Quantos
gostariam de enobrecer seus discursos, como se o que dissessem
afetasse o perfil de falsas construções? O basta é peremptório,
recluso enquanto na poética das ruas, intenso quanto à nova palavra
essa a ser reinventada por discursos mais curtos… Por uma
periodicidade humana traçamos ao vento sua sapiência, e pedimos às
pedras que nos deixem retratá-las. Ainda não nos bastamos a si
próprios, pois a veemência do absurdo tangencia o colágeno sem
cálcio! Se soubéssemos a verdade sobre seus aspectos um pouco mais
lineares, veríamos nas calçadas uma síndrome de bem aplicadas
pedras portuguesas, mas urge sanearmos antes, permitirmos a
sacralidade da despoluição, um tempo de progresso que nos una na
questão que se atina, que se invente, que se classifique como boa:
que a toda a cidadania possa preencher. Quiçá fosse uma ordem
universal, um paradigma de nosso mundo, a mesma concepção em que
avançamos no decorrer da história em leis mais humanas e que agora
a subversão de valores – fato mais grave do que a corrupção,
posto esta não possuir sutilezas – implica na cessão desses
direitos adquiridos pelos povos emergentes dos continentes da Terra.
O teor dessa ordem inumana verte por sobre as imundas calçadas do
subúrbio as esperanças de tantos e tantos que neles residem. Não
há fatores criados pela solidariedade sem os rótulos de quem a
pratica, sem dizermos que porventura fosse possível atualmente vir
aquela da sociedade ou grupos que estão empoderados, no cume da
pirâmide, blindados por amizades e contratos espúrios, e
eventualmente quase sem cessar em tempos nada reticentes atitudes de
regresso, atrasando não apenas o desenvolvimento nacional de nossas
potencialidades, como reservando no discurso chauvinista a pretensão
misógina e incoerente de pautar a favor da nação brasileira.
A
quem queira, não há carapuças. Vestem-se a caráter, com mafiosas
gravatas, essa titularidade de ferrugem de uma cosa nostra que
mostra agora a face descarada quando conivente com o sistema
judiciário, que agora não bota mais freios em suas sinapses
direcionais. Na verdade, há homens no Poder que tramam todos os dias
em silêncio para exaurir a pátria, perseguir seus patriotas, como
cooptar em estruturas de coação para servir a eles aqueles que não
recebem definitivamente o quinhão que passam a imaginar a vida com o
mesmo. Essa triste realidade oferece a poucos e subtrai de milhões.
Triste é constatação de isso ser um fato incontestável, algo que
abre uma ferida tão grande em nosso território que apenas devemos
evitar que não gangrenemos a esperança de que boas e periódicas e
tenazes atitudes venham a sedimentar o bom senso de uma democracia
mais madura e historicamente justa, dentro da possibilidade
igualmente incontestável de que o povo brasileiro merece respeito.
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