segunda-feira, 23 de outubro de 2017

MIRÍADES DE MUNDOS

Que bom se soubéssemos dos mundos de todos, que mundos seriam
Quais plátanos formando parte de florestas, onde nem tudo que seja
É algo que sempre sabemos de quem partiu tamanha noção do tudo...

Mas algo serpenteia no ar, Ravana é forte como um touro, e Indra
Capitula seu reino ao ver a dimensão do que é se empoderar assim
Tanto que esse neologismo corre na dimensão diminuta viral do uso!

As quantidades se multiplicam, famas de poder oculto se vestem
Em atrasos tais que a notícia falsa se multiplica, e à verdadeira
Tecem questões de ordens de natureza jurídica, a saber, nulificada.

Mas que não seja crítica, pois o irrequieto verso não multiplica
Aquilo que vão saber nas empreitadas da academia mundana
Quando o que se sabe a rigor que quanto difícil óbvio, melhor.

Resta saber se possuímos medalhas que sejam verdadeiramente
Do ouro forjado do merecimento, que seja quase olímpica quando
O esforço é recompensado por um aceno de consentimento aceite!

Sim, pudera, mas na ordem de uma segurança pátria vem no conforme
De estarmos em vigília permanente, em rodízios de amianto cru
A perscrutar se mantemos uma pátria livre ou entregamos a segurança...

À vista do pressuposto tão gasto de lógicas baratas falsamente enunciadas
Vejamos apenas o movimento dos peões no tabuleiro, posto universo
De posições inumeráveis e bom aprendizado para quem ainda não conhece.

Nada de se dizer que a poesia seja lição, pois a arte seria válida apenas
Conquanto se permitisse a escalada da inspiração de muito talento
Aliado ao estudo necessário que dê autonomia que não precise de RP.

Pois que nas relações públicas merece a arte aquela que, em silêncio
Não significa nada além da própria e merecedora expressão do artista
Que alheio à qualquer fama casual, ao menos possa despir a poesia.

Posto uma eterna consorte do artista é a mesma arte que não despenca
De qualquer lugar, visto ser o registro indelével da intenção de desbravar
As fronteiras do intransponível, o gosto de aniz dentro do sabor amargo...

As vestes de alguém que se declare inimigo, sem ao menos saber das togas
Que esquece em casa enquanto a mulher as passa e o esposo sai em brios
Para beber champanhe no torso das amadas no merecimento do descaso.

Não que sejam todos chauvinistas, mas o poeta se ausenta das dores do amor
Quando sabe que tornam a sociedade um acúmulo de posses, onde que se ama
Não se quer tão cedo, e o que retorna é outro acúmulo de segredos torpes...

Oh, sociedade que se torna vil, incompetente, rasura de outros fatigados tempos,
Há quem dissesse que a poesia seria viva no coração dos olhos, mas a fadiga
Naqueles só reverbera no coração dos bons autores as centelhas de Krsna!!

Quem dera fôssemos todos uma grande obra, um incontinente Brasil, sem o z,
Podendo falar de algo que nos dissesse de bons tempos de outrora, quem dera,
Assim nos diríamos a mais do que o sem tempo que escurece a visão na luz...

Essa esperança teremos, em sermos bons quadros nas batalhas do mundo,
Em não estarmos sós em lugares ou situações que nos levem ao duvidar a esmo
Incontinente situação não entre nos litígios sem causa por motivos existenciais.

Assim de se viver será melhor ao menos se pensarmos mais no próximo,
Não como alguém que está prestes a chegar até nós para pedir ao infortúnio,
Mas a outros a quem temos que nos aproximar a dizer que nem tudo é ruim.

A injustiça parte do pressuposto de que a vida sem a alma da generosidade humana
Em querermos melhorar para todos, se traduz na inépcia em não sermos nada
Achando assim mesmo que estamos colaborando para um mundo mais justo!

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