberdades individuais, a expressão autêntica da cultura, que muitos praticam em necessidades individuais e coletivas e, no plano social, a total falta de ciência do que vem a ser representatividade ou da manutenção da democracia popular, visto ser esta aquela que interessa às massas, na funcionalidade de administração de nossos próprios problemas em gerir um país que demande suas próprias conquistas históricas. Nossas frentes de atuação vêm da necessidade de uma união em torno do bem comum e da manifestação ativa de nossas reivindicações perante o escopo social e o debate que jamais deve parar para que elucidemos as questões tão pertinentes como saúde, educação, não violência, mas que não possamos tolerar desmandos com relação em tudo que tentam nos tirar enquanto ainda cidadãos propriamente consolidados, com nossas atribuições humanas, e por vezes complexas quando em busca daquela mesma união ao bem comum...
            Enfrentamos hoje no país um recrudescimento da injustiça perante o povo brasileiro. Já é notório o fato. De uma gente que se prevalece contra aqueles que participam ativamente em questões de dignidade humana. Aliás, mas do que notório o fato, posto institucionalizado, protegido em leis que partem de organizações que as transferiram para os governos, nas fraudes da participação das elites em desbancar um governo mais justo socialmente. Essa referência soa como algo de libelo, a saber, que de dentro não escutamos o protesto mais intelectualizado na cunha de muitos que não necessitam de posições acadêmicas, o que vem a dar na medida a necessidade de iniciarmos as nossas defesas em favor de algo fartamente declarado como contenda escalar, como algo em que muitos sequer sabem como utilizar sua força impugnada nos feixes musculares de atuações por vezes aparentemente inevitáveis, na propensa defesa do que pensam ser propriedades ou manutenção do capitalismo febril e selvagem como o que vivemos por agora. Exatamente nessa selva devemos ser unidos e fugir a cooptações febris de que tenhamos que colaborar – e para isso temos que partir de pressupostos extremamente cuidadosos – com grupos estabelecidos em francas atuações, no sentido de sabermos como nos portar em situações de guerra, quando a nós a ela nos declaram abertamente, por sermos negros, loucos, por termos posições existenciais, por sermos autênticos e por aí vai: consuetudinariamente. O costume de um cidadão vulnerável que ponteia pelo exemplo de uma conduta exemplar por vezes é execrado por ter essa conduta e, quando isso ocorre, partilhando meramente de ideias, se por um lado possa haver perseguição às ideias, será uma prova vital de que esse está sofrendo por repressão conveniada por aqueles que, em liberdade de atuação, conveniam uma repressão autorizada, enquanto soltos monstros de sua própria convecção adiabática na blindagem da permissividade de sua própria atuação contra a sensibilidade dos homens ou das mulheres que almejam um mundo mais justo!
            Quiçá possa parecer loucura, mas a rua está ditando como devemos caminhar, mesmo que não tenhamos um grupamento febril, coeso, a saber, cidadãos que somos à mercê de aparentes contradições que nas mesmas ruas levamos a cabo outras contradições a que muitos aparecem com seus jargões de displays algo fora dos conformes, pois a velocidade da luz não está nos smarts, mas meramente no papel e na caneta. Saber-se do desenho e das próprias anotações para um curto e efetivo futuro, é saber um pouco mais da ciência, da arte e das letras. Pequenos excertos, pois sim, o papel existe! Vai da profundidade de cada um saber que o pensamento é um caminho de libertação sem similar, posto um homem em seus devaneios de poder encontra o beijo sexy na esteira de suas filosofias, por um teor adaptativo das circunstâncias: e isso o torna feliz, já que o mesmo beijo pressupõe outros atos, e o caudal filosófico permanece por um tempo indeterminado, onde outros beijos viriam, mas bem que poderiam ser até mesmo perda de tempo, já que a libido transformadora verte nas letras o amor que temos pela humanidade! É algo de fazer amor com palavras, algo substituto, algo das madrugadas, ocupação para os desocupados, loucura entre a lucidez, pois estejamos lúcidos para sacar aquela, que nos dirá essa estranha combinação do imponderável, esse presságio de nos sabermos cada vez mais vivos, isso de termos algo de justo posto justiça e pensarmos na justiça como algo justo...
            Essas equações são facilmente resolvidas, porquanto a roda da história não pode ser removida, e será uma questão de tempo quando nos apercebermos que não é das informações que vive o homem e que todo o sistema de informática servirá igualmente ao homem, mas não necessariamente nos princípios de Maquiavel com relação ao que temos de Brasil por aqui, pronto a receber mudanças equitativas ao processo inevitável de melhoras, posto a cada um a sua parte de atuação, e são palavras candentes, apenas mais uma letra, de uma opinião que encontre ressonância, pois do exterior já sabem o que aqui ocorre e veremos um país melhor em circunstâncias mais curtas, ou em processos da sedimentação em nossa futura potência. Pois que nosso país significa mais do que a sua própria riqueza.